O Que Deus diz Sobre as Riquezas
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Tiago 5.1-6.
O que acontecerá com os que amam as riquezas (v.1)
Você já se apaixonou pelo dinheiro? Já se apaixonou pelas riquezas?
O assunto destes versos é o dinheiro e amor a ele. Tiago se dirige aos opressores, aqui está havendo uma opressão por parte dos ricos para com os pobres. É importante destacar que o pobres são constituídos aqui de pobres se são cristãos, já os ricos aqui são ricos que não são cristãos.
V.1 - Tiago chama eles, e diz atendei, agora, chorai lamentando por causa das vossas desventuras, que vos sobrevirão.
Chorem e lamentem pelas misérias ou desgraças que vocês estão a caminho, pois é isso que espera vocês.
Os ricos estavam causando sofrimento aos pobres cristãos, contudo, o julgamento estava a espera deles, contudo, Tiago afirma que isso era ainda futuro, pois ainda iria vir sobre eles.
Tiago afirma que eles deveriam no presente chorar e lamentar, principalmente falando sobre a questão do sofrimento provocado sobre a vida dos pobres cristãos.
Mas, os ímpios são constantemente chamados a atenção para abrir os olhos sobre a realidade do julgamento eterno, porém, isso é uma realidade, muitos são os ricos e opressores que por causa que Deus é misericordioso e que seu juízo as vezes parece demorado, eles se acostumam com a ausência de uma castigo imediato, e desprezam que Deus está sendo paciente mas que isso tem um tempo limite.
Tiago aqui está apenas dando uma sentença aos ricos opressores e ímpios, está declarando a verdade que iria ocorrer com eles, eles seriam julgados por Deus.
Deixe-me ilustrar um pouco sobre isso com uma história que Jesus nos contou:
Lucas 16.19–25 “Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.”
Tiago declara o julgamento divino sobre os ricos, e eles não têm como escapar. Recebem sua recompensa, por assim dizer, na forma de uma maldição. A vida de luxo dos ricos está prestes a tornar-se uma vida repleta de miséria que inclui sofrimento, a “dor causada por doenças físicas.
Mas, esses ricos estavam se divertindo com suas riquezas as custas de opressão e do sofrimento que eles estavam causando na vida dos pobres crentes, e ainda, toda a riqueza deles era fruto corrupção. Mas, eles deveram estar chorando e lamentando, pois o juízo os aguarda, e este juízo é certo.
Ainda temos outra ilustração que fala sobre isso no livro de Jó:
Jó 20.15–19 “Engoliu riquezas, mas vomitá-las-á; do seu ventre Deus as lançará. Veneno de áspides sorveu; língua de víbora o matará. Não se deliciará com a vista dos ribeiros e dos rios transbordantes de mel e de leite. Devolverá o fruto do seu trabalho e não o engolirá; do lucro de sua barganha não tirará prazer nenhum. Oprimiu e desamparou os pobres, roubou casas que não edificou.”
Mas, Tiago ainda nos dá uma versão ilustrada sobre esse juízo de Deus
Como será o juízo (v.2-3)
V.2 - Tiago está afirmando que as riquezas corruptas que os ricos adquiriram, as roupas, o ouro, a prata elas são inutilmente preservadas. Pois eles guaram dinheiro, guardam roupas, ouro e prata, mas de nada serve, pois as roupas estão sendo comidas pela traça, o ouro e a prata estão sendo gastos por ferrugem.
V.3 - Ainda Tiago diz que as próprias riquezas no dia da ira, do dia do julgamento vão se virar contra eles e servir de testemunho contra eles. Elas serão testemunhas, e a ideia é que o ferrugem servirá para comprovar que por muito tempo os ricos guardaram o ouro e a prata e assim acumularão esse tesouro em seus depósitos e cofres, mas enquanto isso os pobres estavam sendo oprimidos e mal pagos pelos ricos, o dinheiro ficou lá guardado, parado, cheio de teias de aranha e começaram a enferrujar até o dia do juízo que tudo estará enferrujado e servirá como prova para seu julgamento.
Não termina por ai, as riquezas dos ricos servirá como se fosse um carrasco pra eles, pois irão devorar, como fogo, as vossas carnes.
Os ricos que amarem as riquezas e assim viverem oprimindo os pobres, esses serão julgados, condenados e serão lançados no fogo eterno. É como se o ferrugem das riquezas servisse como lenha para o fogo do inferno sobre eles. E assim, o ferrugem das riquezas será como um câncer corrói a alma daqueles que amam as riquezas.
Aqui temos um a ironia, esses ricos acumularam para si tanto dinheiro, tantas riquezas, cuidaram delas como se fosse seu bebê, e assim deixaram que elas crescessem e crescessem, e quando chegar no fim, elas darão as costas e ainda irá servir para os destruir por toda eternidade. Lembramos o que Tiago falou no primeiro capítulo.
Tiago 1.14–15 “Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.”
Eles por gastaram sua vida acumulando riquezas, tesouros acumularam nos últimos dias.
Jesus advertiu sobre isso:
Mateus 6.19–21 “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”
Mateus 6.33 “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
Os últimos dias são agora, o Reino de Deus já chegou, Cristo inaugurou seu Reino, e não podemos deixar isso passar desapercebido, portanto, isso aqui se aplica a todos hoje, todos os que gastam sua vida perseguindo as riquezas e os bens, e que se esquecem que Deus inaugurou seu Reino por meio de seu Filho e que não o têm como sua prioridade.
O motivo do juízo (v.4-6)
V.4 - Deus ouviu o clamor dos trabalhadores, os pobres cristão que estavam sendo oprimidos, pois os ricos estavam retendo o salário deles com fraude.
Naquela época esse trabalho era comum, muitos pobres trabalhavam e lavouras de ricos, e isso é uma prática comum. Os trabalhadores cuidavam da terra, plantavam, colhiam e ceifavam.
Ao que parece, a estação da colheita terminou, os campos estão vazios e os celeiros dos ricos estão lotados dos frutos da terra. Apesar de não sabermos ao certo, é possível que os leitores da epístola estivessem entre aqueles que colheram nos campos dos ricos proprietários de terras.
E eles deixaram de pagar o salário.
Como assim?
Os empregados eram trabalhadores diaristas que tinham um acordo com o patrão para receber o pagamento diariamente e que esperavam ser pagos no final de cada dia (Mt 20.8).
Para isso, se tinha uma lei da época de Moisés que determinava para os patrões: Eles deveriam ser pagos no mesmo dia em que trabalharam, era proibido pagar no dia seguinte. Assim como era proibido a opressão e a corrupção do salário deles.
Deuteronômio 24.15 “No seu dia, lhe darás o seu salário, antes do pôr do sol, porquanto é pobre, e disso depende a sua vida; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado.”
Malaquias 3.5 “Chegar-me-ei a vós outros para juízo; serei testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o salário do jornaleiro, e oprimem a viúva e o órfão, e torcem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos.”
O texto ainda nos diz que o salário dos oprimidos está clamando, e esse clamor chegou aos ouvidos do Senhor do Exércitos, o Deus Todo Poderoso, aquele que ouve a voz dos injustiçados, o Deus que tem poder e força para castigar vocês, pois os pobres não tem poder nem força, mas o Deus deles sim, este não terá por inocente o culpado pela injustiça.
Seus clamores, suas orações foram ouvidas, eles clamaram ao Deus Todo Poderoso e Ele ouviu, e deste modo até o salário retido por fraude servirá de denúncia contra os ricos materialistas e egoístas que serão julgados e castigados pelo Senhor dos Exércitos.
V.5 - Tiago condena aqui o viver regaladamente, mas não é o desfrutar simplesmente dos prazeres corretos que Deus proporciona que tenhamos nesta vida, mas sim de viver regaladamente à custa de riquezas que é fruto de corrupção, de fraude, de acumulo de riquezas ilicitamente enquanto o pobre sofre nos campos pelo salário retido por fraude. Eles tem vivido nos prazeres, Jesus retratou o homem rico “que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e que todos os dias se regalava esplendidamente” (Lc 16.19) como sendo um homem digno do castigo do inferno, não por aquilo que havia feito, mas por aquilo que havia deixado de fazer, isto é, o rico havia deixado de amar a Deus e de cuidar do seu próximo, Lázaro. Esse era o seu pecado.
Numa outra parábola, Jesus descreve um jovem imoral que “dissipou todos os seus bens vivendo dissolutamente” (Lc 15.13). De acordo com o irmão desse jovem, ele desperdiçou o dinheiro com prostitutas (v. 30). Essa era a vida que levavam os ricos denunciados por Tiago. Assim, ele se dirige a eles com severidade.
Eles são ladrões são por Tiago comparados a animais domésticos que se empanturravam de comida todos os dias, e isso sem saber do fim ao qual estão destinados. Gado sendo engordado para o dia da matança – assim são os ricos que se entregam aos prazeres em meio ao luxo e à licenciosidade, alheios ao dia do julgamento que se aproxima. Ainda assim, seu fim é certo e sua destruição será rápida. Eles estão se engordando para o dia da matança.
Essa mesma imagem é dita por Deus em Apocalipse, é uma imagem de Deus no dia do juízo apresentado um banquete de carnes humanas para as aves do céu:
Apocalipse 19.17–18 “Então, vi um anjo posto em pé no sol, e clamou com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus, para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, tanto pequenos como grandes.”
Não é pecado ser prospero, e de ser abençoado com recursos e prosperidade, o pecado está na sua insensibilidade para com os pobres, está no luxo e no desperdício em um país cheio de pobres. O pecado está em vivermos para nossos desejos carnais serem satisfeitos e sem negar nada a nenhum deles. Vivemos em uma sociedade consumista e precisamos vigiar, pois muitos são os crentes que vivem dessa maneira descrita por Tiago.
V.6 - Tiago diz, fazendo uso de uma metáfora, que os justos eram condenados e mortos pelos ricos; isso é verdade, muitos servos pobres e cristãos eram levados ao tribunal por seus patrões ricos.
Lembro de Tiago 2.6 “Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre. Não são os ricos que vos oprimem e não são eles que vos arrastam para tribunais?”
Pois os ricos levavam eles para os tribunais, mas a lei de Moisés protegia os pobres caos eles não conseguissem pagar uma dívida:
Êxodo 22.25–27 “Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo, não te haverás com ele como credor que impõe juros. Se do teu próximo tomares em penhor a sua veste, lha restituirás antes do pôr do sol; porque é com ela que se cobre, é a veste do seu corpo; em que se deitaria? Será, pois, que, quando clamar a mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso.”
E por isso, em alguns esses casos de tribunais, acontecia opressão, maus-tratos, prisões e mortes.
Dese modo, quando os ricos não os matavam por sua própria mão, ou os condenavam como juízes, contudo empregavam a autoridade que tinham para fazer o mal, corrompiam os julgamentos e usavam de artes variadas na destruição do inocente, isto é, realmente os condenavam e os matavam. E os servos não tinha como resistir a esses maus tratos, prisões etc.
Aplicações:
A Quem Você Tem Servido?
Nada revela mais o coração de alguém do que a sua visão sobre o dinheiro, os bens, as riquezas.
Lucas 16.13 “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.”
1Timóteo 6.10 “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.”
O problema não é possuir riquezas, o problema é a riqueza possuir seu coração. O problema começa quando o dinheiro está a nos servir, mas começa quando começamos a servi-lo.
O problema não é usar as riquezas, mas sim o mau uso dela.
Tiago e Epístolas de João A. Impaciência com os Ricos (5.1–6)
Riquezas são bênçãos de Deus, como testifica Salomão: “A bênção do Senhor enriquece e com ela não traz desgosto” (Pv 10.22). Mas quando a riqueza é desprovida da bênção do Senhor, os problemas a acompanham na forma de inveja, injustiça, opressão, roubo, homicídio, abuso e mal-uso. O amor a Deus e ao próximo tornam-se amor ao dinheiro, que leva a todos os tipos de males (1Tm 6.10). Quando isso acontece, o homem adora e serve não a Deus, mas ao dinheiro. Então, é amigo do mundo e Deus é seu inimigo.
Se Você Deseja Riquezas, em primeiro lugar deseje Deus.
É impossível ser um rico bem-sucedido sem ter Cristo no seu coração.
Todos os ricos que não tem a Cristo serão mau-sucedido, sofrerão a pena capital, pois amaram ao dinheiro, servirão ao dinheiro e não vão servir a Deus.
Deus te colocou como mordomo
Adquira seu dinheiro de modo correto, honesto, e sem uso de mentiras, corrupção, de fraudes, isso te levará para o caminho de morte.
Use seu dinheiro da maneira correta, Deus colocou em nossos bolsos recursos, em nossas mãos riquezas, em sua vida bens, os administrem da melhor forma, sem buscar sua glória, seu nome, mas sim a glória de Deus, o bem do outro, use-o para fazer o bem, para cuidar de sua família, para comprar o que é necessário, para ajudar os necessitados, para a expansão do Reino, para a manutenção de sua igreja, para sustento dos missionários e todos aqueles que vivem servindo no Reino e que necessitam da sua contribuição com dízimos e ofertas. Seja generoso, use sues recursos para presentear alguém, para fazer o dia de outra pessoa melhor, para melhorar o outro, e não somente para o seu bem, para o seu melhor.
Se você tem uma empresa, se você é patrão, seja um homem e mulher que paga bem aos seus funcionários, pague suas contas direitinho, não permita que eu nome continue sujo, busque limpar, busque se livrar de suas dívidas, controle-as. Controle seus desejos de comprar além do que recebe. E isso seja uma forma de você viver segundo o que Deus nos ensina sobre as riquezas.