COMO VIVEREMOS?

Hebreus 10.19-25

Francis Schaeffer escreve em 1976 um livro intitulado: COMO VIVEREMOS? Ele entendia que vivemos de maneira como somos interiormente:

“O que [as pessoas] são em seu mundo interior determina como elas agem. […] Os resultados do mundo interior delas fluem através de seus dedos ou de sua língua em direção ao mundo externo”

“Como viveremos?”, Schaeffer perguntou em seu livro, e ele respondeu dizendo que nossa maneira de viver deve ser consistente com a fé que professamos

Essa é a mesma perspectiva do autor de Hebreus trabalha. a fim de fazer uma transição, o que acreditamos precisa ser transferido para nossa vida e ações

Quem são o leitores? Judeus convetidos ao cristinismo, que estavão diante das adversidades, desejando voltar ao judaismo.

Como o escritor trabalha?

Superiorida de Cristo (Aos Anjos, A Moíses, Ao sacerdotes e levitas)

Superioridade da Obra de Cristo (Único mediador e Sacrifício único e suficiente)

O texto que lemos, inicia uma transição da teologia para prática, a porção de 10.19-25, é tanto transição como parte de uma eixo central de ligação;

O versos 19-21 trás um resumo do que foi trabalho e os veros 22-25, aponta para uma introdução do próximos capítulos de Hebreus

Essa porção então é tanto um recapitular da doutrina como um convite a pergunta: COMO VIVEREMOS?

Quais lições estão podemos tirar? Como o texto bíblico nos convida a viver?

VIVA NA CERTEZA DA SUFICIÊNCIA DE CRISTO

A) Temos a certeza que podemos ter comunhão

B) Temos a certeza do perdão dos pecados

C) Temos a certeza do cuidado intercessório

2. VIVA COMO UM SALVO EM CRISTO (tríade da vida em Cristo)

A) Viva com Fé

B) Viva com Esperança

C) Viva em Amor

CONCLUSÃO

estudo dos versos

verso 19. Tendo: [habentes]indica uma posse contínua, algo que os irmãos têm agora — uma realidade presente e não uma esperança futura.

Pois [conjunção conclusiva] (itaque) - Conclusivo a exposição anterior, para afirmar a certeza está fundamentada na pessoa e obra de Jeus.

Irmãos (frates) - irmãos no sentido da comunhão dos santos, onde todos temos o mesmo acesso e direito - Contraste com AT onde apenas o sacerdote tinha acesso, uma vez por ano.

Intrepidez (fiduciam) - Liberdade de expressão ou aproximar- trá consigo a plena confiança.

Entrar (Ingrediendi) - ato sacerdotal

Santo dos Santos (in sacta) - plural de santos e abreviação de “nos lugares santissimos”, indicando a presença de Deus

Sangue de Jesus (per sanguinem Iesu) - meio de único de acesso

verso 20 - Novo (recem morto) representando a contínua eficácia da morte expiatória em contraste com os sacrifícios do AT. Novo como o caminho seguro, este caminho não é uma rua sem saída, mas o caminho de salvação. Tudo isso acontece pela humanidade de Cristo, sua encarnação que abriu o caminho

verso 21 - O grande sacerdote toma nossas orações e, como intercessor, as apresenta por nós diante de Deus. Este sacerdote recebeu a responsabilidade de cuidar da igreja, isto é, da casa de Deus

verso 22 - (Elemento de FÉ - Cap. 11) 1ª EXORTAÇÃO: Introdução do Batismo e Remissão dos pecados - Aproximar de forma sincera indicando o coração de uma pessoa que é honesta, genuína, comprometida, confiável e sem engano. A termilogia do versículo nos leva ao entendimento de uma mudança inferior (coração) e provado externamente (batismo - não em si mesmo, mas no que simboliza). Uma mudança no coração como centro das emoções e da moral e o batismo como ato externo.

verso 23 - (Elemento de ESPERANÇA - Cap.12) 2ª EXORTAÇÃO: Confissão da esperança como consequencia natural do batismo - O conteúdo dessa confissão é a esperança de que Cristo cumprirá todas as promessas que fez. Somos orientados a continuar expressando nossa esperança e fazê-lo sem vacilar mesmo em meio as perseguições, sejam físicas ou sofisticas. Todo o tempo hoje ouvimos que a teologia não importa desde que vivamos vidas boas. Mas essa é uma posição falsa e perigosa, e ela nos conduz para longe de Deus e de volta ao mundo

Confissão: Grego homologia que traduz uma confissão doutrinária e pública

verso 24 - (Elemento do AMOR - Cap.13) 3ª EXORTAÇÃO: Para o homem, o amor se estende a Deus e ao próximo. Coloque sua mente para funcionar a fim de encontrar maneiras de provocar – no bom sentido da palavra – uns aos outros para aumentar suas expressões de amor, que resultam em fazer obras nobres

verso 25 - (Abandono da Comunhão dos Santos) Uma das primeiras indicações da falta de amor de um cristão para com Deus e para com o próximo é ausentar-se da adoração comuntária. Ele abandona a obrigação comunal de participar desses encontros e exibe sintomas de orgulho e egoísmo. Como cristãos devemos olhar para o futuro, isto é, para o dia em que Jesus voltará. Quanto mais perto estamos deste dia, mais ativos devemos ser em estimular uns aos outros a mostrar amor e fazer obras aceitáveis a Deus.

NÃO DEIXEMOS: mostra que ficar longe das reuniões era algo que acontecia. A forma composta do verbo indica uma renúncia, isto é, um abandono da congregação. O termo usado trata de uma congregação que cresce através de novas adesões

Algumas traduções:

NTLH: Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas reuniões

NVI: Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns

Sacra Vulgata: Não abandonemos a nossa congregação, como é costume de alguns

Biblia de Jerusalém: Não deixemos nossas assembleias, como alguns costumam fazer.

Calvino: Os gentios passaram a ser uma nova e inusitada adição à Igreja. Os judeus tomavam tal coisa como um insulto a eles dirigido, e por isso muitos se separavam da Igreja, imaginando que tal coisa os munia de um pretexto justo para fugirem de tal mistura. Não é fácil persuadi-los a cederem seus direitos. Criam que o direito de adoção era particular e exclusivamente deles

Calvino: Temos aqui uma enfermidade que assola toda a raça humana: todos preferem a si próprios em detrimento de outrem, especialmente os que parecem excedê-los em algum aspecto, e de alguma forma não permitem facilmente que seus inferiores lhes sejam iguais. Há tanta rabugice em quase todos esses indivíduos que, estando em seu poder, de bom grado fariam para si suas próprias igrejas, porquanto se torna difícil acomodarem-se aos modos das demais pessoas [...] A nós compete cultivar a unidade da forma a mais séria, porque Satanás está bem alerta, seja para arrebatar-nos da Igreja, seja para desacostumar-nos dela de maneira furtiva. Essa unidade se fará concreta, desde que ninguém procure agradar a si próprio mais do que lhe é de direito; ao contrário disso, se todos tivermos um só e o mesmo alvo, a saber: estimularmo-nos ao amor mútuo, não permitiremos que a rivalidade se ostente, exceto no campo das boas obras

William Lane descreve isso como “cuidado contínuo uns para com os outros que encontra uma expressão no amor, nas boas obras e no mútuo encorajamento que é proporcionado pela participação ativa nas reuniões da comunidade

A possibilidade de sermos úteis aos outros, os encorajando e cuidando para que eles estejam firmes à medida que se aproxima o dia do Senhor, já é um excelente motivo para irmos à igreja e a outras reuniões cristãs.

Verbos importantes:

Considerar: (contexto de judeus que não queriam conviver com gentios na igreja) - Deixar de pensa só em você, e passar pensar no outro, ao ponto de abrir de você pelo outro. Se não estamos fazendo isso, então não somos mais do que compradores, consumidores de religião que têm pouca utilidade para o destino eterno das outras pessoas.

Estimular: A nossa conversa e o nosso exemplo devem resultar em amor e boas obras na vida de outros crentes. Deixe-me perguntar a você, então, se a maneira como você lida consigo mesmo estimula os outros a levar a sério o que a Bíblia ensina

Termo grego (Estimulermos - Traduzido por Desavença e Estimularmos) ligado ao amor que segundo Calvino: O termo significa o fogo da contenda. Para que os judeus não fossem dominados pela inveja e conduzidos à contenda, ele os incita à santa competição, ou seja, os estimula ao exercício do amor recíproco.

Encorajar: Isso requer que estejamos junto a outras pessoas com palavras e ações que vão fortalecê-las em Cristo. O encorajamento pode significar carregar um fardo por elas, pode significar oração, companhia ou compartilhar sua própria convicção de que Deus é fiel com base em sua experiência do cuidado amoroso dele

“Como viveremos?” Nós estamos respondendo a essa questão à luz de nossas grandes possessões em Cristo, que nos abriu o caminho ao céu e ministra como o Sumo Sacerdote celestial para todo o sempre. Esse é o tipo de passagem que deveríamos usar para avaliar a nós mesmos de vez em quando, como indivíduos e também como uma igreja. Nesses versículos, nós encontramos três exortações que correspondem à grande tríade da vida cristã apresentada pelo apóstolo Paulo: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três” (1Co 13.13).