QUANDO DEUS DECIDE SE CALAR! 1 Samuel 28.3-25

1 e 2 Samuel  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Quando você caminha para longe de Deus, chega um tempo em que, para sua condenação, Ele decide se calar.

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Grande ideia: Quando você caminha para longe de Deus, chega um tempo em que, para sua condenação, Ele decide se calar.
Estrutura: Deus não falava com Saul (vv. 3-10), Deus continua sem falar com Saul (vv. 11-19), Saul desfalecido por Deus não ter falado com ele (vv. 20-25).
O Dia de Finados tem suas raízes em tradições antigas pagãs e na prática cristã de homenagear os falecidos. Sua origem oficial remonta ao século X, por volta de 998 d.C., quando o abade Odilo de Cluny, na França, estabeleceu a data de 2 de novembro para rezar pelos mortos em todos os mosteiros sob seu cuidado, uma prática que foi posteriormente adotada pela Igreja Católica em toda a Europa.​
Origem Pagã
Antes de sua oficialização cristã, a data está relacionada às celebrações pagãs dos povos celtas, que celebravam o festival de Samhain no início de novembro, marcando o fim do ano agrícola e acreditando que os espíritos dos mortos retornavam à Terra nesta época. Eles acendiam fogueiras e ofertavam comidas para acolher os espíritos.​
Contribuição de Odilo de Cluny
Odilo de Cluny foi fundamental na institucionalização do dia, promovendo a celebração em 2 de novembro como um momento de orações pelos mortos, inicialmente restrito aos mosteiros e posteriormente expandido para toda a Igreja. Essa prática consolidou-se, especialmente na Idade Média, como uma data de homenagem oficial.​
História e Significado
Assim, o Dia de Finados, ocorrido na celebração cristã desde o século X, conseguiu integrar elementos de tradições pagãs, adaptando-as à fé cristã, de modo a promover oração pelos mortos, visitas aos cemitérios, e homenagens religiosas. No Brasil, é considerado feriado nacional desde 2002, refletindo essa longa evolução histórica.
Robert Chisholm diz que o capítulo 28 de 1 Samuel traz o ponto culminante da autodestruição de Saul. Tendo em vista que essa passagem é um dos textos mais polêmicos da Bíblia, e sabendo que alguns escritores no cenário protestante defendem que, para exercer juízo sobre Saul, Deus permitiu que Samuel retornasse dos mortos para falar com ele, lavrando sua derrota final; sabendo, ainda, que outros creem que um demonio personificou Samuel e; finalmente, outros, que toda a cena não passou de uma armação de uma mulher perspicaz, quero aqui defender a tese de que não foi Samuel quem apareceu naquela sessão mediúnica em En-Dor. O contato que os necromantes realizam com o além não é um encontro com os entes queridos que faleceram. O encontro é com demônios. Os mortos não falam.
Isaías 8.19–20 NAA
— Quando disserem a vocês: “Consultem os médiuns e os adivinhos, que sussurram e murmuram”, será que um povo não deveria consultar o seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, jamais verão a luz do alvorecer.
Lucas 16.26 NAA
E, além de tudo, há um grande abismo entre nós e vocês, de modo que os que querem passar daqui até vocês não podem, nem os de lá passar para cá.”
Lucas 16.29–31 NAA
Abraão respondeu: “Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.” Mas ele insistiu: “Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for até lá, eles irão se arrepender.” Abraão, porém, lhe respondeu: “Se não ouvem Moisés e os Profetas, também não se deixarão convencer, mesmo que ressuscite alguém dentre os mortos.”
Deus não fala com Saul. (vv. 3-10)
O narrador faz questão de registrar: “Samuel já havia morrido”.
1Samuel 25.1 NAA
Samuel morreu, e todos os filhos de Israel se juntaram e o prantearam. E o sepultaram na sua casa, em Ramá. Davi se levantou e foi ao deserto de Parã.
E informa também que: “Saul havia desterrado os médiuns (gente que lidava com os espíritos antepassados falecidos) e os adivinhos”.
Êxodo 22.18 NAA
— A feiticeira você não deixará viver.
Levítico 19.31 NAA
— Não se voltem para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procurem, pois vocês serão contaminados por eles. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.
Levítico 20.27 NAA
— O homem ou mulher que sejam necromantes ou sejam feiticeiros serão mortos; serão apedrejados; o seu sangue cairá sobre eles.
Deuteronômio 18.10–11 NAA
Que não exista entre vocês ninguém que queime o seu filho ou a sua filha em sacrifício, nem que seja adivinho, prognosticador, agoureiro, feiticeiro, encantador, necromante, praticante de magia, ou alguém que consulte os mortos,
Saul está em volta com os filisteus, um inimigo que se arrastava em batalhas (e o seu coração estava estremecido”).
É marcante a informação no verso 6:
1Samuel 28.6 NAA
Saul consultou o Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas.
Saul vai tomar a pior escolha: consultar uma médium (mais incoerente, impossível).

בעלה ba ̀alah

procedente de 1167; DITAT - 262b; n f

1) senhora, proprietária

2) feiticeira, necromante (substantivo de relação)

Algo sobre En-Dor:
ENDOR—fonte de Dor; i.e., “da era”, um lugar no território de Issacar (Josué 17:11) perto do cenário da grande vitória que foi alcançada por Débora e Baraque sobre Sísera e Jabim (comp. Salmos 83:9, 10). A Endor, Saul recorreu para consultar uma mulher tida como bruxa na véspera de seu último confronto com os filisteus (1 Samuel 28:7). É identificada com a moderna vila de Endur, “uma aldeia suja de cerca de vinte casas, ou melhor, cabanas, a maioria delas caindo em ruínas”, na encosta norte do Pequeno Hermom, a cerca de 11 quilômetros de Jezreel.
Foi algo feito na clandestinidade, por isso Saul se disfarçou, e ainda foi acompanhado de dois homens.

As literaturas grega (a Odisseia, de Homero), mesopotâmica e, especialmente, hitita oferecem detalhes sobre a invocação dos mortos: (1) era feita à noite, (2) depois de identificado o local, cavava-se um buraco com uma ferramenta especial, (3) colocava-se no buraco uma oferta de alimento (pão, óleo, mel) ou o sangue de um animal sacrificado para atrair os espíritos, (4) recitava-se um ritual de invocação mencionando o nome do espírito, (5) cobria-se o buraco para evitar que os espíritos escapassem depois de concluído o ritual. Tanto o mediador como o cliente desempenhavam cada um o seu papel, de acordo com os procedimentos. Os espíritos que subiam vinham na forma humana e geralmente eram capazes de se comunicar diretamente com o cliente. Nos encantamentos de necromancia na Mesopotâmia, somente o mediador podia ver o espírito, o que era obtido por meio de unções rituais espalhadas no rosto.

Saul deixa explicito o seu pedido proibido por Deus.

קסם qacam

uma raiz primitiva; DITAT - 2044; v.

1) (Qal) praticar adivinhação, adivinhar

1a) referindo-se a adivinhos das nações, Balaão

1b) referindo-se a falsos profetas de Israel

1c) proibido

Logo, a fala da mulher revela um coração amedrontado.
1Samuel 28.9 NAA
Mas a mulher respondeu: — Você sabe muito bem o que Saul fez: eliminou da terra os médiuns e adivinhos. Então por que você está me preparando uma armadilha, que pode me levar à morte?
Saul garante uma imunidade à feiticeira que nem mesmo ele tinha.
1Samuel 13.11–14 NAA
Samuel perguntou: — O que foi que você fez? Saul respondeu: — Vendo que o povo ia se espalhando daqui, e que você não vinha no prazo combinado, e que os filisteus já tinham se ajuntado em Micmás, eu disse comigo: “Agora os filisteus virão contra mim em Gilgal, e ainda não busquei a face do Senhor.” Assim, forçado pelas circunstâncias, ofereci holocaustos. Então Samuel disse a Saul: — Você cometeu uma loucura, não guardando o mandamento que o Senhor, seu Deus, lhe ordenou. Pois o Senhor teria confirmado para sempre o seu reinado sobre Israel. Mas agora o seu reinado não subsistirá. O Senhor buscou para si um homem segundo o seu coração e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porque você não guardou o que o Senhor lhe ordenou.
2. Deus continua sem falar com Saul. (vv. 11-19)
A fala da mulher é um embuste: “Quem você quer eu faça subir?”.
Saul quer ouvir de Samuel a direção para o seu povo. Ele que não ouviu a voz de Deus por Samuel, enquanto ele estava vivo.
Repare que somente a mulher quem “viu” Samuel. E logo, em susto, ela reconhece a Saul. Quem mais em Israel queria de modo tão desesperado ouvir a Deus por meio de Samuel?
O que passa em seguida é algo de difícil identificação, mas que reforça o quanto o poder das trevas tem todo um expediente macabro.
1Timóteo 4.1 NAA
Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,
Importante destacar que Saul não viu a Samuel, ele “entendeu que se tratava de Samuel”.
Uma interpretação popular da Igreja Primitiva era que a mulher ímpia havia invocado Satanás para aparecer como se fosse o profeta Samuel. Tertuliano escreveu: “Deus proibiu que creiamos que uma alma, muito menos a de um profeta, possa ser invocada por um demônio”. Martinho Lutero argumentou: “Quem poderia crer que as almas dos crentes, que estão na mão de Deus e no seio de Abraão, estivessem sob o poder do diabo?”. João Calvino acrescentou que “Deus nunca teria permitido que seus profetas fossem submetidos a essa conjuração diabólica, como se o diabo tivesse poder sobre o corpo e a alma dos santos que estão sob a guarda de Deus”. Com base nisso, Lutero afirmou que a suposta aparição foi um engano de Satanás, enquanto Calvino suspeitou de uma ilusão da mente de Saul e da abominável mulher”.
Chega a ser risível a fala do falso Samuel: “Por que você foi me perturbar, fazendo-me subir?”.
2Samuel 12.23 NAA
Mas agora que ela morreu, por que jejuar? Poderei eu trazê-la de volta? Eu irei até ela, mas ela não voltará para mim.
Salmo 146.4 NAA
Sai-lhes o espírito, e eles voltam ao pó; nesse mesmo dia, acabam todos os seus planos.
Eclesiastes 12.6–7 NAA
Lembre-se do seu Criador, antes que se rompa o fio de prata, e se despedace o copo de ouro, e se quebre o cântaro junto à fonte, e se desfaça a roda junto ao poço, e o pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu.
Apocalipse 14.13 NAA
Então ouvi uma voz do céu, dizendo: — Escreva: “Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor.” — Sim — diz o Espírito —, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.
Se Deus não falava com Saul por meio dos profetas, falaria por meio do diabo?
Saul além de “amedrontado”, está “muito angustiado”. E que constatação: “Deus se afastou de mim e já não me responde, nem pelo ministério dos profetas, nem por sonhos”.
O verso 16 é um desafio, pois indica: “Então disse Samuel”. Mas se vermos aqui, nada do que é dito é novo.
1Samuel 15.28 NAA
Então Samuel lhe disse: — Hoje o Senhor rasgou das suas mãos o reino de Israel e o deu a alguém que é melhor do que você.
1Samuel 15.3–9 NAA
Portanto, vá e ataque os amalequitas, destruindo totalmente aquilo que eles tiverem. Não poupe ninguém. Mate homens e mulheres, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos.” Saul convocou o povo e fez a contagem em Telaim: duzentos mil homens de infantaria e dez mil homens de Judá. Saul foi à cidade de Amaleque e pôs emboscadas no vale. Então disse aos queneus: — Vão embora, afastem-se e saiam do meio dos amalequitas, para que eu não destrua vocês juntamente com eles, porque vocês usaram de misericórdia para com todos os filhos de Israel, quando eles saíram do Egito. Assim, os queneus se retiraram do meio dos amalequitas. Então Saul derrotou os amalequitas, desde Havilá até chegar a Sur, que está diante do Egito. Tomou vivo Agague, rei dos amalequitas, porém destruiu todo o povo a fio de espada. Mas Saul e o povo pouparam Agague, o melhor das ovelhas e dos bois, os animais gordos, os cordeiros e tudo o mais que era bom. A isso não quiseram destruir totalmente; porém toda coisa sem valor e desprezível destruíram.
E aqui encontramos uma imprecisão: “Amanhã, você e os seus filhos estarão comigo”.
Deuteronômio 18.22 NAA
saibam que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele não se cumprir, nem acontecer o que ele profetizou, esta é uma palavra que o Senhor não falou. Tal profeta falou isso com presunção; não tenham medo dele.
3. Saul se desfalece por não ouvir a Deus. (vv. 20-25)
Uma evidência de que Saul não estava em condições de ter um juízo apurado do que estava acontecendo: “faltavam-lhe as forças, porque não tinha comido nada todo aquele dia e toda aquela noite”.
Saul continua “perturbado”. E a mulher lhe faz um pedido por sobrevivência. E o interessante é que ela a expressão: “dessa sua serva”.
Saul hesita em comer para “seguir o seu caminho”, mas atende ao pedido.
Ela oferece uma refeição simbólica: bezerro gordo, farinha e pães sem fermento.
Biblia Thomas Nelson:
Ironicamente, a refeição é digna de um rei, e o monarca que está se alimentando em breve perderá a realeza.
Saul tem um destino totalmente diferente de seu homônimo do Novo Testamento.
Ironicamente, a última refeição de que Saul usufruiu antes de morrer foi na mesa de uma necromante, envolto no manto do disfarce e da rebelião. Dali saiu para um caminho de trevas, pavor e suicídio. Por outro lado, seu homônimo grego, Saulo, no Novo Testamento, levantou-se do chão, depois de ter um encontro com Cristo, para seguir um caminho de luz, salvação e serviço ao Rei dos reis e Senhor dos senhores.
4. Outras aplicações:
(a) Quando Deus não fala ao seu coração por meio da sua Palavra, é sinal de que você encontra-se entregue ao seu próprio destino.
Somente um arrependimento sincero, fará com que você volte a ouvir a voz de Deus. Volte ao seu primeiro amor!
Concordo com Richard Philips, quando diz que, embora Saul tenha usado os mecanismos para buscar o Senhor, seu coração nunca se abriu o mínimo que fosse para o arrependimento e a fé. A Escritura diz que ele consultou não o Senhor, por isso Ele o matou.
1Crônicas 10.13–14 NAA
Assim, Saul morreu por causa da transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, que ele não tinha guardado; e também porque consultou uma médium e não o Senhor, que, por isso, o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé.
Mateus 22.29–32 NAA
Jesus respondeu: — O erro de vocês está no fato de não conhecerem as Escrituras nem o poder de Deus. Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento, mas são como os anjos no céu. Quanto à ressurreição dos mortos, vocês nunca leram o que Deus disse a vocês: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó”? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos.
(b) O Diabo tem seduzido os homens com suas mentiras. Mas um dia ele será vencido cabalmente, e não enganará mais ninguém.
Um recado claro para você: Enquanto esse dia não chega: Vigie!
Apocalipse 20.10 NAA
O diabo, que os tinha enganado, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde já se encontram a besta e o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, para todo o sempre.
2Tessalonicenses 2.7–8 NAA
Porque o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém. Então será revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e destruirá pela manifestação de sua vinda.
Ilustr.:
 "Quando as Pessoas São Grandes e Deus é Pequeno : Vencendo a Pressão do Grupo, a Codependência e o Temor do Homem." de Edward T. Welch:
"Lutero é mais conhecido por sua reação contra as indulgências. Na sua época, a Igreja Católica Romana muitas vezes arrecadava dinheiro vendendo o que era conhecido como o favor divino. Se você desse dinheiro quando as indulgências eram oferecidas, poderia livrar seus parentes ou você mesmo do purgatório. Esse sistema violava de tal forma o principio da justificação pela fé que Lutero sentiu-se compelido a reagir. Ele o fez colocando as Noventa e Cinco Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg.
Essas teses, juntamente com inúmeras publicações que se seguiram, colocaram Lutero em uma disputa tão grande com a Igreja Católica Romana que ele vivia em constante perigo. Ou os seus inimigos tentariam assassiná-lo ou a igreja iria queimá-lo como um herege. Fossem quais fossem os meios, Lutero estava certo de que a morte seria inevitável. Seus livros já estavam sendo queimados publicamente em Roma. Mas essas ameaças não impediram Lutero de escrever mais panfletos apoiando o que entendia ser as palavras do próprio Deus.
Os julgamentos dessa igreja não deram a Lutero a oportunidade de debater. Em vez disso, eles eram ataques a Lutero, exigindo que ele se retratasse sobre os seus escritos e se submetesse humildemente à igreja. Lutero até se retratou em um ponto.
Eu estava errado, admito, quando disse que as indulgências eram a “defraudação piedosa dos fiéis”. Eu me retrato e digo: “As indulgências são as mais ímpias fraudes e enganos dos mais baixos pontífices, pelas quais eles iludem as almas e destroem as posses dos fiéis.”
Essa ironia multiplicou-se entre os seus amigos e inimigos. A apelação final de Lutero, por fim, levou a uma reunião diante de uma assembleia de prestígio em Worms. Após muitas revogações de decisões como se Lutero poderia falar ou não, em 16 de abril de 1521, Lutero chegou a Worms. O que se esperava ser um debate foi simplesmente um julgamento público. Lutero não teria a oportunidade de falar sobre as suas conclusões. Depois de expor os livros de Lutero, o examinador fez uma única pergunta: “Você defende tudo o que está escrito aqui, ou importa-se de rejeitar uma parte?”
A resposta de Lutero foi curiosa, principalmente à luz de seus escritos. Talvez ele estivesse intimidado pelo ajuntamento dos homens mais poderosos jamais reunidos naquela região. “Falar pouco ou falar muito será perigoso. Eu imploro que me seja dado tempo para pensar sobre o assunto”, respondeu em uma voz quase inaudível.
Ele parecia estar vacilando entre o temor do homem e o temor do Senhor, mas algo aconteceu às seis horas da manhã seguinte. Lutero demonstrou a ousadia característica de seus escritos. Essa ousadia não era autoconfiança, porque ele era um homem que vivia humildemente diante de Deus, mas era uma confiança na Palavra de Deus.
Em seus comentários, ele defendeu seus escritos e disse aos homens que tinham poder para matá-lo: “Eu devo andar no temor do Senhor”. Ele finalizou seus comentários declarando: “Minha consciência está cativa à Palavra de Deus. Eu não posso e em nada me retratarei, porque ir contra a consciência não é nem direito nem seguro. Deus me ajude. Aqui estou, eu não posso agir de outro modo. Amém.”"
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