AULA 17 | USO DO VÉU E CEIA DO SENHOR

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A igreja de Corinto fugia do bom senso em alguns pontos no se refere à reunião para cultuar ao Senhor. Em algumas coisas era elogiada, em outras criticada pelo apóstolo. Foi por isso que Paulo precisou trazer orientações fundamentais para que esta comunidade pudesse reorganizar a forma como se relacionava com o Senhor, de modo a corrigir erros e acabar com abusos.
1Coríntios 11.2–16 BS:NVT
2 Eu os elogio porque vocês sempre têm se lembrado de mim e têm seguido os ensinamentos que lhes transmiti. 3 Mas quero que saibam de uma coisa: o cabeça de todo homem é Cristo, o cabeça da mulher é o homem, e o cabeça de Cristo é Deus. 4 O homem desonra sua cabeça se a cobre para orar ou profetizar. 5 Mas a mulher desonra sua cabeça se ora ou profetiza sem cobri-la, pois é como se tivesse raspado a cabeça. 6 Se ela se recusa a cobrir a cabeça, deve também cortar todo o cabelo! Mas, uma vez que é vergonhoso a mulher cortar o cabelo ou raspar a cabeça, deve cobri-la. 7 O homem não deve cobrir a cabeça, pois ele foi criado à imagem de Deus e reflete a glória de Deus. A mulher, porém, reflete a glória do homem. 8 Pois o homem não veio da mulher, mas a mulher veio do homem. 9 E o homem não foi criado para a mulher, mas a mulher foi criada para o homem. 10 Por esse motivo, e também por causa dos anjos, a mulher deve cobrir a cabeça, para mostrar que está debaixo de autoridade. 11 Entre o povo do Senhor, porém, as mulheres não são independentes dos homens, e os homens não são independentes das mulheres. 12 Pois, embora a mulher tenha vindo do homem, o homem nasce da mulher, e tudo vem de Deus. 13 Julguem por si mesmos: é correto uma mulher orar a Deus em público sem cobrir a cabeça? 14 A natureza não deixa claro que é vergonhoso o homem ter cabelo comprido? 15 E as mulheres não se orgulham de seu cabelo comprido? Pois ele lhes foi dado como manto. 16 Mas, se alguém quiser discutir a esse respeito, digo simplesmente que não temos outro costume. E as outras igrejas de Deus pensam da mesma forma.
Por que Paulo fala da sujeição da mulher?
À luz das escrituras, nota-se uma hierarquia fundamental no aspecto da comunidade cristã. Deus - Cristo - Marido - Mulher. O termo “cabeça” traz o sentido de fonte. Significa, de forma prática, que Deus é a fonte de Cristo (quanto à relação com as pessoas da Trindade), Cristo é a fonte do homem (Criador); o homem é a fonte da mulher (ela veio de uma de suas costelas, como traz Gn 2.21-24). É por isso que, como Cristo se submeteu a Deus, a mulher deve submeter-se ao marido, igual lemos na narrativa bíblica (Ef. 5).
A grande questão é que esta hierarquia deve ser refletida no culto cristão.
Temos de entender os costumes helênicos da época. As mulheres gregas tinham o costume de usar véu na cabeça. As únicas que não usavam eram prostitutas. As adúlteras tinham a cabeça raspada, como castigo.
Este costume era cultural. Não havia sentido não compreendê-lo também à luz das escrituras dentro da hierarquia fundamental citada há pouco. Se a mulher comparecesse às atividades do culto sem ter a cabeça coberta, ela desonrava “a própria cabeça”. Quem? O marido. Além de desonrar, havia o risco de serem taxadas de adúlteras.
O homem não deve usar o véu porque é a imagem de Deus, em analogia ao Cristo. E esse reflexo não pode ser ocultado. Isso não quer dizer que há, no aspecto social, melhor ou pior.
Há uma diferenciação teológica, um significado específico para homens e mulheres, mas Deus não está a super valorizar homens e menosprezar mulheres. A prova disso é que veio de uma mulher o Messias. Deus escolheu mulheres como as primeiras testemunhas da ressurreição de Jesus. Elas foram grandes apoiadoras do ministério de Cristo. Paulo cita Priscila como grande apoiadora de seu ministério. Deus usa muitas mulheres como instrumentos do seu amor na Bíblia.
O véu indicava que, ao cobrir a cabeça, a mulher assegurava o seu lugar de dignidade e autoridade e, ao mesmo tempo, reconhecia a sua subordinação.
Por que as mulheres muçulmanas usam HIJABE?
O uso do hijab é frequentemente justificado com base na crença de que a modéstia é um valor importante no Islã, e que o véu é uma forma de cumprir essa exigência religiosa. 
Símbolo de Fé e Identidade: O hijab é um símbolo de fé e identidade religiosa para muitas mulheres muçulmanas, que o usam como uma forma de se identificar com a sua comunidade e com a sua religião. 
Proteção Social: Em alguns contextos sociais, o hijab pode ser visto como uma forma de proteção para as mulheres, reduzindo o assédio e os comentários sobre o seu corpo. 
Tradicionalismo e Legislação: A vestimenta também pode ser vista como um sinal de tradição e de cumplicidade com a legislação local. 
Alcorão fala sobre a modéstia feminina. Ele deve ser expressada no culto a Alá, mas não especifica como deve ser a vestimenta.
A imposição acaba sendo mais social / política do que espiritual.
Qual o princípio do culto?
1Coríntios 10.31 BS:NVT
31 Portanto, quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam para a glória de Deus.
Como é viver e fazer tudo para a glória de Deus?
(Participação)
O culto deve, não apenas refletir o aspecto relacional Deus - Cristo - Homem - Mulher, mas também o fato de que fomos criados para a glória dele.
O homem é a imagem e glória de Deus porque foi criado dele, a mulher é a glória do homem pois é derivada dele.
Paulo ressalta que homem e mulher são completamente dependentes. Os dois formam um.
1Coríntios 11.12 BS:NVT
12 Pois, embora a mulher tenha vindo do homem, o homem nasce da mulher, e tudo vem de Deus.
Por que não usa-se mais véus nos cultos de hoje?
À luz das escrituras, compreendemos que o Senhor nos ensinou a seguinte lição: mais do que a materialidade do cumprimento de uma orientação, ele quer que façamos isso em essência, na plena compreensão de nossos papeis. Ele quer que homens assumam as responsabilidades e ajam de acordo com o modelo baseado no padrão divino e que as mulheres compreendam seu papel e vivam a feminilidade de forma que agrade ao Senhor.
A CCB determina o uso do véu nos cultos. É uma compreensão equivocada porque eles consideram o culto apenas o serviço a Deus, uma reunião. E o culto é o que lemos em 1Co 10.31
1Coríntios 10.31 BS:NVT
31 Portanto, quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam para a glória de Deus.
Tudo, a nossa vida inteira.
Para serem coerentes com a interpretação, a interpretação da Congregação deveria ser para que as mulheres usassem em todo o tempo.
CEIA DO SENHOR
Outro tema sobre o qual Paulo fala é a Ceia do Senhor.
1Coríntios 11.17–22 BS:NVT
17 Nas instruções a seguir, porém, não posso elogiá-los, pois, quando vocês se reúnem, fazem mais mal que bem. 18 Primeiro, ouço que há divisões quando vocês se reúnem como igreja e, até certo ponto, eu o creio. 19 Suponho que seja necessário haver divisões entre vocês para que se reconheçam os que são aprovados! 20 Quando vocês se reúnem, não estão interessados de fato na ceia do Senhor. 21 Alguns de vocês se apressam em comer a própria refeição; como resultado, alguns passam fome, enquanto outros ficam embriagados. 22 Será que vocês não têm casa onde comer e beber? Ou querem mesmo envergonhar a igreja de Deus e humilhar os pobres? Que devo dizer? Querem que eu os elogie? Certamente não os elogiarei por isso!
Paulo fala para os coríntios: vocês estão reunidos, mas desunidos.
Numa igreja dividida, como a de Corinto, os momentos de confraternização podem contribuir para a piora da saúde espiritual dos crentes.
1Coríntios 11.20 BS:NVT
20 Quando vocês se reúnem, não estão interessados de fato na ceia do Senhor.
Ao falar isso, Paulo declara que a preocupação da igreja não era com o Senhor, mas com seus próprios interesses e prazeres, logo, aquilo não poderia ser considerada a Ceia do Senhor. Isso porque a Ceia do Senhor aponta para a centralidade do Senhor.
John Stott traz três características da Ceia.
1 A primeira é a centralidade de sua morte. Jesus estava dando instruções para o seu próprio culto memorial — eles deveriam comer pão e beber vinho “em sua memória”.
2 A segunda verdade que aprendemos com a Ceia do Senhor diz respeito ao propósito da morte de Jesus.
3 A terceira verdade ensinada pela Ceia do Senhor é concernente à nossa necessidade de nos apropriarmos de forma pessoal dos benefícios da morte de Jesus. No drama do cenáculo os discípulos não eram apenas espectadores, mas participantes. Jesus não somente partiu o pão, mas deu-lhes para que o comessem.
É por isso que, ao participarmos da Ceia, devemos ter consciência de que este memorial nos faz compreender a entrega singular de Cristo em amor por nós. Não é um momento de prazer, mas de lembrança de tamanha dor. A alegria deve ser pela promessa de que ele voltará, porque ele fala para que façamos isso até que ele venha.
Só que os corintios faziam isso sem consciência, com certo ar de esnobismo. Comiam sem compartilhar. Empanturravam-se. Não esperavam pelos outros. Deixavam os menos favorecidos com fome.
Aqui, ali da divisão “teológica”, Paulo aponta para as divisões social e econômica que exisitiam na igreja de Corintos.
Fato é que a Ceia do Senhor é uma ordenança.
1Coríntios 11.23–26 BS:NVT
23 Pois eu lhes transmiti aquilo que recebi do Senhor. Na noite em que o Senhor Jesus foi traído, ele tomou o pão, 24 agradeceu a Deus, partiu-o e disse: “Este é meu corpo, que é entregue por vocês. Façam isto em memória de mim”. 25 Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, confirmada com meu sangue. Façam isto em memória de mim, sempre que o beberem”. 26 Porque cada vez que vocês comem desse pão e bebem desse cálice, anunciam a morte do Senhor até que ele venha.
1Co foi escrita, muito provavelmente, antes dos evangelhos. Então pode-se dizer que é a primeira referência à Ceia.
Este texto mostra que a morte do Senhor é proeminente na história. A Ceia é uma lembrança da entrega de Cristo, que seria entregue à morte e morte de cruz.
O pão tem um simbolismo especial. Nas famílias judaicas, o homem partia o pão para distribuir a quem estivesse à mesa. Jesus fez o mesmo. Antes disso, deu graças. Da expressão “tendo dado graças” deriva “eucaristia”, que o catolicismo usa para o contexto da Ceia. Para nós, é um lembrete de que a ceia deve ser precedida de ação de graças.
O pão simboliza o corpo, mas para nós, é uma analogia. Ele não se transforma propriamente no corpo.
“Fazei isto em memória de mim”. A orientação é para que façam sempre, continuem fazendo. A Páscoa lembra uma data, a Ceia lembra a pessoa de Jesus cuja morte propicia a vida eterna.
O simbolismo do Cálice - representa o sangue, a marca da nova aliança em Cristo.
Êxodo 24.6–8 BS:NVT
6 Moisés colocou em vasilhas metade do sangue desses animais e aspergiu a outra metade sobre o altar. 7 Depois, pegou o Livro da Aliança e o leu em voz alta para o povo. Mais uma vez, todos responderam: “Obedeceremos ao Senhor! Faremos tudo que ele ordenou!”. 8 Moisés pegou o sangue das vasilhas, aspergiu-o sobre o povo e declarou: “Este sangue confirma a aliança que o Senhor fez com vocês quando lhes deu estas instruções”.
Jeremias 31.33 BS:NVT
33 “E esta é a nova aliança que farei com o povo de Israel depois daqueles dias”, diz o Senhor. “Porei minhas leis em sua mente e as escreverei em seu coração. Serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
Não há periodicidade definida estabelecida. Algumas igrejas fazem uma vez por mês, outras duas.
O objetivo de Paulo sempre foi o de mostrar aos coríntios que a Ceia deve ser vivida em comunhão. Os valores espirituais superam os benefícios materias individuais.
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