Poupa Tempo dos Céus
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Abertura
Abertura
Palavra
Palavra
Introdução
Introdução
Vivemos em uma geração marcada por uma profunda crise de identidade. Nunca se falou tanto sobre “quem somos” e, ao mesmo tempo, nunca houve tanta confusão a respeito disso. As pessoas buscam se definir por aquilo que fazem, pelo que possuem, por suas dores, traumas, preferências ou até pelas opiniões dos outros. As redes sociais reforçam essa busca constante por validação, por pertencimento e por um rótulo que traga sentido e propósito.
Essa crise de identidade tem sido uma das ferramentas mais poderosas nas mãos de Satanás para conduzir vidas à perdição. Ela gera confusão, afastamento de Deus e faz com que muitos acreditem na mentira de que precisam primeiro se consertar para depois se achegarem a Cristo.
Frases como: “Vou parar de fumar, aí sim vou pra Cristo”, “Assim que eu largar a bebida, eu vou pra igreja”, ou ainda “Quando eu mudar de vida, então vou sossegar em Jesus” são, na verdade, enganos do inferno. Mentiras sutis, mas destruidoras, que fazem as pessoas acreditarem que a transformação começa nelas, e não em Deus.
Queridos, ninguém se santifica por si só. A santificação é obra exclusiva de Deus em nós.
O título “Santo dos Santos” não aponta para um nível de santidade que possamos alcançar, mas revela que somente Deus é Santo, e que qualquer um que está Nele é conduzido, por Sua graça, ao processo de santificação.
A própria Palavra deixa isso claro em Tiago 1.13-15
Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.
Perceba, queridos, que até os anjos — que aos nossos olhos representam um padrão elevado de santidade — foram tentados, e muitos deles caíram. Isso nos ensina uma lição profunda: Deus não precisa dos anjos para ser Santo; Ele é, por Si só, Santo e Perfeito. Porém, os anjos, sem Deus, perderam sua essência e se tornaram demônios.
Da mesma forma, nós, separados de Deus, perdemos completamente a nossa identidade e o nosso propósito. Sem Ele, caminhamos para a morte espiritual. Mas quando estamos Nele, é Ele quem nos transforma, nos dá um novo nome, uma nova identidade e um novo caminho.
Talves muitos aqui tenham carregando nomes e marcas que não vieram de Deus — nomes como incapaz, fracassado, rejeitado, ansioso, depressivo, não amado. Esses nomes não refletem quem realmente somos, mas sim as feridas que o mundo, o pecado e as circunstâncias tentaram nos impor.
Deus é especialista em mudar nomes. Mas é importante entendermos que Ele não muda apenas o nosso nome natural — Ele muda a nossa identidade, transforma nossa história e redefine completamente quem somos. Quando Deus nos dá um novo nome, Ele também nos concede uma nova natureza e um novo propósito.
Abrão seu nome, que significava “pai exaltado”, foi transformado em Abraão, que significa “pai de uma multidão”. Essa mudança não foi apenas simbólica, mas uma declaração profética do propósito de Deus para sua vida: Abraão se tornaria pai de muitas nações, mesmo quando, aos olhos humanos, isso parecia impossível.
No mesmo encontro, Deus também muda o nome de sua esposa. Sarai, cujo nome significa “princesa”, passa a se chamar Sara, que também significa “princesa”, mas agora carregando um peso de destino, promessa e milagre.
A mudança do nome de Sara não foi apenas uma troca de letras — foi a marca de um novo tempo em sua vida. Aquela que era estéril, Deus tornou fértil. A mulher que carregava o rótulo de infertilidade, Deus transforma em mãe de nações, operando um milagre que só Ele poderia realizar.
Esse padrão se repete na história de Jacó, cujo nome significa “enganador” ou “suplantador”.
Após um encontro marcante, onde lutou com um anjo e se recusou a soltar até receber a bênção, Deus muda seu nome para Israel, que significa “Deus luta” ou “Deus prevalecerá”. Aquele que antes vivia segundo enganos e artimanhas, agora se torna aquele através de quem Deus estabelece uma nação, carregando uma identidade marcada pela presença e pela luta de Deus a seu favor. Não era mais sobre quem Jacó era, mas sobre quem Deus seria na vida dele.
E essa transformação de identidade não ficou restrita ao Antigo Testamento.
No Novo Testamento, vemos Jesus fazendo o mesmo com Simão, um simples pescador. Ao olhar para ele, Jesus declara: “Tu és Pedro” (em aramaico, Cefas, que significa “pedra”). A mudança de nome marca uma transição poderosa na vida de Simão — de pescador comum para Pedro, o apóstolo, a pedra sobre a qual Jesus edificaria a Sua Igreja. Não era mais sobre a fraqueza de Simão, mas sobre o propósito que Cristo estabelecia sobre sua vida.
Perceba, então, que quando Deus muda um nome, Ele não está apenas trocando uma palavra — Ele está decretando uma nova realidade, uma nova identidade e um novo futuro. É Deus dizendo: “Você não será mais definido pelo seu passado, pela sua dor, pelos seus erros ou pela opinião dos outros. A partir de agora, você será definido por aquilo que EU digo que você é.”
E o mesmo Deus que fez isso com Abraão, Sara, Israel e Pedro, também deseja fazer comigo e com você hoje.
Hoje, o Senhor nos convida a refletir: “Qual nome você tem carregado? O que tem definido sua vida?”
Será que estamos vivendo a partir da identidade que o mundo nos deu? Dos rótulos que as circunstâncias colocaram sobre nós? Ou talvez dos erros do passado, das dores e das marcas que a vida nos impôs?
E é exatamente sobre isso que Deus quer falar conosco hoje. A mensagem de hoje tem um título, e talvez você ache até curioso, mas faz todo sentido: “O Poupa Tempo dos Céus.”
Assim como no Poupa Tempo aqui na Terra, onde as pessoas vão para atualizar documentos, regularizar situações e até mudar de nome… hoje o Céu está aberto para realizar uma mudança muito mais profunda: uma mudança de identidade espiritual.
E mais do que isso, o Senhor te pergunta: “Você está pronto para receber o nome que Cristo te dá?”
Desenvolvimento
Desenvolvimento
Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve:
Estas coisas diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes: Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição. Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas. Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.
Queridos, Deus ministrou muito ao meu coração através dessa passagem. E a primeira coisa que precisamos entender é que, de certa forma, nós vivemos na “era pergamita”, se assim eu posso descrever.
Trono de Satanás
Trono de Satanás
Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita
Quero deixar claro que não estou dizendo que a Igreja de hoje é a igreja de Pérgamo, porque a Igreja é a Noiva de Cristo, e quem toca na Noiva toca diretamente em Jesus.
Se alguém fala da minha esposa, a coisa fica séria — imagina falar da Noiva de Cristo!
Porém, não podemos ignorar uma realidade espiritual que está cada dia mais evidente: o trono de Satanás tem sido estabelecido, firmado e normalizado na nossa cultura.
Assim como em Pérgamo, vemos hoje uma sociedade onde princípios contrários à Palavra de Deus são exaltados, defendidos e até celebrados.
Se olharmos para o contexto da igreja em Pérgamo, entendemos por que Jesus se refere a ela como aquela que vive “onde está o trono de Satanás”. Pérgamo era uma cidade extremamente idólatra, um centro de adoração pagã, cheia de templos dedicados a vários deuses, inclusive ao próprio imperador, que era adorado como se fosse divino.
Havia também ali um altar gigante dedicado a Zeus, que muitos estudiosos acreditam ser uma representação clara desse "trono de Satanás" citado na carta. Era um lugar onde o sistema, a cultura e até a economia estavam diretamente ligados à idolatria e à imoralidade.
E, queridos, a verdade é que esse espírito de Pérgamo não ficou no passado. Olhe ao nosso redor. O trono de Satanás está cada vez mais visível na nossa cultura.
Hoje vemos verdadeiros altares sendo erguidos nos palcos dos grandes shows, onde milhares de pessoas se reúnem para cantar, aplaudir e exaltar aquilo que Deus reprova.
Não são apenas apresentações — são rituais públicos de adoração à imoralidade, à perversão, à violência e até diretamente a Satanás.
Basta olhar alguns desses shows que explicitamente usam símbolos satânicos, invocam entidades, promovem cenas de sacrifício simbólico, cruzes invertidas, sexualização escancarada e desprezo absoluto por tudo que é santo.
E o pior de tudoooo as pessoas acham normal. Acham “só entretenimento”. Mas o mundo espiritual sabe que não é só entretenimento. São verdadeiros cultos disfarçados de cultura, diversão e arte.
E não são só os shows. Olhe para o que está sendo exaltado nas redes sociais, nas séries, nos filmes, nas músicas e até nas conversas do dia a dia. É a normalização da promiscuidade, da infidelidade, da violência, da pornografia, da mentira, do relativismo e da banalização do pecado.
O que antes chocava, hoje é só mais um post, mais um vídeo, mais uma trend.
E o que Jesus fala para a igreja de Pérgamo, Ele fala pra nós hoje: "Eu sei onde você habita."
Cristo sabe do ambiente que nos cerca, Ele sabe das pressões que sofremos. Deus não está alheio. Ele vê. Ele sabe. Ele conhece. E mesmo diante disso tudo, Ele nos chama a permanecer firmes, guardando nossa fé e, principalmente, nossa identidade Nele.
Doutrina de Balaão
Doutrina de Balaão
“Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.”
Queridos, Balaão era um profeta, mas um profeta corrupto. Mesmo tendo ouvido a voz de Deus, seu coração estava inclinado para aquilo que o mundo podia oferecer: dinheiro, status e recompensas (Números 22–25 e 31).
O rei Balaque, rei de Moabe, estava assustado com o crescimento do povo de Deus no deserto e, por isso, contratou Balaão para amaldiçoar Israel. Balaão até tentou, mas Deus não permitiu. Toda vez que ele abria a boca, em vez de maldição, saía bênção sobre Israel.
E aqui, fazemos uma precisamos olhar mais uma vez para os nossos dias. Queridos, os mesmos elementos que corromperam o coração de Balaão — dinheiro, status e recompensas — continuam sendo verdadeiros deuses deste século. São os bezerros de ouro modernos.
Pessoas que vendem princípios, trocam valores e até negociam a própria fé por causa de uma posição, um cargo, uma aparência ou uma conta cheia de dinheiro. Há quem mate e há quem morra por essas coisas.
O sistema deste mundo continua tentando comprar as pessoas. E muitos, assim como Balaão, têm se vendido. Vendido sua integridade, sua fé, sua identidade, sua comunhão com Deus... tudo em troca de migalhas que o mundo oferece.
Balaão, nesse contexto, representa uma das armas mais sutis e perigosas que Satanás usa contra nós, povo de Deus: a sedução, a corrupção e a contaminação espiritual.
Quando não consegue nos atingir com ataques diretos, o inimigo arma ciladas através de propostas, convites e seduções que parecem inofensivas, mas que têm o poder de nos desviar do propósito, da santidade e da identidade que Deus tem pra nós.
Balaão quando percebe que não poderia amaldiçoar aquilo que Deus havia abençoado, ele recorre a uma estratégia sorrateira mas letal: “Se eu não posso amaldiçoá-los, vou ensiná-los a se amaldiçoarem.”
Eis que estas, por conselho de Balaão, fizeram prevaricar os filhos de Israel contra o Senhor, no caso de Peor, pelo que houve a praga entre a congregação do Senhor.
Balaão orienta Balaque, rei de Moabe, a armar uma cilada espiritual contra o povo de Deus: Envie mulheres moabitas, sedutoras, atraentes, para se infiltrarem no meio do povo. Que elas se relacionem com os homens de Israel, que os seduzam, que os levem a participar das festas, dos banquetes, das orgias e dos sacrifícios aos falsos deuses.
E deu certo, o povo começou a se misturar, começou a tratar como normal aquilo que Deus havia dito que era pecado, começou a participar dos banquetes da idolatria, da imoralidade, da prostituição espiritual.
E queridos, é exatamente o que Satanás faz hoje. Se ele não consegue destruir a Igreja com perseguição, ele tenta destruir a Igreja com sedução.
É o namoro fora dos princípios.
É a pornografia que virou “normal”.
É a sensualidade escancarada que virou “moda”.
É o dinheiro acima de tudo.
É a busca por status, likes, reconhecimento e fama, mesmo que para isso se precise corromper valores.
Ou talvez uma velha conversa no ouvido dizendo: “Só uma dose pra relaxar, você merece.”, uma armadilha disfarçada de alívio, que busca nos puxar de volta pro vício.
É aquele amigo que chega dizendo: “Só hoje, só pra dar um rolê, ninguém vai saber.”, mas esse “só hoje” quase te custou a vida tantas vezes, não é?
É acreditar na mentira: “Eu controlo, dessa vez não vai me dominar.”, mas você sabemos que nunca foi controle, sempre foi escravidão.
É a ilusão de que dinheiro rápido, seja no corre, na jogatina ou em qualquer outro meio, vai resolver sua vida, mas no fundo, só te amarra mais.
Queridos perceba que o mundo hoje continua oferecendo a mesa de Balaão: Banquetes de prazeres momentâneos, práticas que aos olhos parecem inofensivas, mas que por trás carregam um peso espiritual.
Doutrina dos nicolaítas
Doutrina dos nicolaítas
“ Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas.”
Diferente do ataque externo chamado “ doutrina de Balaão”, que o inimigo tenta nos derrubar pelo ambiente, pelas tentações que o mundo oferece, a “doutrina dos nicolaítas” é um ataque interno, uma corrupção que começa dentro do próprio povo de Deus.
É a mentalidade que diz: "Não tem problema pecar, pois estamos debaixo da graça." É a tentativa de justificar o pecado, de misturar o santo com o profano, de viver uma fé sem compromisso e sem renúncia verdadeira.
É quando aceitamos a ideia de que podemos carregar o nome de Cristo e, ao mesmo tempo, viver divididos entre o altar e o pecado, entre a igreja e a velha vida, entre o chamado à santidade e o conforto da mediocridade espiritual, sataná rouba nossa verdadeira identidade.
Aquele que deseja um novo nome, precisa buscar o arrependimento verdadeiro.
Quando o pecado é normalizado e justificado, não há espaço para o arrependimento sincero. Sem arrependimento, não há perdão real — porque o perdão de Deus exige reconhecimento do erro e a decisão de mudar. Na doutrina dos nicolaítas, a graça é entendida de forma barata, e o perdão se torna superficial, como se pudesse ser dado sem transformação de vida.
Imagine um paciente que, ao procurar um médico, descobre que está com uma doença grave, mas totalmente tratável.
O médico, após fazer todos os exames necessários, explica claramente o diagnóstico e apresenta o tratamento. Esse tratamento não é apenas tomar alguns remédios — ele exige também uma mudança de hábitos: alimentação saudável, abandono de práticas que agravam a doença, disciplina com os horários dos remédios e acompanhamento constante.
Porém, o paciente, ouvindo tudo isso, decide fazer do jeito dele. Ele até aceita tomar alguns remédios, mas se recusa a mudar seus hábitos. Escolhe ignorar as orientações que exigem esforço, renúncia e constância. Acredita que só 'uma parte' do tratamento já é suficiente.
Mas, com o tempo, a doença não só permanece, como piora — porque a cura exige o tratamento completo, não parcial.
Essa é exatamente a postura de quem quer carregar o nome de Cristo, mas rejeita partes do tratamento que Ele prescreve.
O arrependimento completo é parte fundamental da cura da nossa alma. Mas, quando escolhemos viver apenas parte do Evangelho, aceitando o que nos convém e ignorando aquilo que exige renúncia, mudança e santificação, continuamos espiritualmente doentes.
Cristo é o Médico Perfeito. Ele conhece a raiz do nosso problema — o pecado. E Ele oferece não um tratamento parcial, mas uma cura completa, que passa pelo arrependimento, pelo perdão e pela transformação.
Arrependimento não é só se sentir mal, não é só chorar, não é só se emocionar no culto ou na oração. O verdadeiro arrependimento é uma decisão interior, profunda, que gera mudança de direção.
A palavra no original, “metanoia”, significa “mudança de mente, de pensamento, de caminho.”
Imagine alguém que caiu num poço de lama. O arrependimento não é só ficar triste por estar sujo. É querer sair dali, aceitar a mão que Deus estende, deixar que Ele te lave e escolher nunca mais voltar para aquele poço.
Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados,
Você não acorda em uma bela manhã de domingo ensolarada e simplesmente está arrependido.
Arrependimento não é um sentimento passageiro que surge do nada, nem uma emoção que aparece sem motivo. Arrependimento é uma decisão consciente, racional e espiritual — é o momento em que você escolhe romper com tudo aquilo que desagrada a Deus e decide, de forma firme, seguir um novo caminho.
Não basta sentir tristeza pelo erro ou pesar pela consequência; é preciso tomar uma atitude clara de mudança. O arrependimento genuíno é quando a mente entende a necessidade de transformação, o coração aceita a vontade de Deus e os passos começam a se mover para longe do pecado e em direção à vida nova que Ele oferece.
Ou seja: o verdadeiro arrependimento não acontece quando o coração sente, mas quando a mente decide e os pés obedecem.
Sem essa decisão, não há libertação, não há transformação, não há novo nome. Deus está disposto a perdoar, restaurar e dar uma nova identidade, mas Ele não te obriga a querer isto.
É uma escolha. É uma decisão. É Pessoal.
Essa decisão de arrepender-se é o primeiro passo para receber um novo nome, uma nova identidade e uma nova história em Cristo.
Buscar o arrependimento verdadeiro não significa que nunca mais vamos cometer os mesmos pecados ou que estaremos isentos de erros. Significa, sim, que lutaremos com todas as nossas forças para que essas quedas não se repitam, buscando sempre crescer e nos fortalecer na caminhada com Deus.
Paulo fala sobre isso:
Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.
Paulo nos mostra que a vida cristã exige disciplina, esforço e uma decisão firme de não nos deixarmos dominar pelos desejos da carne. Essa “luta” faz parte do processo do arrependimento verdadeiro, no qual não aceitamos a derrota, mas escolhemos perseverar, resistir e crescer espiritualmente.
Porém, é importante entendermos que existe uma diferença fundamental entre cair ou tropeçar e se jogar penhasco abaixo:
Cair e tropeçar pode acontecer com qualquer um de nós. É uma falha, um momento de fraqueza, uma queda inesperada. É humano tropeçar, mas o que importa é que não permaneçamos no chão. Precisamos nos levantar rapidamente, pedir perdão, aprender com o erro e seguir firmes na caminhada.
Já se jogar no penhasco é algo diferente.
Esse tipo de “queda” nunca começa é repentina — começa muito antes, no “flerte” com o erro. Quando flertamos com o pecado, não estamos caindo; estamos decidindo nos aproximar dele. Flertar é olhar para o pecado, brincar com ele, pensar que “só um pouquinho não faz mal”.
É uma escolha consciente de andar perto do perigo, mesmo sabendo que isso pode levar à queda.
Por isso, flertar com o pecado não é uma queda, mas uma decisão — uma decisão que nos afasta de Deus e nos coloca em rota de colisão com a destruição.
Tiago nos alerta:
Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.
Não podemos confundir uma fraqueza momentânea com essa escolha deliberada, pois enquanto a primeira nos chama ao arrependimento e ao recomeço, a segunda nos aprisiona e nos afasta do perdão de Deus.
E, nesse contexto, além da disciplina e do arrependimento, outro remédio poderoso para a alma é o perdão.
O perdão não é só uma recomendação — é um remédio poderoso para a alma. Muitos estão tentando se libertar do passado, vencer os vícios, reconstruir a vida, mas continuam presos porque estão envenenados pela falta de perdão.
Perdoar não significa esquecer o que aconteceu, nem dizer que o que te fizeram foi certo. Perdoar é escolher não carregar mais o peso que te adoece. É quebrar as correntes que te mantêm preso ao passado, à dor, ao trauma e às feridas que o inimigo usa para te manter escravizado.
E não é só perdoar os outros. Também é necessário se permitir ser perdoado. Tem gente que carrega tanta culpa, tanta vergonha, que não consegue se ver digno de recomeçar. Mas deixa eu te dizer algo em nome de Jesus: não há pecado que o sangue de Cristo não possa limpar! Não há vida que Ele não possa restaurar!
O perdão é tão poderoso que Jesus o colocou no centro da oração do Pai-Nosso:
e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;
Sabe o que é interessante? Que Jesus liga o nosso perdão ao nosso ato de perdoar. É como se Ele dissesse: “Se você quer ser livre, aprenda a soltar o que te prende.”
O perdão é a porta que abre o caminho para a cura, para a libertação e, consequentemente, para o novo nome que Cristo quer te dar.
Querido, entenda isso: ninguém sai do Poupa Tempo Celestial com a identidade nova se continuar agarrado às correntes da mágoa, do rancor, da culpa e da autopunição. Faz parte do tratamento. Faz parte do processo. É essencial para quem deseja ser verdadeiramente livre.
Perdoar é se parecer com Cristo. Receber perdão é aceitar que Cristo te fez novo.
Conclusão
Conclusão
E sabe o que é mais louco em tudo isso? No Poupa Tempo Celestial, não é só passar pelo Médico, fazer o check-up completo, receber seu diagnóstico e ser tratado. Tem outros benefícios incluídos nesse processo!
Você sai com uma nova identidade! É como se, ao receber alta, além de estar completamente restaurado, você recebesse também um novo nome, um novo prontuário, uma nova história.
Tudo o que te definia no passado fica para trás. Agora, você não carrega mais as marcas da enfermidade, do vício, do pecado e da velha vida... mas sim o nome que Cristo te dá.
Uma nova identidade, uma nova natureza e um novo propósito.
Queridos, ao falarmos da doutrina dos nicolaítas, entendemos que ela promove uma perigosa convivência entre o santo e o pecado, diluindo o compromisso com a santidade que Deus espera de nós.
Deus ministrou mutio forte ao meu coração sobre o perdão, e é exatamente aí que esse tema entra, porque quando o pecado é relativizado e aceito, o arrependimento verdadeiro desaparece, e com ele, o perdão genuíno também.
Sem arrependimento, não há transformação, e sem transformação, não há mudança de identidade.
Além disso, a doutrina dos nicolaítas cria divisões, mágoas e falta de perdão entre irmãos, prejudicando a comunhão e o amor que devem reinar no corpo de Cristo.
Para romper com a doutrina dos nicolaítas, é fundamental abrir o coração para o perdão — tanto o que Deus oferece, quanto o que somos chamados a praticar uns com os outros. O perdão é parte essencial da santificação, que nos liberta da velha vida e nos prepara para receber o novo nome que Cristo dá.