Orando a Palavra - Um pedido para ser ouvido! | Salmo 5.1-3

Quarta com fé! - Orando a Palavra!  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Introdução!

Na semana passada a nossa reflexão foi no texto da carta aos Hebreus 4.15-16 quando vemos o autor nos instruindo a ORAR COM CONFIANÇA.
Descobrimos com esse texto que Não existe nada melhor do que entrar na presença de Deus porque ali nós encontramos conforto para as nossas almas.
Vimos também que o motivo principal pelo qual nós podemos ORAR COM CONFIANÇA é porque nós temos JESUS CRISTO.
Ele nos deu essa condição. É por causa dEle, do seu sacrifício, da sua entrega que hoje nós podemos entrar na presença de Deus em oração com confiança.
Olhamos para a vida de Jesus e assim como o texto diz sabemos que Ele se compadece das nossas fraquezas.
Nós podemos ter essa certeza de que JESUS CRISTO é bem próximo as nossas lutas diárias e se compadece das nossas necessidades.
Jesus nos serve de exemplo. Ele se compadece das nossas lutas, pois ele mesmo enfrentou essas lutas enquanto esteve aqui na terra. A única diferença é que ele não pecou.
É bom saber que JESUS NÃO ESTÁ ALHEIO AS NOSSAS LUTAS.
Com isso concluímos que PODEMOS NOS APROXIMAR DO TRONO DA GRAÇA com CONFIANÇA, ou seja, podemos ORAR COM CONFIANÇA.
Por causa de Jesus nós podemos orar com confiança e quando nos achegamos ao trono da graça, a presença de Deus, nós encontramos MISERICÓRDIA e GRAÇA.
E porque recebemos misericórdia e graça ao se aproximar do trono?
Gosto de uma definição de Westcott (Teólogo Inglês do século 19): O homem necessita de misericórdia por causa das falhas passadas e de graça para as obras do presente e do futuro. Há também uma diferença quanto ao modo de obtenção em cada caso. A misericórdia é para ser “tomada” como é estendida ao homem em sua fraqueza; a graça é para ser “buscada” pelo homem de acordo com sua necessidade.
A misericórdia pode ser entendida como a compaixão de Deus por nós e a graça como a sua bondade e amor.
Fomos desafiados a ORAR COM CONFIANÇA sabendo que do trono de Deus transborda para nós misericórdia e graça.
Vamos continuar pensando em oração. No dia de hoje iremos refletir sobre uma oração feita por Davi e que está registrada no saltério (no livro de Salmos).
Ler o texto: Salmo 5.1-3.
Nesses versos nós encontramos um clamor do salmista ao Senhor.
Na verdade é um clamor para ser ouvido por Deus.
Nessa oração o retrato é que Davi está sendo oprimido pela crueldade de seus inimigos e está se sentindo extremamente prejudicado. Nessas condições ele faz o seu pedido para que Deus o socorresse.
É muito claro pelas expressões de Davi que ele está passando por uma luta.
E as vezes nós estamos nessa mesma condição. Enfrentando uma luta interminável e aguardando uma resposta de Deus.
Davi revela o que muitos corações podem estar passando e desejando e por vezes tem medo de expressar pra Deus aquilo que está no seu coração.
Vemos na oração de Davi aqui nesse salmo uma intimidade. Não podemos entender que Davi ache que mereça alguma coisa, mas ele faz o seu clamor desejando apenas ser ouvido por Deus.
Se talvez você se encontra assim nessa noite, você pode fazer o clamor que Davi faz pedindo a Deus para ser ouvido.

Um pedido para ser ouvido!

Não tem como pensar diferente que a oração registrada aqui tem relação com a perseguição que Davi enfrentou ou estava enfrentando.
Davi se dedicou a escrever as suas orações que eram frutos de seus momentos vividos.
Muitas desses momentos causados pelas perseguições de Saul e todas as tentativas de tirar a sua vida.
Davi registra as orações que fez ao Senhor diante dos maiores medos e angústias vividos por ele.
Nós costumamos apenas orar verbalmente ao Senhor, não temos o costume de escrever. Davi escreve as suas orações e hoje elas servem para nós como um grande auxílio para nos ensinar a orar.
Muitas vezes os momentos que Davi enfrentou, aquilo que resultou as suas orações, se tornam também as nossas.
Olhamos para os v. 1-2 e vemos alguns detalhes que vão nos fazer entender o momento em que Davi estava vivendo.
Talvez hoje você esteja passando por uma luta tão difícil que o seu clamor é “Da ouvidos, Senhor, as minhas palavras e acode ao meu gemido”.
Davi era um homem experimentado na oração e sabia muito bem o poder que existia em falar com Deus.
Nós temos aprendido que a oração não muda a Deus, mas muda o nosso coração.
A oração ela alinha o nosso coração a vontade de Deus e não alinha Deus a nossa vontade.
Davi não utiliza palavras sem nexo apenas para prolongar a sua oração, ele utiliza de palavras vivas que expressam o seu momento diante do Senhor.
No Salmo 5 Davi expressa a tristeza que estava em seu coração passando por esses momentos difíceis.
Mais uma vez eu reforço que não precisamos nos esconder na presença de Deus e tentar apresentar a nossa oração como se tudo estivesse bem.
Se o seu coração está triste, expresse ao Senhor a sua tristeza e deixe Ele mesmo te encher da Sua própria alegria.
Olhando para o Salmo 5 nós podemos observar a ordem e a força das palavras usada por Davi.
Primeiro ele pede “Da ouvidos, Senhor, as minhas palavras e acode ao meu gemido.”.
Depois ele diz: “a minha voz que clama, pois a ti que imploro”
Todas essas expressões evidenciam a urgência e a energia das petições de Davi.
Observamos a força que Davi usa em suas palavras e vemos que realmente ele estava passando por momentos difíceis.
Psalm 139:4 NAA
4 A palavra ainda nem chegou à minha língua, e tu, Senhor, já a conheces toda.
Mas que esses momentos não o impediram de clamar ao Senhor em oração.
Um outro detalhe da vida de oração de Davi é a sua perseverança. Não podemos achar que Davi era sempre respondido imediatamente.
Em alguns momentos Deus não o respondia de forma imediata e Davi perseverava em seu clamor ao Senhor.
Interessante perceber também a forma em que Davi se refere a Deus.
No primeiro verso o chama de SENHOR. No segundo verso o chama de Rei meu e Deus meu.
Essas referências nos ajudam a entender um pouco mais do RELACIONAMENTO que Davi tinha com Deus.
Davi o reconhecia como o seu Senhor, o seu dono, o Rei da sua vida, aquele que tem o controle de todas as coisas, mas ao mesmo tempo expressa também a intimidade em chamar de “Rei meu e Deus meu”.
Essa expressão de Davi é a espinha e a medula do seu clamor.
É o que nos faz entender que a oração nos leva a um relacionamento de intimidade com o Senhor.
Quanto mais eu oro, mais eu me torno íntimo do Senhor.
Nós não somos estranhos. Ele é o Rei da nossa vida e podemos que saber que esse Rei escuta o clamor do seu povo.
Somos seus adoradores, não somos desconhecidos. Ele é o nosso Deus.
Ele é nosso por aliança, por promessa, por juramento e pelo sangue de Jesus Cristo.
Sendo assim, em mais uma oportunidade, eu reforço que nós podemos ter intimidade com Deus. Servimos a um Deus relacional que ama quando os seus filhos achegam até a sua presença.
A voz dos filhos para um pai amoroso se transforma em uma excelente música.
Deus deseja e se agrada que seus filhos caminhem em sua direção para falar com Ele.
Davi também nos ensina que ele tinha somente a Deus como alvo da sua oração. Quando salmista diz “pois a ti é que imploro” mostra que orava somente a Deus.
Precisamos lembrar da cultura daquele tempo onde se existiam muitos deuses estrangeiros. Davi sabia que não existia outro a quem deveria se dirigir em oração.
O relacionamento de Davi era exclusivo com o Deus de Israel. O todo poderoso.
Não devemos também buscar outras alternativas em nossa vida. Não podemos entregar as nossas petições a outras pessoas ou coisas, mas se achegar ao DEUS TODO PODEROSO em oração.
O v.3 expressa também alguns detalhes interessantes para a nossa reflexão.
O salmista tem a certeza que o “Senhor, ouves a minha voz”.
Deus ouve a nossa voz, desde que entreguemos a ele a nossa oração ele está disponível para nos ouvir.
Ele conclui dizendo que apresenta ao Senhor a sua oração e FICA ESPERANDO.
A expressão “te apresento a minha oração” no hebraico é usada para nos dar a ideia de colocar realmente a nossa oração diante de Deus.
De apresentar realmente o nosso coração ao Senhor. E o segredo é o ESPERAR EM DEUS.
A expressão “fico esperando” nos da a ideia de vigilância, ou seja, ficamos vigiando a resposta de Deus.
Como um filho fica atento as ações do pai assim nós devemos ficar aguardando a resposta de Deus.
Após apresentar a oração ao Senhor, ficamos aguardando a sua resposta. Sem se precipitar, sem ter pressa, sem tentar adiantar… apenas ESPERANDO NO SENHOR.
Devemos apresentar ao Senhor a nossa oração e não devemos esperar a resposta vir do mundo, mas devemos aguardar a resposta que vem do próprio Deus.

Conclusão!

Pra encerrar a nossa reflexão eu deixo o final do Salmo 5.
Psalm 5:11–12 NAA
11 Mas alegrem-se todos os que confiam em ti; cantem de júbilo para sempre, porque tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome. 12 Pois tu, Senhor, abençoas o justo e, como escudo, o cercas da tua bondade.
A alegria é algo natural para todos aqueles que CONFIAM em Deus. Ele é quem nos defende.
É certo que Deus abençoa o justo e o cerca com a sua bondade.
No início do Salmo 5 Davi clamava a Deus para ser ouvido, no final ele tem a certeza que a Sua defesa é o Deus todo poderoso.
Deus escuta as nossas orações e nos defende das lutas e perseguições que enfrentamos.
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