Viva para cumprir a sua missão! Jo 4.31-42

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Viva para cumprir a sua missão! Jo 4.31-42

Introdução

contexto:

Introdução:
Contexto:
A passagem de João 4.31-42 ocorre logo após o encontro de Jesus com a mulher samaritana junto ao poço de Jacó, na região de Sicar, Samaria.
Jesus, cansado da viagem, se assenta junto ao poço enquanto seus discípulos vão até a cidade comprar comida. É então que uma mulher samaritana se aproxima para tirar água, e Jesus inicia um diálogo com ela. Que foi o que vimos nos dois últimos domingos. A mulher reconhece Jesus como o Messias e vai anunciar a povo da cidade.
Enquanto isso, os discípulos retornam da cidade e se espantam ao ver Jesus conversando com uma mulher, e ainda mais, com uma samaritana.
Dentro desse contexto, o versículo 31 marca o início de uma nova cena que se conecta diretamente com o diálogo anterior, onde o foco muda do testemunho da mulher para a lição que Jesus quer ensinar aos seus discípulos sobre a urgência da missão, o papel de cada trabalhador na colheita do Reino, e o impacto da sua obra entre os samaritanos.
Jesus ensina aos discípulos que o tempo da missão é agora, e que a vontade do Pai é salvar o mundo.
por isso, Viva para cumprir a sua missão!
FDT: Como você deve cumprir sua missão?
1° Vivendo em obediência ao Pai (Jo 4:31–34)
Os discípulos, que haviam ido buscar comida (João 4:8), voltam e se espantam ao encontrar Jesus conversando com uma mulher — e, ainda por cima, uma samaritana. Enquanto isso, a mulher, agora confiante de que havia encontrado o Salvador, corre para a cidade a fim de chamar outras pessoas.
Enquanto a samaritana anunciava Cristo aos moradores, os discípulos insistiam para que Jesus comesse, pois sabiam que Ele estava faminto. Mas Jesus estava totalmente focado em sua missão. Sempre que surgia uma oportunidade, Ele a abraçava e cumpria com excelência.
Veja como Jesus foi habilidoso em aproveitar cada momento. Enquanto os discípulos iam até a cidade, seu diálogo com a mulher foi profundo e edificante, e quando ela saiu para chamar o povo, sua conversa com os discípulos foi igualmente instrutiva. Jesus estava concentrado no que é eterno — a vontade do Pai.[1]
Mesmo cansado da viagem, Jesus tinha todos os motivos para apenas descansar. Ele era plenamente homem: sentia fome, sede, fadiga. Porém, ao invés de se render ao cansaço, Jesus se dedicava à missão para a qual foi enviado.
Ilustração: Vocês já devem ter passado por uma situação em que estavam em uma reunião ou compromisso, e o tempo foi se estendendo até ultrapassar a hora do almoço. A fome começa a apertar, as pessoas perdem a paciência, e o clima desanda. No final, ninguém quer saber de resolver mais nada, porque o estômago fala mais alto. Com Jesus foi diferente. Ele deixou de lado sua fome e sede para cumprir o propósito que o Pai lhe havia confiado. Sentado junto ao poço, cansado e com sede, Jesus encontrou na oportunidade de salvar almas um alimento que lhe dava mais satisfação do que qualquer refeição.
Meus irmãos, Jesus tinha fome e cansaço como qualquer um de nós. No entanto, fazer a vontade de Deus era o seu verdadeiro alimento. Realizar a obra do Pai era para Ele motivo de alegria e satisfação. Nenhum faminto desejou tanto uma refeição, nem um banqueteiro apreciou tanto as iguarias, quanto Jesus desejava e se alegrava em alcançar e transformar vidas.[2]
Naquele momento, os discípulos não entenderam. Eles até se perguntaram: “Será que alguém trouxe comida para Ele?” (João 4:33). É curioso, porque foi uma dúvida semelhante à da mulher samaritana. Quando Jesus lhe falou da "água viva", ela também não compreendeu e perguntou: "Senhor, tu não tens com que tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?" (João 4:11).
Ambos — a mulher e os discípulos — não entenderam de imediato as palavras de Jesus.
Então Jesus explicou claramente: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.” (João 4:34)
Essa resposta lembra a afirmação que Jesus fez na primeira tentação no deserto: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” (Mateus 4:4)
O Evangelho de João deixa claro que a vida de Jesus foi um contínuo ato de obediência ao Pai, que culminou em sua entrega total na cruz (João 17:4).
Aplicação:
Meus irmãos, o Pai confiou ao Filho uma missão — e Jesus não apenas começou essa obra, mas foi fiel até o fim. Ele mesmo declarou em oração: “Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer”(João 17:4).
E quando, na cruz, Ele disse: “Está consumado” — não era apenas o fim de sua vida, mas a certeza de que havia concluído com perfeição a tarefa que o Pai lhe confiou.[3]
Agora pense: E nós? Quantas vezes começamos algo com entusiasmo, mas não levamos até o fim? Jesus nos deixou um exemplo claro e simples: cumprir a vontade do Pai é uma prioridade que exige foco até a conclusão.
Como devemos seguir esse exemplo?
Com dedicação e esforço, como quem entende que isso é um trabalho sério.
Com alegria e prazer, como quem reconhece que isso é um privilégio, não um peso.
Com perseverança, não apenas começando bem, mas terminando o que Deus nos confiou.[4]
Aqueles que fazem da missão o seu trabalho colocam isso acima das suas próprias necessidades. Foi assim com o servo de Abraão, que não quis comer antes de concluir sua missão (Gênesis 24:33). Foi assim com Samuel, que não descansou enquanto Davi não foi ungido (1 Samuel 16:11).
E é assim que deve ser conosco. Seguir a Cristo é fazer da vontade de Deus o nosso verdadeiro alimento — nossa prioridade diária, nossa satisfação, nossa meta.
FDT: Como você deve cumprir essa sua meta?
2° Vivendo com olhos atentos ao agora (Jo 4:35–38)
Jesus continua o diálogo e ensina que eles precisavam aprender a valorizar o presente. Ele os chama a perceber que estavam vivendo um momento especial — o tempo da colheita, o tempo do Evangelho. Essa era uma oportunidade que não voltaria, por isso precisava ser vivida com propósito e dedicação. Os discípulos deveriam se unir a Ele nessa missão, trabalhando juntos na colheita de almas para o Reino de Deus.
Então Jesus diz: 35 Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? A maioria dos estudiosos entendem essa frase como um provérbio da época, que poderia se referir tanto a um período específico do ano quanto a uma observação comum sobre o intervalo entre o plantio e a colheita.
Mas o objetivo de Jesus era claro: Ele usa esse provérbio para contrastar a expectativa humana de “esperar” com a realidade espiritual do momento — a colheita já estava pronta!
Eu, porém, vos digo: erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa. Muito provavelmente, Jesus se referia aos samaritanos que, após ouvirem o testemunho da mulher samaritana, estavam vindo até Ele. Ao olhar para aquela cena, Jesus ensina aos discípulos que havia muito trabalho a ser feito. Enquanto eles ofereciam comida a Jesus, Ele respondia com uma lição muito mais importante: “Olhem! Vejam quantas pessoas estão vindo! Este é o verdadeiro alimento.”
Na linguagem bíblica, a colheita frequentemente simboliza o fim dos tempos e o ajuntamento do povo de Deus (cf. Isaías 27:12; Joel 4:13; Mateus 13:24–30; Apocalipse 14:14–16). Mas aqui, Jesus afirma que o tempo da colheita é agora —as pessoas estão prontas para entrar no Reino de Deus.[5]
Imagino que, ao se aproximarem de Sicar, os discípulos pensaram: “Não pode haver colheita aqui! Esses samaritanos desprezam os judeus e jamais aceitariam nossa mensagem.” Mas Jesus lhes mostrou o contrário: aquele campo estava pronto para a colheita, só faltavam trabalhadores dispostos. Muitas vezes, quando se trata de evangelizar, nossa impressão é sempre a mesma: “Esse não é o lugar, nem a hora certa!” Mas é preciso fé para lançar a semente e coragem para agir, mesmo quando tudo parece desfavorável.
É motivador saber que existe um tempo certo para trabalhar para Deus — e esse tempo é agora! Se deixarmos passar, o fruto se perde. Por isso, precisamos aproveitar as oportunidades que Deus nos dá hoje, sem adiar.
Além disso, Jesus reforça que quem trabalha para Ele recebe recompensa: Jesus diz:  “O ceifeiro recebe desde já a recompensa e entesoura o seu fruto para a vida eterna; e, assim, se alegram tanto o semeador como o ceifeiro.”
O Senhor nunca deixa nenhum esforço sem valor. Quem se dedica a essa missão colhe frutos que duram para sempre — ajudando outras pessoas a encontrarem a salvação e fortalecendo a própria fé.
E o melhor: servir a Deus traz alegria! Tanto quem planta quanto quem colhe se alegram juntos. Não importa se você começou ou terminou a tarefa — todos os que servem de coração compartilham da mesma alegria.[6]
Jesus conclui dizendo. Eu vos enviei para ceifar o que não semeastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.
O trabalho cristão nunca é um esforço solitário, desvinculado da obra de Deus. Os cristãos são chamados a ir onde Deus já “fez o trabalho duro” e, nesse lugar, colher a colheita.[7]
Aplicação:
Deus nos chama a viver com os olhos abertos para o agora. Muitas vezes, adiamos atitudes pensando: “Ainda não é o momento”, “as pessoas não estão prontas” ou “mais tarde eu falo de Jesus”. Mas a verdade é que o tempo de agir é hoje!
Assim como os discípulos, precisamos enxergar as oportunidades que Deus coloca diante de nós — pessoas sedentas pela verdade, situações que pedem coragem para testemunhar e servir. Se esperarmos demais, o tempo passa e os frutos se perdem.
Além disso, essa missão não é solitária. Outros já semearam, outros prepararam o terreno, e agora Deus nos chama a fazer nossa parte. Quando trabalhamos para o Reino, Deus garante que nenhum esforço é em vão, e além de recompensar, Ele nos concede uma alegria que não se compara — ver vidas sendo transformadas.
Então, que você não fique apenas esperando o "momento perfeito", porque ele já chegou. Olhe ao redor, enxergue os campos e se junte a Jesus na colheita!
Jesus nos chama a abrir os olhos e aproveitar o agora, porque o tempo de agir é hoje. Mas além de enxergar as oportunidades e trabalhar com dedicação, é preciso também viver de forma que a nossa própria vseja um testemulho vivo.
FDT: por isso, em ultimo lugar, vc deve cumprir a sua missão:
3° Vivendo como um testemunho vivo (Jo 4:39–42)
No versículo 28, a mulher deixou o seu cântaro, foi à cidade e falou aos outros sobre Jesus. Agora, no texto que lemos, ela volta acompanhada por muitos samaritanos que creram na sua mensagem e decidiram ir até Jesus.
A mulher samaritana não fez nenhum curso de evangelismo antes de falar de Cristo. Ela simplesmente compartilhou com as pessoas aquilo que tinha experimentado com Jesus.
No versículo 29, ela diz: “Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?!”
Essa é uma frase típica do Evangelho de João, que sempre usa esse convite “Vinde e vede”:
João 1:39 — Jesus disse aos discípulos: “Vinde e vede”.
João 1:46 — Filipe disse a Natanael: “Vem e vê”.[8]
Agora, a mulher repete o mesmo convite aos samaritanos. E o resultado é maravilhoso: eles foram até Jesus, ouviram-no e pediram que Ele ficasse com eles. Jesus aceitou o convite e permaneceu ali por dois dias. Esses dois dias foram suficientes para que os habitantes de Sicar compreendessem, por si mesmos, que o testemunho da mulher era verdadeiro. E então eles próprios declararam: “Agora cremos, pois sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.”
Meus irmãos, a mulher samaritana era conhecida por sua má reputação. Muitos nem se aproximavam dela. E, no entanto, o seu testemunho foi simples: “Ele me disse tudo quanto tenho feito.”
Imagine se um amigo seu chegasse dizendo que um homem revelou todos os seus pecados. O que você faria? Provavelmente ficaria com receio de ir até ele. Mas, no caso dos samaritanos, foi o contrário: eles correram esse risco, porque entenderam que estavam diante de alguém que vinha da parte de Deus. Tudo isso por causa da transformação que viram na vida de uma única mulher — alguém insignificante aos olhos da sociedade.
Nosso Salvador, ao instruir uma simples mulher, alcançou uma cidade inteira. Assim como Filipe, que pregou o Evangelho a um único aristocrata na estrada, e este, ao crer, levou a mensagem de Cristo para sua região.
Meus irmãos, não precisamos fazer algo grandioso para pregar o evangelho! O exemplo da mulher samaritana é claro: seu testemunho simples e verdadeiro foi suficiente para tocar corações. Não é sobre impressionar as pessoas, mas sobre anunciar que Cristo pagou a dívida dos nossos pecados!
Muitos se reuniriam ao redor de alguém que lhes contasse o futuro. Mas aqueles samaritanos procuraram alguém que expôs seus erros e pecados. Mesmo sem terem visto milagres, e apesar da rivalidade entre judeus e samaritanos, eles rogaram que Jesus permanecesse com eles — enquanto muitos judeus, que viram os sinais, o rejeitaram.
Veja como o Evangelho não depende das probabilidades humanas! Muitas vezes, quem menos esperamos é quem mais se rende ao chamado de Cristo. Os samaritanos, que normalmente se recusariam até a deixar Jesus atravessar suas terras (Lucas 9:53), agora fizeram o oposto: pediram que Ele permanecesse com eles.[9]
Aplicação:
Meus irmãos, essa história nos ensina que não precisamos ser grandes pregadores, nem ter um passado perfeito, para sermos instrumentos nas mãos de Deus. A mulher samaritana era alguém simples, marcada por erros, rejeitada pela sociedade — e mesmo assim, foi através dela que uma cidade inteira conheceu o Salvador.
Na nossa rotina, muitas vezes achamos que precisamos esperar o momento certo, a formação certa, ou que precisamos ter uma vida perfeita para falar de Jesus. Mas o texto nos mostra que basta um coração sincero e uma fé verdadeira. Seu testemunho não precisa ser grande, ele só precisa ser real.
Assim como aquela mulher, que apenas compartilhou o que viveu, você pode começar essa semana:
— com seu colega de trabalho,
— com um vizinho,
— com um parente,
— ou com um amigo.
Portanto, não se esconda por vergonha, nem se limite esperando se tornar alguém "melhor" para falar de Jesus. A mulher samaritana nos lembra que Deus usa vasos frágeis, e quanto mais sincero for o nosso testemunho, mais poderosamente Ele age.
Que a sua vida seja como a dela — um convite vivo que diz: “Vinde e vede!” E que, assim como aqueles samaritanos, muitos possam chegar até Jesus e dizer: “Agora cremos, não apenas pelo que nos disseram, mas porque nós mesmos o ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.”
Conclusão: Conclusão:
Queridos irmãos, a história da mulher samaritana e dos discípulos nos ensina que cumprir nossa missão exige três atitudes claras:
Viver em obediência ao Pai, fazendo da vontade de Deus a nossa prioridade diária, como Jesus fez, mesmo cansado e com fome.
Viver com olhos atentos ao agora, percebendo que as oportunidades de servir, evangelizar e amar estão diante de nós hoje — não amanhã, não quando for mais fácil, mas agora.
Viver como um testemunho vivo, permitindo que nossa própria vida mostre ao mundo a transformação que Cristo opera em quem se entrega a Ele.
O mundo está cheio de pessoas sedentas, buscando algo que preencha o vazio do coração. Deus conta conosco para mostrar o caminho — não com palavras bonitas, mas com uma vida alinhada ao Evangelho, com um coração disposto e mãos prontas para servir.
Afinal, o tempo é agora.
Os campos estão prontos.
A missão é nossa.
E o exemplo é Jesus!
[1] - comentario de matteu henry
[2] comentario matteu henry
[3]  NIV APPLICATION pag 150 perlego
[4] Matteu henri
[5]Word biblical 63
[6]Matteu henri
[7] [7] NIV APPLICATION pag 150 perlego
[8]NIV application
[9]Matteu Henry
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