O Consolo do Deus que Chora
Face a Face - Encontros com Jesus • Sermon • Submitted • Presented
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Introdução
Na nossa série "Face a Face com Deus: Encontros com Jesus", temos visto como os encontros com Jesus são profundamente transformadores. Hoje, vamos nos voltar para um dos encontros mais comoventes e esclarecedores da Bíblia: o encontro de Jesus com as irmãs enlutadas, Marta e Maria, após a morte de Lázaro.
No poço, vimos que Jesus sacia a sede do coração e transforma a vergonha em testemunho.
Agora, em Betânia, vemos que Jesus enfrenta a nossa maior inimiga — a morte — trazendo esperança viva e consolo real.
Pergunta: “Como você lida com as perdas inevitáveis da vida? Onde encontra esperança quando a dor bate à porta?”
No encontro com a mulher samaritana, Jesus revelou que só Ele pode saciar a sede interior.
Agora, diante de Marta e Maria, Ele mostra que só Ele pode vencer a morte e consolar o coração quebrantado.
“Jesus nos dá verdade para a mente e lágrimas para o coração. Ele é a ressurreição e a vida.” (Keller)
1. Jesus nos encontra na dor com verdade (Jo 11:20-27)
1. Jesus nos encontra na dor com verdade (Jo 11:20-27)
Marta corre ao encontro de Jesus e expressa fé misturada com frustração: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.”
Jesus não apenas consola, mas revela quem Ele é: “Eu sou a ressurreição e a vida.”,
Verdade bíblica: A morte não tem a palavra final sobre os que creem em Cristo (1Coríntios 15.54–57 “E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.” ).
“Deus nos fez para Si, e inquieto está o nosso coração enquanto não descansar nEle.” Agostinho
A resposta de Jesus é direta e cheia de poder: "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo que morra, viverá". Ele não apenas promete a ressurreição futura, mas se identifica como a própria fonte da vida.
Aplicação prática: Em meio ao luto, Jesus nos oferece mais que explicações — Ele nos oferece a Si mesmo.
Texto de apoio: Romanos 8:38-39 — “Nada poderá nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus.”
2. Jesus nos encontra na dor com compaixão (Jo 11:28-37)
2. Jesus nos encontra na dor com compaixão (Jo 11:28-37)
Maria cai aos pés de Jesus chorando — e Jesus chora com ela (v.35).
Profundidade teológica:
Jesus não é indiferente ao sofrimento humano (Hebreus 4.15 “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.”)
Ele se indigna contra a morte — mostrando que ela é inimiga a ser destruída, não parte natural da criação (1Coríntios 15.26 “O último inimigo a ser destruído é a morte.” ).
1Coríntios 15.55–56 “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.”
“Eu não poderia adorar um Deus que fosse indiferente ao sofrimento humano. Mas no Calvário vejo um Deus que sofre conosco.” John Stott
Aplicação prática: Jesus não apenas nos dá promessas futuras, Ele nos sustenta no presente com Seu amor e presença.
Texto de apoio: Salmo 34:18 — “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado.”
O texto nos apresenta uma cena de profunda tristeza. Lázaro, "aquele a quem [Jesus] amas" , morreu antes que Jesus chegasse. O mais surpreendente, no entanto, é a reação de Jesus. Ele encontra Marta, que expressa sua dor e frustração: "Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido". A Marta Ele se identifica como Ressureição e vida. No entanto, a reação a Maria é diferente. Ela diz exatamente as mesmas palavras que a irmã, mas Jesus, ao vê-la chorar, não dá uma resposta teológica. Ele se "comoveu profundamente no espírito e, abalado", chorou.
O Paradoxo do Deus que se Abala (v. 17-36)
a palavra grega usada significa "urrar de raiva". A raiva de Jesus não é contra as irmãs, mas sim contra a morte e o mal. Ele sabe que a morte não faz parte da criação original de Deus e se enfurece com nosso maior pesadelo.
Isso nos revela o paradoxo do caráter de Jesus: ele é plenamente Deus e plenamente homem. Ele é o Deus todo-poderoso que controla a vida e a morte, mas também o homem que se compadece e chora com os que sofrem. Ele oferece a Marta a "verdade que estimula" e a Maria o "ministério de lágrimas".
"Ele não diz: 'Olhe, habitue-se a ela e ponto final. Todo o mundo morre. Assim é o mundo. Conforme-se'". Essa é uma visão revolucionária, que desafia o fatalismo.
O choro de Jesus no túmulo de Lázaro nos dá duas grandes verdades para nosso dia a dia:
Ele se compadece de nossa dor. Jesus não é um Deus distante. Ele "se comoveu profundamente no espírito" e chorou. Ele não apenas compreende o sofrimento intelectualmente, mas o sentiu em sua própria humanidade.
Ele tem o poder de derrotar o nosso maior inimigo.
3. Jesus transforma nossa dor em esperança viva (Jo 11:38-44)
3. Jesus transforma nossa dor em esperança viva (Jo 11:38-44)
Jesus chama Lázaro para fora do túmulo: “Lázaro, vem para fora!”
Sinal maior: Essa ressurreição aponta para a própria vitória de Cristo sobre a morte na cruz e na ressurreição (Jo 14:19 — “Porque eu vivo, vocês também viverão.”)
“Somente no cristianismo temos um Deus que é infinito em poder, mas também pessoal em compaixão — que é a ressurreição e que chora conosco.” Timothy Keller
Aplicação prática:
Se Jesus venceu a morte, nenhuma perda é definitiva para quem está nEle.
Podemos enfrentar luto e sofrimento com esperança viva (1Pe 1:3-4).
Nossas lágrimas têm prazo de validade (Ap 21:4 — “Ele enxugará dos olhos toda lágrima.”)
A agonia de Jesus no Getsêmani, e sua morte na cruz, não foram o fim da história. Ele bradou "Lázaro, vem para fora!" e a morte o obedeceu. Isso é um sinal do que ele fará por todos nós. Ele derrotou a morte e o mal para sempre. Jesus "adentrou nossa história" para nos salvar, "nasceu em uma manjedoura para morrer sobre a cruz em nosso favor.
O encontro com Maria e Marta nos mostra que Jesus não apenas nos oferece esperança para a vida futura, mas também consolo e força para o presente. Ele é o Deus-homem que entende nossa dor, se enfurece com o mal e tem o poder para derrotá-lo. Ao enfrentarmos o luto, a dor, a injustiça e o sofrimento em nosso dia a dia, podemos nos voltar para Ele. Ele se importa o suficiente para chorar conosco, e tem o poder suficiente para nos dar a vitória.
“Jesus não apenas fala sobre vida eterna, Ele é a própria vida eterna — e quem O encontra nunca mais é o mesmo.”
