BENÇÃO DO SEGUNDO TOQUE

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Tema: A BENÇÃO DO SEGUNDO TOQUE

Texto Base: Marcos 8.22-26
Marcos 8.22–26 BSAS21
Então chegaram a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, rogando-lhe que o tocasse. Jesus tomou o cego pela mão, levou-o para fora do povoado e cuspiu-lhe nos olhos. Depois, impondo-lhe as mãos, perguntou: Vês alguma coisa? E, levantando os olhos, ele disse: Vejo os homens andando, como se fossem árvores. Então Jesus voltou a colocar as mãos sobre os olhos dele, e ele começou a ver claramente e ficou restabelecido, pois enxergava todas as coisas com nitidez. Em seguida, Jesus mandou-o para casa, dizendo: Não entres no povoado.

A BENÇÃO DO SEGUNDO TOQUE

Introdução

No evangelho de Marcos, capítulo 8, versículos 22-26, encontramos um milagre singular de Jesus que nos ensina lições preciosas sobre o processo de cura espiritual e a restauração gradual que Ele opera em nossas vidas. Este milagre, registrado somente neste evangelho, é o único em que Jesus realiza uma cura de forma progressiva, em duas etapas. O evento ocorre na cidade de Betsaida, um lugar onde, anteriormente, Jesus já havia enfrentado resistência e incredulidade. O cego, que é trazido até Jesus, precisa de uma intervenção especial.
A primeira cura não é completa, e isso nos leva a refletir sobre como o processo de restauração espiritual em nossas vidas muitas vezes não é instantâneo. Às vezes, nossa visão espiritual começa turva, e vemos as coisas de forma parcial ou embaçada. O milagre do cego em Betsaida nos ensina que a restauração que Jesus oferece é um processo — um processo que exige paciência, fé e abertura para que Ele continue trabalhando em nós.
Jesus, em Seu amor e misericórdia, não se contenta com uma cura parcial. Ele deseja completar o que começou, e é nesse sentido que o segundo toque de Jesus se torna uma bênção para o cego e, por extensão, para cada um de nós. O segundo toque traz clareza e plenitude, e é isso que Jesus quer fazer em nossas vidas — nos trazer a uma restauração total, onde podemos ver as coisas claramente como Ele as vê.
Este episódio não é apenas sobre a cura de um cego físico, mas sobre a cura das nossas cegueiras espirituais. Ele fala sobre o processo de crescimento e maturidade na fé, onde nem sempre vemos com clareza no começo, mas, à medida que seguimos a Jesus, Ele vai restaurando nossa visão espiritual até que possamos ver distintamente a Sua vontade e o Seu propósito para nossas vidas.
Através desse milagre, Deus nos convida a um processo de restauração contínua. Talvez você esteja em um estágio onde sua visão de Deus, de si mesmo ou do Seu plano para sua vida ainda está um pouco embaçada, mas a boa notícia é que Jesus não desiste de você. Ele está disposto a tocar sua vida novamente, trazendo clareza, entendimento e restauração total.
A passagem de Marcos 8:22-26 é uma das mais intrigantes do Novo Testamento, especialmente por conta do uso do cuspe por Jesus para curar um cego em Betsaida. Vamos explorar isso com profundidade e curiosidade.

📖 O texto (Marcos 8:22-26, resumo)

Jesus chega a Betsaida, e algumas pessoas trazem um cego para Ele curar. Ele leva o homem para fora da aldeia, cuspindo nos olhos dele e impondo as mãos, pergunta se ele vê algo. O homem diz que vê "homens como árvores andando". Jesus então coloca as mãos novamente, e o homem passa a ver claramente. Depois, Jesus manda que ele não entre na aldeia.

🧐 Curiosidades e profundidades:

1. Por que Jesus usou cuspe?

O cuspe, na cultura antiga, era paradoxal: ao mesmo tempo repulsivo, mas também considerado com propriedades medicinais. Em alguns contextos judaicos e greco-romanos, acreditava-se que a saliva de uma pessoa "sagrada" tinha poder de cura.
👉 Em João 9:6, Jesus também usa saliva para curar outro cego — mas ali Ele mistura com barro. Aqui, é diretamente nos olhos.
💡 Possível mensagem simbólica: Jesus está "recriando" a visão do homem, assim como Deus moldou o ser humano com barro (Gênesis 2:7). O cuspe, então, pode remeter à ideia de “criação” ou “restauração” divina.
Aplicação curta:
Jesus usou cuspe — algo comum, até desprezível — para curar. Isso mostra que Deus pode usar o simples, o inesperado, até o repulsivo, para operar o extraordinário. O mesmo Jesus que criou o homem do pó pode recriar a visão com saliva. Ele transforma o que parece fraco em instrumento de restauração. Com Ele, até o improvável vira milagre.

2. A cura foi gradual — por quê?

Essa é a única cura registrada nos Evangelhos que acontece em duas etapas.
🔍 Isso é significativo porque contrasta com outras curas de Jesus, que são instantâneas. Talvez isso mostre que:
Nem toda fé é imediata.
Algumas curas (espirituais ou físicas) envolvem processo.
Pode refletir também a situação dos discípulos, que estavam com visão espiritual "embaçada". Pouco antes disso, Jesus os repreende por não entenderem os sinais (Marcos 8.17–21 “Ao perceber isso, Jesus lhes disse: Por que discutis por não terdes pão? Ainda não compreendeis? Não entendeis? O vosso coração está endurecido? Tendes olhos e não vedes? Tendes ouvidos e não ouvis? Não vos lembrais? Quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Eles responderam: Doze. E quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Eles responderam: Sete. E ele lhes disse: Não entendeis ainda?”
Aplicação curta:
Nem sempre a cura — ou a clareza espiritual — vem de uma vez. Às vezes, Deus trabalha em etapas, assim como Jesus fez com aquele homem cego. Isso nos ensina que o processo faz parte da jornada da fé. Se hoje a sua visão ainda está "embaçada", continue confiando. Jesus não terminou a obra na primeira etapa — e também não vai parar no meio do caminho com você. Ele completa o que começou.

3. Jesus o leva para fora da aldeia

Isso parece ter um significado simbólico e prático.
Pode ser para evitar espetacularização do milagre. Jesus não queria se mostrar, como dizem hoje, não queria ser o amostradinho, ele queria cumprir a missão.
Pode indicar que Betsaida estava sob julgamento (ver Lucas 10.13 “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e Sidom se houvessem realizado os milagres que entre vós se realizaram, há muito tempo elas teriam se arrependido, assentadas sobre a cinza com roupas de saco.” Então talvez seja por isso que Jesus não quis realizar o milagre lá dentro.
Aplicação curta:
Jesus levou o cego para fora da aldeia. Isso nos lembra que, às vezes, para experimentar a transformação de Deus, precisamos sair de ambientes que nos fazem mal — lugares de incredulidade, distração ou até julgamento. Betsaida viu milagres, mas não se arrependeu. Já aquele homem, fora da aldeia, foi curado. Às vezes, o agir de Deus acontece no silêncio, longe dos holofotes. O milagre não é para mostrar, é para transformar.

4. Mandato de silêncio

Depois de curar o homem, Jesus diz: "Não entres na aldeia."
Esse é um padrão encontrado em Marcos — o chamado "Segredo Messiânico", onde Jesus frequentemente manda não divulgar milagres. Isso evita mal-entendidos sobre quem Ele é — não apenas um milagreiro, mas o Messias sofredor.
Aplicação curta:
Depois da cura, Jesus diz: “Não entres na aldeia.” Ele não queria que sua missão fosse reduzida a um show de milagres. O Messias veio para salvar, não só curar fisicamente. Às vezes, o silêncio também é fé — é confiar que a obra de Deus fala por si. Nem todo testemunho precisa ser imediato ou público. Há momentos em que obedecer é simplesmente seguir em silêncio, deixando que Cristo seja revelado no tempo certo.

Aplicação:

Voltando para a ideia central do texto, podemos aplicar para nossas vidas o entendimento de que:
A restauração espiritual é um processo gradual, e não uma experiência instantânea. Às vezes, podemos nos sentir frustrados por não vermos resultados imediatos, mas devemos lembrar que Deus está trabalhando em nós de forma contínua e progressiva. Confie no processo.
Deus tem mais para você. Se você experimentou um toque de Jesus, saiba que Ele deseja completar a obra iniciada em sua vida. Não se contente com uma fé parcial; busque a plenitude de Cristo.
O segundo toque de Jesus é uma bênção de completude. Quando buscamos Jesus para a restauração de nossa visão espiritual, Ele nos dá clareza para enxergar não apenas as circunstâncias, mas também o Seu propósito e Sua verdade.
Não tenha medo de pedir a Jesus um toque adicional. Se sua visão espiritual ainda está turva, peça ao Senhor que traga clareza. Ele está pronto para restaurar completamente.

I. O CEGUEIRA ESPIRITUAL QUE NOS IMPOSSIBILITA DE VER CLARAMENTE (vv. 22-23)

Marcos 8.22–23 BSAS21
Então chegaram a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, rogando-lhe que o tocasse. Jesus tomou o cego pela mão, levou-o para fora do povoado e cuspiu-lhe nos olhos. Depois, impondo-lhe as mãos, perguntou: Vês alguma coisa?

Desenvolvimento:

O encontro de Jesus com o cego em Betsaida traz à tona uma verdade profunda sobre a cegueira espiritual que todos nós enfrentamos, em algum momento, na nossa caminhada de fé. O cego não buscou a cura por conta própria; ele foi levado até Jesus por outras pessoas. Este simples ato de ser levado até Jesus reflete a realidade de muitos de nós: não conseguimos enxergar a verdade espiritual por conta própria. Faltando visão espiritual, precisamos que alguém nos mostre o caminho para Cristo, nos guie até Ele e nos leve até onde a cura pode acontecer.
Este gesto de ser levado até Jesus é simbólico e nos faz refletir sobre como a cegueira espiritual muitas vezes nos impede de perceber o que realmente é importante em nossas vidas. O cego representa as muitas pessoas que, sem o auxílio de alguém que já experimentou a luz da verdade, não conseguem ver a realidade espiritual e, consequentemente, não sabem onde estão espiritualmente. Há uma falta de direção, um vazio que é preenchido quando outros nos conduzem à luz de Cristo.
Quando Jesus toma o cego pela mão e o leva para fora da aldeia, Ele não apenas o separa fisicamente de um lugar de incredulidade e resistência, mas também nos ensina uma lição espiritual. Muitas vezes, a cura espiritual começa com uma separaçãoDeus nos chama a sair de nossos lugares de conforto, dos ambientes que não nos ajudam a ver a vida com clareza, que nos mantêm em uma zona de isolamento espiritual. O primeiro passo para a cura muitas vezes envolve uma distância das influências negativas que cegam nossa visão espiritual.
Jesus, ao conduzir o cego para fora da aldeia, não apenas demonstra o movimento físico, mas também a necessidade de um desprendimento espiritual. Ele sempre nos chama a sair dos nossos limites espirituais, das áreas onde permanecemos cegos, para que possamos entrar em um processo de restauração. A cura verdadeira começa com a separação de tudo que obscurece nossa visão espiritual.
Após ser levado para fora da aldeia, o cego recebe o primeiro toque de Jesus. No entanto, a cura não é instantânea nem completa. Jesus o toca, e ele começa a ver, mas de maneira parcial. O cego relata que agora vê as pessoas como "árvores que andam". Essa descrição revela um estágio inicial da cura espiritual: uma visão turva. O cego começa a perceber algo, mas ainda não vê as coisas com clareza. Ele está em um processo gradual, no qual a visão espiritual ainda está embasada e distante da perfeição.
Esse toque gradual de Jesus nos ensina uma lição importante: a caminhada cristã não é uma experiência instantânea. Muitas vezes, nossa compreensão de Deus e da Sua vontade começa de forma turva, com uma visão que não é totalmente clara. Às vezes, nossa visão da vida cristã é como o cego vendo as "árvores que andam" — podemos ter uma ideia do que é a verdade, mas não conseguimos ainda enxergar o quadro completo.
Um cego de nascença, após receber a visão, descreveu maravilhado como as cores e as formas eram lindas. No entanto, ao compartilhar com aqueles que nunca tinham visto, notou que eles não podiam entender. A cegueira espiritual é parecida — muitos que se encontram em escuridão não percebem o que têm perdido. Precisamos da experiência transformadora de Cristo para abrir nossos olhos e sermos capazes de ver a vida em Sua plenitude.
Muitos cristãos começam sua jornada de fé com uma compreensão limitada do evangelho, e isso é natural. O primeiro toque de Jesus em nossas vidas pode nos dar uma visão parcial das coisas espirituais, mas Ele não nos deixa em um estado de incompletude. O primeiro toque é apenas o começo de uma restauração mais profunda que Ele quer realizar.

"Às vezes, a fé começa turva, mas com o segundo toque, ela se torna clara."

Aplicação:

Somos todos como o cego: Em nossa jornada de fé, muitas vezes não conseguimos enxergar a realidade espiritual por conta própria. Precisamos de outros que nos conduzam a Cristo. Como temos sido instrumentos de Deus para guiar outros à cura e à verdade?
Jesus nos chama para fora das zonas de conforto: O primeiro passo para a cura espiritual pode envolver a separação de ambientes e atitudes que nos cegam. Em que áreas da sua vida você precisa se distanciar para que sua visão espiritual seja restaurada?
A cura espiritual é um processo gradual: Não desanime se sua visão espiritual ainda estiver turva. O primeiro toque de Jesus pode não trazer clareza completa, mas Ele está trabalhando em você. Confie no processo, porque Ele deseja restaurar sua visão por completo.

II. O PRIMEIRO TOQUE DE JESUS – A CURA INCOMPLETA (v. 24)

Marcos 8.24 BSAS21
E, levantando os olhos, ele disse: Vejo os homens andando, como se fossem árvores.

Desenvolvimento:

A reação do cego ao primeiro toque de Jesus é profundamente significativa. Após o toque inicial, ele relata que pode ver algo, mas sua visão ainda está distorcida. Ele vê os homens, mas os vê como árvores que andam, uma metáfora que revela que sua visão está embaçada e parcial. Ele ainda não consegue ver claramente a realidade; há confusão em sua percepção, como se as pessoas fossem confundidas com árvores, algo que ele conhece, mas não totalmente.
Este episódio ilustra uma experiência comum na jornada espiritual de muitos cristãos após sua conversão. Quando alguém encontra Jesus pela primeira vez, há uma mudança em sua vida — uma experiência de fé inicial — mas a visão espiritual ainda não está totalmente clara. A pessoa começa a ver, mas não enxerga completamente o plano de Deus para sua vida. A fé é gerada, mas o entendimento de como viver essa fé ainda está em um processo de amadurecimento. A visão de Deus, de si mesmo e dos outros, começa a se formar, mas o quadro completo da vida cristã não é ainda perceptível.
Esse estágio de visão parcial é uma parte natural e necessária do crescimento espiritual. Não devemos desanimar se, após nossa conversão, nossa compreensão de Deus e de Sua vontade ainda parece embaçada. Assim como no caso do cego, o primeiro toque de Jesus pode nos dar uma percepção inicial, mas não traz imediatamente a clareza completa. Deus sabe que o processo de restauração é gradual, e Ele é paciente conosco enquanto crescemos em fé e compreensão.
O que é ainda mais notável é que Jesus não se contenta com uma cura parcial. Ele poderia ter deixado o cego com a visão embaçada, mas Ele não faz isso. O primeiro toque é um passo, mas Jesus reconhece que há mais a ser feito. Essa persistência de Jesus nos ensina que, embora a cura de nossa visão espiritual comece de forma parcial, Ele nunca desiste de nós. Mesmo quando nossa compreensão ainda é imperfeita e a visão espiritual turva, Ele continua a trabalhar em nós, conduzindo-nos a uma restauração completa.
Imagine um pintor que fez uma obra-prima, mas ao terminar, percebe que algumas partes da tela ainda estão inacabadas. A beleza da pintura completa é o que ele realmente almeja. Assim, Jesus curou o cego, mas a cura não estava completa. Até mesmo nossos encontros com Deus podem ser assim: podemos sentir Sua presença, mas a obra em nós pode ainda estar em andamento. Ele está continuamente aperfeiçoando nosso ser!
Jesus é constante em Sua obra de cura e restauração, e Ele não nos abandona na metade do caminho. Ele continua a nos tocar e a nos transformar até que a cura completa seja realizada. O cego ainda não está curado completamente, mas a ação de Jesus não é um gesto momentâneo, é um processo contínuo de restauração. Da mesma forma, em nossa caminhada com Cristo, a cura espiritual que Ele inicia em nós é um processo gradual, que Ele leva a cabo até que todas as áreas da nossa vida sejam restauradas.

"A cura de Cristo pode ser gradual, mas Ele nunca se contenta com uma cura parcial."

Aplicação:

A fé começa com uma visão parcial: Quando nos encontramos com Cristo pela primeira vez, muitas vezes nossa visão espiritual ainda é embaçada. Precisamos ter paciência conosco mesmos e confiar que Deus está nos guiando a uma compreensão mais profunda de Sua vontade.
O processo de cura é gradual, mas Jesus nunca desiste de nós: Assim como Jesus não deixou o cego em sua visão parcial, Ele também não nos abandona quando nossa fé ainda é imatura ou incompleta. Mesmo quando nossa compreensão de Deus é parcial, Ele continua trabalhando em nós.
A paciência no processo: A jornada cristã é uma gradual restauração de nossa visão espiritual. Devemos ser pacientes enquanto Deus nos transforma, sabendo que Ele está completando a obra que começou. Não devemos nos desesperar se, no começo, a nossa visão espiritual não for clara — a clareza vem com o segundo toque de Jesus.

III. O SEGUNDO TOQUE DE JESUS – A COMPLETA RESTAURAÇÃO (vv. 25-26)

Marcos 8.25–26 BSAS21
Então Jesus voltou a colocar as mãos sobre os olhos dele, e ele começou a ver claramente e ficou restabelecido, pois enxergava todas as coisas com nitidez. Em seguida, Jesus mandou-o para casa, dizendo: Não entres no povoado.

Desenvolvimento:

O segundo toque de Jesus no cego marca o momento de restauração completa. Após o primeiro toque, o cego experimentou uma visão parcial, mas ainda turva — ele via as pessoas como "árvores que andam". No entanto, com o segundo toque, sua visão foi totalmente restaurada. Agora, ele não apenas vê, mas vê claramente, com uma compreensão distinta de tudo ao seu redor.
Esse segundo toque é simbolicamente poderoso: ele não apenas restaura a visão física do cego, mas representa a plena restauração espiritual que Jesus deseja operar em nossas vidas. Muitas vezes, nossa primeira experiência com Cristo nos traz uma mudança, mas pode ser apenas um começo. A verdadeira clareza espiritual, o entendimento profundo do plano de Deus para nossas vidas, muitas vezes vem gradualmente, à medida que crescemos na fé.
O cego experimenta uma restauração completa, e sua visão é agora nítida e clara. Esse segundo toque é necessário para completar o que foi iniciado, e é assim que a obra de Cristo em nós acontece: Deus não nos deixa em um estado parcial ou incompleto. Ele deseja restaurar não apenas parcialmente, mas totalmente — trazer clareza, entendimento profundo e transformação completa.
O segundo toque de Jesus também é um símbolo da plenitude do Espírito Santo em nossas vidas. À medida que nos aprofundamos em nossa jornada cristã, a obra do Espírito Santo vai nos transformando, nos dando novos olhos espirituais para ver a realidade de uma forma mais clara. Passamos a ver as circunstâncias, os outros e até nós mesmos, à luz da verdade de Deus. A visão espiritual é restaurada, e com ela, a capacidade de entender e viver conforme o plano perfeito de Deus para nossas vidas.
Um cristão estava em um campo, observando o pôr do sol. Ele percebeu que, enquanto o sol se punha, algumas árvores eram apenas silhuetas contra um fundo brilhante. Sem a luz do sol, ele não podia ver os detalhes. Assim como Jesus deu ao homem a visão espiritual em etapas, às vezes temos que esperar pela luz de Cristo em nossas vidas para ver a beleza e a verdade em nossa caminhada, revelando mais do que apenas sombras.
Jesus nunca se contenta com uma cura parcial. Assim como Ele não deixou o cego com uma visão turva, Ele não nos deixa no meio do caminho. O segundo toque é a plenitude da obra de Deus, a completa restauração espiritual. Ele quer que enxerguemos claramente, que tenhamos compreensão plena do Seu propósito e da Sua vontade, para que possamos viver em plenitude e andar em Sua verdade.

"O segundo toque de Jesus traz a visão plena, a compreensão clara e a restauração completa."

Aplicação:

A caminhada cristã é um processo contínuo: O primeiro toque de Jesus nos dá uma nova perspectiva, mas o segundo toque é necessário para que nossa visão espiritual seja completamente restaurada. Você tem permitido que Deus continue Sua obra em sua vida, trazendo clareza onde ainda há confusão?
O segundo toque é o toque da plenitude: Assim como o cego passou de uma visão parcial para uma visão clara e completa, Deus deseja que vivamos com uma compreensão clara de Sua vontade e propósito. Em que áreas da sua vida você precisa pedir a Deus por essa visão completa?
O Espírito Santo é o agente da restauração plena: O segundo toque também aponta para a obra do Espírito Santo em nossa vida. Ele nos dá olhos espirituais para ver a realidade como Deus vê. Como você tem cultivado sua relação com o Espírito Santo para permitir que Ele traga clareza e profundidade à sua vida espiritual?
Nunca se contente com uma fé parcial: Deus quer que você tenha clareza em Sua vontade e que viva de acordo com ela. Se sua visão espiritual ainda está turva, busque o segundo toque de Jesus — Ele tem o poder de restaurar sua visão e dar-lhe um propósito claro.

Conclusão:

A história do cego de Betsaida nos ensina uma lição preciosa sobre o processo de cura espiritual. Muitas vezes, a restauração completa não acontece de uma só vez. O primeiro toque de Jesus pode nos trazer uma visão parcial — um início de entendimento, mas uma visão ainda embaçada da verdade de Deus. No entanto, Jesus nunca se contenta com uma cura incompleta. Ele volta para nós, nos toca novamente e traz clareza. O segundo toque de Jesus é onde a cura completa acontece, e a nossa visão espiritual é restaurada com distinção e clareza.
Em nossa jornada de fé, todos passamos por diferentes estágios de cura e crescimento espiritual. Você pode estar em um momento onde sua visão espiritual ainda está embaçada — talvez você não entenda completamente a vontade de Deus ou ainda veja as coisas de forma distorcida. Mas o mais importante é saber que Jesus não desiste de nós. Ele continua tocando nossa vida, nos guiando e restaurando, até que nossa visão esteja completamente clara.
O segundo toque de Jesus é a benção da restauração total. Ele não apenas cura nossa visão física, mas também restaura nossa visão espiritual, permitindo-nos ver o mundo, a vida e a verdade de Deus como realmente são.
Jesus tem mais para você. Ele quer levar você de uma visão parcial para uma visão plena da Sua vontade. Não se contente com uma fé incompleta. O processo de cura pode ser gradual, mas Ele nunca desiste de nos transformar.

Aplicações finais:

Não se contente com uma fé incompleta. Jesus tem mais para você! Se sua visão espiritual ainda está embaçada, busque o segundo toque de Cristo. Ele está pronto para trazer clareza e plenitude à sua vida espiritual. Permita que Ele complete Sua obra em você.
Não desista quando a visão espiritual parecer embaçada. Se você está passando por um momento de dúvida ou confusão espiritual, lembre-se: Jesus não desiste de você. Ele continua trabalhando até que a restauração seja completa. Você pode estar em um processo, mas Ele já está ao seu lado.
Caminhe com Jesus até que sua visão espiritual seja clara. Não tenha pressa para entender tudo de uma vez. Caminhe com Ele. Ele deseja que você veja a vida, a verdade e o Seu plano com os olhos d'Ele. Confie no processo, pois, ao final, você verá as coisas como Ele vê.
Conclusão final com a canção “Poder do Teu Amor”
A cura do cego em Betsaida não foi instantânea, mas foi profunda. Ela nos lembra que o toque de Jesus vem em camadas — primeiro nos despertando, depois nos clareando, e por fim, nos revelando a plenitude da visão espiritual. A jornada com Cristo é assim: um processo de transformação contínua, onde cada toque dEle nos molda e nos aproxima da verdade.
E é exatamente isso que a canção “Poder do Teu Amor” expressa com tanta beleza:
"Senhor, eis-me aqui, vem transformar meu ser No fluir da graça que encontrei em Ti..."
É nesse fluir da graça que somos tocados. É nesse amor que somos curados. Quando Jesus toca nossos olhos — e o nosso coração — Ele não só nos faz ver melhor, Ele nos leva para mais perto dEle.
"Espero em Ti e subo como águia Nas asas do Espírito Contigo voarei, no poder do Teu amor"
Quando nossa visão espiritual é restaurada, voamos alto, livres da confusão, da dúvida, da cegueira espiritual. Vemos com os olhos do céu. O amor de Cristo nos atrai, nos envolve, e nos eleva acima das limitações humanas. E, como o homem curado por Jesus, também somos convidados a sair da aldeia da incredulidade e caminhar para um lugar onde a nossa visão é clara — um lugar onde vemos a vida pelos olhos do Espírito.
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