Jó 24.1-25: Por que Deus não castiga o perverso?

Introdução

Esta capítulo contém as palavras de Jó refletindo no modo como Deus castiga o perverso.

Os amigos anteriormente trouxeram este tema dos perversos por acreditar que isso se aplica ao caso de Jó.

Jó, porém, resolve discutir o tema porque quer redefinir o perfil de ímpio que seus amigos apresentaram.

Mesmo tendo a convicção de não ser um ímpio, Jó pondera a respeito do que ele tem aprendido sobre o destino deles.

1. Por que Deus não designa tempos de julgamento? (v. 1)

A pergunta do v. 1 remete ao cap. 21.

No cap. 21 ele demonstra que a vida dos perversos não é tão passageira.

Agora, para falar sobre esse tema, Jó resolve acrescentar um novo elemento, que é o tempo do julgamento dos ímpios.

A tese de Jó: Deus é soberano. Por que então ele demora?

O restante do texto descreve como eles fazem isso.

2. A ação dos ímpios enquanto o juízo não chega (v. 2-4)

Remover os limites: adulterar o tamanho de sua propriedade.

Roubar rebanhos: apropriaçaõ indevida do bem alheio.

Levar o jumento que pertence ao órfão: provavelmente resultando de opressão por endividamento.

Todos estes atos pressupõe uma desigualdade social.

3. A ação dos oprimidos enquanto o juízo não chega (v. 5-12)

Do v. 5-11 demos a descrição. No v. 12, a conclusão

Jó 24.12 “Desde as cidades gemem os homens, e a alma dos feridos clama; e, contudo, Deus não tem isso por anormal.”

Não é um parecer definitivo, mas uma deliberação qeu aguarda “os tempos do julgamento.”

Estas ações não serão para sempre.

4. Os perversos são inimigos da Luz (v. 13-17)

Esta seção visa impedir que o v. 12 acima seja tratado como normativo. Para isso, considere os seguintes aspectos:

Os perversos são inimigos da luz. Eles não conhecem seus caminhos e não permanecem nas suas veredas. Jó não era e não se via como parte dos perversos (comparar com Jó 23.11-12)

Os perversos matam o pobre e o necessitado.

Adulteram durante a noite, crendo que ninguém os reconhecerá.

5. O destino dos perversos na visão dos amigos (v. 18-21)

Os perversos são levados rapidamente na superfície das águas;

Maldita é a porção deles na terra;

Não andam mais pelo caminho das vinhas;

A sepultura dissolve os que pecaram.

A mãe se esquecerá deles;

Os vermes os comerão gostosamente;

Nunca mais haverá lembrança deles;

Como árvore será quebrado o injusto.

A lista termina no v. 21 com uma rápida descrição do perfil daqueles sobre quem essas coisas recairão.

6. O destino dos Perversos na visão de Jó (v. 22-25)

Deus prolonga os dias dos perversos (v. 23)

Deus dá descanso aos perversos, o que acaba criando neles um falso senso de segurança (v. 23).

Os perversos são exaltados, ainda que por breve tempo.

Jó termina sua fala com o desafio aos amigos para provar que o seu diagnóstico do destino dos perversos está incorreto.

Jó 24.25 “Se não é assim, quem me desmentirá e anulará as minhas razões?”

Para reflexão:

No contexto em que você vive hoje, o modo como os ímpios são tratados se assemelha mais com a visão de Jó ou a de seus amigos?