"QUEREMOS UM (OUTRO) REI SOBRE NÓS". 1 Samuel 8

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Enquanto Deus não for o único Rei sobre sua vida, você nunca estará eternamente seguro.

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Grande ideia: Enquanto Deus não for o único Rei sobre sua vida, você nunca estará eternamente seguro.
Estrutura: Pedido por um rei (vv. 1-9) e prejuízos pelo rei (vv. 10-22).
Juízes 21.25 NAA
Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais certo.
1Samuel 7.16 NAA
De ano em ano, fazia uma volta, passando por Betel, Gilgal e Mispa; e julgava Israel em todos esses lugares.

Os líderes israelitas, porém, erraram ao considerar essa questão como um problema político e, consequentemente, ao optar por uma solução política. O que Samuel procurou esclarecer foi que o problema deles não era político, mas espiritual. A solução política que eles propunham não serviria de nada a menos que fosse acompanhada de uma solução espiritual.

Tim Chester:
Deus prometeu um rei ao seu povo. O livro de Juízes mostrou a necessidade que o povo tinha de um rei (Jz 17.1; 21.25). Agora o povo pede um rei… e Deus o considera uma rejeição pessoal, advertindo o povo, por meio de Samuel, de que um rei não será bom para os israelitas. Por que? Porque o povo está pedindo pelo rei errado, pelos motivos errados.
Pedido por um rei. (vv. 1-9)
1Samuel 2.22 NAA
Eli já era muito velho e ouvia tudo o que os seus filhos faziam a todo o Israel e de como se deitavam com as mulheres que serviam à porta da tenda do encontro.
1Samuel 8.1 NAA
Quando Samuel ficou velho, constituiu os seus filhos por juízes sobre Israel.
Tanto Eli quanto Samuel falharam em não observar os cuidados na transmissão de um legado de piedade aos seus filhos.
Juízes 2.6–10 NAA
Depois que Josué despediu o povo, os filhos de Israel se foram, cada um à sua herança, para possuírem a terra. O povo serviu o Senhor todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que ainda sobreviveram por muito tempo depois de Josué e que viram todas as grandes obras que o Senhor tinha feito por Israel. Josué, filho de Num, servo do Senhor, morreu com a idade de cento e dez anos. Foi sepultado em sua própria herança, em Timnate-Heres, na região montanhosa de Efraim, ao norte do monte Gaás. Toda aquela geração também morreu e foi reunida aos seus pais. E, depois dela, se levantou uma nova geração, que não conhecia o Senhor, nem as obras que ele havia feito por Israel.
A velhice aqui aponta não apenas a determinação de uma idade, mas o estabelecimento de um novo marco.
1Samuel 25.1 NAA
Samuel morreu, e todos os filhos de Israel se juntaram e o prantearam. E o sepultaram na sua casa, em Ramá. Davi se levantou e foi ao deserto de Parã.
Interessante observar que o sermão de Moisés (Deuteronômio) já havia antevisto esse momento.
Deuteronômio 17.14–20 NAA
— Quando vocês entrarem na terra que o Senhor, seu Deus, está dando a vocês para que dela tomem posse, e estiverem morando nela, e disserem: “Poremos sobre nós um rei, tal como todas as nações que estão ao nosso redor”, vocês certamente porão como rei sobre vocês aquele que o Senhor, seu Deus, escolher. Homem estranho, que não seja do meio dos seus compatriotas, vocês não devem pôr como rei sobre vocês, e sim um do meio dos seus compatriotas. Porém esse rei não deve multiplicar para si cavalos, nem fazer o povo voltar ao Egito, para multiplicar cavalos, pois o Senhor já lhes disse: “Nunca mais vocês devem voltar por este caminho.” Esse rei também não deve tomar para si muitas mulheres, para que o seu coração não se desvie; nem deve acumular muita prata e muito ouro. — Também, quando se assentar no trono do seu reino, mandará escrever num livro uma cópia desta lei, feita a partir do livro que está com os sacerdotes levitas. O rei terá esse livro consigo e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o Senhor, seu Deus, a fim de guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos, para os cumprir. Ele fará isso para que o seu coração não se exalte sobre os seus irmãos e não se desvie do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda. Assim prolongará os dias no seu reino, ele e os filhos dele no meio de Israel.

John Woodhouse explica que um rei “oferecia um centro de autoridade política forte, estável e previsível para uma nação que de outro modo tinha de depender que um Deus invisível a unisse. Além disso, o reinado prometia uma organização central eficiente a uma nação que, sem essa estrutura, tendia a cambalear de uma crise para outra”.

O que marcou negativamente esse pedido foi o que está prescrito no verso 4: “queremos agora que você nos constitua um rei, para que nos governe, como acontece em todas as nações”.
Matthew Henry: "Fica claro, no entanto, pelo que segue, que esse era um pedido mau e nocivo, que desagradava a Deus. Deus tinha como plano dar a eles um rei, um homem segundo o seu coração, após a morte de Samuel; mas eles se adiantaram à deliberação de Deus e queriam um rei agora que Samuel estava velho. Eles tinham um profeta para julgá-los, que tinha ligação imediata com o céu, e nisso eles eram grandes e prósperos, acima de qualquer nação. Ninguém tinha Deus tão chegado quanto eles tinham (Dt 4.7). Mas isso não bastava. Eles desejavam ter um rei para julgá-los com pompa e poder exterior, como todas as nações."
Samuel se incomodou com o pedido, e ele fez o que todo crente deve fazer quando encontra-se aborrecido: “orou ao Senhor”.
Nem sempre “a voz do povo é a voz de Deus”. Deus reitera que estava sendo rejeitado, mas isso não o pegou de surpresa, em absoluto: até hoje as pessoas rejeitam a Deus, priorizando suas próprias demandas e rotinas.
Deuteronômio 9.24 NAA
Vocês têm sido rebeldes contra o Senhor, desde o dia em que os conheci.
Juízes 2.2 NAA
Quanto a vocês, não façam nenhuma aliança com os moradores desta terra; pelo contrário, derrubem os seus altares.” No entanto, vocês não obedeceram à minha voz. O que é isso que vocês fizeram?
Juízes 2.20 NAA
Por isso a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e ele disse: — Porque este povo transgrediu a minha aliança que eu havia ordenado a seus pais e não deu ouvidos à minha voz,
Isaías 29.13–14 NAA
O Senhor disse: “Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos ensinados por homens, continuarei a fazer obra maravilhosa no meio deste povo. Sim, farei obra maravilhosa e um prodígio, de maneira que a sabedoria dos seus sábios será destruída, e o entendimento dos seus entendidos desaparecerá.”
A constatação divina é tocante: “a mim me deixou, e a outros deuses serviu, assim também o faz a ti”.
Matthew Henry: "Eles não podiam esperar o tempo de Deus. Deus tinha anunciado na lei que, no devido tempo, Israel teria um rei (Dt 17.14,15), e talvez tivessem uma pressuposição de que o tempo estava próximo. Mas eles são precipitados: “Nós, em nossos dias teremos este rei sobre nós”. Se tivessem esperado mais dez ou doze anos, teriam tido Davi, um rei que Deus deu em misericórdia a eles, e todas as calamidades que ocorreram com a constituição de Saul teriam sido prevenidas. Resoluções súbitas e desejos precipitados abrem espaço para um arrependimento longo e vagaroso."
2. Prejuízos pelo rei. (vv. 10-22)
Estamos diante do que é chamado aqui: “o direito do rei” (vv. 9,11). Palavras chaves: “tomar” (6 vezes) e “servir”.
1Samuel 10.25 NAA
Samuel explicou ao povo o direito do reino, escreveu-o num livro e o pôs diante do Senhor. Então Samuel despediu todo o povo, cada um para sua casa.
Até então", diz PUFFENDORF, "o povo de Israel havia vivido sob governadores levantados por Deus, que não lhes haviam exigido tributo algum, nem lhes haviam imposto qualquer encargo; mas, pouco satisfeitos com essa forma de governo, desejavam ter um rei como as outras nações, que vivesse em magnificência e pompa, mantivesse exércitos e fosse capaz de resistir a qualquer invasão. Samuel lhes informa o que desejavam, para que, quando o entendessem, pudessem considerar se persistiriam em sua escolha. Se quisessem um rei esplêndido, ele lhes diz que tomaria os filhos deles para seus carros, etc.; se quisessem que ele mantivesse forças constantes, ele os nomearia coronéis e capitães, e empregaria em suas guerras aqueles que estavam acostumados a seguir os negócios de sua família; e como, à maneira de outros reis, ele deveria manter uma corte majestosa, eles deveriam se contentar que suas filhas servissem em vários cargos, o que o rei consideraria abaixo da dignidade de suas esposas e filhas. (ver. 13) Em uma palavra, para sustentar sua dignidade, o rei deles exigiria a décima parte de tudo o que possuíam, e seria mantido de forma real com suas propriedades.
E mesmo diante de tantas exigências (e prejuízos) o povo não atendeu a voz de Samuel: “Não! Mas teremos um rei sobre nós. Para que sejamos também como todas as nações; o nosso rei poderá governar-nos, sair adiante de nós e fazer as nossas guerras”.
Matthew Henry: "Que povo insensato e imprudente! Será que poderiam desejar uma batalha melhor do que a última pelejada por eles, por meio da oração de Samuel e da trovoada de Deus? (cap. 7.10). Será que estavam tão certos da vitória? Será que eram tão tolos a ponto de tentar a sorte na guerra com a mesma incerteza dos outros povos? Parece que os israelitas estavam cansados dos seus privilégios. E o que aconteceu? O seu primeiro rei foi ferido em uma batalha, o que jamais havia ocorrido com um dos seus juízes. O mesmo ocorreu com Josias, um dos últimos e melhores reis."
Salmo 81.11 NAA
Mas o meu povo não escutou a minha voz; Israel não quis saber de mim.
John MacArthur: "Até então, o próprio Senhor havia travado as batalhas para Israel, dando-lhes vitórias contínuas (7:10; Josué 10:14). Israel não queria mais ter o Senhor como seu guerreiro; seu desejo era substituí-lo por um rei humano. Foi assim que Israel rejeitou o Senhor (ver o versículo 7). O problema não era ter um rei, mas a razão pela qual o povo queria ter um rei, ou seja, para ser igual às outras nações. Também acreditavam tolamente que haveria algum poder maior num rei que os liderasse na batalha."
Deus apenas diz: “Atende à sua voz e estabelece-lhe um rei”.
Comentário Bíblico Popular: Antigo Testamento F. O Primeiro Rei de Israel (8–9)

Sem dúvida, o Senhor desejava ser, ele próprio, o Rei de Israel. Seu povo devia ser santo e diferente de todas as outras nações da terra. Entretanto, os israelitas não quiseram ser diferentes; preferiram se conformar ao mundo. Samuel se entristeceu com o pedido, mas o SENHOR o instruiu a atendê-lo. Afinal, não rejeitaram ao profeta, mas, sim, ao Senhor. Ao atender ao pedido do povo, Samuel devia protestar solenemente e explicar o direito do rei. O monarca enriqueceria a si mesmo à custa dos súditos, convocaria rapazes e moças para o serviço militar e doméstico e praticamente os transformaria em escravos. Deus havia previsto na lei que Israel teria reis (

Romanos 12.1–2 NAA
Portanto, irmãos, pelas misericórdias de Deus, peço que ofereçam o seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o culto racional de vocês. E não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Nem sempre é bom sinal, o fato de Deus atender alguma das nossas orações.

Isso nos lembra de que nem sempre devemos nos sentir encorajados quando Deus parece responder a nossa oração. Nesse caso, a concordância de Deus não era um sinal de sua bênção, mas do seu castigo. Quanto mais percebemos quanto nosso coração é pecaminoso e a frequência com que nossos pensamentos e desejos se desviam, mais humildemente desejamos que Deus rejeite nossas orações para que sua sabedoria vença nossa estupidez e sua santidade corrija o nosso pecado.

3. Outras aplicações:
(a) Temos o desafio de fazer com que os nossos filhos andem nos nossos caminhos. Não podemos transferir essa responsabilidade.
Josué 24.14–15 NAA
— Agora, pois, temam o Senhor e o sirvam com integridade e com fidelidade. Joguem fora os deuses que os pais de vocês serviram do outro lado do Eufrates e no Egito e sirvam o Senhor. Mas, se vocês não quiserem servir o Senhor, escolham hoje a quem vão servir: se os deuses a quem os pais de vocês serviram do outro lado do Eufrates ou os deuses dos amorreus em cuja terra vocês estão morando. Eu e a minha casa serviremos o Senhor.
(b) Até hoje as pessoas têm desprezado o governo de Deus sobre as suas vidas. Ao invés de dizermos: “queremos um rei”, deveríamos dizer: “venha o teu Reino”.
Mateus 6.9–10 NAA
— Portanto, orem assim: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
Jesus é o Rei diferente:

Há um nítido contraste entre Jesus e os reis descritos por Samuel. Jesus não é um Rei que toma, mas um Rei que dá. Jesus disse: “[…] o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (

Ilustr.:
Laurentino Gomes, 1808
Nesses primeiros dias, D. João, Carlota Joaquina e os filhos ficaram hospedados no Paço Real, a residência reformada [pág. 147] pelo vice-rei conde dos Arcos. Foi um arranjo temporário. Dentro de pouco tempo, o príncipe regente iria morar num palácio muito mais amplo e agradável, situado no atual bairro de São Cristóvão, perto de onde se situam hoje o Morro da Mangueira e o Estádio do Maracanã. Sua mulher, a princesa Carlota Joaquina, de quem vivia separado, instalou-se numa chácara na praia de Botafogo. A rainha Maria I ficou no convento dos carmelitas, ligado ao Paço Real por um passadiço improvisado sobre a Rua Direita, atual Primeiro de Março. Os religiosos que até então ocupavam esse convento foram transferidos às pressas para o seminário da Lapa. Também no convento foram colocadas a cozinha, as oficinas e a Real Ucharia, como era chamada a despensa que guardava os mantimentos da corte. Situada ao lado do convento, a Igreja do Carmo foi transformada em Capela Real. As vizinhas Casa da Câmara e a cadeia pública também foram anexadas ao Paço por um passadiço para servir de alojamento para as criadas reais.19
Mais complicado foi encontrar habitação para os milhares de acompanhantes da corte, recém-chegados à cidade que ainda era relativamente pequena, com apenas 60000 habitantes. Por ordem do conde dos Arcos, criou-se o famigerado sistema de “aposentadorias”, pelo qual as casas eram requisitadas para uso da nobreza. Os endereços escolhidos eram marcados na porta com as letras PR, iniciais de Príncipe Regente, que imediatamente a população começou a interpretar como “Ponha-se na Rua”. Hipólito da Costa, editor do Correio Braziliense, dizia que o sistema de aposentadorias era um regulamento “medieval”, um “ataque direto ao sagrado direito de propriedade”, que “poderia tornar o novo governo no Brasil [pág. 148] odioso para seu povo”.20 Os novos moradores, porém, não só reclamavam do preço dos aluguéis como achavam as moradias mal construídas e desconfortáveis.
João 14.1–2 NAA
— Que o coração de vocês não fique angustiado; vocês creem em Deus, creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu já lhes teria dito. Pois vou preparar um lugar para vocês.
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