Efésios 4. 31,32: Santidade em nosso meio.

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Introdução

Efésios 4.31–32 “Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia.Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.”
Bryan Chapell conta a história de dois irmãos que se acotovelavam enquanto cantavam o hino 32 - Tu és fiel, Senhor!
Eles estavam cantando no ritmo do hino, mas certamente não estavam prestando atenção na fidelidade de Deus!
Essa é uma boa ilustração da nossa vida enquanto igreja: nossas picuinhas nos distraem facilmente da graça de Deus.
É muito fácil deixarmos o nosso coração focar apenas nos problemas da igreja e não no evangelho que sustenta a igreja!
Por isso, é importante nós considerarmos a exortação dada pelo apóstolo Paulo aqui, porque ele certamente percebia isso.
A santidade deve ser exercida em nossos relacionamentos. Mas como ela deve ser exercida? Vejamos:

Em nosso meio:

1. Lancem fora toda a maldade!

Amargura (pikria): do adjetivo pikros, que é usado para designar uma flecha pontiaguda ou afiada.
Pode indicar também um sabor picante ou amargo, um odor penetrante, a dor lancinante, ou um som muito alto.
O substantivo pode se referir ao sabor amargo de plantas. Que planta você conhece que é amarga?
Coléra e Ira (kai thymos kai orge):
São termos sinônimos que designam um estado de raiva pecaminoso a qual deve ser abandonado.
Gritarias e blasfêmias: O primeiro vocábulo diz respeito ao berro, a fala má educada no meio dos crentes. Já o segundo, se refere ao linguajar ofensivo ou a amaldiçoar.
Podemos observar que:
Amargura diz respeito a atitude;
Raiva e ira tratam de disposição
Gritaria e palavras ofensivas se refere ao modo de falar.
Em resumo: toda a malícia. Esta palavra se refere a tudo que pessoas más praticam entre si. Os crentes não são pessoas más porque foram salvas pela graça mediante a fé (Ef. 2.8). Portanto, a maldade não pode estar no meio do povo de Deus.
Qual o destino destes pecados? Para longe de vós!
Mateus 24.39 “e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.”
Assim como o dilúvio levou os habitantes da terra, assim essas características devem ser levadas para longe da igreja.
1Coríntios 5.6–8 “Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade.”
Aplicação:
O pecado deve ser lançado fora do nosso meio!
Não nos é permitido desejar o mal para o ofensor.
Como perdoar alguém que não se arrependeu o suficiente?
Resposta: nosso perdão não está vinculado a absolvição ou pagamento de penalidade.
Talvez seja necessário que o ofensor sofra as consequências da sua ofensa, porém não podemos exigir isso com malícia ou desejar o mal para ele.
Uma coisa é desejar justiça, outra coisa é desejar maldade!
Bandido bom é bandido morto? Os linchamentos, os tribunais do crime e o nosso coração.

2. Pratiquem o perdão em Cristo Jesus!

Antes: conjunção adversativa. Devemos ser o oposto do descrito no v. 31. Mas como devemos ser, então?
Devemos ser bondosos: a ideia de ser agradável, de ser bom para com as pessoas.
Bom como o vinho amadurecido: Lucas 5.39 “E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo; porque diz: O velho é excelente.”
Lucas 6.35 “Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus.”
Devemos ser compassivos: atitude misericórdia, de compaixão para com os outros:
Mateus 9.36 “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor.”
Marcos 1.41 “Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo!”
Lucas 1.78 “graças à entranhável misericórdia de nosso Deus, pela qual nos visitará o sol nascente das alturas,”
Lucas 7.13 “Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores!”
Devemos ser graciosos: perdoar uns aos outros. O oposto de uma atitude amarga, é uma atitude doce de perdão. O oposto da disposição irada é a disposição de perdoar. O oposto da fala inadequada, é a fala graciosa!
Essas ações devem ser recíprocas. Isso não pode ser deixado de lado. A igreja deve cultivar o hábito de promover atitudes de bondade, compaixão e perdão em seu meio.
Além disso, estas ações estão fundamentadas na obra de Cristo.
Lembre-se que isso foi fortemente enfatizado no início dessa carta:
Efésios 1.7–12 “no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça,que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência,desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo,de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra;nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo;”
Efésios 2.4 “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou,”
Aplicação:
Deus perdoa até a nossa falta de perdão (irônico e ao mesmo tempo reconfortante).
Lembre-se: Deus nos perdoou em Cristo quando nós erámos os seus inimigos (Rm 5.8-10).
Ao perdoar, nos tornamos Cristo para os outros.
O Testemunho Gladys Staines.
Conclusão:
Santidade em nosso meio: 1) Lancem fora toda a maldade; 2) Pratiquem o perdão em Cristo Jesus.
Aplicação:
Andar em santidade é andar olhando para cima (Nosso Deus é santo);
Andar em santidade é andar olhando para o lado (devemos ser santos porque nos importamos uns com os outros. Nossa santidade é prática);
Andar em santidade é andar olhando para a cruz (somente com nossos olhos em Cristo temos a correta dimensão do que é ser santo).
Caminhemos juntos em santidade!
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