Ele Vive: A Esperança que Transforma Tudo
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Introdução
Introdução
TEMA: A ressurreição de Jesus muda nossa realidade presente, dá sentido ao nosso sofrimento e garante uma esperança viva para o futuro.
PROPOSIÇÃO: A ressurreição de Cristo não é apenas um evento do passado, mas a base para uma nova vida no presente e uma esperança indestrutível para o futuro.
1 Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, as mulheres foram ao túmulo, levando os óleos aromáticos que haviam preparado. 2 Encontraram a pedra removida do túmulo, 3 mas, ao entrar, não acharam o corpo do Senhor Jesus. 4 Aconteceu que, perplexas a esse respeito, apareceram-lhes dois homens com roupas resplandecentes. 5 Estando elas com muito medo e baixando os olhos para o chão, eles disseram:
— Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? 6 Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrem-se do que ele falou para vocês, estando ainda na Galileia: 7 “É necessário que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia.”
8 Então elas se lembraram das palavras de Jesus. 9 E, voltando do túmulo, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os outros que estavam com eles. 10 Essas mulheres eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago; também as demais que estavam com elas confirmaram estas coisas aos apóstolos. 11 Mas para eles tais palavras pareciam um delírio; eles não acreditaram no que as mulheres diziam. 12 Pedro, porém, levantando-se, correu ao túmulo. E, abaixando-se, viu somente os lençóis de linho e nada mais; e retirou-se para casa, admirado com o que tinha acontecido.
Imagine a cena: ainda está escuro, o sol mal começou a nascer no horizonte. O silêncio da madrugada é quebrado por passos apressados de algumas mulheres. Elas estão tristes, carregam vasos com perfumes — e no coração, uma dor que ainda não deu espaço à esperança. Elas caminham até o túmulo de Jesus, o mestre que amavam, aquele que parecia ter sido vencido pela cruz.
Mas há uma preocupação prática no caminho. Elas se perguntam umas às outras: “Quem removerá a pedra da entrada do túmulo?” (Marcos 16:3). Essa não é apenas uma pergunta física. É, de certa forma, uma pergunta espiritual. Como continuar quando há obstáculos tão grandes? Como caminhar na dor, sem ver saída?
Quantos de nós chegamos hoje com o coração pesado por pedras que não conseguimos remover? A culpa que nos persegue. A tristeza que parece não ceder. A frustração de orações não respondidas. As incertezas do amanhã. As mulheres seguiam até o túmulo com fé, sim — mas uma fé ainda envolta em luto. Elas amavam Jesus, mas ainda não compreendiam o que Ele havia prometido.
E é exatamente nesse lugar — o lugar da dor, da perda, da impossibilidade — que a graça de Deus as surpreende. A pedra já foi removida. O corpo não está lá. A morte perdeu seu domínio. O que parecia o fim é, na verdade, um novo começo.
Os anjos então perguntam: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive?”
Essa pergunta ecoa até nós hoje. Por que continuamos buscando vida em coisas que não podem nos dar vida? Por que buscamos consolo no que é passageiro? Segurança no que é frágil? Esperança no que morre?
O túmulo vazio não é apenas um sinal de que Jesus venceu a morte. É um anúncio de que a nossa vida nunca mais será a mesma.
E essa é a mensagem da ressurreição: Jesus está vivo. E se Ele está vivo, tudo pode mudar.
As mulheres, então, se deparam com algo que não esperavam: a pedra já não estava mais ali. A entrada do túmulo estava aberta. Mas o espanto ainda era maior — o corpo não estava lá.
E então vem a pergunta que muda tudo: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive?”
Essa pergunta não é apenas retórica — ela é teológica, pastoral e profundamente pessoal. É como se os anjos dissessem: vocês ainda estão operando com uma lógica antiga, vocês vieram buscar um corpo, mas o que aconteceu aqui é completamente novo. Deus agiu. Ele venceu a morte. Ele reescreveu a história.
E é justamente aqui que começamos nosso primeiro ponto:
A ressurreição nos surpreende com a graça de Deus.
Ela desmonta nossas expectativas limitadas. Desarma nossos medos. Abre os olhos do nosso coração para enxergar que, enquanto a gente se perguntava como a pedra seria removida, Deus já havia ido à nossa frente.
1. A ressurreição nos surpreende com a graça de Deus
1. A ressurreição nos surpreende com a graça de Deus
Texto-chave: Lucas 24:5 – “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive?”
As mulheres foram ao túmulo de Jesus movidas por amor e reverência. Elas carregavam perfumes para ungir o corpo de Jesus, como era o costume. Mas o que elas não carregavam era esperança. Elas ainda viviam sob o impacto da cruz, do luto, do silêncio do sábado. Elas sabiam onde estavam indo… mas não sabiam o que estavam prestes a encontrar.
No caminho, surge uma preocupação prática: “Quem removerá a pedra da entrada do túmulo?” (Marcos 16:3).
Essa pergunta é tão humana, tão próxima da nossa experiência: “Como vamos passar por isso? Quem vai resolver esse problema? Como vencer esse obstáculo?”
E veja: elas não pararam de caminhar. Continuaram mesmo sem saber a resposta. Mas estavam indo ao túmulo esperando encontrar um corpo — e não um Salvador ressuscitado.
E aqui está a beleza do evangelho: Deus já havia removido a pedra.
A maior preocupação delas já tinha sido resolvida antes mesmo que elas soubessem.
O que para elas era impossível — mover uma pedra pesada, vedada, selada — foi feito por Deus.
Essa é a primeira surpresa da graça: enquanto a gente se debate com nossas limitações, Deus já está agindo.
Essa é a lógica do evangelho — não é sobre o que fazemos para alcançar Deus, mas sobre o que Deus fez para nos alcançar.
Como diria Timothy Keller: “A religião diz: ‘Eu obedeço, portanto sou aceito.’ Mas o evangelho diz: ‘Sou aceito por Deus em Cristo, portanto obedeço.’”
Essas mulheres ainda estavam agindo sob a lógica da religião — honrando Jesus morto. Mas o evangelho as surpreende com Jesus vivo.
E então, elas são confrontadas pelos anjos com uma pergunta:
“Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive?”
É como se os anjos dissessem: “Vocês estão no lugar errado. Vocês ainda não entenderam. Vocês estão procurando por vida onde só existe morte. Mas Ele vive.”
Essa pergunta é também para nós hoje.
Quantas vezes buscamos consolo, sentido e esperança onde não há vida?
Quantas vezes procuramos entre os mortos — nos nossos próprios esforços, nos nossos planos, no dinheiro, no controle, na reputação, no reconhecimento das pessoas?
A ressurreição é o lembrete de que Deus não está limitado pelas nossas limitações.
É a prova de que Ele age quando tudo parece perdido.
É o anúncio de que a morte, o maior inimigo da humanidade, foi vencida — não por nossa força, mas pela obra do Filho de Deus.
Aplicação:
O que hoje tem parecido uma pedra intransponível na sua vida?
Talvez um pecado que você não consegue vencer…
Uma tristeza que não cessa…
Um medo que paralisa…
Um futuro que você não consegue imaginar com esperança…
Lembre-se: o túmulo está vazio.
A pedra já foi removida.
A ressurreição de Jesus é a resposta divina para tudo aquilo que você não pode resolver por si mesmo.
2. A ressurreição nos chama a crer no que Jesus já havia prometido
2. A ressurreição nos chama a crer no que Jesus já havia prometido
Texto-chave: Lucas 24:6-8 – “Lembrem-se do que ele lhes disse… Então se lembraram das suas palavras.”
Depois da surpresa com a pedra removida e o túmulo vazio, as mulheres recebem um lembrete crucial. Os anjos dizem:
“Ele não está aqui; ressuscitou! Lembrem-se do que ele lhes disse, quando ainda estava com vocês na Galileia: ‘É necessário que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia.’”
É interessante que a primeira coisa que os anjos fazem não é explicar um milagre… mas apontar para a Palavra de Jesus.
Eles dizem: “Lembrem-se.”
Como se dissessem: “Isso que está acontecendo aqui não é novo. Vocês já ouviram isso antes. Vocês só não creram totalmente ainda.”
A fé cristã não é construída sobre sentimentos, mas sobre fatos e promessas.
Essas mulheres não foram chamadas a “sentir algo especial”, mas a lembrar e crer nas palavras que Jesus já havia falado.
Aqui está mais uma marca da graça: mesmo quando esquecemos, Deus nos lembra.
Mesmo quando a nossa fé falha, Ele é fiel.
Mesmo quando caminhamos com Jesus e ainda assim duvidamos — como os discípulos fizeram tantas vezes — Jesus não nos rejeita. Ele nos ensina novamente. Ele nos traz de volta à sua Palavra.
Keller costuma dizer que grande parte da nossa ansiedade e frustração cristã vem do fato de que conhecemos verdades com a mente, mas ainda não as deixamos descer ao coração.
Sabemos que Deus é bom, mas agimos como se Ele tivesse nos abandonado.
Sabemos que Ele está no controle, mas vivemos como se tudo dependesse de nós.
Sabemos que Jesus venceu a morte, mas vivemos com medo de perder tudo.
Aplicação:
Você tem se lembrado do que Jesus disse?
Você tem vivido com base nas promessas dEle ou nos sentimentos do momento?
Tem se alimentado mais das manchetes do mundo… ou das palavras da Escritura?
As mulheres só começaram a entender o que estava acontecendo quando se lembraram das palavras de Jesus.
Da mesma forma, nós só entenderemos nossa vida, nossa dor, nossos dilemas… quando voltarmos à Palavra que explica tudo à luz da ressurreição.
A fé não é fechar os olhos para a realidade. A fé é abrir os olhos para enxergar a realidade à luz da Palavra de Deus.
A ressurreição é a chave que abre a compreensão de tudo o que Jesus ensinou, tudo o que Ele prometeu, tudo o que Ele fez.
3. A ressurreição transforma testemunhas comuns em mensageiros poderosos
3. A ressurreição transforma testemunhas comuns em mensageiros poderosos
Texto-chave: Lucas 24:9 – “Voltando do túmulo, anunciaram todas essas coisas aos Onze e a todos os outros.”
As mulheres chegaram ao túmulo com o coração pesado, mas saíram com os pés apressados.
Foram ao túmulo para cuidar de um corpo, e voltaram com a notícia que mudaria a história: Jesus está vivo!
A ressurreição transforma pessoas comuns — marcadas pela dor, pela dúvida, pela limitação — em mensageiras da esperança.
E repare bem: Deus escolheu que as primeiras testemunhas da ressurreição fossem mulheres.
Em uma cultura onde o testemunho feminino não tinha valor legal, Deus inverteu a lógica humana.
O evangelho não começa com os fortes, os influentes ou os mais preparados.
Começa com os pequenos, os quebrantados e os disponíveis.
Porque o poder não está em quem carrega a mensagem, mas na própria mensagem.
Esse é o poder da ressurreição: ela nos tira da paralisia da tristeza e nos lança na missão da esperança.
Ela não apenas nos consola; nos comissiona.
Ela não apenas nos cura; nos envia.
E veja que linda ironia do evangelho:
– Aqueles que pareciam derrotados agora proclamam vitória.
– Aqueles que choravam agora anunciam alegria.
– Aqueles que foram ao túmulo em silêncio agora falam com ousadia.
Isso nos lembra de algo poderoso: quem conhece o Cristo ressurreto não pode ficar calado.
A fé que nasce na ressurreição é uma fé que precisa ser anunciada.
Como Paulo escreve em 2 Coríntios 5:14: “O amor de Cristo nos constrange…”
Aplicação:
Você tem vivido como testemunha da ressurreição?
Você fala de Jesus como quem carrega a notícia mais transformadora do mundo?
Ou você ainda vive como se estivesse indo ao túmulo?
Talvez você se sinta pequeno demais…
Talvez ache que sua história é simples demais…
Mas lembre-se: as mulheres não pregaram um sermão sofisticado. Elas apenas disseram:
“Ele vive!”
E foi o suficiente para incendiar o coração dos discípulos e virar o mundo de cabeça para baixo.
Se Jesus venceu a morte, então o nosso medo, a nossa vergonha, a nossa inadequação… não têm mais a última palavra.
A ressurreição não faz apenas de você um crente… ela faz de você uma testemunha.
Se você está aqui hoje e ainda vive como se Jesus estivesse no túmulo…
Se sua vida tem sido marcada por medo, cansaço, vazio…
Hoje é o dia de lembrar o que Ele disse.
Hoje é o dia de confiar em quem Ele é.
Hoje é o dia de se render ao Cristo vivo.
A ressurreição é um convite à rendição.
É o fim da autoconfiança… e o início de uma nova vida na confiança em Cristo.
Ponte para a Ceia do Senhor
Ponte para a Ceia do Senhor
E é isso que celebramos agora, à mesa da Ceia.
A Ceia do Senhor nos lembra da cruz — do corpo partido, do sangue derramado.
Mas ela também é um anúncio profético:
“Porque todas as vezes que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor… até que Ele venha.” (1 Coríntios 11:26)
Ou seja: a Ceia é um ato de memória… mas também de esperança.
Celebramos não um Cristo derrotado, mas um Rei vitorioso.
Não um túmulo cheio, mas uma tumba vazia.
Não apenas um passado de perdão, mas um futuro glorioso de ressurreição com Ele.
Ao participarmos da mesa, estamos dizendo com fé:
“Cristo morreu por mim. Cristo ressuscitou por mim. Cristo voltará por mim.”