Aprenda a Usufruir da Bondade de Deus

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Texto Base: Salmo 34:8 - "Provem e vejam que o Senhor é bom; bem-aventurado é quem nele se refugia." (NAA)

Introdução: A Fonte da Bondade

Graça e paz, amados irmãos!
Hoje, quero convidá-los a meditar em uma das verdades mais doces e fundamentais da nossa fé: a bondade de Deus.
Muitas vezes, pensamos na bondade como algo que Deus faz, como um ato isolado.
Mas a Bíblia nos ensina algo mais profundo: a bondade não é apenas o que Deus faz, é quem Deus é.
A bondade é a Sua própria essência, Sua natureza imutável.
Assim como o sol não pode deixar de emitir luz e calor, Deus não pode deixar de ser bom.
Tudo o que flui de Deus, flui de uma fonte de pura bondade.
O profeta Naum declara: "O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam" (Naum 1:7).
A origem da bondade de Deus é Ele mesmo.
Ele não precisa de uma razão externa para ser bom; Ele é o padrão e a fonte de toda a bondade.
No entanto, vivemos em um mundo caído, e a nossa própria natureza, como a Bíblia afirma, é inclinada para o mal.
Jesus mesmo disse em Mateus 7:11: "Se vocês, sendo maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!"
Veja a beleza desse contraste: apesar de sermos maus, a bondade de Deus não falha.
Ele continua a derramar Suas bênçãos, nos oferecendo momentos de graça, provisão e alegria, preparados por Suas mãos amorosas.
O nosso desafio, portanto, não é convencer Deus a ser bom, mas aprender a abrir os nossos olhos e o nosso coração para reconhecer, receber e usufruir da bondade que Ele já derrama sobre nós todos os dias.
Vamos explorar juntos quatro áreas onde essa bondade se manifesta de forma poderosa.

1. A Bondade de Deus na Criação

A primeira e mais visível assinatura da bondade de Deus está na criação.
Desde o primeiro capítulo da Bíblia, vemos Deus criando um mundo para a humanidade, e a cada passo, Ele declarava que o que fazia era "bom".
No final, lemos:
Gênesis 1:31 (NAA): "E Deus viu tudo o que havia feito, e eis que era muito bom."
Mas podemos ir ainda mais fundo.
A ciência moderna tem revelado uma complexidade e um ajuste fino no universo que apontam de forma espetacular para o que chamamos de Design Inteligente.
Não se trata apenas de beleza, mas de uma engenharia precisa.
Cientistas descobriram que existem centenas de fatores perfeitamente alinhados para que a vida humana seja possível.
A distância da Terra ao Sol, a inclinação do eixo do nosso planeta, a composição da nossa atmosfera, a força da gravidade — se qualquer um desses fatores fosse minimamente diferente, a vida como a conhecemos seria impossível.
Isso não é um feliz acidente.
É a assinatura de um Designer bom, que não apenas criou um mundo, mas o preparou com um cuidado meticuloso. Pense
Pense nisso: o ar que respiramos, a beleza de um pôr do sol, a variedade de sabores dos alimentos, o som da chuva, o calor de um abraço.
Tudo isso são presentes da mão de um Criador bom, que planejou um mundo para ser desfrutado.
O salmista, maravilhado, exclama:
Salmo 104:24 (NAA): "Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheia está a terra das tuas riquezas."
Mesmo com os efeitos do pecado no mundo, os ecos da bondade original de Deus ainda ressoam por toda parte.
Aprender a usufruir da bondade de Deus começa com a gratidão pelas coisas simples, por reconhecer o Seu cuidado nos detalhes da vida que, muitas vezes, passam despercebidos.

2. A Bondade de Deus na Redenção

Se a criação revela a bondade de Deus, a redenção a exalta ao nível máximo.
A maior expressão da bondade divina não foi nos dar um mundo perfeito, mas nos dar um Salvador quando havíamos perdido tudo.
Nós, em nossa maldade e rebelião, merecíamos o justo juízo, mas a bondade de Deus prevaleceu.
Romanos 5:8 (NAA): "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores."
A bondade de Deus não esperou que nos tornássemos bons para nos amar.
Ela agiu em nosso favor em nosso pior estado. Essa é a graça!
É um favor imerecido, um presente que brota unicamente do coração bom de Deus.
A salvação que temos em Cristo é a prova definitiva de que Sua bondade supera o nosso pecado.
Efésios 2:4-5 (NAA): "Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo — pela graça vocês são salvos."
Usufruir da bondade de Deus é viver todos os dias lembrando-se do perdão recebido, da nova vida que temos e da esperança eterna que nos foi garantida, não por mérito, mas por pura bondade.

3. A Bondade de Deus na Provisão Diária

A bondade de Deus não é apenas um evento do passado (criação e redenção), mas uma realidade presente e contínua.
Ele se importa com as nossas necessidades diárias, desde as mais básicas até as mais complexas. Jesus nos ensina a não vivermos ansiosos, pois temos um Pai bom que cuida de nós.
Mateus 6:25-26 (NAA): "Por isso, digo a vocês: não andem ansiosos pela vida, quanto ao que hão de comer ou beber; nem pelo corpo, quanto ao que hão de vestir. [...] Observem as aves do céu, que não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros. E, contudo, o Pai de vocês, que está nos céus, as sustenta. Será que vocês não valem muito mais do que as aves?"
A bondade de Deus se manifesta no pão de cada dia, no emprego que Ele provê, na saúde que Ele nos dá e no livramento que Ele nos concede.
Ele é o nosso Provedor fiel.
O apóstolo Paulo reforça essa confiança:
Filipenses 4:19 (NAA): "E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades."
Usufruir dessa bondade é aprender a confiar, a descansar e a entregar nossas preocupações a Ele, sabendo que o Seu cuidado por nós é constante e certo.

4. A Bondade de Deus na Disciplina

Este último ponto pode parecer contraditório para alguns, mas é uma das mais profundas expressões da bondade de um Pai: a disciplina.
Se Deus nos deixasse seguir nossos próprios caminhos errados sem nenhuma correção, isso não seria bondade, mas negligência.
Porque Ele é bom e nos ama, Ele nos corrige.
Hebreus 12:6-7 (NAA): "pois o Senhor corrige a quem ama e açoita todo filho a quem recebe. É para disciplina que vocês perseveram. Deus os trata como filhos. E qual é o filho a quem o pai não corrige?"
A disciplina de Deus não tem o objetivo de nos punir, mas de nos purificar, de nos moldar à imagem de Cristo e de nos proteger de caminhos que levariam à destruição.
Embora no momento possa ser dolorosa, o resultado final é sempre para o nosso bem.
Hebreus 12:11 (NAA): "Na verdade, toda disciplina, no momento em que é aplicada, não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza. Mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos que por ela foram exercitados."
Usufruir da bondade de Deus na disciplina é entender que mesmo nos momentos difíceis, de provação ou correção, Deus está agindo por amor.
É submeter-se à Sua vontade, sabendo que Ele está nos formando para um propósito maior e para uma santidade mais profunda.

Conclusão

Irmãos, a bondade de Deus nos cerca por todos os lados: na beleza da criação, na maravilha da redenção, na fidelidade da provisão diária e até mesmo no amor da disciplina.
A pergunta que fica para nós hoje é: estamos realmente provando e vendo que o Senhor é bom? Ou estamos tão focados nas dificuldades, nas faltas e nas ansiedades que nos tornamos cegos para as infinitas manifestações da Sua bondade?
Eu os convido a fazer um exercício nesta semana: comece a agradecer. Agradeça pelas coisas pequenas e grandes. Agradeça pelo perdão em Cristo. Confie na Sua provisão quando a ansiedade bater. E se estiver passando por um momento de correção, receba-o como um ato de amor de um Pai que deseja o seu melhor.
Que possamos ser um povo que não apenas acredita na bondade de Deus, mas que a experimenta, a celebra e a compartilha com um mundo que precisa desesperadamente conhecer o Deus que é essencialmente bom.
Vamos orar.
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