UMA IGREJA EXTRAORDINÁRIA! (Parte 3) 1 Tessalonicenses 2.1-12
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· 16 viewsA igreja que prega o evangelho de Deus deve viver de "maneira digna de Deus”.
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Grande ideia: A igreja que prega o evangelho de Deus deve viver de "maneira digna de Deus”.
Estrutura: Uma igreja extraordinária anuncia o verdadeiro evangelho de Jesus (vv. 1-5), jamais faz concessões para ganhar aplausos das pessoas (vv. 6-9) e sincroniza perfeitamente vida e doutrina (vv. 10-12).
A igreja é composta por irmãos operosos na fé, dedicados no amor e firmes na esperança da vinda do Senhor.
Abertura (1.1), Gratidão (1-2), Preocupação (3.1-5.11) e Encerramento (5.25-28).
A. W. Tozer:
“Todos nós nascemos com o desejo de nos defender e, se você insiste em defender-se, Deus assim permitirá. Mas se você entregar a defesa de si mesmo a Deus, Ele o defenderá. Ele disse uma vez a Moisés em Êxodo 23:22: “Serei inimigo dos teus inimigos e oponente dos teus adversários.”” (de “Cinco votos para obter poder espiritual” por “AW Tozer, Lucas Darienço Valença”).
1 Tessalonicenses 2.1-12 revela a profundidade do compromisso apostólico com a verdade do evangelho, apresentado com coragem, sem manipulação, com amor sacrificial e santidade de vida. Paulo defende sua missão diante de possíveis calúnias, não para se exaltar, mas para reafirmar que sua pregação foi fiel, sincera e motivada pelo amor aos tessalonicenses e pela obediência a Deus. O texto mostra o modelo de liderança cristã: firmeza doutrinária, compaixão pessoal e exemplo de vida.
Irmãos, orem também por nós.
As acusações dos judeus contra os cristãos sugerem que Paulo ensinava o futuro estabelecimento de um reino messiânico (cf.
Anuncia o evangelho de Jesus. (vv. 1-5)
“Vocês sabem muito bem...”: 1.5; 2.1; 2.2; 2.5.
Mais uma vez Paulo fala da “chegada” dele em Tessalônica (47-48 d.C.). Nada foi “em vão”.
O ministério de Paulo entre os tessalonicenses foi tão frutífero que não apenas as pessoas foram salvas, e uma igreja vibrante e reprodutora foi plantada, mas também a igreja cresceu e floresceu mesmo depois que Paulo foi embora (1 Ts 1.5-8).
Porque, no que se refere a nós, as pessoas desses lugares falam sobre como foi a nossa chegada no meio de vocês e como, deixando os ídolos, vocês se converteram a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro e para aguardar dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira vindoura.
Ele lembra do que passou em Filipos, anteriormente.
Quando os donos da jovem viram que se havia desfeito a esperança do lucro, agarraram Paulo e Silas e os arrastaram para a praça, à presença das autoridades. E, levando-os aos magistrados, disseram:
— Estes homens, sendo judeus, perturbam a nossa cidade, propagando costumes que não podemos aceitar, nem praticar, porque somos romanos.
Então a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as roupas, mandaram açoitá-los com varas. E, depois de lhes darem muitos açoites, os lançaram na prisão, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança. Este, recebendo tal ordem, levou-os para o cárcere interior e prendeu os pés deles no tronco.
Nada era fácil para o ministério de Paulo: seu contexto era de muita luta.
De acordo com o padrão de tratamento em Filipos, o grupo de Paulo foi falsamente acusado de traição civil em Tessalônica (At 17.7) e sofreu intimidação física (At 17.5-6).
Tendo passado por Anfípolis e Apolônia, Paulo e Silas chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga dos judeus. Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três sábados, discutiu com eles a respeito das Escrituras, expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos. Paulo dizia:
— Este Jesus, que eu anuncio a vocês, é o Cristo.
Alguns deles foram persuadidos e se juntaram a Paulo e Silas. O mesmo aconteceu com numerosa multidão de gregos piedosos e muitas mulheres importantes. Os judeus, porém, movidos de inveja, trazendo consigo alguns homens maus dentre a malandragem, reuniram uma multidão e provocaram um tumulto na cidade. E, atacando de surpresa a casa de Jasom, procuravam trazer Paulo e Silas para o meio do povo. Porém, não os encontrando, arrastaram Jasom e alguns irmãos diante das autoridades, gritando:
— Estes que promovem tumulto em todo o mundo chegaram também aqui, e Jasom os hospedou na casa dele. Todos estes agem contra os decretos de César, dizendo que existe outro rei, chamado Jesus.
Tanto a multidão como as autoridades ficaram agitadas ao ouvir estas palavras. Porém, depois de terem recebido deles a fiança estipulada, as autoridades soltaram Jasom e os outros.
O verdadeiro pastor (ao contrário do falso): preza pela verdade, seus motivos são puros e sua intenção é autêntica.
Pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas que trazem vergonha, não agindo com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus. E assim, pela manifestação da verdade, nos recomendamos à consciência de todos na presença de Deus.
Pode ser que Paulo esteja de alguma forma afirmando seu compromisso com Deus, para com os tessalonicenses, por conta de acusações de falsos mestres.
Warren Wiersbe:
Quanto a responsabilidade, o autor diz que os servos de Deus são despenseiros divinamente ordenados que são “encarregados do evangelho”. Ele diz que essa fidelidade contém pelo menos três elementos que precisam ser corretos: a mensagem (“nossa exortação não procede de engano”), o motivo (“nem de impureza”), o método (“não se baseia em dolo”). A mensagem correta é o evangelho de Jesus Cristo, o evangelho da graça de Deus. Há apenas um evangelho, que se centraliza na morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo. O evangelho (as boas-novas) é “que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras” (1Co 15:3-4). Deus é de tal zeloso dessa mensagem que declara “anátema” todo aquele que pregar outro “evangelho” (Gl 1:69).
Mas, fato é que Paulo não se importava em agradar aos outros, apenas a Deus.
Lou Priolo:
Uma pessoa que sabe ser fiel e que, portanto, foi aprovada por Deus pode falar livre e ousadamente para outros. Ela não usa um discurso bajulador porque realmente não liga muito para agradar aos homens. É a pessoa que busca agradar aos outros que não se importa muito com agradar a Deus e assim lança mão de bajulação e de pretexto. A palavra grega para intuito significa “pretensão”, especialmente no disfarçar ou encobrir as verdadeiras motivações de alguém. Aquele que vive para agradar às pessoas é um hipócrita que, por medo de ser descoberto ou pelo propósito de fazer com que os outros tenham sobre ele um conceito melhor do que realmente é, disfarça-se.
Então Jesus, olhando ao redor, disse aos seus discípulos:
— Como é difícil para os que têm riquezas entrar no Reino de Deus!
Os discípulos estranharam estas palavras, mas Jesus insistiu em dizer-lhes:
— Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.
Eles ficaram muito admirados, dizendo entre si:
— Sendo assim, quem pode ser salvo?
Jesus, olhando para eles, disse:
— Para os seres humanos é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível.
Então Pedro começou a dizer-lhe:
— Eis que nós deixamos tudo e seguimos o senhor.
Jesus respondeu:
— Em verdade lhes digo que não há ninguém que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou campos por minha causa e por causa do evangelho, que não receba, já no presente, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, receberá a vida eterna. Porém muitos primeiros serão últimos, e os últimos serão primeiros.
2. Jamais faz concessões aos homens. (vv. 6-9)
Paulo já havia usado em outras cartas essa imagem da “mãe”.
Eis que, pela terceira vez, estou pronto para visitá-los e não serei um peso para vocês. Pois não estou interessado nos bens de vocês, e sim em vocês mesmos. Não são os filhos que devem juntar riquezas para os pais, mas os pais, para os filhos. Eu de boa vontade gastarei e me deixarei gastar em favor de vocês. Se eu os amo cada vez mais, será que vou ser amado cada vez menos?
meus filhos, por quem, de novo, estou sofrendo as dores de parto, até que Cristo seja formado em vocês.
Não existe alguém que seja cristão e que se dedique apenas parcialmente com esse chamado. Todo discípulo tem dedicação integral ao seu mestre.
Paulo evoca aqui a perversa escravidão de elogios que o crente pode desenvolver.
Vocês foram comprados por preço; não se tornem escravos de homens.
Lou Priolo:
Ainda que de maneira informal, você se torna escravo de qualquer pessoa a quem esteja erroneamente tentando agradar. Pense nisso. Você tem tantos mestres quanto tem observadores. Cada pessoa que você tenta agradar acima e além do que as Escrituras permitem torna-se seu capitão e conquistador.
Não pesque elogios. Pescar elogios é manipular alguém para receber elogios. É a tentativa de provocar um comentário de admiração por outra pessoa sem ter o constrangimento de pedir de forma direta.
Comer muito mel não é bom;
assim, procurar a própria honra
não é honra.
Quando você pesca elogios, você está tentando buscar sua própria glória. Se o tiro sair pela culatra, para você será qualquer coisa, menos glorioso.
Porque vocês mesmos sabem como devem nos imitar, visto que nunca vivemos de forma desordenada quando estivemos entre vocês, nem jamais comemos pão à custa dos outros. Pelo contrário, trabalhamos com esforço e fadiga, de noite e de dia, a fim de não sermos pesados a nenhum de vocês. Não que não tivéssemos o direito de receber algo, mas porque tínhamos em vista apresentar a nós mesmos como exemplo, para que vocês nos imitassem.
3. Sincroniza vida com doutrina. (vv. 10-12)
Paulo chama os crentes de Tessalônica e Deus como testemunhas do modo como a vida diante de Deus deve ser vivida (“Coram Deo”).
Vocês e Deus são testemunhas de como nos portamos de maneira piedosa, justa e irrepreensível em relação a vocês, os que creem.
Paulo usa a imagem agora de um “pai que trata os seus filhos”.
Não escrevo estas coisas para que vocês fiquem envergonhados; pelo contrário, para admoestá-los como a meus filhos amados.
Foi para isso que também Deus os chamou mediante o nosso evangelho, para que vocês alcancem a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.
A falta de contemplação celestial é um problema sério: Deus nos “chama para o seu Reino e a sua glória”.
Randy Alcorn, em seu livro In Light of eternity:
É bem provável que a maior fraqueza da igreja ocidental atualmente seja nossa falha em pensar sobre a eternidade- em levar a sério a realidade de que o céu é o nosso lar. Essa é a fonte do nosso caso de amor com este mundo e nossa falha em viver o presente à luz da eternidade.
Estamos acostumados com a ideia de que Satanás nos tenta oferecendo poder, bens e prazeres. No entanto, esquecemos que foi Deus quem fez nossos desejos por essas coisas, não como parte de nossa natureza pecaminosa, mas da nossa natureza humana. É por isso que Satanás tentou o Cristo sem pecado com prazeres, poder e bens (Mt 4.1-11), assim como tentou Adão e Eva antes de pecarem...
Não é errado sermos motivados pela perspectiva da recompensa. De fato, haverá algo de errado se não formos motivados por uma recompensa. Resistir ao desejo por recompensas é falsa espiritualidade. Vai contra o modo com o qual Deus nos criou e o modo com o qual Ele tenta nos motivar.
Aplicação Espiritual:
O ministério cristão deve ser baseado na sinceridade, sacrifício e afeição genuína, não em busca de aprovação humana.
Os líderes espirituais são chamados a uma conduta santa, justa e irrepreensível, como modelo de fé.
Deus prova os corações (v.4), por isso a motivação interior é mais importante do que aparência externa.
Há espaço tanto para o cuidado maternal (v.7) quanto para a autoridade paterna (v.11) no discipulado cristão.
Devemos viver de forma digna de Deus (v.12), em resposta ao chamado para Seu Reino e glória.
Todos os cinco capítulos contêm referências a ela, e, ademais, todos os cinco capítulos terminam com uma referência à παρουσία (1.10; 2.19; 3.13; 4.16–17; 5.23).
Pinto, Carlos Osvaldo Cardoso, Foco & Desenvolvimento no Novo Testamento, org. Juan Carlos Martinez, 2a Edição revisada e atualizada (São Paulo: Hagnos, 2014), p. 397
4. Outras aplicações:
(a) Recado de Deus para você que está trabalhando na obra de Deus: “Pare de se defender!”.
A. W. Tozer:
“O que nós defendemos? Bem, nós defendemos nosso serviço e, particularmente, nossa reputação. Sua reputação é o que as pessoas pensam e comentam sobre você, e se uma história se espalha a seu respeito, a grande tentação é tentar derrubá-la. Mas você sabe que correr pela fonte de uma história é uma tarefa sem esperança. Absolutamente sem esperanças! É como tentar encontrar o pássaro depois de ter encontrado as penas em seu gramado. Você não pode fazer isso se você se entregar totalmente ao Senhor, pois Ele o defenderá completamente e fará com que ninguém lhe faça mal. “Nenhuma arma que se forme contra ti prosperará”. Ele diz, e “toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás” (Isaías 54:17).” (de “Cinco votos para obter poder espiritual” por “A. W. Tozer, Lucas Darienço Valença”).
(b) Mantenha os seus olhos fixos na eternidade! Somos crentes que esperam pelo céu. Estamos indo para a casa.
O mesmo Deus da paz os santifique em tudo. E que o espírito, a alma e o corpo de vocês sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é aquele que os chama, o qual também o fará.
Ilustr.:
Lou Priolo:
Quando saio de viagem com minha família, gostamos de saber algumas coisas sobre o lugar para onde vamos. Se estamos planejando sair de férias, estudamos os panfletos do local de destino para conhecer suas atrações.
Não tenha medo das coisas que você vai sofrer. Eis que o diabo está para lançar alguns de vocês na prisão, para que vocês sejam postos à prova, e passem por uma tribulação de dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.
Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível.
E, quando o Supremo Pastor se manifestar, vocês receberão a coroa da glória, que nunca perde o seu brilho.
Desde agora me está guardada a coroa da justiça, que o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda.
Pois quem é a nossa esperança, ou alegria, ou a coroa em que nos gloriamos na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda? Não é verdade que são vocês?
