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Se em João Batista encontramos a mensagem central do Evangelho, o anúncio da chegada do Reino dos céus, nesse maravilhoso sermão ao descrever ou lançar luz sobre o que realmente significa o espírito da lei, Jesus nos conduz a uma dependência da graça e da misericórdia divina para que possamos viver conforme a vontade divina.
Assim, a forma mais consistente de interpretá-lo é considerá-lo um conjunto de princípios que devem ser seguidos pelos súditos do Reino dos céus. Levando em consideração que as palavras desse sermão foram proferidas pelo próprio Senhor, certamente o seu conteúdo é o que devemos seguir para cumprirmos a vontade divina.
A parte inicial do sermão poderia ser designada: características do verdadeiro súdito do Reino dos céus. Este texto conhecido por muitos como “as bem-aventuranças”, quando investigado profundamente, nos mostra que só serão bem-aventurados, só serão felizes com a felicidade que vem do céu, aqueles que apresentam essas características no seu viver diário. Entretanto, só conseguiremos desenvolver esse tipo de vida, só viveremos essas características, através da ação do Espírito Santo em nossas vidas.
Para descrever a função dos participantes desse novo Reino, Jesus nos chama de luz e sal, para fazermos diferença em meio ao contexto em que estamos inseridos. Essa é nossa missão; esse é o nosso desafio!
Na segunda parte do sermão Jesus tratou de um tema muito importante: o nosso relacionamento com a Lei Divina, entregue através de Moisés ao povo de Israel.
Embora essa Lei tenha sido dada para Israel, na verdade, é a lei universal, que claramente nos mostra a vontade de Deus para toda a raça humana. Como Deus é imutável em seu caráter, essa lei que revela a sua vontade deve ser seguida e obedecida.
Aplicação: A verdadeira felicidade só encontra-se na conformidade aos ensinos de Jesus, ao sermos capacitados pelo Espírito Santo.
Foco & Desenvolvimento no Novo Testamento (Nova Edição) Mensagem
O Rei proclama sua mensagem autorizada à nação – O acesso ao Reino depende de uma verdadeira justiça interior baseada na fé no Rei, expressa por obediência à sua palavra (5.1–7.29).
A. Os verdadeiros súditos do Reino desfrutarão das vitórias prometidas do Reino à medida que desempenham seu papel vital na sociedade pré-Reino (5.1–16).
1. Os verdadeiros súditos do Reino, que demonstram o caráter justo do Rei, serão recompensados ​​de acordo com a Palavra de Deus no Reino vindouro (5.1–12).
• Os humildes entrarão no Reino (5.1-3; cf. Is 57.15; 66.2; Sl 51.17).
• Os verdadeiros lamentadores serão consolados (5.4; cf. Is 61.2–3; Zc 12.10–14).
• Os mansos herdarão a terra (5.5; cf. Sl 37.11; Is 29.18-20).
• Os que anseiam por justiça serão satisfeitos (5.6; cf. Is 55.1; 66.1-2).
• Os misericordiosos confiança misericórdia (5.7; cf. Sl 18.25).
• Os puros de coração verão a Deus (5.8; cf. Sl 15.2–3; 24.3–5).
• Os pacificadores desfrutam da paz do Reino (5.9; cf. Is 32.17-18).
• Os que foram perseguidos por amor ao Reino autorizado pleno galardão (5.10–12; cf. Dn 7.25–27).
As bem aventuranças, um dos textos mais conhecidos da Bíblia.
Mais muitos não sabem o que significa.
Jesus faz a sua maior pregação (O sermão do monte).
O sermão do monte é O PROGRA DE GOVERNO DO REI.
É a CONSTITUIÇÃO DO REI.
O reino de Deus havia chegado, junto com ele o Rei Jesus.
OQUE SÃO AS BEM AVENTURANÇAS?
Uns capítulos atrás João Batista pregou. ARREPENDEI-VOS, POIS O REINO DE DEUS É CHEGADO.
Para ingressar no reino é necessário ARREPENDIMENRO ( NO GREGO: METANOIA ).
Como faço para saber se sou cidadão deste reino?
VOCÊ VAI DIZER:
Porque congrego na Triunfando com cristo (R:NÂO).
Porque eu desci Nas águas (R:NÂO).
Porque confessei o nome de Jesus (R:NÂO).
Porque eu tenho dons (R:NÂO).
É porque eu falo em línguas estranhas (R: NÂO).
QUAL É A EVIDÊNCIA QUE VOCÊ ENTROU NO REINO?
R: O ARREPENDIMENTO.
METANOIA : TRANSFORMAÇÃO DE MENTE E CORAÇÃO (UMA CONVERSÃO GENUÍNA).
COMO SEI QUE ESTOU REALMENTE ARREPENDIDO?
R: MATEUS 5 ( AS BEM AVENTURANÇAS ).
AS BEN AVENTURANÇAS: SÃO CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO CRENTE.
O CRENTE É OBRIGADO ATER AS 8 BEM AVENTURANÇAS.
Você vai dizer que te 3, outro tem 5. NÃO! TODOS OS CRENTES TEM DE TER AS 8 BEN AVENTURANÇAS.
Você quer saber se é crente ou não?
R: As bem aventuranças.
É UM TESTE QUE VALIDA NOSSA CONVERSÃO.
ESTA FALTANDO NA IGREJA OS BEM AVENTURADOS!
TEMOS IGREJAS DEMAIS, CRENTES DEMAIS ( TA FALTANDO OS BEM AVENTURADOS ).
ESTAMOS VENDO IGREJAS TERRENAS DEMAIS!
TA FALTANDO CRENTE A MODA ANTIGA ( CRENTE RAIZ )!
CRENTE QUE NÃO NEGA A FÉ!
BEM AVENTURANÇAS:
— Bem-aventurados
os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos Céus.
1° CARACTERÍSTICA: POBRE DE ESPÍRITO.
É aquele que não crê que suas obras o salvam.
É aquele que confirma sua falência espiritual.
Que regular que é indigno, e depende da misericórdia.
PERGUNTA PORQUE VOCÊ É SALVO PARA O:
ESPÍRITA: PORQUE HÁ REENCARNAÇÃO.
CATÓLICO: PORQUE VOU AS MISSAS.
CRENTE: SOU PECADOR
NÃO MEREÇO ​​IR PARA O CÉU.
NÃO SOU DIGNO.
E TUDO QUE FAÇO É TRAPO DE IMUNCIA.
(É SÓ PELA FÉ! E PELA FÉ SOMENTE)!
(VOU PARA O CÉU BASEADO NOS MÉRITOS DE OUTRO)!
**HOJE EU ​​SEI QUE ATÉ PARA AMARRAR O MEU CADARÇO EU DEPENDO DA GRAÇA!!!!!!!!!!!
2° CARACTERÍSTICA: ELE CHORA.
— Bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados.
ELE É QUEBRANTADO.
ELE CHORA PELO SEU PECADO (É SENSIVEL AO SEU PECADO).
ELE CHORA QUANDO TROPEÇA.
CHORA QUANDO OFENDE A DEUS.
CHORA PELO PECADO AO SEU REDOR:
TRÁFICO DE CRIANÇAS (ELE CHORA).
APROVAÇÃO DO ABORTO ( ELE CHORA ).
PEDOFILIA (ELE CHORA).
ATROCIDADES COM INOCENTES.
ELE É SENSIVEL AS ATROCIDADES.
QUANDO ELE VE UMA ATROCIDADE ELE ORA!!!
ORA PELOS CONHECIDOS E DESCONHECIDOS.
3° CARACTERÍSTICA: ELEÉ MANSO.
— Bem-aventurados os mansos,
porque herdarão a terra.
O MANSO NÃO É O TRANQUILO E SOSSEGADO.
É AQUELE QUE NÃO ENTRA EM DISPUTA.
QUE NÃO FAZ BARRACO.
EX: LÓ E ABRAÃO QUANDO HOUVE DISPUTA ENTRE OS SEUS PASTORES.
O MANSO NÃO SE IMPORTA COM AS POSIÇOES, AS POSSES .
SÉ PARA EVITAR COFUNSÃO ABRE MÃO.
ELE SE CONTENTA COM OQUE ELE TEM.
ELE NÃO QUER POPULARIDADE.
DOMÍNIO PRÓPRIO.
4° CARACTERISTIVA: FOME E SEDE DE JUSTIÇA.
— Bem-aventurados
aqueles que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
ELE PREFERE AS COISAS ESPIRITUAIS, DO QUE AS NATURAIS (Ex: Não deixa de ir ao culto por um compromisso).
ONDE TEM CULTO ELE TÁ.
ONDE TEM VIGÍLIA ELE TÁ.
ESCOLA DOMINICAL ELE TÁ.
ELE COMPRA LIVRO.
ELE COMPRA A BÍBLIA.
OUVE LOUVOR NO CARRO.
VÊ PREGAÇÃO EM CASA.
FOME DE DEUS, DE CRISTO E DO ESPÍRITO !!!!
EX: CHAMA PARA O CHURRASCO, FICA EMPOLGADO.
CHAMA PARA O CULTO MURCHA NA HORA.
EX: QUANDO A PESSOA TEM FOME LOGO PROCURA UM LUGAR PARA COMER.
O CRENTE VERDADEIRO FICA PRÓXIMO DE ONDE TEM ALIMENTO PARA ELE.
(UM CULTO, UMA IGREJA, ESCOLA DOMINICAL, LÊ UM LIVRO).
5° CARACTERISTIVA: É MISERICORDIOSO.
— Bem-aventurados
os misericordiosos,
porqueão alcançar misericórdia.
— Bem-aventurados
É OQUE USA DE MISERICÓRDIA.
PECARAM CONTRA ELE 1,2,3…10 VEZES. ELE PERDOA.
SE COMPADECE DA MISÉRIA ALHEIA.
DA FOME ALHEIA.
ELE NÃO SÓ SE COMPADECE, MAIS ELE TAMBÉM AJUDA!
6° CARACTERÍSTICA: SÃO LIMPOS DE CORAÇÃO.
— Bem-aventurados
os limpos de coração,
porque verão a Deus.
SÃO AQUELES QUE TEM A FÉ PURA.
NÃO TEM ÍDOLOS COMPETINDO DENTRO DE SI.
É AQUELE QUE TEM UM CORAÇÃO ÚNICO PARA DEUS.
ELEÉ ENTREGUE TOTALMENTE A DEUS!
7° CARACTERISTIVA: É PACIFICADOR.
— Bem-aventurados os pacificadores,
porque serão chamados filhos de Deus.
É AQUELE QUE QUANDO ELE CHEGA A CONTENDA CESSA.
TEM CRENTE QUE QUANDO ELE CHEGA A CONTENDA CRESCE!
NÃO EXISTE CRENTE BARRAQUEIRO.
É OQUE VE A CONTENDA, E PELA PALAVRA RECONCILIA.
É AQUELE QUE APAGOU O FOGO!
8° CARACTERISTIVA: PERSEGUIDO.
— Bem-aventurados os perseguidos
por causa da justiça,
porque deles é o Reino dos Céus.
É CONSEQUÊNCIA DE SE TER AS OUTRAS 7.
POR SER HUMILDE, MANSO, QUEBRANTADO, PURO, MISERICORDIOSO, PACIFICADOR ( O MUNDO RECEBE ISSO COM HOSTILIDADE ).
ELE É PERSEGUIDO POR POSSUIR AS OUTRAS 7 QUALIDADES.
É PERSEGUIDO POR SER SANTO, PURO, JUSTO!
*NINGUEM PERSEGUE AGENTE MAIS.
*O MUNDO EA IGREJA ESTA UM CASAMENTO QUE É UM COISA DE DOIDO!
*CRENTE QUE É CRENTE É: PERSEGUIDO, CALUNIADO E ZOMBADO!
*POR CAUSA DA SEMELHANÇA COM O SEU SENHOR!
** ESSAS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO CRENTE!
***SE VOCÊ NÃO AS TEM PERGUNTE AO SENHOR SE VOCÊ É REALMENTE SALVO!
****SE VOCÊ AS TEM FALE...… SENHOR APERFEIÇOA E DESENVOLVA EM MIM.
A parte inicial do sermão poderia ser designada: características do verdadeiro súdito do Reino dos céus. Este texto conhecido por muitos como “as bem-aventuranças”, quando investigado profundamente, nos mostra que só serão bem-aventurados, só serão felizes com a felicidade que vem do céu, aqueles que apresentam essas características no seu viver diário. Entretanto, só conseguiremos desenvolver esse tipo de vida, só viveremos essas características, através da ação do Espírito Santo em nossas vidas.
Para descrever a função dos participantes desse novo Reino, Jesus nos chama de luz e sal, para fazermos diferença em meio ao contexto em que estamos inseridos. Essa é nossa missão; esse é o nosso desafio!
Na segunda parte do sermão Jesus tratou de um tema muito importante: o nosso relacionamento com a Lei Divina, entregue através de Moisés ao povo de Israel.
Embora essa Lei tenha sido dada para Israel, na verdade, é a lei universal, que claramente nos mostra a vontade de Deus para toda a raça humana. Como Deus é imutável em seu caráter, essa lei que revela a sua vontade deve ser seguida e obedecida.
Aplicação: A verdadeira felicidade só encontra-se na conformidade aos ensinos de Jesus, ao sermos capacitados pelo Espírito Santo.
Foco & Desenvolvimento no Novo Testamento (Nova Edição) Mensagem
O Rei proclama sua mensagem autorizada à nação – O acesso ao Reino depende de uma verdadeira justiça interior baseada na fé no Rei, expressa por obediência à sua palavra (5.1–7.29).
A. Os verdadeiros súditos do Reino desfrutarão das vitórias prometidas do Reino à medida que desempenham seu papel vital na sociedade pré-Reino (5.1–16).
Os verdadeiros súditos do Reino, que demonstram o caráter justo do Rei, serão recompensados ​​de acordo com a Palavra de Deus no Reino vindouro (5.1–12).
• Os humildes entrarão no Reino (5.1-3; cf. Is 57.15; 66.2; Sl 51.17).
• Os verdadeiros lamentadores serão consolados (5.4; cf. Is 61.2–3; Zc 12.10–14).
• Os mansos herdarão a terra (5.5; cf. Sl 37.11; Is 29.18-20).
• Os que anseiam por justiça serão satisfeitos (5.6; cf. Is 55.1; 66.1-2).
• Os misericordiosos confiança misericórdia (5.7; cf. Sl 18.25).
• Os puros de coração verão a Deus (5.8; cf. Sl 15.2–3; 24.3–5).
• Os pacificadores desfrutam da paz do Reino (5.9; cf. Is 32.17-18).
• Os que foram perseguidos por amor ao Reino autorizado pleno galardão (5.10–12; cf. Dn 7.25–27).
Introdução
Após o término da seção anterior onde Mateus elabora as marcas do messiado de Cristo e de seu cumprimento quanto às profecias do Antigo Testamento, agora, o evangelista abre um novo bloco de seu escrito, o que trabalharemos a partir do capítulo 5.Mudando o tom narrativo de seu escrito, o evangelista, embora continue trazendo à lume os fatos acerca do ministério de Cristo como o messias prometido para inaugurar o Reino dos céus entre o povo eleito do SENHOR, agora inicia uma seção que vai do capítulo 5 ao capítulo 7. O início e o fim dessa seção é demarcado pela referência ao discurso de Cristo aos multidões: “Vendo Jesus as multidões... passou a ensiná-los, dizendo...” ( Mt 5.2 ); “Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, ficaram as multidões maravilhadas da sua doutrina...” ( Mt 7.28 ).Deparamo-nos, portanto, com as pregações do SENHOR Jesus Cristo, enquanto estava na Galileia.ElucidaçãoO trecho destacado refere-se à introdução do discurso de Cristo às multidões, conhecido como “as bem-aventuranças”. Esta primeira seção de sua fala, apresenta e dá o tom de toda a ética do Reino que está sendo pregada a partir de agora, mas que já foi demonstrada através das provas que Mateus elencou desde o início de seu escrito.A expressão introdutória (cf. “ Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte... e ele passou a ensiná-los, dizendo...” ( Mt 5.1 , 2 ), apresenta o primeiro grande discurso do SENHOR Jesus Cristo. Por iniciar uma fala, é mister considerar que as primeiras palavras traçam o objetivo de todo o discurso.O caráter do Reino dos céus é demonstrado aqui, através das virtudes pertencentes ao reino, e consequentemente daqueles que a ele pertencem. Cada virtude é nomeada com o emprego do adjetivo “Μακάριοι” (gr. Feliz, abençoado, favorecido).Conforme aludido, visto que Cristo é aquele que convoca ao Reino, e como fora exemplificado que fez e está fazendo ( Mt 4.17-22 ), há aqui então o caráter do Reino, isto é, não que consiste e como é manifesto o Reino dos céus em termos éticos e práticos. Antes de ser uma verdade etérea e completamente restrita ao campo reflexivo, o Reino de Deus é uma realidade que abarca toda a vida daquela que fora trazida a ele pela vocação de Cristo. Dessa forma, a descrição das bem-aventuranças não é um discurso a fim de convencer seus ouvintes a se tornarem ou a agirem como está sendo prescrito, antes é uma constatação de fato, uma descrição da ética do Reino tal qual está presente na natureza que agora faz parte dele. Martyn Loyd-Jones, comentando esta seção do sermão do monte, ressalta:Leia as bem-aventuranças e descobrirá a descrição de como todo o crente deveria ser. Ali não temos tão somente a descrição de algum crente específico virtuoso. Nosso Senhor não disse que estava a descrever certos personagens notáveis ​​que poderiam existir neste mundo. Antes, descreveria tudo e qualquer um dos seus seguidores.Há um forte contraponto enfatizado em todo o sermão do monte, uma antítese entre a ética do Reino apresentada por Cristo e aquela elaborada pelos escribas e fariseus, algo que é comentado por Mateus no fim do sermão: “Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas ” ( Mt 7.28-29 ).De um lado, temos a mentalidade moral e prática daquela que fora da salvação das trevas do pecado, e agora respiramos as ares da nova vida que Jesus proporciona, sendo habilitados pelo Espírito Santo a viver de acordo – não por sua própria conta ou força de vontade – com a vontade de Deus. Por outro lado, temos um modo de vida árido e enraizado no legalismo e mais compreensão do que significa de fato estar no “Reino dos céus”, através de normas que se preocupam mais com a moralidade fúnebre dos homens, do que com aquilo que Deus exige dos mesmos.Cristo está reivindicando autoridades e estabelecendo um padrão de vida, porém, não um padrão baseado em observações estereis e numa relação meritória, mas na misericordiosa paz e no poder do Espírito que além de capacitar o homem a agir de conformidade com esse padrão, muda sua mentalidade para agora querer viver de acordo com ele, conforme Lloyd-Jones mais uma vez asserta:Nenhuma dessas interferências refere-se àquilo que pensamos chamar de tendências naturais. Cada uma das bem-aventuranças, em sua integridade, é uma disposição que somente a graça e a operação do Espírito Santo em nós foram capazes de produzir.A mensagem do sermão do monte, pode então ser resumida na apresentação de Cristo do caráter e da ética manifesta naquele que pertence ao Reino dos céus, daquele que foi alvo do convite esplendoroso do SENHOR para fazer parte da corte do Rei dos reis e SENHOR dos Senhores, aquele que é o Filho bendito de Deus o Pai, e que é Redentor do povo eleito de Deus pela operação do Espírito Santo.Tendo em vista que “cada uma das bem-aventuranças [...] subentende a outra”,[1] o versículo 11 possui uma característica que pode ser entendida como a bem-aventurança resultante da manifestação de todas as outras, visto ser a única que é explicada e expandida por Cristo em seus detalhes:" Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós . Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós " (v11-12) .Por causa disso, outro fator é destacado quanto ao discurso que Jesus está proferindo: a ética do Reino dos céus apresentada por Messias é terminantemente avessa aquela proposta pelos homens, como temos visto, e por essa razão, viver de acordo com ela inevitavelmente provoca o levante de oponentes que se opõem a tal realidade. Os próprios profetas são evocados por Jesus como exemplos claros de pessoas que foram perseguidas exatamente por anunciarem o Reino dos céus em termos que não agradaram aos ouvintes, devido ao choque de realidade entre a proposta do Reino e a proposta de moralidade e ética elucubrada pelos homens.O sermão do monte apresenta o nítido cumprimento de todo o princípio ético que deve fazer parte do povo de Deus, conforme narrado e descrito desde o Antigo Testamento. Segundo será apresentado em trechos posteriores, é forte a relação feita por Cristo entre seu conceito expandido da Lei e o teor por ele retomado em seu discurso.Cristo está aqui ressaltando toda a ética exigida por Deus desde a Torá passando por todos os Escritos que ganham maior abrangência na Apresentação do Reino com sua chegada.A perspectiva do autor do evangelho é claramente distinta na mente de seus leitores o Reino dos céus e o reino dos homens. Mateus busca demonstrar que Cristo não é somente aquele que os remiu de seus pecados e que por isso, os fez entrar no Reino de Deus, mas também que proporcionou a cada crente um modo de vida inteiramente novo centrado na glória de Deus e na promoção de seu império. Enfatizando esse pensamento e resumindo o trecho das bem-aventuranças, Ryle comenta:Essas são as oito pedras fundamentais que o Senhor Jesus lançou, logo no começo de seu Sermão da Montanha. Oito grandes verdades, oito grandes testes foram apresentados diante de nós. Marquemos bem cada um deles e, assim, aprenderemos a sabedoria! Aprendamos honestamente contrários aos princípios deste mundo são os princípios ensinados por Cristo. É inútil tentar negar esse fato. São princípios diametralmente opostos entre si. O mundo menospreza as próprias virtudes que nosso Senhor Jesus exaltou. Orgulho, falta de inteligência, espírito de exaltação, mundanismo, formalismo, egoísmo e falta de amor, que proliferam neste mundo por toda a parte, são coisas que o Senhor Jesus condenou.Os reinos desse mundo e a glória de Deus revelada no Reino que Cristo inaugurou são diametralmente opostos. A ética de ambas as esferas espirituais se digladiam constantemente. É natural ao membro do Reino que, por causa do tamanho do contraste, seja perseguido e afrontado por aquele cujo entendimento está obscuro. Porém, como outro conceito complementa avesso ao modo de pensar mundano, os perseguidos devem sentir-se privilegiados, pois se o são, é claro que não pertencem a esse mundo em sua mentalidade morta e corrupta, mas foram transportados para o Reino da luz, e vivem de acordo com ele.TransiçãoA ética do Reino dos céus não é simplesmente um código moral e ético muito bonito, porque demonstra alguém que anda “retamente” às vistas dos homens. O público a quem Cristo se parecia neste momento de sua fala já tinha isso: uma moralidade legalista que os transformava em sepulcros caiados, como veremos mais adiante no evangelho.As bem-aventuranças demonstram uma realidade superior, e não no sentido de que alguém pode ser feito melhor do que o outro, mas porque demonstram qual a natureza daquela que pertence ao Reino de Deus, alguém que fora vivificado, transformado pela graça do SENHOR para viver de maneira a servir a Deus em sua vontade renovada e regenerada, obedecendo aos princípios que Cristo está estabelecendo aqui.Com base nisso, algumas considerações precisam ser feitas à luz desse texto e aplicadas às nossas vidas.Aplicações1. A ética dos homens de nada vale diante da ética do Reino dos céus. O mundo dos homens é construído sobre uma ética falida, mas sempre pintam um quadro muito bonito na hora de demonstrar sua “ética” a alguém a fim de parecer “boas pessoas”. As melhores obras dos homens são como trapos de imundície diante de Deus ( Is 64.6 ). Se fosse possível que alguém aparecesse diante de Deus com suas obras em mãos querendo com elas entrar no céu, seria posto para fora da presença do Criador a pontapés, pois tudo o que nossas obras representam são ultrajes e frentes ao SENHOR Deus.O coração dos homens sempre acha uma forma de pensar que poderá ser bem vista por Deus com sua ética morta e fétida. Não, irmãos! É somente através da transformação em servos do Rei verdadeiro e vivo, que somos capacitados pelo Espírito Santo a praticar a ética genuína do Reino dos céus. Há um padrão de vida sendo explicitado aqui, e não é o padrão de vida legalista que muitas ditas da igreja pregam aí fora, como se o Reino de Deus fosse roupas, ou adereços externos. Embora o uso dessas coisas deva ser sim guiado pelos princípios da Palavra de Deus, traçar regras e normas mais se fundamentam em interesses e achismos humanos do que na Escritura Sagrada, só resulta em uma dissonância com a realidade do Reino proposto por Cristo Jesus.Portanto, convidamos todos os dias a resistir ceder aos impulsos de nosso coração, em querer desenvolver para nós um conjunto de leis baseadas naquilo que nós achamos ser aceitável a Deus. Somente em Cristo qualquer das nossas obras é aceitável, pois foi a própria Trindade Santíssima que criou as boas obras para que andássemos nelas ( Ef 2.10 ).Isso nos leva ao nosso segundo ponto.2. As bem-aventuranças fazem parte da nova natureza em Cristo, portanto devem estar presentes na vida de todos os que são chamados ao Reino. Uma leitura equivocada das bem-aventuranças e outras ordenanças práticas encontradas nas Escrituras que refletem a nova vida que temos em cristo, costumeiramente são confundidas com algum tipo de tradição cristã, onde alguém que é mais espiritual claramente se destaca pelo exercício de algumas dessas virtudes pregadas por Cristo. Por exemplo, alguém pode dizer que fulano é manso assim como está determinado aqui no texto de Mateus 5.5 . Ou que beltrano nitidamente é alguém que se destaca por sempre ser pacificador ( Mt 5.9 ). Porém, como bem-aventuranças como afirmamos, é a exposição da nova natureza vivida pelo crente agora que faz parte do Reino dos céus. Ou seja, todo o crente deve manifestar-se como bem-aventuranças.O que temos diante de nós irmãos, é um guia de como devemos agir, e não do que devemos desenvolver. Se estamos de fato dentro do Reino de Deus, de onde não podemos ser tirados – graças a misericórdia e a graça do SENHOR – nossa vida já deve estar de acordo com o que está exposto aqui.Não há lugar para arrogantes no Reino dos céus.Não há lugar para insensíveis e rudes no Reino dos céus.Não há lugar para corruptos no Reino dos céus.Não há lugar para cruzeiros e violentos no Reino dos céus.Não há lugar para pecadores contumazes e de coração obstinado a pecar no Reino dos céus.Não há lugar para facciosos e belicosos no Reino dos céus.Diante disso, alguém poderia então perguntar: “ora, mas assim sendo, quem entrará no Reino dos céus?”. Aquele que sabe que por conta própria tudo o que lhe era devido era a notificação eterna como pagamento por seus pecados, e por causa disso, é humilde (v.3). E porque é humilde, chora por causa de seus pecados regularizando-se miserável pecador, mas é consolado pela graça de Deus, que o tornou alvo do amor do Pai em Cristo Jesus, seu Filho (v.4). E por conta disso é manso, pois sabe que jamais poderia se orgulhar de algo que lhe foi dado graciosamente, sendo descabido qualquer tipo de comportamento agressivo (v.5). Aquele que luta para que os princípios do Reino sejam instalados, tendo fome e sede de justiça (v.6), mas que é sempre misericordioso, pois se recorda que a seu favor também foi usado a misericórdia (v.7). Como resultado de tudo isso, busca ao máximo viver de acordo com a vontade de Deus, se purificando através da obediência à Escritura, purificação que ele sabe que só ocorre graças ao poder do Espírito Santo que limpa seu coração (v.8). Aquele que sabe e entende que estava num estado de inimizade contra o SENHOR, mas que Cristo lhe deu paz expiando seus pecados, e por isso vive de acordo com essa paz, demonstrando essa pacificação que pode ser operada no coração dos homens, levando-os de volta a Deus (v. 9).Por fim, como resultado de tudo isso, como nenhuma das situações acima expostas é louvada pelos homens, aquele que recebeu o Reino dos céus será perseguido e até morto, porque não vive de acordo com os padrões desse mundo, mas vislumbra daqui, a glória da cidade santa, e do Reino eterno de Jesus Cristo (v10-12).O que por fim, nos aponta a terceira aplicação contida nesse texto:3. Viver de acordo com o Reino dos céus despertará perseguição. Porém, é na perseguição que está contido o nosso consolo. O mundo jamais suportará ver alguém vivendo outro padrão que não o seu. Não por inveja ou despeito, mas simplesmente porque aos homens não fora dado o poder de por conta própria libertarem-se de seu estado depravado e corrupto, a fim de que vivam a realidade transcendente do Reino dos céus. É por isso que deve ser grande nossa alegria, também não uma alegria mórbida, daquele tipo que vê a desgraça de outrem e sorri, mas sim, que regozija-se na graça e na misericórdia do SENHOR, pois por motivos que estão restritos ao Conselho Supremo da Trindade, olhou o Deus Triuno para nós, pobres bonecos de barro, e feitos através de seu Filho, livrando-nos da morte eterna. Essa é a razão “porque é grande nosso galardão nos céus” (v. 12), perseguiram durante toda a história da revelação aqueles que pregaram e viveram de acordo com o Reino dos céus, e agora, nós fazemos parte dessa história.Se no seu trabalho, na sua vizinhança, na faculdade ou em qualquer outro lugar, alguém lhe persegue pelo simples fato de você viver de acordo com a Lei do Senhor, exulte! Não perseguindo a você pessoalmente, estão perseguindo ao Rei dos reis e Senhor dos senhores, e viver seguindo os passos do Redentor é a glória maior que alguém poderia obter nessa vida.ConclusãoAs bem-aventuranças abrem o sermão do monte, estabelecendo a ética do Reino dos céus e demonstrando a natureza moral dos que vivem nesse Reino. A graça do Senhor nos encontrou, trazendo-os até as portas do palácio do Rei, fazendo-nos adentrar por elas. O convite do Rei, sua palavra de entrada aos portais eternos, rompeu nossa surdez e nos fez ajoelhar ante sua majestade, a fim de que fôssemos salvos da perdição, e passássemos toda a modernidade ao serviço do nosso Criador, como era no princípio e o será para sempre.
Começamos aqui uma nova seção de Mateus, após sua introdução; temos Jesus apresentado como a aplicação das profecias antigas; como o Filho de Deus, o Autor de uma nova criação, o Messias Prometido, temos o início da primeira seção do livro de Matues que segue a ordem Narrativa-Disurso; a pequena narrativa no final do capítulo 4 nos conta Jesus chamando seus primeiros discípulos e os multidões se aproximando do Senhor. Após fazer uma diferenciação entre discípulos, que são aqueles que respondem ao chamado de Jesus, que o obedecem, que o acompanham, e multidão, que se aproximam e se distanciam por conveniência, temos no início do capítulo 5 a transição:
Mateus 5.1–2 ARA
1 V endo Jesus os multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; 2 e ele passou a ensiná-los, dizendo:
é importante notarmos que tudo o que vem em seguida, o maravilhoso sermão do monte, é endereçado aos seus discípulos, e a multidão é testemunha apenas. Os ensinos maravilhosos de Cristo, suas exortações, cuidados, critério, não são para um público abrangente e geral; Jesus está instruindo os seus; Jesus está instruindo aqueles que o seguem; Jesus está diferenciando mais ainda aqueles que são discípulos dos que não são. E as primeiras palavras de Jesus, direcionadas a seus discípulos registrados aqui em Mateus são as BEM AVENTURANÇAS
BEM AVENTURADOS: AFORTUNADOS; FELIZES; primeiro são os discípulos!
As bem aventuranças relacionadas aos que são discípulos de Cristo e agora, nessa condição, devem aprender a viver da maneira que o Mestre orienta; Maneira que é determinada pela IMITAÇÃO
O DISCÍPULO DEVE IMITAR O MESTRE!
Cada bem aventurança vai exigir uma virtude; todas as virtudes e recompensas vistas nas bem aventuranças são explícitas no caráter do Senhor Jesus
O chamado específico das bem aventuranças é para a PERSEVERANÇA NA FÉ; para a SANTIFICAÇÃO; para a IDENTIDADE DE DISCÍPULO:
Romanos 8.28–29 (ARA)
28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito . 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformados à imagem de seu Filho , a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
Efésios 4.1 ARA
1 R ogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados,
E aqui Jesus está dizendo que cada discípulo é e será bem aventurado, afortunado, riquíssimo, plenamente satisfeito quando parecer com o seu Senhor; batalhar pela vida de santidade; não se conforma com o mundo.
E isso não se dá numa busca por performance religiosa, como os fariseus tinham com toda sua pompa e todo seu, pois como veremos, o conteúdo das bem aventuranças exige um coração completamente devoto ao Senhor; aqui não relatamos uma lista de regras externas e observâncias, mas vemos aqui aquilo que Jonathan Edwards chamou de novas afeições; ou, como afeições religiosas. Ou seja, se entendermos nossas afeições como aquilo que pulsa do nosso coração e nos inclinarmos a tomar decisões e reagir ao mundo a nossa volta, é importante ver que antes de sermos discípulos de Jesus, as nossas inclinações e as nossas vontades, e aquilo que nos fariam bem aventurados segundo a carne, eram completamente opostos ao que agora devemos buiscar, almejar, sentir e reagir, agora que somos novas criaturas
Esse texto maravilhoso expõe o coração do próprio Cristo e expõe portanto de maneira singular como deve ser a vida e o coração de cada discípulo.
A dinâmica DA BEM AVENTURANÇA
a. PRESENTE:
Se você olhar com atenção as 8 bem aventuranças irá perceber que a primeira e a oitava bem aventurança apontam para o PRESENTE; Promessas de Deus para hoje. Os humildes de espírito, verso 3, DELESÉ o reino dos céus; Os perseguidos; deles É o reino dos céus, verso 10
Já aqueles que estão emoldurados por esses versículos sempre têm a sua recompensa no FUTURO. Serão consolados, herdarão a terra, serão saciados, terão misericórdia, verão a Deus, serão chamados filhos de Deus.
Ao discípulo cabe lembrar que a vida cristã é sempre vista na perspectiva do agora e do futuro; Deus nos chama de bem aventurados no presente; Sua presença e benção se manifestam em nossas vidas; mas seremos completamente saciados e satisfeitos no futuro; o que Deus irá fazer amanhã será infinitamente maior do que há hoje.
O discípulo portanto é chamado a se deleitar na benção de Deus no presente, mas ter o coração completamente voltado para o futuro.
1Coríntios 2.9 ARA
9 mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.
As bem-aventuranças de modo geral nos lembremos que nós já pertencemos ao reino dos céus; nós já temos o maior tesouro do mundo; e que ainda veremos o reino, e que ainda possuiremos em mãos o maior tesouro do mundo; e que tudo que a nova criatura mais almeja será completamente entregue e satisfeito pelo próprio Deus;
Elas são a bússola moral e espiritual de cada discípulo.
O CORAÇÃO DAS BEM AVENTURANÇAS
Mateus 5.3 ARA
3 B em-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
ou POBRES DE espírito. O que Jesus está nos ensinando; Jesus não está elogiando a pobreza de modo geral; não está se orientando aos seus discípulos e fazendo um chamado ao voto de pobreza. O objeto da pobreza aqui, da humildade é a chave.
Pobre de espírito, humildade de espírito é a consciência completa de que o discípulo nada possui além de sua cruz. O reino dos céus pertence àqueles que vivem em renúncia completa pelo amor de Jesus.
Salmo 73,25–26 ARA
25 Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu compro na terra. 26 Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.
Ser humilde de espírito é compreender que não temos direito a nada; nada nesse mundo nos pertence; tudo é dado a nós pela graça divina e o próprio Senhor tem a autoridade de reclamar a si próprio qualquer coisa em nossa vida que Ele assim o compreenda
Ser discípulo é saber que para seguir a Cristo nós abandonamos tudo o que esse mundo valoriza; perante todos nosso único bem é a nossa cruz, que carregamos para seguir nosso mestre. Nossa vontade não impera; nós não determinamos; não exigimos, sabemos que toda dádiva e todo dom perfeito vem do nosso Pai dos céus e vivemos na sua dependência.
Mateus 5.4 ARA
4 B em-aventurados os que choram, porque serão consolados.
As bem aventuranças aprofundam o abismo entre os discípulos e a multidão (bonhoeffer).
O choro aqui chamado por Jesus, o choro que é prometido o consolo, é o choro dos discípulos que não é oriundo de nada senão da desadequação e da inconformidade que nós discípulos temos com o mundo que nos cerca
Isaías 61.1–3 ARA
1 O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, invejo-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; 2 apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram 3 e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor para a sua glória.
o texto de Isaías refere-se aos que choram como aqueles que estão quebrantados de coração; aqueles que são cativos; aqueles que estão algemados; aqueles que estão de luto; aqueles que estão aguardando a vingança do Senhor; aqueles que estão angustiados
Cada uma dessas situações que traz o lamento tem a raiz no mal e no pecado; O pecado nos faz chorar pois é ele o causador de toda tragédia humana; desigual; opressão; toda morte é chorada pois o pecado entrou no mundo e trouxe a morte consigo;
Jesus diz que seus discípulos choram pela realidade a sua volta; chorarao pelos seus próprios pecados; pelos pecados alheios; em cada manifestação da queda a nossa volta, isso é um soco no estômago daquela que ama a Deus e nós choramos
A promessa que o Senhor dá é que cada lágriam de cada discípulo em cada sofrimento será enxugado por suas mãos e o consolo será completo em nosso coração, e exaltaremos nosso Senhor
A banda Projeto Sola tem uma música que embalou nosso acampamento de carnaval, a música canta o êxodo e de maneira brilhante canta a esperança daqueles escravos que foram libertos milenios atrás, e canta a esperança da criação que está cativa hoje ainda aguardando a volta de Cristo a consumação de todas as coisas:
TODO ESCRAVO SERÁ LIVRE
NEM UM CHORO SE OUVIRÁ
TODA FOME SACIADA
NOSSA VOZ ELE OUVIU
NÃO HÁ DEUS COMO NOSSO DEUS
NOSSA FORÇA E CANÇÃO
GRANDES COISAS ELE FEZ
SEU REINO É PRA SEMPRE!
O discípulo é sempre alguém que está com o sorriso nos lábios e a lágrima nos olhos aguardando seu Senhor; a promessa que temos o consolo do Senhor foi dada por Jesus. confiemos!
Mateus 5.5 ARA
5 B em-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
Aqui Jesus promete o afortunamento daqueles que são mansos. Àqueles que aprendem com Cristo não reivindicam direito próprio: quando feridos, silenciados; quando perseguidos, sofridos, quando rejeitados, afastadom-se. Àqueles que entendem que toda contenda reivindica um território; todo aquele que entra em briga, todo aquele que ergue a voz, todo aquele que quer ganhar no braço, quer marcar seu território e dizer: é meu. mas a terra é daqueles que são mansos. Discípulo de Cristo são ovelhas e devem aprender com seu mestre que não abriu a boca quando levado à sua tortura
Aliás quando Jesus abriu a boca foi para pedir que Deus perdoasse aqueles que não sabiam o que fizeram; foi para prometer os céus ao criminoso arrependido ao seu lado; a mansidão é fruto do Espírito e não é opcional. Grande é uma recompensa àqueles que são reconhecidos como mansos; Quando Cristo voltar são exatamente aqueles que abriram mão de fazer sua vontade prevalecer que reinarão sobre a terra eternamente. Mansidão é grandeza
Mateus 5.6 ARA
6 B em-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
Olha a lógica: somos pobres de espírito; nada possuímos; choramos por sermos inadequados; não pertence tão aqui; somos mansos; costumeiramente saímos sem prejuízo;
um clamor surge no coração de todo o discípulo: JUSTIÇA
A injustiça em todas as suas formas está desfilando nossos olhos e isso também causa estranhamento; na verdade causa FOME E SEDE aqueles que são discípulos. FOme e sede de justiça é o apetite que leva o justo à ação. Deus nos colocou no mundo para ANDARMOS NAS BOAS OBRAS que ele criou para expressarmos a justiça de Deus. Ter fome e sede de justiça é desejar acima de tudo ver diante dos nossos olhos a ordem da realidade como Deus a fez pra ser; É saber que quando o cristão se propõe a servir a Deus, a obedecer a Deus, a agir no mundo e demonstrar a justiça de Deus.
Efésios 2.8–10 ARA
8 Porque pela graça são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie. 10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparamos para que andássemos nelas.
É se por a serviço do Rei nas suas obras e aguardar o Justo Juiz se levantar sobre toda a terra. Quanto maior a fome, quanto maior a sede, maior a satisfação. Deus nos chama a desejar com toda nossa alma ver a nossa realidade completamente restaurada pela justiça de Deus; a ama-lo sobre todas as coisas; a orar VENHA SOBRE NÓS TEU REINO
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NOVO SERMAO
INTRODUÇÃO:
DISCURSO AOS SEUS DISCÍPULOS
DIMENSÃO PRESENTE E FUTURA DAS BEM AVENTURANÇAS​
Mateus 5.7 ARA
7 B em-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Misericórdia é uma das palavras mais ricas que podem existir. Nas Escrituras inteiras, nosso grande Deus é apresentado a nós como um Deus misericordioso. É um atributo dEle e expressa o caráter relacional de Deus para com seu povo. Na misericórdia divina vemos seu amor, sua espera, sua graça e sua paciência dando as mãos.
A bíblia retrrata a misericórdia de Deus “ sempre que ele tarda o castigo, mesmo quando seu povo está perdido no pecado e não tem conhecimento das consequências relacionadasis que este pecado acarreta ( Êxo 34:6–7 ; Ez 33:10–11 ). com a expectativa de que ele agirá de boa vontade e poderosamente como fez no passado ( Dan 9:17-19 ; Sal 25:6-7 ; 51:1–2 ). Repetidas vezes nas Escrituras Deus demonstra sua misericórdia salvando, redimindo e restaurando seu povo.”
J. Owen Carroll, “Misericórdia de Deus”, em Sumário de Teologia Lexham, ed. Brannon Ellis, Mark Ward e Jessica Parks (Bellingham, WA: Lexham Press, 2018).
Salmo 51.1–2 ARA
1 C ompadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. 2 Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.
É exatamente a misericórdia de Deus que nos explica como um Deus completamente santo e justo, irado pode relacionar-se com pecadores sem comprometer qualquer um desses atributos. Porque Ele é santo, Ele não tolera o pecado. Porque Ele é Justo, Ele punirá o pecado, porque Ele é misericordioso, ele estende sua bondade e paciência dando-nos tempo de arrependimento e resgatando-nos com graça. Todos nós aqui respirando estamos desfrutando das multidões da misericórdia de Deus.
Desde 2019 tenho me encontrado mensalmente com alguns jovens que desejam ir mais fundo na sua devoção e desejam aprender mais sobre discipulados e nesses encontros, conversamos, oramos, discutimos leituras e eu dou alguns desafios. Nesse ano um novo grupo se iniciou e um adolescente de nossa igreja, após a leitura do livro de Salmos
Senhor Deus, Pai e Pastor, eu te louvo e te agradeço eternamente, pelo seu amor, força, misericórdia e humildade incomparáveis ​​que fazem com que olhes para mim, uma pecadora infiel e fraca, com compaixão; que fazem com que se inclina do mais alto trono e ouça as minhas súplicas e aflições; que fazem com que me perdoem das minhas iniquidades e falta de devoção a ti e ainda me protejam constantemente, a fim de que eu não seja levado para o mundo dos mortos. Pai, eu clamo a ti e peço que me ensines o que quer que eu faça e me ajude a desenvolver no meu coração o desejo de te obedecer e seguir. Que a minha alegria e motivação para viver não sejam as recompensas que o mundo me promete dar, mas sejam Glorificar e servir ao Senhor e proclamar ao mundo a única “recompensa” que me é dada por sua graça: a vida eterna ao lado de Cristo Jesus. Preserva a minha alma o meu coração e a minha vida, Senhor, e com o seu inexplicável poder que transforma o mar revolto em águas acalentadas, me transforma, a fim de que eu deixe de ser essa filha descomprometida e orgulhosa e me torne a tua serva, a qual vive da força que apenas o Senhor pode me dar. Por fim Pai, me guie pelos caminhos que o Senhor quer que eu ande e me capacite para que eu possa ser um instrumento do Senhor para tantos que, assim como eu, são fracos e necessitados do teu auxílio, força e amor, mas diferente de mim, por conta de não terem abertos os olhos para ver suas maravilhas e poder, não registram a necessidade que têm em ti. Assim Pai, conceda-me a tua força e sabedoria, para que a minha vida seja utilizada para guiar estas pessoas a ti, a fim de que elas possam se surpreender no Senhor e curvando-se a ti, todos possamos dar o louvor e glória os quais só o teu nome é digno.
Mari Dimarzio
Vivemos num mundo que simplesmente não conhecemos a misericórida. Somos rápidos no julgamento, na execução do nosso julgamento ou somos indiferentes.
Ou rapidamente expressamos nosso desprezo e descartamos, abandonamos e desprezamos aqueles que são falhos de nossa régua moral; ou nos tornaremos indiferentes
Mas o discípulo de Cristo é chamado para ser misericordioso como seu Senhor.
2Coríntios 5.18–19 ARA
18 O ra, tudo provém de Deus, que nos reconciliamos consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 19 a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.
nas baladas de Bonhoeffer:
“Sentem amor irreprimível aos humildes, enfermos, aos miseráveis, oprimidos e violados, injustiçados e marginalizados, todos os magoados e angustiados, buscam os que caíram em pecado e culpa. Por maiore que seja a miséria, por mais horrível que seja o pecado, a misericórdia os visita. O misericordioso empresta a honra própria ao decaído e toma sobre si sua vergonha.”
Deus nos chama como discípulos a um olhar misericordioso porque nós fomos alvos de sua misericórdia; ninguém pode dar o que não tem; se tem algo que um discípulo tem é misercórdia pois conhece a misericórdia dAquele que nos chamou.
Mateus 5.8 ARA
8 B em-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.
Os discípulos de Cristo muitas vezes são incompreendidos. Esses mesmos discípulos que estavam ouvindo essas palavras, mais adiante serão acusados ​​de transgredirem tradição por não lavarem as mãos ao comerem pão; Jesus foi rejeitado justamente por se misturar com gente inmisturável “publicanos e pecadores”
O que Jesus declara aqui é justamente uma inversão da lógica da hipocrisia religiosa na época; a pureza que leva uma pessoa à face de Deus não é a pureza exterior que se faz com rituais; não é uma instituição a qual você está ligado que validaou não. A pureza ordinária por Jesus aos e elogiada, é aquela que não dá lugar mais inacessível a todos; sem coração.
Jesus quer que seus discípulos sejam limpos, limpos, puros, que seus objetivos sejam completamente homologados com os desejos de Deus, o que é absolutamente impossível a qualquer homem por sua própria força
Um coração puro é completamente inalcançável. A pureza de coração aqui nos evoca a imagem do
salmo 24, um salmo messiânico, um salmo que delcara que o único que consegue subir à presença de Deus é único puro de coração.
Salmo 24 (ARA)
Salmo de Davi 1 O Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam . 2 Fundou-a ele sobre as éguas e sobre as correntes a circulante. 3 Quem subirá ao monte do Senhor ? Quem há de permanecer no seu santo lugar? 4 O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente. 5 Isto obterá do Senhor a vitória e a justiça do Deus da sua salvação. 6 Tal é a geração dos que o buscam, dos que buscam a face de Deus de Jacó . 7 L evantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória. 8 Quem é o Rei da Glória? Ó Senhor , forte e poderoso, o Senhor , poderoso nas batalhas. 9 Levantai, ó portas, as suas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória. 10 Quem é esse Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória.
Discípulo é aquele que é regenerado; discípulo não é aquele que se limpa para alcançar a Deus, mas porque é pelo sangue de Jesus, agora sim alcança a Deus e agora, com um coração novo, existe em nós o Espírito Santo que nos habilita a buscarmos e renovarmos nossa mente e coração, a despojarmos de tudo o que é da nossa velha natureza
1João 1.9 ARA
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
Ser limpo de coração é sério
Mateus 5.9–12 (ARA)
9 B em-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Junto com os misericordiosos; os pcificadores são aqueles que adentram aos conflitos para apazigua-los. São aqueles que são embaixadores do Shalom de Deus. Onde um discípulo vai; aí vai um pacificador;
Shalom é a palavra principal no AT que descreve paz e é uma palavra muito conhecida no universo evangélico mas também pouco conhecida e traz muitos significados:
bem-estar e prosperidade (nível pessoal)
ausência de hostilidade (entre nações)
relacionamento caracterizado por amizade, cuidado, lealdade e amor (interpessoal e com Deus)
Emr Romanos 5.1
Romanos 5.1 ARA
1 J ustificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; ​
Paulo está dizendo que nosso relacionamento com Deus foi restaurado e agora não é definido apenas pela falta de hostilidade e nem por uma borboleta impessoal
Mas, temos paz com Deus de maneira completa: temosamizade, cuidado,lealdade,amor, bemestar, prosperidade, perdão e graça. É exatamente essa qualidade do nosso relacionamento como filhos de Deus
e justamente por sermos filhos de Deus, somos chamados a sermos pacificadores;
somos chamados a sermos reconciliadores
somos chamados a sermos restauradores
nosso mundo está caído, nosso mundo está quebrado
os discípulos de Cristo são chamados a entrarem no mundo conflituoso com o mandato da restauração.
As bem aventuranças nos mostram que os discípulos de Cristo embora ainda vivam nesse mundo, já não pertencem mais a ele e devem agir de acordo com seu mestre.
Filho de Deus é misericordioso porque alcançou a misericórdia
Filho de Deus é puro coração porque ver o Senhor
Filho de Deus é pacificador pois é como seu Pai.
e por fim, Jesus
10 B em-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11 B em-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. 12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram os profetas que viveram antes de vós.
Aqui os versos 11-12 ampliam o verso 10
a perseguição falada aqui é a perseguição do aluno por ser aluno. Nós somos inadequados, não pertencemos a esse mundo, não somos dessa ordem. Como um corpo trabalha para expulsar de qualquer corpo estranho, o mundo naturalmente se fecha e se opõe aos filhos de Deus
Todas as virtudes que falamos são belíssimas e devemos nos fazer sermos amados, ouvidos, respeitados…mas justamente porque o mundo odeia a Deus, odeia tudo que lembra a Deus
A semana passada estava conversando com jovens e uma jovem da nossa igreja, as dificuldades que enfrentamos pois agora estão sendo pressionadas com uma agenda liberal na sua empresa; e nos lembramos que somos, nós não somos bem vindos nesse mundo. Somos peregrinos, forasteiros, estrangeiros, nossa língua é diferente, nossos costumes são diferentes, nós somos insuportáveis, nós erguemos a voz para falar de um Cristo que foi crucificado e ressurgiu; o disciulo não é maior que o seu senhor; mas a nossa felicidade e bem aventurança vai compensar.
John Bunyan, servo de Deus, puritano, batista do século XVI
Ele publicou diversas obras em defesa da fé reformada. Em 1658, Bunyan foi processado por pregar sem uma licença. No entanto, ele continuou a pregar e não sofreu um aprisionamento até novembro de 1660, quando foi preso na cadeia municipal de Silver Street, Bedford. Ali ele ficou detido por três meses, mas, por se recusar a se conformar ou desistir de pregar, seu encarceramento foi estendido por um período de aproximadamente 12 anos (com exceção de algumas poucas semanas em 1666).
CONCLUSÃO
O sermão do monte nos chama a um exame profundo do nosso coração como discípulos; ouvimos a voz do mestre nos ensinado a parar de buscar nossa fortuna naquilo que não sacia; aprender com Ele como sermos
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