Série: Apocalipse - por Ciro Sanches Zibordi
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Primeira aula
COMO INTERPRETAR O APOCALIPSE?
Leitura bíblica: Apocalipse 1.19
INTRODUÇÃO
1. Por que "Apocalipse: perícope por perícope"?Como afirmei em nosso vídeo de apresentação da presente série, perícope, aqui, é o trecho, a passagem, o conjunto de versículos bíblicos, com sentido completo escolhido para análise. Nesse caso, à exceção desta primeira, em todas as outras videoaulas examinaremos 39 perícopes, a começar pelo prólogo (Ap 1.1-8). Aliás, o último livro da Bíblia, que também tem uma estrutura epistolar, começa com um prólogo e termina com um epílogo (22.6-21).
2. O que é o Apocalipse?
a) É o único livro profético do Novo Testamento. Em seus 404 versículos, sendo 278 alusões ao Antigo Testamento, registra as visões de João durante seu exílio na ilha de Patmos quanto ao passado recente, ao presente e ao futuro (Ap 1.19). Esse último livro da Bíblia é apocalíptico-profético. Muitos teólogos liberais têm associado, erroneamente, Apocalipse e outros livros apocalípticos bíblicos aos apocalipses apócrifos que surgiram entre 200 a.C. e 200 d.C. Os autores destes "estavam engajados em um tipo de literatura subversiva, profetizando julgamentos cataclísmicos sobre seus perseguidores [...] A substância dos apocalípticos incluía vários dispositivos literários reconhecíveis". Quanto às suas linguagens, "eram deliberadamente enigmáticas e simbólicas" (FEE, p. 12-13).
b) É o livro que apresenta a consumação da obra de Jesus. De acordo com C. I. Scofield, o conteúdo da Bíblia pode ser resumido em cinco palavras, que representam cinco seções: preparação (todo o Antigo Testamento), manifestação (os Evangelhos), propagação (Atos dos Apóstolos), explicação (as Epístolas) e consumação (Apocalipse).
I. PRESSUPOSTOS DISPENSACIONALISTAS
1. Abordagem geral sobre o dispensacionalismo:
a) Quem inventou o dispensacionalismo? Não foi John Nelson Darby. Três livros importantes tratam dessa questão: Dispensacionalismo, de Charles Ryrie (Batista Regular); Dispensacionalismo Antes de Darby, de William Watson (Carisma); e O Reino Vindouro, de Andrew Woods (Chamada). Ao longo da História, eminentes teólogos adotaram pressupostos que hoje fazem parte do dispensacionalismo normativo:
● Justino Mártir(110-165). Enunciou o conceito de diferentes programas de Deus (dispensações).
● Irineu(130-200). Falou de quatro pactos: sob Adão, Noé, Moisés e Jesus.
● Clemente de Alexandria(150-220). Distinguiu quatro dispensações: de Adão, Noé, Abraão e Moisés.
● Joaquim de Fiore(1135-1202). Seu esquema tripartido da História (eras da Lei, da Graça e futura) antecipa de modo rudimentar o dispensacionalismo sistematizado por Darby.
● Pierre Poiret(1646-1719). Apresenta sete dispensações: Infância (até o Dilúvio); Meninice (até Moisés); Adolescência (até os profetas); Juventude (até a vinda de Cristo); Fase Adulta (algum tempo depois da primeira vinda); Velhice (tempo da decadência do homem); Renovação de Todas as Coisas (Milênio).
● John Edwards(1637-1716). Ministro calvinista publicou em 1699 uma obra densa, em dois volumes, sobre as dispensações: A Compleat History or Survey of All the Dispensations.
● Isaac Watts(1674-1748). Escreveu sobre as dispensações e as definiu como "sábias e santas constituições da vontade Deus e seu governo", relacionando-as a períodos sucessivos ou eras do mundo, "nas quais estão contidos os deveres que Deus impõe aos homens e as bênçãos que lhes promete". Seu esquema é apresentado na Bíblia de Estudo Scofield.
● John Nelson Darby(1800-1882). Este não aprendeu com uma jovem chamada Margaret MacDonald, como dizem críticos desonestos. Darby é um pregador e teólogo que se destacou entre os Irmãos de Plymouth. Nascido em Londres e filho de pais irlandeses, ele foi educado no Trinity College, em Dublin. Pertencia à Igreja Anglicana, mas buscava uma comunhão mais íntima, espiritual, o que encontrou em Plymouth. Escritor prolífico, linguista, tradutor da Bíblia, foi um grande teólogo.
b) Dispensacionalismo depois de John Nelson Darby. Sem dúvida, Darby foi o teólogo que melhor sistematizou o pré-milenarismo dispensacionalista. Depois dele, temos: C. I. Scofield, Lewis Chafer, H. A. Ironside, Alva J. McClain, René Paché, J. Dwight Pentecost, John Walvoord, Stanley Toussaint, Mark Hitchcock, H. Wayne House, Thomas Ice, Mal Couch, Grant Jeffrey, Larry Crutchfield, Floyd Elmore, John Feinberg, Paul Feinberg, Robert Thomas, John McLean, Robert Gromacki, Jeffrey Townsend, Arnold Fruchtenbaum, Edward Hindson, Tim LaHaye, David Jeremiah, Norbert Lieth, John MacArthur e muitos outros. A Assembleia de Deus, desde 1916, de modo oficial, observa os pressupostos dispensacionalistas. Eis alguns teólogos assembleianos que escreveram tratados escatológicos: Finis Jennings Dake, N. Lawrence Olson, Antonio Gilberto, Stanley Horton, Jimmy Swaggart, Abraão de Almeida, Eurico Bergstén, Severino Pedro da Silva, Ciro Sanches Zibordi (modéstia à parte) e muitos outros.
c) Histórico da posição dispensacionalista da Assembleia de Deus. Esta igreja, de modo oficial, é pré-milenarista dispensacionalista (o que abarca o futurismo e o pré-tribulacionismo) desde 7 de outubro de 1916, quando foi publicada, nos Estados Unidos, a Declaração de Verdades Fundamentais.
● O que diz a Declaração de Verdades Fundamentais sobre a Escatologia? Os artigos 14o. a 17o. mencionam o "arrebatamento dos crentes que estiverem vivos", a "trasladação da verdadeira Igreja" e a "vinda pré-milenial e iminente do Senhor Jesus para recolher o seu povo a si mesmo, e julgar o mundo em retidão".
● A evolução dessas doutrinas. A partir das décadas de 1920 e 1930, elas foram sendo definidas de modo pormenorizado por teólogos como: S. A. Jamieson (1926), Myer Pearlman (1937), P. C. Nelson e Eric Lund (1938), Ralph M. Riggs (1949) etc. No Brasil, Gunnar Vingren publicou artigos importantes nos veículos assembleianos: Boa Semente (1919), Som Alegre (1929) e Mensageiro da Paz (1930), pelos quais enfatizou as doutrinas pentecostais, inclusive "a crença na vinda do Senhor como algo prestes a acontecer". A partir de 1950 houve uma maior pormenorização dessas doutrinas escatológicas, salientando-se um aspecto importante do dispensacionalismo: a separação entre Israel e Igreja (MACGEE, p. 11-40).
2. Os pilares do dispensacionalismo normativo:
a) Interpretação literal consistente. Esta tem origem em Jesus e os apóstolos (cf. Mc 10.6; Mt 12.40; Lc 11.32; 1Tm 2.13 etc.). E foi observada pela escola de Antioquia da Síria, em contraposição à escola de Alexandria. Dispensacionalistas adotam o MHG (método histórico-gramatical) para interpretar toda a Bíblia, inclusive Apocalipse. Já os aliancistas não se sentem confortáveis em aplicar os princípios e leis desse método quando o objeto de estudo é a literatura apocalíptico-profética.
b) Separação radical entre Israel e Igreja. Posição identificada com o sionismo cristão, que se contrapõe à teologia da substituição. Quem adota o dispensacionalismo normativo defende a ideia de que não temos permissão para espiritualizar as alianças e subalianças com Israel. Estas se relacionam, especialmente, com as profecias quanto à Terra Prometida (que vai do Egito ao Iraque atuais) e ao Reino (trono davídico). O fato de haver aplicação espiritual de algumas promessas a Israel (cf. 1 Pe 2.9,10; Ap 5.8-10; Hb 10.19,20) não significa que a Igreja substituiu Israel.
c) Revelação progressiva tendo como fator unificador a glória de Deus. Há uma falsa acusação contra o dispensacionalismo de que este defende vários critérios de salvação, ao longo da história da redenção, haja vista as dispensações. Mas, no dispensacionalismo, a salvação é pela graça em todas as dispensações. O que se defende é a revelação progressiva que visa à glória de Deus.
3. A posição dispensacionalista defendida pela Assembleia de Deus. Esta adota os pressupostos do dispensacionalismo normativo, mas sua escatologia é levemente diferente da adotada pelos segmentos dispensacionalistas clássico e revisado.
a) Os teólogos assembleianos interpretam de modo diferente o Sermão Profético. Defendem que neste o Senhor aborda o Arrebatamento da Igreja de modo indireto, haja vista a doutrina da iminência (Mt 24.36-25.13).
b) Os teólogos assembleianos afirmam que a ressurreição dos santos do Antigo Testamento acontece por ocasião do Arrebatamento da Igreja. Ou seja, os santos dos tempos veterotestamentários formam parte dos mortos em Cristo (1Ts 4.13-18).
c) Alguns teólogos assembleianos defendem o caráter secreto do Arrebatamento da Igreja. Esta ênfase se limita aos teólogos assembleianos brasileiros (Hb 9.28), a qual consta da Declaração de Fé das Assembleias de Deus.
II. ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO DO APOCALIPSE
1. Como interpretar o livro de Apocalipse? Nenhum livro da Bíblia tem recebido tantas interpretações como Apocalipse. Nos primeiros séculos, Orígenes (185-254), discípulo Filo de Alexandria (que viveu na época de Jesus, mas seus escritos só foram influentes no fim do segundo século d.C.), sucessor de Clemente, o interpretou de modo alegórico. Agostinho abraçou essa escola e, por isso, é considerado o pai do idealismo. Já os intérpretes da escola de Antioquia interpretaram Apocalipse literalmente, sendo os primeiros proponentes do futurismo. Hoje, a rigor, temos quatro posições quanto ao estudo da literatura apocalíptico-profética: historicista, idealista, preterista e futurista.
2. Quatro posições quanto à interpretação do Apocalipse. Não vou considerar aqui a escola eclética, defendida por Craig Keener, por considerar que se trata de uma tentativa malsucedida de fazer uma síntese entre todas as escolas abaixo. Como disse um importante dispensacionalista, "parece-me que a maioria dos que adotam essa abordagem [eclética] ainda se baseia principalmente no idealismo" (HITCHCOCK, p. 24).
a) Historicista. É a escola pela qual se vê as profecias do Apocalipse como simbólicas; elas se cumprem ao longo da História, e não após o Arrebatamento da Igreja. Adeptos de Joaquim de Fiore, século XII, os historicistas interpretam Apocalipse como um panorama ou uma visão geral de toda a era da Igreja. Essa posição era defendida por Lutero, John Knox, John Wycliffe, Tyndale, Calvino, George Whitefield, Spurgeon etc.
b) Idealista. É a escola que considera as profecias do Apocalipse como meras expressões idealizadas da luta entre o bem e o mal. Segundo Agostinho, que abraçou o método alegórico de Alexandria (Filo, Orígenes e Clemente), Jerusalém e Babilônia, em Apocalipse, representam o conflito entre o bem e o mal ao longo de toda a história humana. Agostinho é também o pai do amilenarismo. Para ele, os mil anos se referem à presente época da Igreja (desde a vinda de Jesus). Seus sucessores, por exemplo, interpretaram os quatro seres (cf. Ap 4) como os quatro Evangelhos (leão, boi, homem e águia).
c) Preterista. Esta escola é a preferida dos aliancistas (na sua maioria, calvinistas; Calvino nunca escreveu um comentário denso sobre o Apocalipse). Ela interpreta as profecias como já cumpridas, especialmente no primeiro século. No aliancismo, Deus tem um plano com um só povo, com uma aliança da graça que se estende desde a Queda até o fim dos tempos. A obra de Deus com Israel foi preparatória para sua obra com a Igreja. As promessas feitas a Israel já se cumpriram ou vão se cumprir por meio da Igreja, "o Israel de Deus". Isso se contrapõe ao dispensacionalismo, que vê alianças e dispensações ao longo da história da salvação.
d) Futurista. Identificada hoje, sobretudo, com o pré-milenarismo dispensacionalista. Mas também se relaciona em parte com o pré-milenarismo histórico (ou clássico). Para os futuristas, de modo geral, a maioria dos capítulos de Apocalipse apontam para o futuro. Eles seguem a orientação de Jesus (Ap 1.19). O futurismo tem origem na escola quiliasta, que interpretava o Milênio como literal. Antes de Agostinho (354-430), muitos pais da Igreja eram adeptos dessa escola, que tem sido chamada hoje de pré-milenarista histórica.
3. Três chaves importantes para interpretar o Apocalipse:
a) Alternância entre a Terra e o Céu. Apocalipse tem um padrão "que se alterna de passagem para passagem ao longo de todo o livro de Apocalipse. O cenário muda do Céu para a Terra e da Terra para o Céu. A ação intercala-se entre o que está acontecendo embaixo para o que está acontecendo no alto" (MORGAN, p. 22).
b) As palavras de Jesus em Apocalipse 1.19. Aqui, o Senhor aplica um duro golpe nas escolas não futuristas, ao dizer a João: "Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer". Mais que apresentar a divisão do livro, o Senhor deixa claro que a parte profética de Apocalipse alude ao futuro. De fato, a partir do capítulo 4, tudo é escatológico, com exceção das revelações parentéticas, isto é, os parênteses (interlúdios) contendo profecias já cumpridas.
c) Natureza sequencial das héptades de juízo. Os sete selos, as sete trombetas e as sete taças estão em ordem rigorosamente sequencial, como demonstraremos ao longo das aulas, e não recapitulativa. Essa é outra importante chave para interpretar o livro de Apocalipse corretamente.
III. INTRODUÇÃO AO LIVRO DE APOCALIPSE
1. Autoria e data. João se identifica como autor desse livro (Ap 1.1,4,9; 22.8). Irineu, nascido por volta de 130 d.C. e discípulo de Policarpo (o qual conheceu o apóstolo João), afirmou que esse apóstolo voltou da ilha de Patmos e morreu em Éfeso, no tempo do imperador Trajano. Segundo muitos pais da Igreja e a maioria dos eruditos do Novo Testamento, João foi exilado na ilha mencionada por volta de 95 d.C., sob o governo do imperador Domiciano (81-96 d.C.). No ano seguinte, pôde regressar a Éfeso, quando escreveu o livro. Período provável: 95 a 100 d.C. (OSBORNE, p. 6-8; GILBERTO, p. 87; HORTON, p. 12).
2. Tema e propósito. "A revelação de Jesus Cristo em glória, como o apogeu supremo da presente dispensação" é uma tema sugestivo.
a) Consumação de todas as coisas. Como diz Scofield, a Bíblia toda pode ser resumida em cinco palavras que nomeiam cinco seções: preparação, manifestação, propagação, explicação e consumação.
b) Destacam-se os números(Ap 7.4; 11.3; 13.8 etc.). Sete é o mais frequente (2.1; 4.5; 5.5; 8.2; 15.6; 21.9 etc.). As cartas às sete igrejas da província da Ásia ensinam grandes verdades aos cristãos de hoje (caps. 1-3). A partir do capítulo 4, mencionam-se o futuro glorioso da Igreja, a Grande Tribulação, os juízos, a Manifestação do Senhor, a derrota do Anticristo, a prisão de Satanás, o Milênio, o Juízo Final e a consumação de todas as coisas.
3. Destinatários. As sete igrejas da província da Ásia são, claramente, as destinatárias originais. Mas não podemos ignorar que o público-alvo de Apocalipse são todos os salvos, de todos os lugares e de todas as épocas, isto é, todo aquele "que guarda as palavras da profecia deste livro" (Ap 22.7).
REFERÊNCIAS
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