Sem título Sermão (32)
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salmos 15
salmos 15
🎙️ Narração - Salmo 15: Quem realmente faz parte do povo de Deus?
O Salmo 15 começa com uma pergunta profunda:
"Senhor, quem pode morar contigo? Quem pode viver no teu santo monte?"
Davi não está falando com outras pessoas — está falando direto com Deus. Ele sabe que muita gente se declara parte do povo de Deus, usa esse nome com facilidade... mas Deus não se impressiona com aparência. Ele olha para o coração e exige sinceridade. Ele continua sendo o mesmo, fiel a Si mesmo, e espera fidelidade de quem diz que é d'Ele.
Sim, Deus chamou Abraão. Mas junto com o chamado, veio uma exigência: viver uma vida santa, íntegra, separada. Essa sempre foi a regra da aliança: não basta estar no templo — é preciso andar em justiça. Davi viu isso com os próprios olhos: multidões no santuário, todos professando a mesma fé, mas muitos vivendo como se Deus nem existisse.
Por isso, ele faz a pergunta: "Quem, de fato, pertence ao povo de Deus?"
E a resposta vem clara: são aqueles que vivem com sinceridade, justiça e verdade no coração.
Hoje, como naquele tempo, a Igreja está cheia de impurezas. Isso não deveria nos surpreender nem nos fazer desistir. Já era assim nos dias de Davi, nos tempos dos apóstolos... e continua até hoje. A diferença está em saber discernir: há os que são verdadeiramente parte do povo de Deus — e há os que estão apenas de passagem, sem raiz, sem fruto.
Isso nos ensina três coisas:
Se queremos fazer parte do povo de Deus, nossa vida precisa mostrar isso.
Quando virmos pecados e escândalos dentro da Igreja, não devemos nos escandalizar nem fugir.
Todos nós devemos buscar a pureza da Igreja — começando por nós mesmos.
Sim, o celeiro de Deus ainda tem palha misturada com trigo. Mas Cristo está separando tudo — começou com o evangelho e vai terminar quando Ele voltar.
Até lá, a Palavra é clara: quem não anda em justiça, não tem parte com Deus.
👣 Davi deixa isso bem prático: o verdadeiro servo de Deus é alguém que vive com integridade. Não apenas fala de fé — vive a fé. Não apenas cumpre rituais — ama a justiça. É sincero, faz o bem ao próximo, não espalha mentiras, nem se alimenta de fofocas.
Hoje em dia, muitos confundem religiosidade com santidade. Mas Davi acaba com essa ilusão:
A vida mostra quem realmente teme a Deus.
“Aquele que é desprezado aos seus próprios olhos, mas honra aos que temem ao Senhor; o que jura com dano próprio e não se retrata.”
Aqui, Davi descreve a fibra moral de quem vive com Deus. Duas atitudes se destacam: desprezo pelos ímpios e honra aos piedosos. Alguns acham que esse “ser desprezado” significa humildade, como se o justo se achasse indigno. Mas o paralelismo mostra outra ideia: trata-se de alguém que tem julgamento reto — que não elogia o perverso, mesmo que ele esteja em alta posição, mas valoriza quem teme a Deus.
Esse “desprezo” não é arrogância, é discernimento. É uma rejeição consciente das obras más. Como Paulo diz em Efésios 5:11, os santos não têm comunhão com as obras das trevas. Eles não bajulam quem zomba do Senhor. Eles sabem: honrar o perverso é exaltar o mal. A verdadeira honra pertence aos que temem ao Senhor — mesmo que o mundo os despreze.
Amar esses homens é sinal de que amamos a santidade.
Davi também fala do que “jura com dano próprio e não se retrata”. Isso é mais do que integridade: é coragem moral. O justo prefere sair no prejuízo a quebrar sua palavra. Num mundo onde promessas valem pouco e tudo é negociável, o piedoso mantém firme o compromisso — porque ele honra a Deus acima dos próprios interesses.
Mesmo quando se engana ou é pressionado, ele prefere sofrer do que desonrar o nome de Deus com mentira. Para ele, a verdade vale mais que lucro. Sim, é legítimo buscar justiça em certos casos, mas nunca por egoísmo ou desprezo ao compromisso feito diante do Senhor.
E Davi termina com um alerta forte:
"Ele não empresta com usura, nem aceita suborno contra o inocente."
Mais uma vez, o amor ao próximo e o temor a Deus andam juntos. A usura — aquele “empréstimo” que na verdade escraviza — é vista como violência contra os fracos. Não é à toa que Cato comparava usurários a assassinos: um vive do suor, o outro do sangue. Deus odeia isso.
E quem aceita suborno? Também está fora. Justiça comprada é injustiça multiplicada. Juízes que vendem sentenças e pessoas que defendem o erro por interesse são igualmente culpados. O justo é diferente: ele é firme, porque sua vida está ancorada na verdade e no temor do Senhor.
"Aquele que faz essas coisas nunca será abalado."
Essa é a firmeza do justo: não porque ele é forte por si mesmo, mas porque anda com Deus — com verdade, integridade e temor. E esse tipo de pessoa... permanece.