Jesus Filho de Deus

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Jesus, o Verbo eterno, foi rejeitado pelos seus, mas oferece vida e filiação a todos os que creem nele, o Cristo ressurreto.

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Texto base: Jo 1.1-14

João 1.1–14 ARA
1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. 4 A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. 5 A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. 6 Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. 7 Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele. 8 Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, 9 a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem. 10 O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. 11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; 13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. 14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
Meus irmãos, como sequência do que estamos estudando nessa noite neste terceiro momento, vamos tratar acerca do Tema:

Tema: Jesus Filho de Deus - Jo 1.1-18

Ilustração inicial:
Imagine que estamos em completa escuridão espiritual, incapazes de encontrar a luz por nós mesmos. Jesus é a verdadeira Luz. Pela graça de Deus, o Espírito Santo age em nós, como se acendesse uma luz em nosso interior. Isso nos permite ver e receber Jesus pela fé, que também é um dom de Deus. Ao recebermos Jesus, que é a Luz, passamos das trevas para a luz e nos tornamos filhos de Deus. Portanto, não somos nós que ligamos o "interruptor" da fé; é a graça de Cristo, através da obra do Espírito Santo, que o faz, permitindo-nos ver a Luz.
FDT: E é precisamente esta profunda revelação que o apóstolo João nos apresenta logo no início de seu evangelho.

Introdução:

Amados irmãos, estamos falar sobre aquele que morreu na Cruz.
Ele é o clímax de uma história que se inicia na eternidade, conforme nos revela o Evangelho de João.
Nesta noite de Páscoa, voltamos nosso olhar para as palavras do apóstolo João em seu prólogo, João 1:1-18,
para contemplarmos a identidade sublime de Jesus, o Filho de Deus.
Em primeiro lugar, para compreender a identidade gloriosa de Cristo como Filho de Deus, somos chamados a contemplar sua existência eterna e sua glória antes de todas as coisas. Portanto:

I. Contemple a glória eterna do Filho de Deus (João 1:1-5)

Meus irmãos, é interessante notar que João não começa seu evangelho com a genealogia de Jesus ou com o nascimento em Belém.
Ele vai mais fundo. Ele nos leva à eternidade.
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus". Essas palavras nos colocam diante de uma glória que está além do tempo, além do espaço, além de nossa compreensão: a glória eterna do Filho de Deus.
O que João está dizendo é que antes de tudo existir, Jesus já era.
Ele não começou a existir — Ele é eterno.
A expressão "no princípio" ecoa Gênesis 1:1, mas aqui, em João, ela revela que Cristo estava presente antes do início, já em perfeita comunhão com o Pai.
A preposição grega usada aqui — "pros" “Com” — indica esse relacionamento íntimo, pessoal, face a face com Deus.
Ele é o Verbo — a Palavra viva, a expressão perfeita do coração e da mente de Deus.
Cristo não é criatura, mas Criador.
Ele não está entre as coisas feitas, mas é aquele por meio de quem tudo foi feito.
A Palavra também nos mostra que Ele é a fonte da vida e da luz dos homens. Vida que gera, luz que guia, que dissipa as trevas.
João nos diz que essa luz brilha nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.
Em um mundo mergulhado na confusão, Cristo é a luz que revela, que transforma, que vence a escuridão.
Essa revelação gloriosa não está isolada. Toda a Bíblia aponta para ela.
Em Gênesis, Deus cria por sua Palavra.
Em Provérbios 8, a Sabedoria — que muitos pais da igreja associaram ao Logos — é descrita como o arquiteto ao lado de Deus na criação.
Isaías chama o Messias de "Deus Forte, Pai da Eternidade".
Hebreus confirma que o Filho é o resplendor da glória de Deus e aquele por meio de quem tudo foi criado.
Ilustração: Pense em uma lâmpada. Por si só, ela não tem brilho. Só brilha quando está ligada à fonte de energia. Assim somos nós. Criados para refletir a luz, mas sem conexão com Cristo, permanecemos apagados, sem propósito, sem vida. Mas quando nos ligamos a Ele — o Verbo eterno — passamos a brilhar. E não com nossa luz, mas com a dEle em nós.
Aplicação:
Diante dessa glória eterna do Filho de Deus, como podemos permanecer indiferentes?
Cristo não é apenas uma figura histórica, um mestre sábio ou um exemplo moral.
Ele é o próprio Deus encarnado.
E a sua ressurreição é a prova irrefutável dessa verdade. Ele vive!
E isso exige de nós adoração, rendição e confiança total.
FDT: Ao reconhecer essa glória eterna do Filho, também somos confrontados com a resposta trágica da humanidade — rejeitar a luz que veio ao mundo. Os versos 6-11, vão nos mostrar isso, portanto em segundo lugar:
II. Reconheça a luz do Filho que foi rejeitada pelo mundo (João 1:6-11)
Meus irmãos, o prólogo de João ainda nos mostra que o Filho de Deus, ao vir ao mundo, não veio escondido ou em trevas, mas como luz
Sendo ele a verdadeira luz que ilumina a todo homem. Ele não veio de forma confusa ou ambígua, mas com clareza, com graça, com verdade.
Cristo é essa luz. E luz, quando entra, revela, ilumina, aquece, transforma.
João nos diz que essa luz resplandece nas trevas. Mas, tristemente, a maioria preferiu as trevas. Que dor!
Aquele que criou o mundo — o Verbo eterno — entra na sua criação e é rejeitado por ela. (Ele desce os degraus)
Não foi falta de revelação, foi dureza de coração. Preferiram a sombra do pecado à luz da verdade.
Ilustração: Imagine um médico oferecendo cura para uma doença incurável — e o paciente recusa, achando que não precisa. Assim é o coração humano diante de Cristo: doente, mas convencido de que está bem. Orgulhoso demais para admitir que precisa da Luz.
E essa é uma tragédia antiga:
Isaías já disse que o Servo do Senhor seria "desprezado e o mais rejeitado entre os homens".
O Salmo 118 já avisava que a pedra principal seria rejeitada pelos construtores.
E aqui está um alerta: a rejeição de Cristo não é apenas algo do passado.
Ela acontece hoje, dentro de igrejas, dentro de famílias, dentro do nosso próprio coração.
Às vezes, rejeitamos a luz não com palavras duras, mas com indiferença, com religiosidade sem arrependimento, com uma fé que não brilha.
Falhar em reconhecer e receber o Verbo é a expressão mais profunda da nossa queda e necessidade de redenção.
Rejeitamos o Verbo encarnado, a não ser que Deus opere em nós o novo nascimento.
Aplicação: Meu irmão, Jesus está diante de nós como luz.
A pergunta é: estamos abrindo as janelas do coração ou fechando as cortinas?
Estamos andando na luz ou vivendo à margem dela?
FDT: Mas a história não termina na rejeição, e em terceiro lugar, somos convidados a receber o Filho de Deus pela fé e experimentar a nova identidade como filhos da luz. Então:
III. Receba o Filho de Deus pela fé e viva como filho da luz (João 1:12-14)
Meus irmãos, mesmo diante da rejeição do Verbo, o Evangelho nos traz uma gloriosa esperança:
"Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus". Que boa notícia!
Isso não é mérito humano, não é algo que conquistamos — é dom da graça.
Esse novo nascimento não vem do sangue, nem da vontade da carne ou do homem, mas de Deus.
Aqui está o milagre da fé: receber a Jesus é ser transformado por Ele. É passar da condição de criatura para a de filho.
É nascer de novo, não para uma nova religião, mas para uma nova identidade.
E como isso é possível?
João responde com uma das declarações mais sublimes da Bíblia: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós". O Deus eterno se fez homem. O Criador entrou na criação.
Ele veio em carne e osso, e habitou entre nós.
A palavra "habitava" nos leva à imagem do tabernáculo no deserto. Deus morava no meio do povo, cercado por tendas.
Agora, em Cristo, Deus habita conosco de forma visível, pessoal e permanente. E João diz: "vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade". Essa é a glória que transforma.
Ilustração:
Pense em uma criança que é adotada, acolhida com amor, mesmo sem entender totalmente o que isso significa. Com o tempo, ela percebe que não foi apenas acolhida — foi amada, desejada, escolhida. Assim é conosco diante de Deus. Não apenas aceitos, mas amados como filhos em Cristo.
Aplicação:
Você já recebeu o Verbo que se fez carne? Já se tornou filho de Deus pela fé?
Viver como filho da luz é mais do que ter um nome cristão — é refletir a glória daquele que nos amou, nos salvou e agora habita conosco. É andar em graça e em verdade, como Ele.
MEu irmão, a morte de Cristo na cruz, não foi em vão, através da sua maravilhosa graça, hoje podemos sair de um estado de condenação eterna, para condição de salvos.
Por meio dessa graça que nos foi derramada, por meio do derramamento do sangue de Cristo.
Conclusão:
Recapitulando, vimos três verdades centrais neste texto glorioso de João 1:
Jesus é o Verbo eterno e divino (v.1-5),
a humanidade, em sua condição caída, o rejeita (v.6-11),
mas Deus oferece salvação e filiação a todos quantos o recebem pela fé (v.12-14).
João nos conduz da eternidade à encarnação, da rejeição à adoção, das trevas à luz.
A pergunta que fica é:
como sabendo desse tão grande amor, vamos responder a essa verdade?
A resposta apropriada é uma vida de adoração, reconhecendo quem ele é e vivendo uma vida transformada pela presença do Verbo em nós.
Portanto, vivamos como filhos da luz. Que nossa vida, família e igreja irradiem a glória daquele que veio habitar conosco.
Que o mundo veja em nós o reflexo do Verbo cheio de graça e de verdade.
A ressurreição de Cristo é o selo dessa realidade:
Ele é Deus, Ele foi rejeitado, mas venceu a morte para que fôssemos feitos filhos de Deus.
Isso nos convida, como igreja, a viver uma fé centrada em Cristo, com olhos voltados à sua glória, com vidas moldadas por sua graça.
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