EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO

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O sermão “Evidências da Ressurreição” apresenta uma defesa sólida e abrangente da ressurreição de Jesus Cristo como um fato histórico, enfrentando o ceticismo de pensadores modernos como Bertrand Russell, Christopher Hitchens e Richard Dawkins. Ele demonstra, por meio de profecias cumpridas, fatos históricos, testemunhos oculares e transformações de vidas, que a ressurreição não é uma alegoria, mas um evento real. Jesus predisse detalhadamente sua morte e ressurreição, e os acontecimentos posteriores — como o túmulo vazio, a ausência de refutação dos inimigos, as aparições pós-ressurreição, a coragem dos discípulos e o surgimento da Igreja — confirmam sua vitória sobre a morte. Evidências históricas extra-bíblicas, como as declarações de Inácio, Policarpo, Tertuliano e Josefo, também reforçam a veracidade do evento. A aplicação pessoal desafia o ouvinte a refletir se sua fé está baseada apenas em sentimentos ou também em convicções fundamentadas na verdade bíblica e histórica, destacando que a ressurreição de Cristo transforma vidas — ontem e hoje.

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EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO

Introdução: Bertrand Russell (filósofo britânico), em seu ensaio "Por que não sou cristão" (1927), expressou ceticismo em relação às alegações cristãs, incluindo a ressurreição:​ "A ressurreição de Jesus é uma história que não pode ser aceita sem evidências substanciais."​ Russell questionava a veracidade dos relatos bíblicos, considerando-os como mitos ou construções posteriores.
Christopher Hitchens (jornalista e escritor), em seu livro "Deus Não É Grande" (2007), criticou as narrativas religiosas, incluindo a ressurreição:​ "A história da ressurreição é uma alegoria, não um evento histórico."​ Hitchens via as alegações de ressurreição como parte de uma construção teológica sem base histórica sólida.
Richard Dawkins (biólogo e autor de "O Gene Egoísta"), em "O Delírio de Deus" (2006), abordou a ressurreição com ceticismo:​ "A alegação de que Jesus ressuscitou dos mortos é tão improvável quanto a crença em fadas no fundo do jardim."​ Ele utilizou essa analogia para ilustrar a improbabilidade das alegações sobrenaturais.
Diante dessas declarações, surgem algumas perguntas: Seria a ressurreição uma alegoria, e não um evento histórico? Seria a ressurreição algo improvável? Será que não temos evidências suficientes que comprovem a ressurreição de Jesus? Diante dessas questões, apresentarei algumas evidências que confirmam a ressurreição de Jesus Cristo. Essas evidências incluem: Testemunhos oculares (como os discípulos que viram Jesus após a ressurreição); fatos históricos; afirmações proféticas de Jesus que se cumpriram; e a transformação na vida dos discípulos e da igreja primitiva.
As afirmações da ressurreição feitas por Jesus antes da Sua morte.
Antes mesmo de morrer, Jesus predisse Sua ressurreição (Mt 16:21; 17:9, 22-23; 20:18-19; 26:32).
Jesus afirmou que a Sua ressurreição seria um sinal de que Ele era o Messias (Mt 12.38-40; Jo 2.18-22).
As autoridades entenderam claramente o que Jesus quis dizer: “No dia seguinte, que é o dia depois da preparação, reuniram-se os principais sacerdotes e os fariseus e, dirigindo-se a Pilatos, disseram-lhe: Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, enquanto vivia, disse: Depois de três dias ressuscitarei” (Mt 27.62-63).
Já os discípulos não entenderam, a princípio: “Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos. Eles guardaram a recomendação, perguntando uns aos outros que seria o ressuscitar dentre os mortos” (Mc 9.9-10).
Jesus predisse muitas coisas justamente para que, quando acontecessem, os discípulos cressem (Jo 13.19; 14.29; 16.1-4).
Ele deu detalhes de Sua morte e reafirmou Sua ressurreição (Mc 10.32-34). Em Marcos 14.28, Jesus orienta os discípulos sobre o que aconteceria após Sua ressurreição: “Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a Galiléia.”
Portanto, Jesus afirmou com antecedência, e com detalhes, a Sua morte e ressurreição — o que também já era anunciado pelo Antigo Testamento.
Os fatos acerca da ressurreição.
A segurança do túmulo.
Mt 27.62-66. A segurança do túmulo foi muito grande para alguém ter conseguido roubar o corpo.
A impossibilidade de ausência e de sono dos guardas.
Será que os guardas fugiram do serviço? Deixaram o posto? Dormiram? Duas, entre várias transgressões que exigiam pena de morte para um soldado romano, eram justamente fugir do serviço ou dormir em serviço. Outra transgressão punida com a morte era permitir que um prisioneiro escapasse (cf. At 12.18-19; ver também At 16.25-27). Uma das punições consistia em ser despido e queimado vivo, numa fogueira iniciada com a queima das próprias roupas.
Tendo isso em mente, é improvável que os guardas tenham dormido. E mais, eles não teriam abandonado o posto para ir ao Sumo Sacerdote, a menos que algo sobrenatural realmente tenha ocorrido e o túmulo estivesse, de fato, vazio.
Eles presenciaram um grande terremoto, ficaram apavorados e como que mortos (Mt 28.2, 4). Não teriam se ausentado se não houvesse ocorrido algo extraordinário.
A grande pedra removida.
A pedra que fechava o túmulo era de quase duas toneladas e havia sido removida (Mc 16.3-4; Mt 28.2; Lc 24.2; Jo 20.1). Seriam necessários vários homens para remover essa pedra, e seria muito difícil fazer isso sem que os guardas percebessem.
A quebra do selo.
O túmulo foi selado (Mt 27.66). A quebra desse selo era algo temido, pois acarretava a pena de crucificação de cabeça para baixo. No entanto, o túmulo foi aberto por um anjo (Mt 28.2).
O túmulo vazio.
Ver Mc 16.5-6; Lc 24.2-3. Onde foi, no início da Igreja, o local em que os apóstolos e discípulos pregaram que Jesus havia ressuscitado? Em Jerusalém! Eles não pregaram em Roma nem em Atenas, mas em Jerusalém. Se tivessem pregado em qualquer outro lugar, não haveria como os refutarem. Mas em Jerusalém, o túmulo estava ali. Se Jesus não tivesse ressuscitado, qualquer pessoa poderia levá-los até o túmulo e mostrar o corpo. Por que isso não aconteceu? Porque não havia nenhum corpo lá.
Nenhum historiador antigo, testemunha da época ou mesmo antagonista do cristianismo afirma ter visto o corpo de Jesus no túmulo. Tom Anderson afirmou: “o silêncio da história é ensurdecedor, quando vem testemunhar contra a ressurreição de Cristo”.
Os lençóis vazios.
João 20.3-7; Lc 24.12. Os lençóis estavam deitados onde estava o corpo de Jesus, mas sem o corpo. Ou seja, o corpo sumiu e os lençóis ficaram.
As aparições.
A mais de quinhentas pessoas (1Co 15.6).
A pessoas incrédulas até momento da aparição: Saulo (At 9.1-7) e Tiago, irmão de Jesus por parte de mãe (1Co 15.7).
A variedade de aparições: A Maria Madalena, pela manhã (Jo 20.1), aos viajantes no caminho de Emaús, à tarde (Lc 24.29) e aos discípulos, ao clarear da madrugada (Jo 21.4) e ao cair da tarde (Jo 20.19).
O testemunho das mulheres.
Lc 24.9-11, 22-23; Mc 16.10-11; Jo 20.1-2; Mt 28.8. Naquela época, o testemunho de mulheres era considerado inválido em tribunais. Em geral, não era confiável, o que explica a suspeita e a descrença dos discípulos no início. Se o relato delas fosse inventado, provavelmente teria sido omitido — o que reforça sua autenticidade.
O silêncio dos inimigos.
Os inimigos de Jesus permaneceram em silêncio. Por que, em Atos 2, ninguém refutou o sermão de Pedro sobre a ressurreição? Porque sabiam que era verdade, e a prova do túmulo vazio estava disponível a qualquer um que quisesse verificar.
Em Atos 25, quando Paulo estava preso em Cesareia, a acusação feita contra ele era de que dizia que Jesus estava vivo — mas os acusadores não conseguiam explicar o porquê do túmulo estar vazio. Se tivessem roubado o corpo, ou se ele ainda estivesse lá, você não acha que teriam dito isso? Claro que sim. Mas não disseram, porque o túmulo estava realmente vazio. O silêncio dos inimigos é, por si só, uma prova da ressurreição.
O fato histórico confirmado.
O túmulo vazio jamais foi refutado, nem pelos romanos, nem pelos judeus. Eles foram incapazes de explicar ou de apresentar onde estava o corpo de Jesus.
A transformação dos discípulos.
Tiago, irmão de Jesus, antes zombava das afirmações do Senhor, mas depois O reconheceu como Cristo e Senhor (Tg 1.1). A única explicação para isso é a apresentada por Paulo em 1 Coríntios 15.7.
E quanto aos discípulos? Quando Jesus foi preso, todos fugiram (Mc 14.50). Pedro O negou três vezes. Após o sepultamento, estavam trancados, com medo dos judeus (Jo 20.19). Eles eram medrosos. Mas, três dias depois, estavam corajosos. Como explicar isso? Eles viram Jesus ressuscitado (Jo 20.20). No livro de Atos, vemos a coragem desses homens:
Atos 4.18-20Chamando-os, ordenaram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Jesus. Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.”
Atos 5.27-30Trouxeram-nos, apresentando-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os, dizendo: Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome; contudo, enchestes Jerusalém de vossa doutrina; e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem. Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando-o num madeiro.”
Atos 5.40-42Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falassem em o nome de Jesus, os soltaram. E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome. E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.”
A mudança de atitude deles é uma forte evidência da ressurreição de Jesus Cristo.
A transformação de pessoas em quase 2.000 anos de história.
Desde os apóstolos até hoje, incontáveis vidas têm sido transformadas pelo poder do Cristo ressurreto — o que continua sendo um testemunho vivo da realidade da ressurreição.
As evidências circunstanciais da ressurreição.
A Igreja.
A existência da Igreja é uma grande prova da ressurreição de Jesus Cristo. Ela teve sua origem em Jerusalém, onde os fatos aconteceram. Se a ressurreição não fosse verdadeira, a Igreja não teria sobrevivido, pois a mentira poderia ser desmascarada a poucos passos.
O domingo.
Os primeiros discípulos eram judeus e, como tais, adoravam no sábado. Como, de uma hora para outra, mudaram o dia de adoração para o domingo? Há apenas uma explicação para isso: a ressurreição de Jesus aconteceu no domingo.
O batismo.
A celebração do batismo representa a identificação do crente com Cristo em Sua morte e ressurreição (Rm 6.4; Cl 2.12).
A ceia do Senhor.
A ceia é um memorial da morte de Jesus Cristo, uma expressão de unidade coletiva em adoração ao Senhor e um lembrete da segunda vinda de Cristo. Em outras palavras, ela aponta para o fato de que Jesus Cristo está vivo.
A transformação de vidas.
Desde os discípulos até os dias atuais, incontáveis vidas têm sido transformadas — inclusive a nossa — como evidência do poder da ressurreição.
Os relatos históricos acerca da ressurreição.
A Bíblia não é apenas a Palavra de Deus, mas também um livro histórico.
Lucas, após cuidadosa investigação desde o início, registrou os acontecimentos com o objetivo de oferecer, ao excelentíssimo Teófilo, plena certeza sobre o que lhe havia sido ensinado (Lc 1.1-4). O que Lucas escreveu é uma compilação de relatos históricos investigados com atenção, e entre esses relatos está a ressurreição de Jesus (Lc 24.1-8).
“Inácio (ca. 50-115 A.D.), nascido na Síria e discípulo do apóstolo João e do bispo de Antioquia, ‘foi atirado às feras do Coliseu, em Roma. Escreveu suas Epístolas durante a viagem de Antioquia até o local de seu martírio’. Num momento indubitável de lucidez, diz o seguinte sobre Cristo: ‘Ele foi crucificado e morreu sob Pôncio Pilatos. De fato, e não simplesmente na aparência, Ele foi crucificado e morreu, o que foi visto pelos seres nos céus, em cima e debaixo da terra’. ‘Em três dias Ele ressurgiu... No dia da preparação, então, à hora terceira, foi sentenciado por Pilatos, tendo o Pai permitido que aquilo acontecesse; à hora sexta, foi crucificado; à hora nona, entregou o espírito; e antes do pôr-do-sol foi sepultado. Durante o sábado Ele permaneceu sob a terra no túmulo em que José de Arimatéia o sepultara.’ ‘Da mesma forma como nós, Ele foi gerado no ventre pelo período comum; e nasceu da mesma maneira como nós; e foi de fato alimentado com leite, e, tal como nós, ingeriu comida e bebida. E, depois de ter vivido durante trinta anos entre os homens, foi batizado realmente por João, não apenas na aparência. Depois de ter pregado o evangelho e ter feito sinais e maravilhas durante três anos, Aquele que era o próprio Juiz foi julgado por aqueles que falsamente são chamados de judeus e pelo governador Pôncio Pilatos; foi espancado, esbofeteado e recebeu cuspidas; usou uma coroa de espinhos e uma capa púrpura; foi condenado: Ele realmente foi crucificado; não foi uma impressão da mente, nem um caso de imaginação ou de engano. Ele realmente morreu, foi sepultado e ressuscitou dos mortos...’”
“Sparrow-Simpson diz: ‘A mensagem básica do evangelho pregada por Inácio (50-ca. 115 A.D.) é Jesus Cristo, e a religião cristã consiste de 'fé nEle e amor para com Ele, Sua Paixão e Ressurreição'. Ele insta os cristãos a estarem 'plenamente convictos acerca do nascimento, paixão e ressurreição' de Jesus.’”
“Na Epístola de Policarpo aos Filipenses (aproximadamente 110 A.D.) o escritor menciona que nosso Senhor Jesus Cristo 'suportou sofrimentos até ao ponto de morrer por nossos pecados, e que Deus O ressuscitou, libertando-o dos grilhões da morte'.”
“Tertuliano (ca. 160-220), de Cartago, no norte da África, diz: ‘Mas os judeus ficaram tão exasperados com os ensinos de Jesus, mediante os quais os líderes e dirigentes judeus foram convencidos da verdade, principalmente porque muitos passaram a segui-lO, que finalmente levaram-nO a Pôncio Pilatos, à época governador romano da Síria, e, pelos violentos clamores contra Ele, arrancaram de Pilatos uma sentença que o condenava à crucificação’. Acerca da ascensão de Cristo Tertuliano assevera: É ‘um fato muito mais seguro do que as afirmações do vosso senador Prôculo acerca de Rômulo’ (Prôculo foi um senador romano que afirmou que Rômulo lhe havia aparecido depois de morto).”
“Josefo, um historiador judeu que escreveu no final do primeiro século A.D., tem este fascinante trecho no livro Antigüidades (18.3.3): ‘Por essa época surgiu Jesus, um homem sábio, se é que é correto chamá lo de homem, pois operava obras maravilhosas, e era um mestre que faz as pessoas receberem a verdade com prazer. Ele congregou junto a si muitos judeus e muitos gentios. Ele era o Cristo, e Pilatos, por sugestão dos principais líderes dentre nós, condenou-o à cruz, aqueles que desde o início o amavam não o largaram; pois ele tornou a aparecer-lhes vivo ao terceiro dia, tal como os profetas de Deus haviam predito essas e mais de dez mil outras coisas a seu respeito. E a tribo dos cristãos, que tem esse nome devido a ele, até hoje existe’.”
Aplicação:
Jesus não foi apenas um profeta ou mestre. Sua ressurreição valida quem Ele dizia ser: o Filho de Deus, o Messias prometido.
A ressurreição mostra a fidelidade de Deus e comprova a veracidade da Sua Palavra. Eu tenho confiado nas promessas de Deus, mesmo quando ainda não entendo totalmente o que Ele está fazendo?
Sem a ressurreição, a nossa fé seria vã, e ainda permaneceríamos nos nossos pecados. Paulo afirmou em 1Co 15.16-19Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.”
Minha vida tem sido uma evidência viva da ressurreição, como foi a dos primeiros cristãos?
Conclusão: Alguém disse: “A Igreja foi fundada sobre o alicerce da ressurreição. Refutar a ressurreição implicaria destruir todo o movimento cristão. Contudo, em vez de qualquer refutação, durante todo o primeiro século os cristãos foram ameaçados, espancados, torturados e mortos devido à sua fé. Teria sido muito mais simples silenciá-los mediante a apresentação do corpo de Jesus, mas isso nunca ocorreu.” Por que isso nunca foi feito? Porque o corpo de Jesus não estava mais ali. Ele ressuscitou.
Lição: A Ressurreição É um Evento Bíblico e Histórico, Comprovado por Várias Evidências Sólidas.
Será que minha fé está firmada apenas em sentimentos ou também em convicções fundamentadas na história e na verdade bíblica?
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