Da cama ao caixão, da morte à missão
Cristiano Gaspar
Igreja em Movimento • Sermon • Submitted • Presented
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Introdução
Introdução
Imagine um cenário comum do nosso dia a dia: você entra num hospital. Os corredores estão cheios de pessoas esperando por atendimento, algumas em cadeiras de rodas, outras com o olhar cansado de quem já perdeu a esperança. Ali, a doença e a morte parecem ter a palavra final. O ambiente transmite um peso que todos nós já sentimos, porque a doença e a morte não são apenas estatísticas, elas são inimigas que nos visitam de perto. Você pode até tentar ignorá-las, mas cedo ou tarde elas batem à porta: em um diagnóstico inesperado, na perda de alguém querido, ou até na fragilidade que sentimos no próprio corpo.
Mas pense comigo: e se, nesse mesmo hospital, alguém entrasse e tivesse poder para levantar o paralítico da cama com uma simples palavra? E se esse mesmo alguém atravessasse a sala de velório, tomasse pela mão uma pessoa morta e a devolvesse viva para sua família? Não seria isso algo que mudaria completamente a forma como vemos a vida, a morte e o futuro?
Esse é o impacto do texto diante de nós hoje. Depois de nos mostrar a conversão de Saulo, Lucas volta os olhos para Pedro e narra duas histórias que, à primeira vista, parecem apenas mais dois milagres. Mas o que está acontecendo aqui é muito mais profundo: Jesus está mostrando, através de Pedro, que Ele é Senhor sobre a doença e sobre a morte. E isso não é um detalhe, é o prelúdio de algo ainda maior: se Jesus venceu a doença e a morte, Ele também pode vencer o preconceito, a separação e o muro que existe entre judeus e gentios. Antes de Cornélio, vem Aeneias e Tabita, porque o evangelho não apenas alcança as nações, ele passa primeiro pelo coração dos discípulos.
Então, ao abrirmos Atos 9:32–43, vamos ver que Jesus continua a agir com poder em nosso meio:
Ele vence a doença, levantando o paralítico.
Ele vence a morte, ressuscitando Tabita.
E Ele começa a vencer os limites culturais de Pedro, hospedando-se na casa de um curtidor.
Essas histórias nos mostram que Jesus não é apenas uma memória do passado. Ele é o Senhor vivo, que continua a transformar vidas, e que nos convida a confiar, a depender e a abrir as portas do coração para todos aqueles que Ele deseja alcançar.
1 – Cristo vence a doença (Atos 9:32–35)
1 – Cristo vence a doença (Atos 9:32–35)
32 Passando Pedro por toda parte, foi também visitar os santos que moravam em Lida. 33 Encontrou ali certo homem, chamado Eneias, que havia oito anos jazia de cama, pois era paralítico. 34 Pedro lhe disse:
— Eneias, Jesus Cristo cura você! Levante-se e arrume a sua cama.
Ele imediatamente se levantou. 35 Todos os habitantes de Lida e da região de Sarom viram Eneias e se converteram ao Senhor.
1.1 O cenário
1.1 O cenário
Pedro está em viagem missionária, visitando comunidades cristãs que já haviam surgido fora de Jerusalém. Ele chega a Lida, uma cidade a cerca de 40 km de Jerusalém e 15 km da costa. Ali encontra Eneias, um homem paralisado, acamado por oito anos. Pense nisso: oito anos sem se mover, dependendo de outros para tudo. O texto não nos diz se Eneias era casado, se tinha filhos, mas certamente nos convida a imaginar a dor e a frustração de alguém que perdeu quase toda a dignidade de viver.
É nesse ambiente de impotência que Pedro chega trazendo uma notícia do céu: Jesus Cristo vai curá-lo.
1.2 A ação de Pedro
1.2 A ação de Pedro
Note a forma como Pedro se dirige a Eneias: ele não diz “eu o curo”, mas “Jesus Cristo o cura”. Pedro sabe que não tem poder em si mesmo, que o milagre não é uma demonstração da sua espiritualidade, mas uma proclamação do poder de Jesus ressuscitado.
Aqui já está uma aplicação para nós: quantas vezes, mesmo dentro da igreja, transferimos para pessoas, métodos ou estratégias aquilo que só Cristo pode fazer? Talvez não façamos isso conscientemente, mas é fácil atribuir a transformação espiritual a um pregador carismático, a uma música que mexe com as emoções, ou até a uma técnica de aconselhamento. Pedro não quer que ninguém confunda a fonte: “Eneias, Jesus Cristo o cura!”
E o resultado é imediato: o homem se levanta e até arruma sua própria cama. Esse detalhe não é irrelevante. Lucas quer que vejamos a restauração completa da dignidade de Eneias. Ele não apenas anda, mas reassume funções básicas, volta a ser alguém que não precisa depender da compaixão dos outros.
1.3 Aplicação espiritual
1.3 Aplicação espiritual
Agora, o que isso tem a ver conosco hoje? Talvez você me diga: “Pastor, eu não sou paralítico.” Mas a verdade é que todos nós carregamos paralisias na alma. Pode ser um pecado persistente, um trauma que nunca foi tratado, uma amargura que nos imobiliza. Existem pessoas que estão deitadas há anos em suas culpas, em suas feridas, em seus ressentimentos. Outras estão paralisadas pelo medo: medo do futuro, medo de fracassar, medo de perder o controle.
E a palavra de Pedro ecoa para nós: “Jesus Cristo o cura!”
Não é a força de vontade, não é um novo projeto de vida, não é uma técnica de autoajuda. É Jesus. Somente Ele levanta quem está prostrado há anos.
1.4 O impacto missionário
1.4 O impacto missionário
Veja o resultado final: “Todos os que viviam em Lida e Sarona o viram e se converteram ao Senhor.” O milagre não termina em Eneias; ele se espalha como testemunho do poder de Cristo. A cura de um homem se torna a conversão de muitos.
Aqui está um princípio: quando Cristo cura nossa vida, o impacto não é apenas pessoal, mas missionário. Quando alguém vê sua transformação, percebe que não foi você, mas o Cristo que age em você.
Quantos na sua família, no seu trabalho ou no seu bairro ainda não se converteram porque não conseguem ver em você algo que só Jesus poderia ter feito?
E quantos se aproximariam de Cristo se vissem na sua vida um poder que não é seu, mas que claramente vem do Senhor?
1.5 Ilustração
1.5 Ilustração
É como um rio represado por anos. A água parece parada, sem força, sem vida. Mas basta uma abertura na represa e aquela mesma água começa a correr com vigor, irrigando a terra seca, trazendo vida ao redor. Eneias era esse rio represado por oito anos. Quando Jesus abriu a comporta da graça, não só ele foi restaurado, mas a região inteira foi impactada.
1.6 Aplicação final do ponto
1.6 Aplicação final do ponto
Meu irmão, minha irmã: onde você tem experimentado paralisia? Em que área da sua vida você sente que já se acostumou a viver deitado, dependendo dos outros, sem esperança de mudança? Hoje a palavra de Deus é clara: Jesus Cristo o cura. Levante-se!
E não levante apenas para si mesmo, mas levante-se para testemunhar. O Cristo que cura também é o Cristo que envia. O poder que tira você da cama é o mesmo que pode alcançar a sua família, seus vizinhos e até uma cidade inteira.
2 – Cristo vence a morte (Atos 9:36–43)
2 – Cristo vence a morte (Atos 9:36–43)
36 Em Jope havia uma discípula chamada Tabita, nome este que, traduzido, é Dorcas. Ela era notável pelas boas obras e esmolas que fazia. 37 Aconteceu que, naqueles dias, ela adoeceu e veio a morrer. Depois de a lavarem, puseram o corpo num quarto do andar superior. 38 Como Lida ficava perto de Jope, os discípulos, ouvindo que Pedro estava ali, enviaram-lhe dois homens com o seguinte pedido:
— Não se demore em vir até nós.
39 Pedro se aprontou e foi com eles. Quando chegou lá, eles o levaram ao quarto do andar superior. Todas as viúvas o cercaram, chorando e mostrando-lhe túnicas e vestidos que Dorcas tinha feito enquanto estava com elas. 40 Mas Pedro mandou que todos saíssem, ajoelhou-se e orou; depois, voltando-se para o corpo, disse:
— Tabita, levante-se!
Ela abriu os olhos e, vendo Pedro, sentou-se. 41 Ele, dando-lhe a mão, ajudou-a a ficar em pé; e, chamando os santos, especialmente as viúvas, apresentou-a viva. 42 Isto se tornou conhecido em toda a cidade de Jope, e muitos creram no Senhor. 43 Pedro ficou em Jope muitos dias, na casa de um curtidor chamado Simão.
2.1 A personagem
2.1 A personagem
O texto nos apresenta uma discípula chamada Tabita, ou Dorcas (em grego). Seu nome significa “gazela”, e é como se Lucas quisesse nos mostrar que aquela mulher era uma expressão de graça, beleza e leveza no meio da comunidade. Mas o que realmente define Tabita não é seu nome, e sim sua vida: “ela era notável por suas boas obras e esmolas que fazia” (v. 36).
Se Aeneias representa a dor de uma vida paralisada, Tabita representa a beleza de uma vida dedicada a servir. Ela costurava roupas para as viúvas, se dedicava a atos de misericórdia. Uma mulher que não pregava sermões em público, não tinha grandes títulos, mas cujas mãos expressavam o amor de Cristo.
É como se Lucas quisesse nos lembrar que o reino de Deus não avança apenas com Pedro e Paulo pregando multidões, mas também com discípulos comuns, cheios de bondade, que transformam sua vizinhança com pequenas obras de amor.
2.2 A tragédia
2.2 A tragédia
Mas, de repente, Tabita adoece e morre. O choque é imediato. As viúvas, provavelmente sustentadas por sua generosidade, choram inconsoláveis. Elas mostram a Pedro as roupas que ela costurava, como quem diz: “Olhe o que perdemos! Como viveremos sem ela?”
Essa cena é profundamente humana. Quando alguém querido morre, não lembramos apenas de palavras ou feitos públicos, mas de gestos concretos: uma comida feita com carinho, um abraço dado na hora certa, uma visita inesperada. É por isso que a morte é tão dolorosa, porque interrompe a corrente do amor que experimentávamos por meio daquela pessoa.
E talvez esse seja um dos momentos mais duros do ministério pastoral: estar diante da morte. Quem de nós nunca ficou sem palavras num velório? Nesses momentos, o evangelho é a única resposta possível.
2.3 A oração de Pedro
2.3 A oração de Pedro
Chamam Pedro às pressas. Ele chega, é levado ao quarto, vê as viúvas chorando. Mas, ao contrário de nós, Pedro não se rende ao inevitável. Ele faz o que já tinha aprendido com o Mestre: expulsa todos do quarto, se ajoelha e ora. Não há pressa, não há fórmula mágica, não há espetáculo. Há dependência.
Depois da oração, Pedro se volta para o corpo e diz: “Tabita, levante-se!” (v. 40). As palavras ecoam o episódio em que Jesus ressuscitou a filha de Jairo: “Talita cumi” (Mc 5:41). É como se Lucas estivesse nos dizendo: o mesmo poder que estava em Cristo agora atua por meio de seus apóstolos.
E Tabita abre os olhos. Ela se senta. Pedro a toma pela mão e a apresenta viva. O que era luto vira celebração. O que era perda vira testemunho. O que era escuridão vira luz.
2.4 O impacto
2.4 O impacto
O resultado é inevitável: “isso se tornou conhecido em toda Jope, e muitos creram no Senhor” (v. 42). Assim como com Aeneias, a ressurreição de Tabita não foi um fim em si mesma, mas um sinal do reino de Deus, um meio pelo qual o evangelho alcançou mais pessoas.
A vida restaurada de Tabita é como um outdoor anunciando: “Em Cristo, a morte não tem a última palavra.”
2.5 Aplicação espiritual
2.5 Aplicação espiritual
Aqui temos uma mensagem poderosa para nós.
Primeiro, que uma vida simples de serviço tem impacto eterno. O que fez Tabita ser lembrada não foi status, riqueza ou poder, mas sua bondade. Você já parou para pensar no que será lembrado sobre você?
Segundo, que em Cristo, a morte é vencida. A ressurreição de Tabita foi um sinal temporário, porque um dia ela morreria de novo. Mas apontava para a vitória definitiva de Cristo sobre a morte na cruz e na ressurreição. Isso significa que, mesmo quando choramos diante de um caixão, temos esperança: Jesus é a ressurreição e a vida.
2.6 Perguntas de confronto
2.6 Perguntas de confronto
Será que sua vida tem sido mais parecida com Tabita — marcada por boas obras e serviço — ou você seria lembrado apenas por seus títulos e conquistas pessoais?
Diante da morte, você vive em desespero ou em esperança? O evangelho mudou sua forma de encarar a perda?
Quem são as “viúvas” à sua volta, aqueles que precisam de cuidado, e que Deus está chamando você a servir com atos concretos de amor?
2.7 Ilustração
2.7 Ilustração
Conta-se que certa vez, em um pequeno vilarejo europeu, uma senhora piedosa dedicou sua vida a cuidar de crianças órfãs. Quando morreu, toda a cidade compareceu ao funeral. Cada criança levava uma flor para colocar sobre o caixão. Ao final, o cemitério estava coberto de flores. O pastor que conduziu a cerimônia disse: “Aqui jaz uma mulher que não escreveu livros, não construiu monumentos, não fez discursos. Mas sua vida foi o sermão mais poderoso que esta cidade já ouviu.”
Assim era Tabita. E assim deve ser cada discípulo de Cristo: um sermão vivo, escrito em atos de amor.
2.8 Aplicação final do ponto
2.8 Aplicação final do ponto
Cristo venceu a morte. Essa vitória já se manifesta em sinais como a ressurreição de Tabita, mas será consumada no dia em que não haverá mais lágrimas nem luto. Enquanto esse dia não chega, o chamado é claro: viver como Tabita, enchendo os corredores da vida com boas obras que apontam para Jesus.
3 – Cristo vence nossos limites (Atos 9:43)
3 – Cristo vence nossos limites (Atos 9:43)
43 Pedro ficou em Jope muitos dias, na casa de um curtidor chamado Simão.
3.1 O detalhe que não é detalhe
3.1 O detalhe que não é detalhe
O texto termina com uma nota aparentemente simples:
“Pedro ficou muitos dias em Jope, hospedado na casa de um curtidor chamado Simão.”
Se lermos rápido, talvez passemos direto. Mas Lucas não desperdiça palavras. Ele está preparando o terreno para o capítulo seguinte. Esse detalhe é o elo entre a ressurreição de Tabita e a conversão de Cornélio.
Por que isso é tão importante? Porque Pedro está hospedado na casa de alguém considerado impuro pelos padrões judaicos. Um curtidor era alguém que trabalhava com couro, manuseando animais mortos. Segundo a Lei, tocar em carcaças tornava a pessoa ritualmente impura (Lv 11:39–40). Para judeus devotos, viver na casa de um curtidor era impensável.
E, no entanto, é exatamente aí que Pedro fica. Aos poucos, Deus já está ampliando o coração do apóstolo.
3.2 O evangelho derrubando barreiras
3.2 O evangelho derrubando barreiras
Esse versículo é um sinal de que o evangelho começa a romper barreiras culturais. Jesus não apenas cura o doente (Aeneias) e ressuscita o morto (Tabita), mas começa a curar preconceitos e ressuscitar corações endurecidos.
O evangelho não se limita a transformar indivíduos, mas também transforma comunidades. Ele não apenas muda a vida privada, mas também redefine quem pode sentar-se à mesa, quem pode entrar em nossa casa, quem pode ser chamado de irmão.
Esse versículo nos provoca: se Pedro, ainda marcado por tantos traços da tradição judaica, pôde abrir mão de suas reservas e hospedar-se na casa de um curtidor, será que nós, como igreja, estamos prontos para hospedar pessoas “impuras” segundo nossas categorias culturais?
3.3 Aplicação espiritual
3.3 Aplicação espiritual
Deus nos prepara antes de abrir novas portas. Antes de Pedro pregar a Cornélio, ele precisa aprender a conviver com Simão, o curtidor. Muitas vezes, Deus coloca em nossa vida pequenas experiências para nos preparar para passos maiores de obediência.
Cristo quer vencer nossas barreiras internas. É fácil falar que o evangelho é para todos; difícil é receber na nossa casa quem pensamos não se encaixar. O coração humano é mestre em erguer muros. Mas Jesus insiste em derrubá-los.
Hospitalidade é espiritualidade. Pedro não está apenas aceitando uma hospedagem; ele está entrando em uma nova realidade do evangelho. Abrir a porta da casa é abrir o coração para o que Deus está fazendo.
3.4 Perguntas de confronto
3.4 Perguntas de confronto
Quem seria o “curtidor” na sua vida? Aquela pessoa ou grupo que você sempre evita, que você não imagina dividir a mesa?
Será que a igreja tem repetido os mesmos erros dos judeus, impondo barreiras de pureza cultural que Deus já derrubou em Cristo?
Você está disposto a deixar que Deus expanda seu coração, mesmo que isso signifique confrontar tradições e preferências pessoais?
3.5 Aplicação final do ponto
3.5 Aplicação final do ponto
Cristo não apenas vence a doença e a morte, mas também nossos preconceitos e barreiras culturais. E essa talvez seja a cura mais difícil de todas. Do que adianta crer em um Cristo que ressuscita mortos, se não cremos em um Cristo que derruba os muros que nós mesmos levantamos?
O evangelho não é apenas sobre milagres espetaculares, mas sobre uma vida transformada que acolhe, hospeda e ama quem antes era considerado “impróprio”.
Conclusão
Conclusão
Olhando para Atos 9:32–43, nós vimos três vitórias de Cristo:
Ele cura o paralítico, mostrando que nenhum estado de fraqueza é definitivo para quem está nEle.
Ele ressuscita Tabita, mostrando que nem a morte pode apagar a esperança do evangelho.
Ele derruba muros, hospedando Pedro na casa de um curtidor, mostrando que o evangelho não reconhece barreiras humanas de pureza ou exclusão.
Mas todos esses sinais apontam para algo ainda maior: a obra da cruz e da ressurreição.
1. Cristo venceu nossa doença espiritual
1. Cristo venceu nossa doença espiritual
Assim como Eneias estava paralisado, nós também estávamos mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2:1). A maior doença que carregamos não é física, mas espiritual: o pecado. Ele nos paralisa, nos torna incapazes de buscar a Deus por nós mesmos. E só há uma voz que pode dizer: “Levante-se!” — a voz de Jesus.
2. Cristo venceu a morte de uma vez por todas
2. Cristo venceu a morte de uma vez por todas
Assim como Tabita se levantou, a ressurreição de Jesus é a garantia de que a morte não terá a última palavra sobre aqueles que creem nEle. Tabita ressuscitou para morrer de novo, mas Jesus ressuscitou para nunca mais morrer. Ele é “as primícias dos que dormem” (1Co 15:20). A vida eterna começa aqui e será consumada quando Ele voltar.
3. Cristo derrubou o muro da separação
3. Cristo derrubou o muro da separação
Assim como Pedro entrou na casa de Simão, o curtidor, e logo depois na casa de Cornélio, Jesus derrubou o muro que nos separava de Deus e uns dos outros. Efésios 2 diz que Cristo é a nossa paz, aquele que de dois povos fez um só. Na cruz, Ele quebrou a parede da inimizade, reconciliando judeus e gentios, ricos e pobres, religiosos e irreligiosos.
Talvez você esteja aqui hoje e perceba que está paralisado por pecados ou traumas que você nunca conseguiu vencer. A palavra de Cristo para você é: “Levante-se. Eu o curo.”
Talvez você esteja vivendo sob o medo da morte, com ansiedade do futuro ou luto recente. A ressurreição de Cristo garante: a morte não tem a última palavra.
Talvez você viva atrás de muros, julgando pessoas, mantendo distância de quem é diferente. O evangelho é para todos. Você não pode impedir o que Deus decidiu fazer.
A cruz é o lugar onde Cristo tomou sobre si nossa doença, nossa morte e nossos muros. A ressurreição é a prova de que Ele venceu cada um desses inimigos. E hoje Ele chama você a crer, a confiar, a se render a Ele.
Você crê que Jesus é poderoso para curar sua vida?
Você crê que Ele é Senhor sobre a morte?
Você crê que Ele derrubou toda barreira para reconciliá-lo com Deus?
Se você já crê, viva como Tabita: uma vida de serviço. Viva como Pedro: disposto a abrir a casa e o coração. Viva como Eneias: um testemunho vivo do poder de Cristo.
Se você ainda não crê, hoje é o dia de levantar-se pela fé. Hoje é o dia de experimentar a vida nova que só Jesus pode dar.
Cristo cura. Cristo ressuscita. Cristo reconcilia. Cristo salva.
