UMA IGREJA EXTRAORDINÁRIA! (Parte 3) 1 Tessalonicenses 2.13-20
1 Tessalonicenses • Sermon • Submitted • Presented
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· 6 viewsA igreja de Jesus só persevera na perseguição se tiver impressa a eternidade na sua essência.
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Grande ideia: A igreja de Jesus só persevera na perseguição se tiver impressa a eternidade na sua essência.
Estrutura: pela perseverança na perseguição (vv. 13-16) e pela expectativa da vinda de Jesus (vv. 17-20).
Perseverança. (vv. 13-16)
Walvoord, John F.; Hitchcock, Mark.
Um dos efeitos surpreendentes da Palavra de Deus é seu poder de “suscitar violenta oposição”.9 Isso tem sido verdadeiro desde a primeira geração de convertidos. A provação veio quase imediatamente para esse novo grupo de cristãos, e eles foram severamente perseguidos. Paulo escreveu-lhes, nos versículos 14-15, que eles se tornaram seguidores de outros que foram perseguidos antes deles.
Walvoord, John F.; Hitchcock, Mark.
Paulo conhecia, melhor do que ninguém, o ódio amargo que alguns judeus destilavam contra os cristãos. Ele estivera nos dois lados da cerca (cf. At 8.1), tinha sido caçador e, agora, era a caça. O que disse aqui sobre o povo judeu de sua época era simplesmente uma acusação verdadeira quanto às ações de seus compatriotas. Jesus também proferiu julgamento sobre os judeus por sua descrença (Mt 23.35), e ele certamente não era antissemita. A perseguição enfrentada por Paulo em Tessalônica foi instigada pelos judeus (At 17.5). Contudo, jamais devemos esquecer o profundo amor do apóstolo e o anseio pela salvação do seu próprio povo (Rm 9.1-5; 10.1; 11.1).
Que diremos, então? O que Israel buscava, isso não alcançou; mas a eleição conseguiu isso. Os demais foram endurecidos, como está escrito:
“Deus lhes deu um espírito
de profundo sono,
olhos para não ver
e ouvidos para não ouvir,
até o dia de hoje.”
E Davi disse:
“Que a mesa deles se transforme
em laço e armadilha,
em tropeço e punição;
que os olhos deles se escureçam,
para que não vejam,
e fiquem para sempre encurvadas
as suas costas.”
Porque não quero, irmãos, que vocês ignorem este mistério, para que não fiquem pensando que são sábios: veio um endurecimento em parte a Israel, até que tenha entrado a plenitude dos gentios.
Walvoord, John F.; Hitchcock, Mark.
O ponto-chave aqui, contudo, é que a oposição do mundo e do coração descrente é exteriorizada, em especial, quando uma pessoa prega fielmente sobre Cristo. O mundo, seja judeu, seja gentio, não necessariamente se opõe à moralidade como tal, nem à religião como tal, mas se levanta contra um tipo de cristianismo transformador e genuíno. O mundo não deseja o Cristo crucificado, tampouco um evangelho que ignore o mérito humano, que exponha o orgulho humano e chame pecadores para confiar em Cristo, e somente nele, a fim de encontrar salvação e perdão. Ao nos levantarmos por Cristo e sua Palavra, devemos esperar alguma oposição dos descrentes.
Wright, N.T..
Como toda a primeira geração cristã sabia, o resultado seria aquele que o próprio Jesus profetizara: a cidade e o templo seriam destruídos. Mateus, Marcos e, em especial, Lucas fazem desse fato um tema importante em seus relatos da pregação de Jesus. Paulo, escrevendo aos tessalonicenses cerca de vinte anos depois da crucificação, sabe que não haverá muito tempo antes que isso aconteça. Jesus dissera que iria acontecer em uma geração (Marcos 13:30), e todos os sinais mostravam que isso não tardaria. Embora o próprio Paulo não tivesse vivido para ouvir isso, se ele estivesse vivo no ano 70 d.C. teria, sem dúvida, declarado que os eventos daquele ano eram uma demonstração da ira de Deus. Esse também foi o veredicto do historiador judeu Flávio Josefo.
2. Expectativa. (vv. 17-20)
Wright, N.T..
Paulo não menciona com frequência “o satanás”, mas, quando faz isso, parece que está consciente de que, por trás de algumas frustrações comuns e de alguns planos inacabados que são comuns à raça humana, podemos discernir uma força obscura e maléfica em curso. Periodicamente, essa força — podemos ir mais longe e pensar que seja “pessoal” — é personificada em indivíduos e organizações que bloqueiam o propósito de Deus ou pelo menos o dificultam por algum tempo. No caso em questão, Paulo presumivelmente quer dizer que as ameaças de morte que ele recebia enquanto viajava pelo sul praticamente o impossibilitavam de retornar ao norte da Grécia naquele momento. Em particular, elas frustraram profundamente seu cuidado pastoral, o cuidado que ele tinha com aquela nova e pequenina igreja, para ensinar a eles o caminho da santidade, trazendo-os ao conforto que um entendimento mais profundo do evangelho permitiria que sentissem.
Walvoord, John F.; Hitchcock, Mark.
Paulo também perguntou: “Pois quem é a nossa... alegria ou coroa em que nos gloriamos...?”. Ele olhou para a frente, para o jubiloso dia em que a sua vida terrena terminaria e ele estaria na presença do Senhor, juntamente com todos os outros cristãos. Paulo estava imaginando o arrebatamento da igreja, quando Cristo virá para os seus e os levará para o glorioso lar e todos os salvos comparecerão diante do tribunal de Cristo para receber a devida recompensa ou perdê-la (2Co 5.10).
Porque é necessário que todos nós compareçamos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.
3. Outras aplicações:
(a) Há em nosso meio, os que recebem a palavra pregada como “palavra humana” e não “palavra de Deus”.
Mas informo a vocês, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é mensagem humana, porque eu não o recebi de ser humano algum, nem me foi ensinado, mas eu o recebi mediante revelação de Jesus Cristo.
Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para julgar os pensamentos e propósitos do coração.
(b) É a esperança na vinda de Jesus que nos mantém animados a persistirmos em nossas lutas, em meio às mais pesadas lutas e agonias.
Ilustr.:
