Aula 1 Série Apocalipse : INTRODUÇÃO AO LIVRO

Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 3 views
Notes
Transcript

Introdução :

William Hendriksen, autor de um dos melhores comentários do livro de Apocalipse, diz que “este livro é incomparavelmente formoso. Formoso em estilo, em propósito e em significado.” Henrietta Mears “diz que, de certo modo, Apocalipse é o livro mais notável de todo o cânon sagrado.”
O livro de Apocalipse trata do triunfo de Jesus e de Sua igreja. Este livro mostra que a história não caminha para o caos nem está dando voltas cíclicas, mas avança para um fim glorioso, a vitória completa de Cristo e da Sua igreja. O povo de Deus precisa confiar que o seu Cristo vive e reina eternamente. Ele é quem governa o mundo a favor da sua igreja. Ele voltará para buscar a sua igreja, para morar com Ele para sempre em um universo novo.
O propósito deste estudo não é nos aproximarmos deste livro com curiosidade frívola, como se estivéssemos com um mapa profético nas mãos para investigar fatos históricos acerca do fim. Ao contrário, esse livro nos foi dado com propósitos morais e espirituais. O estudo de Apocalipse incentiva-nos à santidade, encoraja-nos no sofrimento e nos leva a adorar Àquele que está no trono (2 Ped 3:12).
Aqueles que se aproximam do livro de Apocalipse com uma obsessão escatológica, perdem a sua mensagem. O livro é prático e revela-nos:
1) A certeza de que Jesus tem o total controle da igreja;
2) Jesus tem o total controle da História;
3) A perseguição do mundo e do diabo não podem destruir a igreja;
4) Os inimigos que perseguem a igreja serão vencidos;
5) Os inimigos de Cristo terão que enfrentar o juízo de Deus ao mesmo tempo que a igreja desfrutará da bem-aventurança eterna.
O propósito principal do livro de Apocalipse é confortar a igreja militante em seu conflito contra as forças do mal.

O tema do livro de Apocalipse

O tema do livro de Apocalipse é a vitória de Cristo e de sua igreja sobre Satanás e seus seguidores . A intenção do livro é mostrar que as coisas não são como parecem ser. O diabo, o mundo, o anticristo, o falso profeta e todos os ímpios perecerão, mas a igreja, a noiva do Cordeiro, triunfará. Cristo é sempre apresentado como vencedor e conquistador . Jesus triunfa sobre a morte, o inferno, o dragão, a besta, o falso profeta, a Babilônia e os ímpios.
O livro de Apocalipse pode ser sintetizado em dez características básicas:
1. É um livro centrado na Pessoa de Cristo – Este livro magnifica a grandeza e a glória de Cristo. É a revelação de Jesus, da Sua glória, majestade e triunfo, e não simplesmente a revelação de eventos futuros.
2. É um livro aberto – João recebeu a ordem para não selar este livro (22:10), porque o povo de Deus necessita da mensagem que ele contém. Ele deveria ser lido nas igrejas em voz alta, em culto público (1:3).
3. É um livro cheio de símbolos – Este livro é claro para uns e misterioso para outros. Os símbolos eram janelas abertas para os salvos e fechadas para os ímpios.
4. É um livro de profecia – Este livro é uma profecia (1:3; 22:7,10,18–19) que assegura a vitória de Cristo e da igreja sobre todos os seus adversários, num tempo em que a igreja estava sendo perseguida. Apocalipse nasceu num berço de aflição.
5. É um livro com uma bênção completa – Este livro fala de sete bem-aventuranças e sete é o número completo (1:3; 14:13; 16:15; 19:9; 20:6; 22:7; 22:14).
6. É um livro de juízos e condenações – Charles Erdman diz que o livro de Apocalipse jamais procura ocultar o lado sombrio do quadro que pinta. Menciona-se “o Cordeiro que foi morto”, mas igualmente “a ira do Cordeiro”. Há um “rio de água da vida” e também um “lago de fogo”.
7. É um livro relevante – Este livro trata das coisas que em breve devem acontecer (1:3), porque o tempo está próximo (1:3). Veja também (22:7,10,12,20). Breve aqui não é imediatamente, mas pronto. Deus não mede o tempo como nós (2 Pe 3:8). Ninguém sabe o tempo da volta de Cristo, por isso, precisamos estar preparados.
8. É um livro majestoso – Apocalipse é o livro do Trono. A palavra trono aparece 46 vezes no livro. Este livro magnifica a soberania de Deus. Cristo é apresentado em Sua glória e domínio. Apocalipse é um livro de poesia e louvor. Os anjos, a igreja, a natureza e todo o cosmos engrandecem e exaltam Àquele que está no trono.
9. É um livro universal – João vê nações e povos (10:11; 11:9; 17:15) como parte do programa de Deus. Ele também vê a sala do trono no céu e ouve vozes vindas dos confins do universo.
10. É um livro apoteótico – Apocalipse é o clímax da Bíblia. Tudo que começou em Gênesis irá se completar e se consumar em Apocalipse. Jesus é o alfa e o ômega. Tudo o que Ele começa, Ele termina gloriosamente.

Os destinatários do livro de Apocalipse

Apocalipse foi inicialmente endereçado aos crentes que estavam suportando o martírio na época do apóstolo João. Houve grandes perseguições nos primeiros séculos contra a igreja. Muitos imperadores romanos perseguiram cruelmente a igreja tais como Nero (64 d.C.), Domiciano (95 d.C.), Trajano (112 d.C.), Marco Aurélio (117 d.C.), Sétimo Severo (fim do segundo século), Décio (250 d.C.) e Diocleciano (303 d.C.). Este livro, porém, foi destinado não apenas aos seus primeiros leitores, mas a todos os crentes, durante esta inteira dispensação, que vai da primeria à segunda vinda de Cristo.
O livro de Apocalipse foi enviado às sete igrejas da Ásia Menor. Havia mais de sete igrejas na Ásia Menor. Mas quando Jesus envia carta às sete igrejas, significa que Ele envia Sua mensagem para toda a igreja, em todos os lugares, em todos os tempos.
Edward McDowell, corrobora, escrevendo:
“As sete igrejas são representativas das demais igrejas na província da Ásia e, possivelmente, em todo o Império Romano. Procurando aplicar as grandes verdades espirituais do Apocalipse à era atual, não será demais dizer que estas igrejas são representativas das igrejas de hoje.”
Este livro é destinado a todos os cristãos em todos os tempos.Ele é um livro encorajador para todos os cristãos, em todos os tempos, de todos os lugares.

A interpretação do livro de Apocalipse

Há quatro grandes correntes de interpretação do livro de Apocalipse:
1. A corrente Pós-Milenista
Os pós-milenistas ensinam que a segunda vinda de Cristo se seguirá a um longo período de retidão e paz, chamado milênio. Robert Clouse citando Loraine Boettner, ilustre representante do pós-milenismo, diz: “o milênio se encerrará com a segunda vinda de Cristo, a ressurreição e o julgamento final. Em suma, os pós-milenistas apresentam um reino espiritual nos corações dos homens”. O pós-milenismo crê que o mundo vai ser cristianizado e que teremos um grande e poderoso reavivamento, produzindo um crescimento espantoso da igreja a ponto da terra encher-se do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar (Hc 2:14). Martyn Lloyd-Jones diz que os pós-milenistas crêem que para o fim da era cristã, haverá um período de bênçãos inusitado e especial, o qual ofuscará tudo o que lemos em Atos capítulo 2. Haverá, dizem, uma tão tremenda profusão do Espírito Santo, levando a uma atividade missionária e evangelística tal, que a maioria das pessoas na face da terra será convertida e se tornará cristã. Russell Shedd diz que as raízes do pós-milenismo são reconhecíveis nas idéias de Ticônio e Agostinho.21 Essa corrente foi forte nos séculos XVII, XVIII e XIX, quando as missões estavam em franca expansão. O Pós-milenismo foi o ponto de vista defendido praticamente por todos os grandes protestantes e comentaristas evangélicos conservadores durante o século XIX. Homens como Jonathan Edwards, Charles Hodge e Benjamim Warfield, os famosos teólogos do Seminário de Princeton, foram defensores do Pós-Milenismo. Muitos missionários foram influenciados por esta interpretação, e muitos hinos missiológicos foram escritos inspirados por esta visão.
Essa corrente, contudo, deixa de perceber que antes da vinda de Cristo estaremos vivendo um tempo de crise e não um tempo de despertamento espiritual intenso e universal. Devemos rejeitar essa corrente. Parece-nos que o otimismo incontido dos mestres do Pós-milenismo desfez-se no dramático realismo do século XX, com duas sangrentas guerras mundiais e o mundo sendo abocanhado pelo comunismo ateu.
Martyn Lloyd-Jones “A dificuldade que pessoalmente encontro no ponto de vista pós-milenista é que parece haver um ensino tão claro nas Escrituras que longe de haver uma era áurea perto do fim, haverá um tempo de grande tribulação, quando a Igreja será sujeitada a terríveis provações, e haverá pavorosa e terrível guerra. Aliás, existe um versículo, uma declaração, que, até onde a compreendo, é suficiente para eliminar o ponto de vista pós-milenista. É Lucas 18:8, onde nosso Senhor diz: “Contudo, quando vier o Filho do homem, achará, porventura, fé na terra?” E fé ali significa a fé […]. Sinto, pois, que sobre tais bases não posso aceitar a interpretação pós-milenista.”
2. A corrente Pré-Milenista
Ensinam os pré-milenistas que a segunda vinda de Cristo não seguirá, mas precederá o milênio. O Pré-Milenismo foi a posição oficial da Igreja Primitiva até o quarto século. Os pais da Igreja como Justino, o mártir, Tertuliano, Lactâncio, Papias, Irineu e Hipólito, escreveram sobre a tribulação pela qual a igreja passaria. George Ladd, ilustre representante do Pré-Milenismo Histórico, resume o período patrístico dizendo que cada pai da igreja que trata do assunto prevê que a igreja sofrerá às mãos do anticristo, mas Cristo a salvará mediante a Sua volta no fim da tribulação, quando, então, destruirá o anticristo, livrará Sua igreja e trará o mundo ao fim e inaugurará Seu reino milenar.
Robert Clouse diz que durante o século XIX o pré-milenismo atraiu novamente ampla atenção. John Nelson Darby (1800–1882), líder dos irmãos Plymouth articulou a perspectiva dispensacionalista do pré-milenismo. Descreveu a vinda de Cristo antes do milênio, consistindo de dois estágios: o primeiro, um arrebatamento secreto removendo a igreja antes da Grande Tribulação devastar a terra; o segundo, Cristo vindo com Seus santos para estabelecer o reino.
Um dos maiores fatores para o crescimento do dispensacionalismo no meio evangélico foi a Bíblia anotada de Scofield. Essa Bíblia foi publicada em 1909 e desde então tem larga aceitação nos Estados Unidos e em quase todo o mundo. Scofield divide a Bíblia em sete dispensações: 1) A Inocência – desde Adão até a queda; 2) A consciência – desde a queda até o dilúvio; 3) O governo humano – desde Noé até Abraão; 4) A promessa – desde Abraão até Moisés; 5) A lei – desde Moisés até o Calvário; 6) A graça – desde o Calvário até a grande tribulação; 7) O reino – desde a grande tribulação até o fim do reinado de Cristo por mil anos na terra. Dentro dessa visão dispensacionalista, a igreja é apenas um parêntesis na história. Equivocadamente se pensa que a igreja é o mistério que não tinha sido previsto pelos profetas no Antigo Testamento. Angus Macleod, citando Dr. Ironside, grande expoente do dispensacionalismo chega a dizer: “o relógio profético se deteve no Calvário. Nem um tic-tac se tem ouvido desde então e o relógio não começará a marcar até que Cristo regresse”.
Um dos grandes destaques da interpretação dispensacionalista é a distinção entre arrebatamento e segunda vinda de Cristo. Para os dispensacionalistas a segunda vinda de Cristo será em dois turnos: a vinda secreta para a igreja, o arrebatamento e a vinda visível com a igreja, a segunda vinda. George E. Henderlite, falando sobre essa diferença entre o arrebatamento e a segunda vinda visível de Cristo, diz:
No arrebatamento Jesus vem receber a Igreja no fim da dispensação atual, mas não chegará à terra. É a Igreja, os santos mortos ressuscitados, os vivos transformados, todos arrebatados, que saem ao encontro dEle no ar. Na segunda vinda, depois de alguns anos Ele vem para a terra a fim de estabelecer o Seu reino messiânico.
John F. Walvoord, um dos ilustres representantes do dispensacionalismo, complementa: “Entre o arrebatamento da igreja para o céu e o retorno de Cristo em triunfo para estabelecer seu reino, deve haver bastante tempo para que um novo grupo de crentes, formado de judeus e gentios, venha a Cristo e seja salvo”.
Durante o século XIX o Pré-Milenismo atraiu novamente ampla atenção com John Nelson Darby e Edward Irving. No século passado houve uma explosão do dispensacionalismo, sobretudo, depois da Bíblia anotada de Scofield, os livros de Hal Lindsay, a revista Chamada da Noite, e agora, mais recente, a série de livros “Deixados para trás” de Tim LaHaye. Muito embora essa vertente seja muito popular no mundo inteiro, ela carece de consistência bíblica e teológica em sua abordagem.
3. A corrente Amilenista
Os amilenistas não crêem num milênio literal. Eles crêem que o milênio é um período indeterminado que vai da primeira à segunda vinda de Cristo. No quarto século, o mais destacado teólogo da igreja ocidental, Agostinho de Hipona, passou a defender uma nova interpretação acerca do milênio. Millard Erickson diz que foi Agostinho quem sistematizou e desenvolveu a abordagem amilenista. O reino milenar de Cristo e Seus santos foi igualado à totalidade da história da igreja na terra. Essa interpretação foi chamada de Amilenismo.
O Amilenismo tornou-se a interpretação dominante no concílio de Éfeso em 431 d.C. Daí para a frente crer num milênio terrenal era considerado superstição. Os reformadores protestantes continuaram com o Amilenismo agostiniano. As confissões reformadas, sem exceção, abraçaram também o Amilenismo. Essa corrente parecenos a que mais consistentemente interpreta o livro de Apocalipse com integridade hermenêutica.
O termo A-milenismo não é muito feliz, diz Antony Hoekema, pois sugere que os amilenistas não crêem no milênio ou não levam em conta os primeiros seis versículos de Apocalipse 20, que falam de um reino de mil anos. Os amilenistas, embora creiam no milênio, não o interpretam de forma literal. O amilenismo crê que o milênio está hoje em processo de realização. Ele vai da primeira à segunda vinda de Cristo. Por isso, Jay Adams sugeriu que o termo amilenismo seja trocado por milenismo realizado.35 Antony Hoekema diz que hoje vivemos a tensão entre o “já” e o “ainda não”. Já estamos no Reino, mas ainda não na sua plenitude. O Reino já chegou. Ele está dentro de nós, mas ainda não na sua consumação final.
Antony Hoekema sintetiza a visão do milênio conforme a interpretação amilenista, nos seguintes termos:
Os amilenistas entendem que o milênio mencionado em Apocalipse 20:4–6 descreve o presente reinado das almas dos crentes falecidos que estão com Cristo no céu. Eles entendem que a prisão de Satanás que se menciona nos primeiros três versículos deste capítulo estão em efeito durante todo o período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, ainda que terminará pouco tempo antes do regresso de Cristo. Ensinam, pois, que Cristo regressará depois deste reinado celestial de mil anos.
O livro de Apocalipse deve ser visto não como uma mensagem que registra os fatos em ordem cronológica e linear. As mesmas verdades principais são repetidas em sete seções paralelas e progressivas. William Hendriksen, segundo a minha visão, oferece o melhor sistema de interpretação do livro de Apocalipse, o conhecido paralelismo progressivo. De acordo com este ponto de vista, o livro de Apocalipse consiste de sete seções paralelas entre si, cada uma delas descrevendo a igreja e o mundo desde a época da primeira vinda de Cristo até a Sua segunda vinda. Cada seção descreve uma cena do fim. A cena do fim vai ficando cada vez mais clara, até chegar ao relato apoteótico da última seção.
William Hendriksen, coloca esses fatos da seguinte maneira:
3.1) Primeira Seção (1–3) – Os sete candeeiros
3.2) Segunda Seção (4–7) – Os sete selos
3.3) Terceira Seção (8–11) – As sete trombetas
3.4) Quarta Seção (12–14) – A tríade do mal
3.5) Quinta Seção (15–16) – As sete taças
3.6) Sexta Seção (17–19) – A derrota dos agentes do Dragão
3.7) Sétima Seção (20–22)
Apocalipse 6.12–17 O Mundo já se acabou quem ficou ainda para o restante do livro.
Apesar dessas seções serem paralelas, elas são também progressivas. A última seção leva-nos mais além do que as outras. Apesar do juízo final já ter sido anunciado em (1:7) e brevemente descrito em (6:12–17), não é apresentado detalhadamente senão quando chegamos em (20:11–15).

2. O TEXTO:

1 Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João, 2 o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu. 3 Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.

2.1 O título, o autor e o assunto do livro

“Revelação” = Vamos lá, então, os irmãos, abrir a Bíblia no livro do Apocalipse, o capítulo primeiro. Muito bem, o livro começa com essa palavra: é revelação. Na língua grega, aqui está a palavra apocalipse. Certo? Então, por isso que ficou esse nome. João, escrevendo, ficou ou apocalipse. Não deu esse título pro livro, não deu título ao livro. Ele escreveu: revelação de Jesus Cristo, que Deus me deu para mostrar. Então, como a primeira palavra grega, que é apocalypse, e ficou o nome, ficou o título. Note que a palavra apocalipse significa revelação. É a pouca, tirar o véu. Aliás, a palavra revelar, sentido também em português, é tirar o véu. Então, ao contrário do que se supõe, Porque a concepção popular da palavra apocalipse é o quê? O mistério, o mistério, enigma, cataclismos, coisas extraordinárias. Diz: não, não é isso. O sentido da palavra é revelação, revelar. Deus está trazendo a verdade à luz, tirando a capa sobre a verdade. Esse é o sentido da palavra apocalipse, revelação.
de Jesus Cristo”. Então, Ele é o revelador, Ele é o que está trazendo essa mensagem para os homens.
“Que Deus lhes deu.” Mas quem deu isso para Jesus foi o próprio Deus. Fala que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos. O livro não foi encomendado, encaminhado para o mundo, mas para os seus servos. Quem pode entender o Apocalipse? Quem é discípulo de Jesus, Quem conhece a palavra de Deus, Quem não tiver muita comunhão com Jesus Cristo não vai entender nada.
“para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer.:” Então, Ele não estava falando de coisas futuras, não. Já pensava em Coisas para os dias dele, inclusive. E Muitas coisas se cumprem nos dias de João. Veremos isso.
E que ele, Jesus Cristo, é enviado por intermédio do seu anjo.” Então, aqui está o instrumento, que é um anjo, esse anjo, que vai acompanhar João em boa parte da história. O anjo , vai levar para lá e para cá, mostrar algumas coisas. Até no final, João vai ficar um pouco desnorteado e vai querer se prostrar diante desse anjo. Fala, espere aí, ai já é demais, Eu sou só um servos, eu adoro a Deus. Esse anjo aí foi o instrumento, Jesus Cristo, para trazer a revelação.
“notificou o seu servo João”. Aqui está o homem que recebeu a revelação, o apóstolo João. Não dá título, diz "apóstolo", dá sobrenome, só João. Só João só pode ser um. Não há outro João tão famoso assim na antiguidade que pudesse ser identificado só com esse nome João a não ser o discípulo amado, aquele que escreveu não só o apocalipse mas também o quarto evangelho e as três epístolas que levam o nome dele.
“o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo quanto a tudo o que viu.” Então, joão dizia: "Eu Atesto que eu vi", "testemunha que eu vou falar pra vocês". O que eu vou relatar pra vocês são coisas que eu vi.
E aí vem aqui a primeira bem-aventurança do livro. Serão sete, olha que novidade, Sete bem -aventuranças , e sete vezes ele vai dizer "bem-aventurados". Alguém ou alguma coisa, de alguma maneira. E a primeira está dita aqui. Veja, o texto fala assim:
"Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas". Só um detalhezinho aqui que às vezes passa despercebido: na verdade, João, na língua grega, não fala "bem-aventurados os que lêem", mas ele usa o singular ele diz "bem-aventurado aquele que lê" e "aqueles que ouvem". Por quê? Porque ele mandou escrever o livro e enviar para as sete igrejas, Éfeso, Esmirna, tiatira, Pérgamo, Laodiceia .... O que era para fazer então a igreja recebia o livro, certo? E fazia xerox pra todo mundo ver: Não, não tinha máquina copiadora naquela época pra fazer cópia. Então projetavam um datashow? Todo mundo lia? Também não dá, porque não tinham essas coisas naquela época, não tinha imprensa, nada.Era o seguinte: o rolo era para uma pessoa ir na frente da igreja e ler. E todo mundo ficava sentadinho, assim, ouvindo, prestando atenção em tudo. Silêncio para poder pegar todas as palavras, porque eles não tinham outra maneira. Não dava, pois no final, o presbítero apóstolo, eu, por favor, me empresta esse livrinho para eu levar para casa e dá uma lida, não dava porque depois tinha que levar pra Laodiceia, ESmirna, pra outra igreja. Então, a oportunidade que eles tinham de ouvir o Apocalipse era aquela, ouvindo ali naquele momento.
Por isso ele diz: "Bem-aventurados". Primeira das sete bem-aventuranças do livro inteiro diz: "Bem-aventurados aquele que lê, o leitor, o homem que lê na frente da igreja". Claro que não era uma igreja, assim como a nossa hoje, tal confortável com Bancos e etc… Eles estavam em um lugar um pouco menos confortável naqueles dias, né? Mas estavam lá, ouvindo. Bem aventurados aquele que lê e aqueles que ouvem.
Então note uma coisa importante aqui: esse livro funciona melhor quando é ouvido. Ele foi feito e foi escrito para ser lido por alguém e para outros ouvirem. Ele vai criando quadros mentais a partir da audição. É um dos recursos literários utilizados no livro, porque era essa a maneira que as pessoas tomavam conhecimento, através da audição. E é por isso também que ele utiliza esse sistema exaustivo de repetição.( Recaptulação ) É claro, porque se você está falando de uma coisa puramente oral, quanto mais você repete, mais as pessoas fixam. Agora, você pode levar pra casa, não é? Você vai ler, ler, ler, ler e estudar. Mas quando você só tem essa oportunidade de ouvir, então, quanto mais repetir, mais facilita o aprendizado. Portanto, bem-aventurado aquele que lê, aquele que ouve. É o seguinte: pode que no final do ano você diga, "não entendi nada", mas já fui abençoado porque ouvi. Então, já estou satisfeito se você no final do ano se sentir abençoado por ter lido e ouvido o livro todo do Apocalipse.

2.2 Dedicatória às sete igrejas da Ásia

4 João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono 5 e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra.

Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, 6 e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!

7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!

8 Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.

“João, então, é o destinatário. As sete igrejas que são as receptoras se encontram na Ásia.” Ásia, aquela região é onde hoje é a Turquia, que é a Ásia Menor.
"Graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir". Aqui, uma tríplice repetição divina se apresentando com aquele que é. Querem que advirtam as três expressões aqui os anos ao número 3, para a Trindade.
"da parte dos sete espíritos que se acham diante do seu trono" usando o número 7. Não é que existem sete espíritos santos, o Espírito Santo é um só. Mas João, de forma Sétupla, porque o número 7 é importante pra ele, porque ele está querendo fixar a importância e necessidade de prestar atenção a esse número, o significado que ele atribui a esse número em todo o seu livro.
"Da parte de Jesus Cristo, a fiel testemunha". E Terceira pessoa que aparece no texto , no caso, é a segunda, A Jesus Cristo, a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o soberano dos reis da terra.
“Aquele que nos ama e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados e nos constituiu sacerdotes para o seu Deus. Pai, a Ele, a glória e o domínio pelos séculos dos séculos.”Aí vem a primeira doxologia que está começando, está louvando a Deus.
“Eis que vem com as nuvens, e todo olho verá até quantos O transpassaram; e todas as tribos da terra lamentarão sobre Ele. Certamente, amém! Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, Aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.” O Verso 7 tem a primeira dos 7 anúncios de que Jesus está voltando rápido.
Então, aqui está uma saudação extremamente trinitária. Observe: nós estamos lá por volta do ano 96, já se passaram 60 anos desde o ministério de Jesus, a morte de Jesus, a ressurreição de Jesus, Sua ascensão aos céus. Não é verdade que a doutrina da Trindade só foi formulada lá no século IV, Não é verdade! Estamos aqui no primeiro século, e isso aqui é extremamente trinitário. Está sempre falando da Trindade: do Pai, do Filho e do Espírito Santo, sempre os colocando em pé de igualdade e atribuindo a essas três pessoas louvor, glória e poder da unidade.
Então, embora a palavra "Trindade" não esteja, não esta mesmo essa palavra foi cunhada mais tarde, formulada mais tarde, mas o conceito está claro aqui. No finalzinho do primeiro século, isso já é... e o Apocalipse inteiro faz menção à Trindade, sempre mostrando, então, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

2.3 A VISÃO DE JESUS GLORIFICADO

Muito bem, a partir do versículo 9, nós temos o começo propriamente dito da visão. Ele diz :

9 Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. 10 Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, 11 dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia. 12 Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro 13 e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro. 14 A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; 15 os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas. 16 Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força.

17 Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último 18 e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno. 19 Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas. 20 Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas

eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino da perseverança em Jesus, ahei-me na ilha chamada Pátmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.” Não estava preso, como diz a tradição, numa ilha prisão, na ilha rochosa, um local bastante ermo, bastante vazio, extremamente difícil de se viver. Imagine: Ele está com quase 100 anos de idade, muito velhinho. Aliás, Ele é o único apóstolo que está vivo nesse período; todos os demais já foram mortos. Ele é o único que não foi executado; o único que morreu, digamos assim, de velhice. O próprio Cristo havia dito isso pra ele, pra Pedro, lá na despedida, no fim da praia, lá no mar da Galiléia, onde disse a Pedro: “Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que importa?” Isso já deixou claro para Pedro que João viveria muito tempo; mas não é que viria pra sempre.
O próprio João explicar, mas Ele não quis dizer com isso que eu não ia morrer. Ele só quis dizer com isso que Ele podia fazer João ficar até quando quisesse.Então João é também um mártir, mas não um que foi morto. A sua vida foi um martírio por Cristo. Veja que Ele diz que se achou na ilha de Pátmos. Por que razão? "Por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus." Por essas duas coisas são as razões da prisão dele na ilha de Pátmos.
"Achei-me em espírito no dia do Senhor." Aí vem a explicação de como ele recebeu a visão. Então, como e quando? No dia. O dia que ele recebeu a mensagem, o domingo, o dia do Senhor já tem, e no final do primeiro século, essa palavra. Veja que domingo significa exatamente isso: dia do Senhor. Então, o primeiro dia da semana, no final do primeiro século, já é o dia do cristão. Não há mais qualquer referência ao sábado; o sábado passou e o dia do Senhor é o dia do domingo.
Nesse dia, ele disse: "Achei-me em espírito." Então, o que ele recebeu foi isso: uma visão espiritual. Ele foi chamado para fazer uma viagem cósmica. Ele foi até o céu, ele foi até os confins da terra, mas ele não foi fisicamente a esses lugares porque nada dessa visão que ele recebeu é física ou é literal, mas é algo em espírito. Podemos dizer, portanto, que ele não saiu de sua prisão, de sua cela lá na ilha de Pátmos fisicamente; não saiu de lá, mas espiritualmente ele recebeu a revelação de Jesus Cristo e foi levado a ver coisas em outros lugares. E coisas que não são físicas, são coisas espirituais: visões não literais, visões simbólicas de realidades, de verdades literais. Mais pra frente, nós vamos tentar deixar isso mais claro.
Muito bem, ele se achou no Espírito do Senhor e aí começa pra valer.
“Ouvi, por detrás de mim, tão atrás dele, uma grande voz como de trombeta dizendo: "O que você escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirnar, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia." Então, aqui estão as sete igrejas literais; essas igrejas existiam lá na Ásia Menor, inclusive famosa porque Paulo passou por lá, o próprio apóstolo Pedro, Timóteo, Apolo, Priscila, Aquila que têm o rol de pastores importantes que passaram por ali. As demais igrejas também eram como eram conhecidas as igrejas que existiram. Nenhuma delas existe mais, mas existem os sons, estão as ruínas que se acha que sejam de alguma dessas igrejas. Certeza, prova, ninguém tem; talvez sim, talvez não, mas é importante entender que em cada uma dessas igrejas existia lá um grupo de cristãos que se reuniam, adoravam, estudavam a palavra de Deus, adoravam o Senhor, e estavam na palavra de Deus. Faziam isso e isso; a igreja não eram as paredes, não era o templo. Eles não tinham muito acesso a isso naqueles dias, mas era o grupo, as pessoas; a igreja, o povo. Havia um grupo de crentes em cada uma dessas cidades e ele manda escrever para cada um desses grupos o livro inteiro do apocalipse, e uma mensagem para cada uma dentro do livro , como se fosse um cabeçalho para cada uma dessas igrejas. O livro inteiro é uma mensagem igual pra cada uma dessas igrejas.
“ Voltei-me para ver quem falava comigo. E voltado, primeiro de tudo, que ele enxerga são sete candeeiros de ouro, sete candeeiros de ouro.” Tudo aqui é importante: sete, só sete igrejas, evidentemente, pois ele que vai dizer que os sete candeeiros de ouro são as sete igrejas da Ásia. Candeeiro, candelabro, com a função do candeeiro iluminar, espargir luz, é só função do que é feito esse candeeiro de ouro. Então, isso é sua dignidade e valor. Veja a descrição inicial da igreja. O que a igreja? A igreja é um candeeiro, é algo precioso, além de toda imaginação, extremamente precioso para Deus. É o seu instrumento para iluminar o mundo e é um instrumento que, ele olha e enxerga, então esses sete candeeiros de ouro que simbolizam as sete igrejas.
" e no meio dos candeeiros ,Um semelhante ao Filho do Homem.”Mas olha o que chama a atenção no versículo 13: Então, se você está ouvindo, você está imaginando o quanto eu sinto que ele se virou e enxergou atrás os sete candeeiros, os sete candeeiros de ouro, e aí, no meio desses candeeiros, andando por entre eles, ele viu este ser, aquele diz:
Uma descrição é de um ser celeste, alguém semelhante ao Filho do Homem,” com vestes talares”, dessa Sacerdotais, né, e cingido à altura do peito com uma cinta de ouro. E aí começa a escrever: "A sua cabeça e cabelos eram brancos como a lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas." Tinha na mão direita sete estrelas e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força. Não é à toa que a reação dele, quando ele vê esse ser, né, diz o verso 17: "Quando o vi, caí aos seus pés como morto." Até eu acho que eu sairia correndo se eu estivesse lá e visse esse ser descrito com esses detalhes. Observe: cabelos brancos como a lã, olhos como chama de fogo, pés com bronze polido. A voz dele é como a voz de muitas águas, como algumas ondas batendo nas rochas.
Tinha na mão a incerteza, bocas, e uma espada de dois gumes. Já pensou você se encontrar com Cristo dessa maneira? Está esperando enxergar aquele homem, né, bondoso, pacato, tal? Cabelos castanhos, barba? Não é assim que nós imaginamos. Assim que as ilustrações o descrevem. Você imagina nada daquilo que você enxerga. É um ser aterrorizante, aterrorizante ao ponto que João Vê aqilo e desmaia, cai aos seus pés como morto.

Descrição Literal de Jesus ?

Há algumas observações importantes aqui sobre essa primeira imagem, da primeira descrição, queridos: Jesus Cristo é assim mesmo, ele é dessa maneira mesmo. Isso aqui é uma descrição literal de Jesus Cristo, uma descrição física e literal.Não meus irmãos, é uma descrição simbólica. Os símbolos são importantes, claro, João viu isso, mas ele está vendo em espírito, ele está vendo símbolos, coisas que Deus quer mostrar para ele, porque ele quer trazer um sentido para essas coisas. Eu não preciso imaginar que Jesus tenha cabelos brancos como a lã, que ele tenha isso mesmo, literalmente, mas eu sei o que significa :
Jesus é descrito com cabelos brancos como a lã e como a neve, o que simboliza sua eternidade e sabedoria infinita. Seus olhos como chama de fogo revelam sua onisciência, pois penetram tudo e todos com discernimento perfeito. Seus pés semelhantes ao bronze polido, refinado numa fornalha, indicam seu poder para julgar com justiça e esmagar os ímpios. A voz como de muitas águas expressa sua autoridade soberana, que domina tudo ao seu redor. As sete estrelas em sua mão direita mostram que Ele é o Senhor da Igreja, que sustenta e governa seus líderes. A espada afiada de dois gumes que sai da boca representa a Palavra de Deus, poderosa, penetrante, e julgadora. O rosto que brilha como o sol na sua força manifesta sua glória, majestade e santidade supremas. E, por fim, sua afirmação: “Sou o Primeiro e o Último, o que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do inferno”, mostra que Ele é o Senhor da vida e da morte, o vencedor definitivo sobre o pecado e o destino eterno.
Reusmo:
Cabelos brancos = Eternidade
Olhos como chama de fogo = Onisciência
Pés de bronze polido = Juízo e poder
Voz como muitas águas = Autoridade
Sete estrelas na mão = Governo sobre a Igreja
Espada saindo da boca = Palavra poderosa e julgadora
Rosto como o sol = Glória divina
Chaves da morte e do inferno = Soberania sobre vida e morte
Ele viu esse ser extraordinário, dentro de uma visão em espírito, e o texto diz: quando vi, caí aos Seus pés como morto. Geralmente, quem teve na Bíblia o encontro com Deus, na Sua glória, no Seu esplendor, não aguentou ficar em pé. Normalmente, há essa sensação de temor íntimo, muito parecido com Daniel, que também teve algo parecido quando viu o Filho do Homem. Lá, com Isaías, capítulo seis, clubes, assim: "No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre o alto e sublime trono". E descreve os serafins voando ao redor do trono, com duas asas cobrindo os pés, com duas, cobrindo os olhos, com duas. Mando e aí eles assim: "Ai de mim! Ai de mim!" Eu o pecador, um homem de lábios impuros: "Os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!" Os serafins não olham para Ele! Eu olhei, eles que são anjos de fogo, eles que são anjos santíssimos, não olham para Ele! Eu olhei, "O que vai acontecer comigo? Eu vou morrer! Ai de mim!" Essa expressão, "Ai de mim!", é um Hebraismo que significa “já era morri, kaboul, eu vou bater cassoleta eu vou cair aqui mesmo, vou morrer= já”
A primeira interpretação do versículo 20, quando Ele diz: "Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro". As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas. Observe que o próprio Cristo já explica que, número, Não é literal, Pensa no significado, diz: "Pensando que isso significa que isso representa". Não entrar pelo caminho da literalidade, senão você não vai entender nada! As sete estrelas são os sete anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas. Pronto, tá aí o significado! Mas as imagens não são literais, há um significado por trás delas. Aqui um pequeno problema de interpretação é justamente essa questão dos sete anjos, né? Nós temos a tendência de pensar que eram os sete pastores, ou o presbítero.o tema utilizado, o termo usado no primeiro século era "presbítero", como até hoje nós usamos. As igrejas presbiterianas e outras denominações também utilizam. Que fosse, então, aquele presbítero responsável, ele, presbítero principal, lá daquela igreja local. É possível que seja, mas nós nunca vamos saber com certeza, porque nenhum outro lugar na Bíblia chama esse homem de anjo. Em nehum outro lugar, chama esse líder de anjo, Então, embora veja, com a gente entra aqui no assunto delicado, difícil, a... eu acredito que possam ser mesmo. Os líderes homens daquelas igrejas provavelmente, quando é possível, que fossem também algum tipo de anjo que Deus designa para ajudar uma igreja local. É impossível que fosse isso um anjo designado por Deus para acompanhar cada uma daquelas igrejas. Isso é só lembrar que o livro do Apocalipse é muito baseado em dois livros do Antigo Testamento: Gênesis (não é o caso aqui nesse momento) e Daniel, e a visão é muito parecida com a de Daniel.
Nesse ponto, Daniel teve uma mesma visão parecida, e em Daniel existem anjos que são responsáveis por ajudar esse ou aquele povo ou trabalhar em certos momentos. Daniel se refere a duas entidades espirituais chamadas Príncipe da Pérsia e Príncipe da Grécia, que eram as duas nações inimigas de Israel. Acriticamente, os principais inimigos, mas fala do Miguel, do anjo Miguel, que no Novo Testamento é chamado de Arcanjo, e que este Miguel é o defensor do povo de Israel. E que só saiu em socorro, inclusive, do Gabriel, outro anjo, que os dois têm nome na Bíblia: Gabriel e Miguel. O Gabriel veio trazer uma mensagem para o profeta, mas foi barrado por esses dois principados, digamos assim, os dois seres, Príncipe da Pérsia e Príncipe da Grécia. Então vem Miguel em socorro. Não é estranha a ideia de que um anjo seja designado por Deus para ajudar uma igreja local, uma comunidade local, para defendê-la, para fazer alguma coisa. Não é impossível, mas também não é provável. Não dá para provar isso com esse texto; apenas deixo as duas interpretações para que a gente saiba que existem duas possibilidades, a mais provável que seja realmente uma referência ao líder homem lá daquela igreja. A dificuldade é que eu não tenho outra passagem bíblica comprovando isso para mim, então permanece aí essa pequena dúvida inicial, e que eu sinceramente não sei resolver. Com muitas coisas no livro do Apocalipse eu vou sempre dizer: "pode ser assim" ou "pode ser assado". Nós não temos certeza absoluta do que seja.
É isso mesmo. Continuando então, que ele disse: "Eu não vou ler as cartas das sete igrejas, pois isso deve-se ao Japão, é careca de tanto ler essas cartas”. Eu não vou estudar isso aqui, vou passar por cima porque vocês já ouviram 452 sermões, sobre cada uma dessas sete igrejas. Têm coisas interessantíssimas aqui; a maioria dos estudos são feitos, por assim dizer, software capaz mesmo, então eu não vou estudar sobre isso.
Related Media
See more
Related Sermons
See more
Earn an accredited degree from Redemption Seminary with Logos.