Aula 2 - 2. O livro com os sete selos (4–7).

Apocalipse para os dias de hoje  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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RECAPITULAÇÃO:

Recapitulação da palestra anterior
Na palestra anterior, iniciamos nosso estudo sobre o livro do Apocalipse destacando algumas informações fundamentais para sua compreensão. Vimos que o Apocalipse é uma revelação dada por Deus através de Jesus Cristo, transmitida ao apóstolo João, durante seu exílio na ilha de Patmos, em meio a intensas perseguições no final do primeiro século.
Destacamos que a palavra "Apocalipse" significa literalmente "revelação" ou "desvelar", indicando que Deus deseja revelar claramente sua mensagem ao seu povo. Observamos também que o foco principal dessa revelação é o próprio Senhor Jesus Cristo, que aparece como soberano sobre a história e, ao mesmo tempo, como o Cordeiro sacrificado pela nossa redenção.
Analisamos o contexto das igrejas da Ásia Menor, destinatárias originais dessa mensagem, destacando os desafios enfrentados pelos cristãos naquele tempo, especialmente a pressão para participar do culto ao imperador romano.
Por fim, entendemos que essa mensagem continua relevante para os nossos dias, desafiando-nos a viver com fidelidade ao evangelho, mesmo diante de possíveis perdas econômicas, sociais ou até físicas. Encerremos destacando que a verdadeira fé cristã exige disposição para renunciar o conforto e as vantagens imediatas por amor a Cristo e seu Reino.
Hoje, avançaremos ainda mais nessa maravilhosa revelação.

Cápitulo 4 : A Grande Visão

Também, andou pra vocês, podem dar uma lida aí nessa parte para pegar alguma coisa a respeito das cartas das sete igrejas. Eu realmente não vou me deter mais aqui nos capítulos 2 e 3; quero ir para o capítulo 4, onde a visão propriamente dita acontece. Os capítulos 4 em diante, ele diz aí depois... Destas coisas, olhei, e eles não só tiveram uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que houve, como de trombeta, ao falar comigo, dizendo: "Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas." Então, visualizem na sua mente nem a cena até ele receber as pequenas palavras destinadas para cada uma das sete igrejas. Note uma coisa importante: é cada igreja. É a ler não só a sua recomendação, mas a dos outros também. Então, era uma informação para que todos pudessem aprender uns com os erros dos outros. Não ficassem criticando, se acusando, mas para poder aprender com os erros e acertos uns das outras.
Depois, ele deve receber essa palavra e encaminhá-la para as sete igrejas. Ele diz que viu, então, no céu, em Patmos, uma porta aberta. Então, aparece lá em cima, lá no céu. E aí, aquela primeira voz que falou atrás dele, no início, falou de novo, dizendo: "Olha só, caso venha pra cá, suba, e eu vou te mostrar o que deve acontecer depois destas coisas." E aí, o verso 2 diz: "Imediatamente", que significa teletransporte, "eu me achei em espírito." É esse o modo: "Eu me achei em espírito." E eis que, armado no céu, um trono, e no trono, alguém sentado. Observa: é a primeira visão. Ele sobe para esse lugar chamado céu, e a primeira obra, o primeiro objeto que aparece para ele é um trono. Parece Isaias 6 “No ano da morte do rei Uzias eu vi o Senhor assentado no alto e sublime trono. A visão desse trono é muito simbólica, especialmente porque você tem que imaginar o contexto de João: ele está preso na ilha de Patmos por ordem de um trono.
Certo, o trono, uma autoridade imperial, o aprisionou na ilha de Patmos. Quem era esse trono? Quem era que estava sentado nesse trono? O imperador romano. Nesse período, Domiciano era quem estava sentado no trono que dominava o mundo e que oprimia a igreja, e que fazia a igreja se sentir insignificante. Diante desse poder avassalador de Roma, a igreja parecia prestes a ser esmagada, a sucumbir. Qual é o sentido de enxergar outro trono? É de fazer o de César encolher, de fazer o trono do imperador romano ficar opaco, ficar pálido, porque ele vê um trono muito maior, muito mais esplendoroso.
A ideia é transmitir essa mensagem: não é esse trono que governa, mas é aquele. Não é o trono aqui de baixo que está matando cristãos, que está correndo o sangue nas arenas. Esse trono aqui embaixo tem autoridade, tem poder, mas não é ele que governa. Existe um controle acima, e esse é o grande trono, um trono e alguém sentado nesse trono. Ele não descreve aquele que está no trono porque é indescritível, e por que ele está utilizando símbolos para transmitir uma realidade, uma verdade. Mas ele disse que esse que estava no trono é semelhante no aspecto à pedra de jaspe. O mais provável aqui é que seja aquela pedra muito semelhante ao diamante, uma pedra branca, praticamente transparente. É isso que ele enxerga em Deus. Não é uma pedra de diamante em cima do trono. Vamos pensar em Deus dessa maneira: por que ele vê Deus como jaspe e Deus como uma pedra transparente, como um diamante? Que é, novamente, uma descrição simbólica da sua pureza, da sua santidade.
Ele acrescenta mais uma cor; veja, as cores são importantes, e diz: "É semelhante no aspecto ao sardônio." Que cor tem o sardônio? Fácil: é vermelho. Vermelho é a cor do sardônio.que também é a cor do sangue, Será que já há um simbolismo aqui? Primeiro, o primeiro círculo, digamos assim, diz que a visão do trono são também círculos do centro para as laterais. Círculos de objetos e de criaturas vão se sobrepondo, e são sete para variar os círculos que se sobrepõem ao redor do trono. Então, você tem o jaspe, depois você tem o sardônio e, finalmente, tem o arco-íris, semelhante no aspecto à esmeralda. Um arco-íris brilhante como esmeralda.
O arco-íris nos lembra do quê? De onde vem a simbologia bíblica do arco-íris? Nos dias atuais, isso não vai complicar. O arco-íris apareceu, assim, muito importante, no Antigo Testamento, depois do dilúvio com Noé, e simbolizava o quê? A promessa de Deus de que não mais destruiria a terra com o dilúvio. Era a marca da aliança. Noé diz: "Meu arco nas nuvens é a garantia de que eu não vou mais destruir o mundo com o dilúvio." Então, você vê o branco do jaspe, o vermelho do sardônio e o arco-íris na sequência. Se você só pensar na simbologia dessas coisas, já tem uma noção de que a santidade de Deus precisa do sangue do Cordeiro para que haja paz, para que haja aliança. Sem isso, não funciona. Não tem como se relacionar com esse Deus. Ele se revela dessa maneira. Para chegar até Ele, tem que passar por essas etapas.
E depois, os próximos círculos ao redor do trono, que é, depois do círculo de esmeralda, são 24 tronos, e assentados neles 24 anciãos, vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro. 24, como é que a gente chega a esse número à luz da numerologia bíblica? 24 tronos falam do quê? Quantos patriarcas nós temos no Antigo Testamento? E quantos apóstolos nós temos no Novo Testamento? E você percebe que não é literal, novamente, porque nós não temos 12 apóstolos. Temos uns 14, pelo menos, se incluirmos Matias, Paulo e Barnabé, que também são incluídos nesse colégio apostólico. As 12 tribos também eram... Não tinha... 6... 31 na... É, não limpam. E literal, o que importa é a simbologia: 12 com 12 das 24, ou seja, com a igreja do Antigo Testamento, a igreja do Novo Testamento. A plenitude da igreja nos dois tempos de Deus, nas duas grandes épocas de Deus, estão representadas ao redor do trono, após o círculo do arco-íris que separa o vermelho e o branco. Ali estão os 24 anciãos; ali está a igreja representada nos céus. É uma outra maneira de João descrever aquilo que Paulo disse em Efésios 2:6, em que juntamente com Cristo nos ressuscitou e nos fez assentar à direita de Deus, acima de todo principado e potestade. A igreja está assentada nos céus, a igreja triunfante, lá nos céus, que na terra é luta. Essa é a visão do lado de cá, mas essa não é a única visão. É isso que João quer dizer; é isso que Deus quer dizer através de João. Essa não é a única realidade. A única realidade da igreja não é crentes morrendo nos anfiteatros romanos, a única realidade não é pessoas pelos seus bens e sendo vendidas como escravas. Isso é uma realidade permitida, autorizada por Deus, por propósitos divinos, mas você tem que olhar o outro lado, tem que ver a outra parte. Existe um clamor ao redor do trono de um Deus que se revela em justiça e santidade, mas também através da sua aliança, também através do sacrifício do Cordeiro. E lá a igreja se assenta em 24 tronos. Ele continua dizendo: do trono saem relâmpagos, vozes e trovões; e diante do trono ardem 7 tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus. Novamente, uma descrição simbólica do Espírito Santo, mostrando a onipresença do Espírito Santo em toda a terra. A superfície do trono era como um mar de vidro, semelhante ao cristal. Então, esse mar aqui é no tabernáculo. Havia essa grande bacia que os sacerdotes usavam para até fazer purificação após os sacrifícios; é uma simbologia de purificação. E lá, nesse trono celeste, instala-se essa imagem. Lembre-se de que, quando Moisés recebeu de Deus a orientação para construir o tabernáculo, disse: "é a planta do céu, você vai fazer algo parecido com o que tem lá em cima." Então, talvez haja uma reminiscência aqui dessa ideia: o mesmo mar de cristal, mar de vidro. E, no meio do trono e à volta do trono, quatro seres viventes, cheios de olhos por diante e por detrás. Então, aqui uma descrição; é provável que sejam seres angélicos, criaturas celestiais, mas que representam a natureza, a criação. Pelo número 4, são quatro seres viventes; e 4 é o número da criação. Sempre vai aparecer assim: raças, tribos, línguas e nações. Sempre 4 para descrever os quatro ventos da terra, os quatro cantos da terra, os quatro anos de que estou amarrado, inscrições da natureza. Esses quatro seres celestiais representam também a criação redimida, a criação aperfeiçoada na presença de Deus, porque a criação é importante para Deus; também não é descartável, desprezível. É importante estar representada lá nesses seres celestiais, que também estão dando honra, glória e louvor ao Senhor. E, após o intervalo, a gente continua a descrição dessas partes aqui até o final do capítulo 5, que mostra, então, essa é a grande festa no céu pela interiorização do Cordeiro. Toda essa cena está preparando o momento em que Jesus Cristo vai entrar nesse grande salão celeste e vai pegar o livro da mão direita de Deus. É aí que a coisa vai se explodir em adoração dos céus. Por fim, para aqueles que chegaram depois, que nós avisamos, nós vamos ter um pequeno intervalo; vai ser servido um pequeno lanche.
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