NÃO SE ENGANE SOBRE O FIM! 2 Tessalonicenses 2.1-12
A vinda de Jesus será precedida por um movimento de apostasia no meio dos crentes sob o governo do “homem da iniquidade”.
Concluímos que o ensino neotestamentário a respeito do anticristo tem efetivamente antecedentes no Antigo Testamento, que tanto Antíoco Epifânio como Tito foram tipos do anticristo que está por vir. Um importante aspecto do ensino bíblico acerca do anticristo já foi antecipado: embora deva haver um anticristo culminante no fim dos tempos, pode haver precursores ou antecipações do anticristo antes que ele apareça.
O termo anticristo (antichristos) é encontrado apenas nas epístolas de João (
παρουσια parousia
do particípio presente de 3918; TDNT - 5:858,791; n f
1) presença
2) vinda, chegada, advento
2a) a volta futura e visível de Jesus do céu, a ressurreição dos mortos, o julgamento final, e o estabelecimento formal e glorioso do reino de Deus
επισυναγωγη episunagoge
de 1996; TDNT - 7:841,1107; n f
1) uma reunião em um lugar
2) assembléia (religiosa) (dos cristãos)
Ridderbos resume assim descrição:
Esse homem não é apenas um indivíduo preeminentemente ateu, mas (…) nele a hostilidade humana a Deus chega a uma revelação escatológica e definitiva (…) A figura do “homem da iniquidade” é planejada claramente para ser a duplicação final e escatológica do homem Jesus Cristo, que foi enviado por Deus para destruir as obras de Satanás.
Tem havido muito debate acerca da identidade da força de detenção. Alguns têm dito que ele detinha o Império romano (impessoal) ou uma série de imperadores (pessoal). Isso é um tanto improvável, uma vez que vários imperadores romanos exigiam ser adorados e, dessa forma, talvez fossem aliados e não oponentes do anticristo. Outros têm sustentado que é a pregação do evangelho a todas as nações que o detém. A objeção em relação à essa posição é que ela sugere que está vindo um tempo durante o qual a proclamação do evangelho cessará. Outros, ainda, afirmam que a força impedidora é “o poder do governo humano bem ordenado”. O problema em relação a essa posição é que o homem da iniquidade, conforme descrito aqui, não é uma figura política a quem se poderia resistir pelo poder político, mas um enganador na área da religião. Os dispensacionalistas geralmente ensinam que quem o detém é o Espírito Santo; mas essa posição envolve a eventualidade impossível de haver um tempo em que Deus será “afastado” (v. 7). É, provavelmente, mais seguro dizer que não sabemos quem é aquele que detém o homem da iniquidade. A menção que Paulo faz do impedidor, entretanto, indica que a revelação completa da pessoa aqui descrita não acontecerá até que esse impedimento, seja lá o que for, tenha sido removido.
Resumindo, concluímos que o sinal do anticristo, assim como os outros sinais do tempo, está presente ao longo da história da igreja. Podemos até dizer que cada época providenciará sua própria forma particular de atividade de anticristo. Mas continuamos aguardando uma intensificação desse sinal na manifestação do anticristo, pouco antes de Cristo retornar.
Esse sinal não nos capacita a estabelecer uma data precisa para a volta de Cristo. Simplesmente não sabemos como se manifestará o anticristo final ou que forma tomará a sua manifestação. Em nossos dias de mudanças rápidas, tal pessoa poderia surgir em um tempo muito breve. Enquanto isso, temos de estar sempre alertas com relação a forças, movimentos e líderes que agem como anticristos em nossos dias, como um dos sinais contínuos de que estamos vivendo “entre os tempos”.
