GANHANDO NOVOS DISCÍPULOS PELA OBEDIÊNCIA A CRISTO

Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 3 views
Notes
Transcript

GANHANDO NOVOS DISCÍPULOS PELA OBEDIÊNCIA A CRISTO

Introdução:
Discípulo ganha discípulo. Não podemos entender o verbo “ganhar” como sendo uma ação independente de Deus, como se pudéssemos conquistar discípulos sem o Seu agir. Trata-se, antes, de uma ação humana dentro do plano eterno, do propósito e da vontade de Deus.
A palavra “ganhar” pode ter diversos significados, dependendo do contexto em que é usada. Vejamos alguns deles:
Vencer: conseguir uma vitória — quando alguém vence uma disputa, jogo ou competição. Exemplo: O time ganhou o campeonato.
Receber: obter algo como recompensa, pagamento ou presente. Exemplo: Ela ganha um bom salário.
Conquistar: obter o afeto, a amizade ou a confiança de alguém. Exemplo: Ele ganhou o coração dela.
Obter benefício ou progresso: alcançar vantagem, lucro ou crescimento. Exemplo: Ganhou experiência com o trabalho.
No sentido espiritual (na Bíblia), “ganhar almas” significa levar pessoas a conhecer e seguir a Cristo como Senhor e Salvador.
Provérbios 11.30 diz:
O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio.”
Daniel 12.3 afirma:
Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente.”
Em Mateus 4.18-19, Jesus declara a Pedro e André:
Caminhando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.”
Em João 4.36 lemos:
O ceifeiro recebe desde já a recompensa e entesoura o seu fruto para a vida eterna; e, desse modo, se alegram tanto o semeador como o ceifeiro.”
Em 1Coríntios 9.19-23, Paulo relata:
Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei — embora não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse — não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo —, para ganhar os que vivem fora do regime da lei. Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o propósito de, por todos os meios, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.”
Tiago 5.19-20 ensina:
Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados.”
Diante disso, ganhar novos discípulos para Cristo é o trabalho — realizado de forma conjunta ou individual, com alegria e sabedoria — de buscar, convencer e conduzir os homens perdidos à justiça de Jesus Cristo mediante a fé, alcançando-os para Ele pela conversão.
Como discípulos de Cristo, essa é a nossa responsabilidade. Essa é a vontade de Deus.
Essa vontade está claramente expressa em Marcos 16.15 e Mateus 28.18-20. Em Mateus 28, entendemos como podemos ganhar novos discípulos.
Lição: Os Discípulos Ganham Novos Discípulos Sendo Obedientes à Ordem de Cristo e Seguindo a Sua Instrução.
Texto: Mateus 28.18-20.
Em Suas últimas instruções aos discípulos, Jesus revela, ordena e conforta. Ele revela a autoridade que recebeu no céu e na terra, ordena que façam novos discípulos e conforta-os, prometendo estar com eles até a consumação dos séculos.
A pergunta é: Como podemos fazer novos discípulos? Na ordem de Jesus, há instruções claras sobre como eles — e nós — podemos ganhar (ou fazer) discípulos. O que precisamos fazer é obedecer à Sua ordem de fazer discípulos e seguir as Suas instruções: ir, batizar e ensinar.
Indo.
19 “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...”
A conjunção “portanto” indica o resultado do que foi dito anteriormente (v. 18), mostrando, assim, a causa de fazermos novos discípulos: a autoridade de Cristo.
Para cumprir essa ordem, o primeiro elemento colocado por Ele é indispensável: o ide. Vocês desejam cumprir a ordem de Cristo de fazer novos discípulos? Se sim, então têm que ir. Não há como obedecer à ordem de Cristo de fazer novos discípulos sem ir.
Sem o ide, não é possível pregar o evangelho a todas as nações (“fazei discípulos de todas as nações”).
Em Marcos 16.15, o ide é a todo o mundo, com o propósito de pregar o evangelho.
Precisamos alcançar todos os lugares — de nossa cidade, do nosso estado, do nosso país e do mundo — onde o evangelho ainda não foi anunciado. Detalhe: só chegaremos a esses lugares indo.
Todos os discípulos de Cristo têm lugares para ir — e devem ir.
Sem o ide, os perdidos não ouvirão o evangelho (Rm 10.14–15).
É importante destacar que não se trata apenas de ouvirem o evangelho, mas de ouvirem o verdadeiro evangelho. Outros evangelhos têm sido pregados — falsos evangelhos — como já acontecia nos dias do apóstolo Paulo (Gl 1.6–9).
Muitas pessoas têm ouvido mensagens distorcidas; por isso, precisamos ir e pregar o verdadeiro evangelho.
Há igrejas que ainda não compreenderam a importância do ide; outras, embora entendam, têm sido negligentes em não ir. Como esperar conversões sem irmos?
Uma igreja que não vai aos perdidos não tem perspectiva de crescimento.
Uma igreja que não vai espera um milagre divino.
Uma igreja que não vai está fadada ao fracasso.
É ilusão ficar parado e acreditar que as coisas simplesmente vão acontecer. Também é ilusão orar pela salvação dos perdidos sem ir até eles. Eu uso aqui as palavras do sábio Salomão: “É correr atrás do vento.”
A questão não é que Deus não possa usar outros servos — pode, sim — e Ele usará; porém, não posso esperar pelos outros naquilo que é meu dever fazer.
Por exemplo: de quem é o dever de alcançar os perdidos desta cidade? É vosso! Ou seja, vós não podeis esperar de mim ou de outros aquilo que é vosso dever.
Falo aqui de omissão, e não de colaboração. Devemos ser companheiros no ide, e não omissos.
Lição:
Para fazermos novos discípulos de Cristo, não há outra opção além de ir.
Temos uma ordem de Cristo: “Fazei discípulos de todas as nações.” A primeira coisa que precisamos fazer, se queremos cumpri-la, é ir, pois o ide é fundamental para seu cumprimento.
Batizando.
19 “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
A palavra “batizar” traz a ideia de algo mergulhado ou coberto por água, como um navio que naufraga. Por exemplo, em 2 Reis 5.14, é dito que Naamã desceu e mergulhou no Jordão sete vezes. O verbo “mergulhar” (na Septuaginta — LXX) é batizar.
Esse verbo pode ter o sentido de lavar algo, mergulhando-o ou lançando água sobre ele, a fim de torná-lo cerimonialmente limpo (Mc 7.4; Lc 11.38); de experimentar plenamente uma aflição ou experiência difícil (Mc 10.38–39; Lc 12.50); de ser revestido pelo poder de Deus (Mc 1.8; At 1.5; cf. At 1.8); e de mergulhar em água numa cerimônia religiosa que simboliza identificação, purificação e iniciação (Rm 6.3). Este último sentido é o que se aplica aqui.
No judaísmo, o batismo (imersão em água) era um símbolo religioso importante de purificação, arrependimento e iniciação — ou de mudança de estado espiritual (Lv 16.4, 24; Mt 15.2; Jo 2.6).
O batismo em água tornou-se o ato simbólico central na pregação de João Batista (Mt 3; Mc 1.4). Seu batismo convocava o povo ao arrependimento e à preparação para o juízo divino, evocando imagens proféticas de purificação e perdão (Jr 31; Ez 36.25; Zc 13.1).
No cristianismo, após a ressurreição, Jesus sancionou o batismo como um aspecto importante da conversão. O batismo é visto como:
Identificação simbólica com a morte e ressurreição de Cristo (Rm 6.1–4; Cl 2.12);
Um revestimento espiritual (“revestir-se de Cristo” – Gl 3.27);
Uma expressão pública de arrependimento e fé (1Pe 3.21 - NVI “e isso é representado pelo batismo que agora também salva vocês — não a remoção da sujeira do corpo, mas o compromisso de uma boa consciência diante de Deus — por meio da ressurreição de Jesus Cristo,”).
O batismo tornou-se, assim, um símbolo essencial da nova vida cristã.
O “ide” é a ordem para pregar o Evangelho aos perdidos, e o batismo é o testemunho público da identificação com Cristo daqueles que se converteram por meio da pregação.
Jesus nos instrui sobre como devemos batizar: em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Os novos discípulos são batizados em nome do Deus Triúno, porque a Ele pertencem.
O batismo nas águas não salva, mas simboliza a salvação e a identificação do novo convertido com Cristo e é uma exigência do Mestre para Seus discípulos.
Se a conversão for verdadeira, o novo convertido desejará ser batizado, e nós devemos incentivá-lo a isso. É por meio do batismo que os novos discípulos são acrescentados à igreja local (At 2.41).
Um novo convertido pode ser salvo sem ser batizado, como, por exemplo, um dos malfeitores na cruz (Lc 23.39–43); mas, se houver possibilidade e condições favoráveis, deve ser batizado.
O batismo faz parte do processo de transformação, de não-discípulo para discípulo, e está inserido no processo de fazer novos discípulos.
Reflexão:
Que tipo de pessoas temos batizado: verdadeiros ou falsos discípulos?
Quando a mensagem pregada está poluída por filosofias humanas e pelo mundanismo, deixa de ser mensagem de salvação; logo, a conversão não será genuína, e o discípulo também não será verdadeiro. Nesse caso, o batismo não deve ser realizado, pois estaríamos produzindo falsos discípulos.
Lição:
Não estaremos fazendo discípulos se batizarmos qualquer pessoa que diga crer em Jesus, mas não demonstre transformação de vida.
Temos o dever de fazer discípulos, e o faremos quando formos obedientes à ordem de Cristo e seguirmos a Sua instrução. A ordem é clara: “Fazei discípulos de todas as nações.” Devemos cumpri-la.
A instrução de Cristo para isso é simples:
Indo — alcançando todos os lugares ao nosso redor e pelo mundo;
Batizando — em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo;
E, por último, ensinando — tudo o que Ele ordenou.
Ensinando.
20 “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado...”
Fazer discípulos envolve ir, batizar e também ensinar. O ide é para buscar os perdidos por meio da pregação do Evangelho. O batismo serve para testificar publicamente a identificação do novo convertido com Cristo e incluí-lo na membresia da igreja local. Já o ensino tem como objetivo torná-lo maduro pela obediência às ordens de Cristo.
O verbo “guardar” pode ter o sentido de preservar algo (Mc 7.9; Jo 2.10), de vigiar alguém sob custódia (At 16.23) ou de obedecer continuamente às ordens ou mandamentos (Jo 8.51; 14.15, 21, 23-24; 1Jo 2.3-5). Esse é o sentido empregado aqui.
Os discípulos deveriam ensinar os novos discípulos a obedecer a todas as coisas que Jesus lhes havia ordenado. Durante o Seu ministério terreno, Jesus instruiu e deu ordens aos Seus discípulos. Por exemplo:
Mateus 17.9: “E, descendo eles do monte, ordenou-lhes Jesus: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do Homem ressuscite dentre os mortos.”
João 15.17: “Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.”
Entretanto, entre a Sua ressurreição e ascensão, Jesus deu muitos outros mandamentos (At 1.2). Os discípulos — mais especificamente os apóstolos aqui — deveriam transmitir os ensinos e as ordens de Cristo aos novos convertidos.
E eles o fizeram, como vemos em Atos 2.42:
E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.”
A doutrina que eles estavam ensinando consistia nos ensinos e nas ordens do Senhor Jesus Cristo, bem como nas instruções do Espírito Santo (Jo 16.12-14).
Detalhe: esse ensino era — e é — de todos os discípulos para todos os novos discípulos.
Reflexão:
Será que temos aprendido da Palavra de Cristo para podermos ensinar aos novos convertidos? Será que temos ensinado aos novos convertidos todas as coisas que temos aprendido da Palavra de Cristo? Será que eu tenho ensinado ou tenho esperado apenas do pastor ou de alguns irmãos?
Precisamos aprender com Cristo para ensinar aos novos discípulos. Nesse caso, devemos ser como Maria e não como Marta (Lc 10.38-42). O problema é que temos muito de Marta e pouco de Maria.
Estamos tão preocupados com os afazeres deste mundo que deixamos de aprender a Palavra de Cristo. Os cuidados deste mundo nos sufocam a ponto de nos tornarmos infrutíferos. Como ensinarei se eu não sei? Para ensinar, é preciso primeiro aprender.
E, para aprender, é necessário ter tempo, compromisso, disposição, dedicação, vontade, foco, entre outras coisas. Contudo, um verdadeiro discípulo encontra tempo, tem compromisso, dedicação, disposição, vontade e foco.
Discípulo é alguém que segue a Cristo e aprende d’Ele. Se eu não tenho tempo, compromisso, dedicação, disposição, vontade e foco para aprender d’Ele, que tipo de discípulo sou? Será que sou realmente um discípulo?
Esse terceiro elemento para fazermos discípulos é de extrema importância, pois é o ensino que definirá o futuro do novo discípulo — se será maduro ou não, se será um Isaías ou um Jonas. Sem o ensino, será apenas mais um que ocupará um lugar no banco da igreja, sem frutificar nem fazer outros discípulos.
Lições:
Um discípulo que não aprende de Cristo e com Cristo não é, de fato, um discípulo.
Todos os discípulos devem ensinar aos novos discípulos.
Dizer que o ide é somente para o pastor ou para o missionário é jogar na conta deles uma responsabilidade que é nossa, de todos os discípulos de Cristo.
Os discípulos fazem novos discípulos quando obedecem à ordem de Cristo e ouvem a Sua instrução.
Corrija os erros de gramática, ortografia, sintaxe, coesão, estrutura e pontuação deste texto, mantendo o sentido original: "
Testemunhe dos fatos sobre Cristo (Lc 24.48). Jo 21.24; At 2.32; 5.32
Testemunho de quem é Jesus Cristo (Jo 1.32-34). Jo 19.35
Testemunhe do que Cristo fez (At 10.39). At 20.24.
Testemunhe de quem Cristo é (At 10.42). At 18.5.
Testemunhe do que Cristo pode fazer (At 10.43). At 20.21.
Jo 4.39.
Testemunhe dos milagres de Cristo (Jo 12.17).
Testemunhe com poder (At 4.33).
Testemunhe com palavras (At 2.40).
Testemunhe do arrependimento e da fé (At 20.21).
Testemunhe do evangelho da graça de Deus (At 20.24).
Testemunhe do reino de Deus (At 28.23).
Testemunhe da justiça de Deus (Rm 3.21).
Conclusão:
Related Media
See more
Related Sermons
See more
Earn an accredited degree from Redemption Seminary with Logos.