(Lv 16) O dia da Expiação
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Hoje, devemos relembrar do que se trata exatamente o livro de Levítico. Na introdução das nossas exposição, eu expliquei a grande pergunta que a bíblia faz depois da queda de Adão é: quem subirá ao monte do Senhor? Quem entrará no seu Santo Templo? Depois de expulsos do jardim, como podemos entrar novamente na presença de Deus, que é fogo devorador? É essa pergunta que o livro de Levítico busca responder.
E é por isso que o dia do Expiação é o centro do livro de Levítico. E muitos teólogos dizem que o Levítico 16 é centro literário do livro, ou seja, que a estrutura do livro de Levítico faz com o capítulo 16 seja o centro. E se o livro de Levítico é o centro do Pentateuco, então Levítico 16, o dia da Expiação é o centro do Pentateuco, é o centro de de toda a lei de Moisés. Ou seja, o dia da Expiação era o cume do monte.
O dia da expiação trata de Deus inaugurando o caminho para a humanidade habitar na sua presença. A expiação é o que torna possível a vida na presença do Senhor. Expiação significa reconciliação. Era o ritual mais importante em todo o livro. Era a ocasião anual onde tanto o santuário quanto a toda a comunidade eram purificados de toda impureza. E era a única cerimônia em que Arão podia entrar no Santo dos Santos. Isso ocorria uma vez ao ano.
Michael Morales: Depois da expulsão do jardim do Éden, essa entrada no Santo dos Santos do Tabernáculo apresenta o mais perto que um ser humano pode chegar da presença de Deus. O dia da expiação é literalmente o “Sábado dos sábados” - o Dia.
O o ritual do dia da Expiação envolvia duas partes de ofertas: uma oferta de purificação e holocausto pelo Sumo Sacerdote Arão e sua família sacerdotal, e uma oferta de purificação e holocausto por todo Israel. A ofertas de purificação eram feitas primeiro e depois as de holocausto. Então, tinha uma parte do ritual que chama a atenção: Um rito de eliminação de um bode chamado “expiatório”, que ocorria entre essas duas série de ofertas, que complementava a oferta de purificação de Israel.
Esse capítulo agora aborda como o tabernáculo e aqueles que o contaminaram podem ser purificados e expiados. Está claro que os pecados e as impurezas dos israelitas contaminaram não apenas a si mesmos, mas também o santuário do Senhor. Vimos bastante isso, como a impureza tende ao Tabernáculo, como ela sempre é uma afronta contra Deus. O Tabernáculo devia ser purificado.
Jay Sclar: O capítulo consiste em quatro seções principais. Como o sumo sacerdote realiza os ritos desse dia, a primeira seção apresenta uma visão geral dos deveres de Arão (vv. 1-10). A próxima descreve os ritos do dia em mais detalhes, identificando três maneiras pelas quais a expiação era feita: as ofertas de purificação, o "bode expiatório" e os holocaustos (vv. 11-28). Juntos, esses três ritos destacavam que a expiação completa era feita por todo pecado e impureza (cf. Contexto em Levítico 12). No entanto, esses ritos não tinham poder se não fossem acompanhados pela fé. A terceira seção, portanto, aborda como os israelitas deveriam observar esse dia, concentrando-se em sua necessidade de corações arrependidos (vv. 29-31). O capítulo conclui ordenando às gerações futuras que celebrem esse dia anualmente, garantindo que a comunhão entre o Senhor e Seu povo permaneça ininterrupta (vv. 32-34).
Vejam como o texto começa fazendo menção a Nadabe e Abiú. Ou seja, era uma advertência para que tivesse cuidado em não pecar mais, não profanar o Santuário, como fizeram aqueles. E aquele pecado e morte de Nadabe e Abiú mostram a necessidade de que o Tabernáculo seja também purificado.
Os versículos 3-10 falam das condições que Arão devia cumprir para entrar no Santo dos Santos (v. 3a).
Para começar, Arão deve ter os animais e as roupas. Em vez de suas roupas ornamentadas de sumo sacerdote, ele deveria usar um conjunto mais simples de roupas de linho (v. 4), talvez pra demonstrar humildade e se colocar junto dos outros.
Antes de vestir essas roupas, Arão deveria se purificar ritualmente (v. 4). Ele deveria lavar não apenas as mãos e os pés (Êxodo 30:19-21), mas todo o seu "corpo" (NVI).
Os versículos 6-10 fornecem uma visão geral do que Arão deve fazer com o touro e os bodes. Os versículos de 11 a 22 darão mais detalhes.
Arão deveria oferecer o novilho como uma "oferta de purificação" (oferta pelo pecado) para si mesmo e para os sacerdotes (v. 6), indicando que todos os sacerdotes precisavam de expiação - diferente de nosso Senhor Jesus...
Hebreus 7.27 “que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu.”
Arão deveria lançar sortes sobre os dois bodes. As sortes indicariam que um bode era para o SENHOR (v. 8); ele deveria ser sacrificado como oferta de purificação (v. 9). O outro era para 'ăzā'zēl (traduzido como bode expiatório); ele deveria ser enviado ao deserto (v. 10).
A cerimônia consistia em três ritos expiatórios: ofertas de purificação (vv. 11-19), o rito do bode expiatório (vv. 20-22) e os holocaustos (vv. 23-24).
i. Purificação de Israel. Como os pecados e as impurezas dos israelitas contaminaram o santuário (veja o contexto), os ritos iniciais se concentraram em purificá-lo, começando no Santo dos Santos (vv. 11-16a), e depois no Lugar Santo (v. 16b) e o altar de holocaustos (vv. 18-19).
Primeiro, Arão tomou o sangue do novilho para fazer expiação por si mesmo e por sua família (v. 11). Depois ele entrou no Santo do Santos atrás da cortina e usou incenso para criar uma nuvem de fumaça. Isso era para ocultar a cobertura da tampa da Arca que repousava sobre os Dez Mandamentos dentro da arca (vv. 12-13). A nuvem de incenso o protegeu da morte (v. 13).
Morales: Tendo depositado dentro do Santo dos Santos um incensário cheio de brasas de fogo e bastante incenso aromático moído para criar uma nuvem, protegendo seus olhos da glória de Deus, o Sumo Sacerdote aspergia o sangue do novilho (da sua própria oferta de purificação) sobre o propiciatório da arca 7 vezes. Depois de lançar sortes para decidir qual bode seria sacrificado (como oferta de purificação de Israel) e qual serviria para carregar os pecados de Israel, ele sacrificaria ao Senhor o bode sobre o qual caiu a sorte, pra finalizar a purificação do santuário com o sangue dele.
Arão repetiu esse procedimento em favor do povo com o sangue do bode da oferta de purificação (vv. 15-16a). Isso era para fazer a expiação das "impurezas" dos israelitas, bem como de seus pecados.
16b-17. Assim como havia purificado o Santo dos santos, Arão purificou Santo Lugar, colocando sangue no altar de incenso; Êxodo 30:9-10, aspergindo sangue sete vezes diante dele (cf. vv. 14-15).
18-19. Depois de entrar na tenda, Arão foi até o altar de holocaustos e realizou ritos semelhantes para purificá-lo e consagrá-lo.
Então, vem o ritual com o bode expiatório (20-22).
Morales: Depois de purificar os santuários interior e exterior e o altar, Arão tomava o bode vivo e impunha ambas as mãos sobre a cabeça dele, confessando os pecados de Israel, de modo a transferir inteiramente a culpa de Israel para esse bode, que então era levado para o deserto por um homem designado para fazer isso. O Sumo Sacerdote então se banhava mais uma vez e vestia seus trajes ornamentados para oferecer as ofertas de holocausto, acrescentando, finalmente, a gordura das ofertas de purificação. Então o dia da Expiação incluía três ritos principais: um rito de entrada do Sumo Sacerdote no Santo dos Santos; um rito de purificação do Tabernáculo; e um rito de eliminação, dos pecados do povo no deserto.
Então o dia da Expiação fala da purificação da casa de Deus de dentro pra fora: primeiro o Santo dos Santos, a sala do trono, é purificado por meio do sangue aspergido sobre a frente do propiciatório e diante da arca. Aí o movimento de purificação continua a partir da arca pra fora, com a purificação do Santo Lugar; e por fim, do pátio, onde fica o altar do holocausto. Então, saindo do pátio, o bode continua o movimento pra longe do santuário, carregando os pecados e a culpa de Israel para um lugar desabitado no deserto.
O Dia da expiação era o dia da purificação: o Tabernáculo e toda mobília, o Sumo Sacerdote e o sacerdócio, e todos os israelitas eram purificados da impureza de israel.
Devemos pensar que o dia do juízo final será assim. Tanto um dia de juízo quanto um dia de reconciliação. Talvez, o dia do Senhor como dia do Juízo final faça referência a isso: um dia da expiação, em que a terra será purificada de toda imundícia.
Devemos lembrar que o Tabernáculo é um pequeno universo, figuras de árvores, anjos, céu, animais etc.
Morales: O drama da purificação do pequeno mundo (Tabernáculo) aponta profeticamente para um dia da Expiação em todo cosmo (Criação) como verdadeira morada de Deus.
Nesse dia Deus estava prometendo que um dia purificaria tudo. Então devemos imaginar que o dia o livro de Levítico está encendo toda a história da queda à redenção. Os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, profanaram o santuário e morreram, assim como Adão, no Jardim do Éden. As perguntas que são feitas aqui também são feitas com relação ao Jardim. “O que pode ser feito? Está tudo perdido? Como voltar ao Jardim?” O dia da expiação apresenta a resposta. Purificação por meio do sacrifício.
Levítico 16.2 “Então, disse o Senhor a Moisés: Dize a Arão, teu irmão, que não entre no santuário em todo tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque aparecerei na nuvem sobre o propiciatório.”
Deus diz que aparecerá na nuvem sobre o propiciatório. Arão não deve cometer o erro dos seus filhos, de adentrar à presença de Deus quando ou como quiser. Assim, Deus protegia a sua presença, como protegeu o jardim com anjos querubins.
Devemos lembrar irmãos, como essa história da expulsão do Jardim no monte do Éden, e como o povo de Deus saiu de lá, enfrentou uma grande destruição, o dilúvio, e recomeçou a história a partir do monte Ararate, onde a arca de Noé pousou, e daí foi até outro monte, o Monte Sinai, em que Deus recomeçou com Israel, dando sua Lei; e por fim, chegamos a um novo monte, um monte portátil, o Tabernáculo.
Vejam, Gênesis mostra o anseio pela volta ao Jardim; Êxodo fala do retorno ao Jardim; e Levítico fala da reentrada no Jardim, em que Levítico 16 é o ápice.
Morales: A presença divina no tabernáculo é descrita em termos semelhantes aos que descrevem a sua presença no jardim do Éden: o véu que separa o Santo dos santos era bordado com querubins, assim como querubins haviam sido posicionados para guardar a entrada do jardim do Éden; os deveres dos sacerdotes no tabernáculo são descritos com os mesmos verbos que designam os deveres de Arão no jardim (cultivar e guardar); assim como o Tabernáculo é construído com base num sistema triplo de santidade que gira em torno da presença de Deus, o Éden como monte de Deus estabelecia fronteiras de santidade relacionadas a Presença de Deus. Então o Tabernáculo é um jardim paradisíaco no deserto, o caminho para Deus, uma volta ao Jardim. O Santo dos Santos era o cume do monte de Deus, o jardim que estava no Éden.
No dia da Expiação, a expulsão de Adão pra fora do jardim, era revertida quando Arão subia em direção ao véu com os querubins e passava, entrando o lugar em que Deus estava. O Sumo Sacerdote retornava ao ponto original da criação, restabelecendo o relacionamento de aliança com Deus. Isso era feito por meio da expiação...
O bode expiatório
No rito de purificação de Israel, algo curioso acontecia. Dois bodes eram trazidos como um só. Mas um era sacrificado, e o outro era levado ao deserto. O sangue do primeiro purificada a casa de Deus. Sobre a cabeça do segundo Arão colocava as mãos e confessava o pecado do povo, então um outro homem levava o segundo bode para o deserto.
Nossa Bíblia traduz esse segundo bode como “bode emissário” ou bode expiatório. Literalmente, na verdade, está escrito “bode para Azazel”. Existe uma discussão sobre o que significa Azazel. Há pelo menos 4 visões. Azazel pode ser um lugar no deserto. Azazel pode significar “destruição” (levar o bode para destruir); Azazel poderia ser o nome de um demônio (como acredita a igreja adventista), ou seja, a ideia é que o demônio seria destruído, ou algo assim (essa é a visão menos provável); e há uma terceira visão, em que Azazel seria a composição de duas palavras que juntas significa “o bode que é enviado para fora”. Essa é a visão mais provável, e a razão da tradução “bode expiatório”. Perceba pela linguagem que esse segundo bode está ali como uma extensão do primeiro bode. Há um sacrifício de purificação do pecado, e então um afastamento do pecado. O pecado é colocado sobre o segundo, e então lança pra longe. É como um único bode realizando dois aspectos diferentes da expiação - purificação da contaminação e remoção da culpa do pecado.
Vejam essa linguagem: aquele bode levará sobre si todas as iniquidades… onde você já viu isso? Então ele será lançado para fora do arraial. O pecado será afastado.
Salmo 103.12 “Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.”
O deserto e o mar na bíblia representam o caos. Veja o que diz o profeta Miqueias:
Miquéias 7.19 “Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.”
Vejam o que diz o Salmo 32.5 “Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado.”
A palavra perdoar aqui literalmente é “levantar” ou “carregar”. Incrível! Perdoar significa “levar sobre si”. É justamente o que faz o bode expiatório. Quem pode fazer isso por nós? Satanás não pode fazer isso por nós.
1Pedro 2.24 “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.”
Isaías 53.4–5 “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” Isaías 53.11–12 “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.”
O holocausto (23-24)
Após as ofertas de purificação, Arão ainda oferece as ofertas de holocausto. Ele então tira sua humilde roupa de linho, se lava, e põe novamente sua roupa de Sumo Sacerdote, como que num estado de exaltação após fazer oferta pelo pecado. Então ele oferece holocausto por si e pelo povo.
25-28. A gordura da oferta da purificação é queimada no altar do holocausto. O homem que soltou o bode expiatório deve se lavar antes de entrar novamente ao Santuário. E tudo o que sobre a oferta da purificação é levado é levado para fora do arraial para ser queimado.
29-31. Então o povo recebe instrução de como deveriam observar aquele dia. Deveria ser comemorado todos os anos. O povo deve se humilhar, jejuando (no NT é chamado de “o jejum”). Não deveria haver nenhum trabalho naquele dia - era Sábado Solene.
Assim irmãos, é isso o que fazemos nessa sábado solene, nós declaramos a vitória de Cristo sobre o pecado. Isso fazemos não em qualquer dia, mas no primeiro da semana, o dia da ressurreição. Por quê? Porque Paulo diz assim:
Romanos 4.25 “o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.”
O Novo Testamento descreve a obra de Jesus em nosso favor como o Dia da Expiação definitivo, pelo qual Ele entrou na própria sala do trono celestial para expiar o pecado (Hebreus 9.24 “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus;”). Ao contrário de Arão, Jesus não precisou fazer oferta por si mesmo, pois é um sumo sacerdote perfeito (cf. Hb 5:1-3 com Hb 4:15; 7:26-28). De fato, é por causa dessa perfeição que ele pôde carregar os pecados dos outros, oferecendo seu próprio sangue para purificar esses pecados completa e definitivamente
Hebreus 9.12 “não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.”
Hebreus 9.14 “muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”
Hebreus 9.28 “assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.”
Se os crentes israelitas sentiram o fardo de seus pecados aliviado por causa do ministério de Arão no Dia da Expiação, quanto mais o crente de hoje por causa do sacrifício de Jesus na cruz, e pra o qual o sacrifício de Arão apontava. Arão morreu, todos sacerdotes morreu, e aquela era passou. Mas Cristo está vivo, e ele vive a interceder por nós. Ele está na sala do trono, sentado no trono, e ele voltará para purificar a terra. Somente o sangue dele pode nos livrar da condenação eterna.
Você anseia por esse dia, em que o mundo será purifica de toda injustiça? Em que o pecado, a morte e o inferno serão lançados de uma vez por todas no lago que arde com fogo e enxofre eternamente pra nunca mais voltar?