CARTA EFÉSIOS 6: 17-24

Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 3 views
Notes
Transcript

PREPARADOS PARA A GUERRA

INTRODUÇÃO

No sermão passado falamos sobre a batalha espiritual que Paulo leva à consciência de seus ouvintes e para a qual todo o cristão precisa de estar ciente e preparado. Depois de falar, desde o capítulo 4, que precisamos de andar de forma digna da nossa salvação, Paulo conclui que o cristão é aquele que precisa de estar preparado pois agora enfrenta uma batalha espiritual que vai querer demovelo da posição em Cristo que ele alcançou. Cristo venceu na cruz do calvário o poder do pecado e das trevas e é Ele que nos liberta desses poderes e nos transporta para o seu reino, mas agora nos é dado o privilégio de ser participantes desta batalha pela preseverança da nossa salvação.
Não podemos esquecer que se a armadura é espiritual, a batalha é espiritual apesar de se manifestar em nosso mundo concreto. O propósito do inimigo não é nos retirar coisas físicas ou mexer no nosso físico pelo físico. Mas ele se move nesse ambiente físico também para nos atingir. No entanto o que está em causa não são coisas materiais ou físicas (bens, saúde, relacionamentos..) mas o espiritual.
Satanás não quer desferir golpes por desferir, mas derrubar a nossa fé, nos levar a voltar as costas a Deus (Génesis, Jó), seja por meio do pecado, seja por meio do sofrimento...
Por isso a batalha é vencida com armas espirituais.
Hoje vamos ver os últimos dois elementos que um soldado pecisa de ter e algumas considerações para que ele esteja preparado para essa batalha.
Mas gostaria ainda antes de revermos os anteriores elemntos da armadura que já falamos e fazer aqui a ligação com o Antigo Testamento.
Cinturão da VERDADE - Isaías 11:5 (o cinto do Messias é a justiça)
Isaías 11.5 ARA
A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade, o cinto dos seus rins.
Couraça da Justiça - Isaías 59:17- Deus vestindo como um peitoral o seu atributo de justiça, da mesma forma os crentes devem viver uma vida justa em santificação, pois isso os protegerá contra o inimigo
Isaías 59.17 ARA
Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na cabeça; pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto.
Pés: Evangelho da paz - Isaías 52:7 Associa os pés serem formosos por anunciarem as boas novas da paz. No entanto em Efésios a ideia é mais do evangelho da paz trazer firmeza perante os ataques do inimigo.
Isaías 52.7 ARA
Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!
Escudo da fé - Salmos 41:4 - O salmista fala que o esudo de Deus é verdade e é como um refúgio.
Salmo 41.4 ARA
Disse eu: compadece-te de mim, Senhor; sara a minha alma, porque pequei contra ti.

I- AS ÚLTIMAS PARTES DA ARMADURA

Chegamos então agora aos últimos dois elementos da armadura do soldado que são as últimas peças que um soldado apanha. O capacete é quente e desconfortável e por isso o soldado só o coloca em caso de perigo iminente. O crente está vestido da armadura preparado para os momentos maus, mas ao soar do perigo ele deve colocar o capacete e pegar na espada.

1- O capacete da salvação

“Tomai” - Reflete uma ação que precisa ser tomada rapidamente quando soa o alarme de perigo. São os preparativos finais que demosntram ataque do inimgo. Demonstra urgência perante os alrmes de perigo, o capacete não pode ser esquecido e precisa ser colocado rapidamente.
Os capacetes romanos eram de bronze, encaixados sobre um capuz de ferro forrado de couro ou tecido, os capacetes romanos foram depois modificados com o imperador Cláudio em 37-41 d.C e passaram a ter uma arcada que protegia o nariz, os olhos, cobriam as bochechas, ou seja, protegiam todo o rosto.
Paulo relaciona o capacete do soldado à salvação, temos a alusão a esse capacete em Isaías 59:17
Isaías 59.17 ARA
Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na cabeça; pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto.
Em Isaías 59:17 o profeta fala da presente salvação da impiedade, Paulo se refere a uma salvação contra os ataques do inimigo. Com a cabeça protegida o soldado se sente seguro na batalha. Da mesma forma ao tomarmos posse da salvação ganhamos a confiança de estar seguro diante dos ataques do inimgo.

2- A espada do Espírito

Paulo menciona o segundo item que deve ser apanhado rapidamente longo antes dos ataques do inimigo. Até aqui todos os elemntos da armadura têm função defensiva, mas a espada além de ser defensiva é também um elemento de ataque.
As espadas tinha uma lâmina de dois gumes com 5 cm de largura e 60 cm de comprimento e era muito útil como arma de ataque e defesa para usar perto. Era colocada na bainha no lado direito presa ao cinturão para ficar longe do braço esquerdo que tinha o escudo.
Paulo a identifica como a espada do Espírito que é a Palavra de Deus. Esta espada do Espírito é mantida no cinturão da verdade.
Em Isaías 11:3- 4 temos uma alusão ao que Paulo também fala aqui, que diz que o Espírito do Senhor repousará sobre o Messias, o qual ferirá a terra com a palavra de sua boca (em Isaías a batalha é do futuro, mas em Efésios a batalha é no presente.)
Isaías 11.3–4 ARA
Deleitar-se-á no temor do Senhor; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos; mas julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso.
A espada do Espírito é a aarma ofensiva, a palavra de Deus para ser usada contra a impiedade espiritual do diabo. Cristo demonstrou o seu uso quando foi tentado pelo dibao 3 vezes, ao usar as Escrituras contra a tentação.
Isto não significa que a palavra de Deus deve ser recitada como uma fórmula mágica, mas o cristãos precisa de conhecer bem a palavra “manejá-la bem” como diz Paulo a Timóteo para se defender e também atacar o inimigo.
A palavra de Deus é o instrumento que o Espírito usa. Se não conhecemos a palavra o Espírito não tem instrumento para usar, se o nosso conhecimento é fraco a espada será fraca.
Novamente reforçamos que o propósito é que o crente permaneça firme sem deixar que o inimigo avance, o derrube e roube suas bênçãos espirituais. A batalha é espitritual.

II- ESTAR EM VIGILÂNCIA

1- Orar e Vigiar

Nos versículos seguintes e para concluir Paulo vai falar da oração como um estado de vigilância. Quando os soldados estão em batalha, eles além de estarem preparados precisam de estar vigilantes para não serem apanhados desprevenidos.
Da mesma forma o crente precisa de estar continuamente em vigilância e como ele permanece em vigilância? Paulo vai usar duas verbos para caracterizar esse estado: orando e vigiando.
Para ser eficaz na batalha, o cristão precisa da percepção de Deus, é Deus que dá os alerta através do seu Espírito e nos ajuda a discernir os tempos que vivemos.
Não é sufificente ter a armadura, pegar no capacete e na espada, é preciso orar continuamente, é através da oração que ganhamos guerras espirituais. Em momentos críticos a oração não pode ser dispensada. Orar em todo o tempo , em cada opurtunidade no Espírito, através do Espírito, pois é o Espírito que intercede por nós e nosa juda em nossas fraquezas. A oração assim como a espada do Espírito são os elemntos de ataque contra as trevas e só têm eficácia por meio do poder do Espírito.
“vigiando com toda a preseverança e súplica por todos os santos” - Esta parte do versículo me faz lembrar de Jesus quando se retira para o Gétsêmani com os seus discípulos para orar e lhes pede que eles vigiem para que não caiam em tentação. Mateus 26:40-41
Mateus 26.40–41 ARA
E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
Jesus sabia a forma certa de travar as batalhas. A oração é idipensável para vencer as batalhas espirituais. Jesus sempre orava, e no momento mais crítico ele se derramou perante o Pai e venceu a batalaha espiritual que se estava a travar através da oração e súplica.
A oração leva à vigilância e a vigilância mantém os crentes em oração. Quando não estamos vigilantes não vemos os perigos e por isso não vemos necessidade de orar.

III- UNIDOS NA MESMA BATALHA

1- Oração pelos santos

Ainda no fim do verso 18 a oração e súplica deve incluir todos os santos, demosntrando que existe unidade na batalha, o crente não luta sozinho, embora ele tenha a responsabilibdade de se preparar para enfrentar as batalhas espirituais, mas ele conta com a Igreja. A Igreja é um exército que luta em unidade. Os soldados não vencem as guerras sozinhos, mas precisam do exército. Da mesma forma é com a Igreja.
Jesus pediu aos seus discípulos mais próximos que se juntassem a Ele nessa batalha, mas Jesus foi deixado a lutar sozinho. Mas porque Ele venceu, hoje unidos num só corpo não precisamos lutar mais sozinhos. A forma como isso se processa é a oração, orando uns pelos outros.

2- Oração pelos ministros

No verso 19 Paulo acrescenta ao seu pedido que orem por ele e por seu ministério. Paulo precisava que quando a sua boca fosse aberta que saisse a palavra de Deus e que fosse falada com ousadia, e fazer conhecido dessa forma o evangelho.
Paulo era um ministro do evangelho e por várias vezes eles esteve perante autoridades e lideranças quer fossem romanas, quer fossem judias. As palavras de Paulo e suas ações tinham muito impato pois era como um representante da Igreja de Cristo e por causa do seu ministério ele estava ainda mais sujeito aos ataques do inimigo e poor isso ele reconhece a sua necessidade da oração dos irmãos. Por isso a Igreja toda é como um corpo, composta por diferentes memebros com dons e ministérios diferentes, a igreja precisa de orar uns pelos outros e também pelos seus líderes e ministros.
Paulo se identifica com algo paradoxal. Por um lado é embaixador do reino de Cristo, mas por outro está acorrentado e essa sua condição é por causa de ele proclamar o evangelho, por isso ele precisa de ousadia pois suas circunstância não são fáceis.

3- Envio de notícias

Paulo termina a carta dizendo que está enviando Tíquico que foi quem levou a carta à igreja em Éfeso e foi também quem deu as notícias sobre Paulo à igreja a fim de que esta fosse consolada e animada ao saber como o apóstolo estava.
Esta conclusão da carta manifesta a unidade e o amor que Paulo havia ensinado e exortado a igreja a viver. Essa unidade e amor são importantes para o relcionamentos na igreja, mas também para sermos fortalecidos nas batalhas que enfrentamos.

CONCLUSÃO

Paulo inicia a carta aos Efésios dando a conhecer as riquezas espirituais que os crentes alcançaram em Cristo, fomos escolhidos, amados antes da fundação do mundo. Cristo venceu o poder das trevas morreu e ressuscitou e colocou debaixo de sua autoridade todos os poderes espirituais. Através de seu sacrifício um novo homem foi formado - a sua Igreja, preparada e separada para viver as boas obras. Deixando as roupas velhas e vestindo novas vestes. Mas apesar de todas as bênçãos que a Igreja recebeu e da responsabilidade que tem de viver de forma digna, Paulo alerta no fim da carta que não será fácil pois os nossos inimigos apesar de derrotados ainda têm espaço de manobra. Mas podemos estar certos que Cristo é que está no controle e nada pode nos acontecer sem sua permissão, mas dias maus ainda vão surgir, e por isso o crente precisa de estar preparado pois é dessas lutas que sua fé é fortalecida.
Vestir a armadura de Deus é uma responsabilidade do crente para que as riquezas que lhe foram dadas não sejam roubadas.
Related Media
See more
Related Sermons
See more
Earn an accredited degree from Redemption Seminary with Logos.