A REFORMA PROTESTANTE
Sermon • Submitted • Presented
0 ratings
· 2 viewsSermão em celebração à reforma protestante
Notes
Transcript
Legenda de cores:
Legenda de cores:
Estrutura do sermão, coisas a falar de cabeça
Texto Bíblico Principal
Textos Bíblicos de Apoio
Leituras na Íntegra
Aplicações
Ilustrações
Comandos para mim mesmo
Frases de transição
TEXTO
TEXTO
Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.
Introdução: precisa prender as pessoas
Introdução: precisa prender as pessoas
Num futuro onde o planeta foi destruído por guerras nucleares, existe pouca coisa de pé e as pessoas se apegam a migalhas somente pra sobreviver mais um dia.
Aparece um homem misterioso, seu nome é Eli e ele leva consigo um livro. O livro que ele guarda a anos se revela como sendo a única esperança da humanidade no meio do caos em que se encontra.
Diversos bandidos tentam parar Eli ou dissuadi-lo de sua missão para entregar o livro em segurança às autoridades e ele sem hesitar enfrenta e vence todos eles.
Até que surge em seu caminho um homem chamado Carnegie, que vai tentar obter a posse desse livro, de alguma forma Carnegie sabe o pode que esse livro tem e em suas próprias palavras: “esse livro é a chave para dominar todo o povo ao seu redor”.
Esse é o resumo de um filme chamado O livro de Eli, lançado em 2010 e interpretado por Denzel Washington.
Mas Carnegie não foi o único que percebeu isso.
e ao longo da história já houveram várias vezes que os homens usaram esse livro para benefício próprio e como forma de oprimir os mais fracos.
Mas ao mesmo tempo que houveram sempre lobos devoradores dispostos a matar e morrer pelo poder, houveram homens piedosos dispostos a sacrificar suas vidas pela verdade
E hoje eu quero falar com os irmãos sobre um acontecimento que marcou a história do mundo
Proposição: tese que vou defender
Proposição: tese que vou defender
A reforma protestante impactou profundamente o mundo mas também a liturgia do povo de Deus, trazendo-nos de volta à palavra de onde nunca deveríamos ter saído
1. A PRÉ REFORMA
1. A PRÉ REFORMA
Os acontecimentos que culminaram na reforma protestante não aconteceram somente na Alemanha onde estava Martinho Lutero, eles aconteceram em todo o mundo, alguns deles antes de Martinho Lutero pendurar suas 95 teses nas portas do castelo de Wittenberg.
O período da pré-Reforma (séculos XIV e XV) foi marcado por uma profunda inquietação na Europa, tanto social quanto religiosa. O contexto era de:
Domínio opressor da igreja católica onde as regras eram estabelecidas por eles e ninguém tinha acesso a ler a bíblia, as pessoas não tinham estudo e a bíblia estava em latim
Dessa forma “os intérpretes da bíblia” podiam impor suas regras e sujeitar todos a elas.
Houve um Grande Cisma do Ocidente (1378-1417): A existência de mais de um papa ao mesmo tempo (um em Roma, outro em Avignon, e por um breve período, um terceiro), minando a autoridade e a credibilidade do Papado.
Corrupção e Opulência do Clero: O alto clero vivia em luxo e ignorava os votos de castidade e pobreza, despertando a indignação popular.
Venda de Indulgências e Relíquias: A prática de oferecer perdão dos pecados em troca de dinheiro, ou a veneração excessiva de relíquias, era vista como uma exploração da fé.
Ascensão do Nacionalismo: Monarcas e nobres questionavam a interferência papal nos assuntos internos e nas finanças de seus reinos, especialmente a saída de riquezas para Roma.
Busca por Autoridade Bíblica: Em contraste com a autoridade da Tradição eclesiástica e do Papa, esses homens começaram a defender a autoridade suprema das Escrituras como única regra de fé e prática.
Os pré-reformadores atuaram de forma independente, mas convergiram em suas críticas à moral do clero e na ênfase na Palavra de Deus, deixando um legado de resistência que influenciou Martinho Lutero e João Calvino.
John Wycliffe (c. 1328–1384): "A Estrela da Manhã da Reforma"
John Wycliffe foi um teólogo, filósofo e professor na Universidade de Oxford, na Inglaterra. Sua erudição e ousadia lhe renderam a alcunha de "A Estrela da Manhã da Reforma"
Estudou Filosofia, Teologia e Direito Canônico em Oxford, tornando-se uma figura proeminente na universidade.
Críticas ao Clero e ao Papado: Wycliffe criticou a intromissão do clero nos assuntos do Estado e a opulência da Igreja.
Ele argumentava que a verdadeira igreja era invisível, composta apenas pelos eleitos, e que a afiliação à instituição não garantia a salvação. Ele chegou a sugerir que um Papa corrupto não deveria ser obedecido.
Doutrina do Domínio: Defendia que a autoridade (o "domínio") era concedida por Deus e só era legítima se exercida com graça e retidão. Se a Igreja se tornasse corrupta, ela deveria perder seu direito à propriedade e ao poder temporal.
Contra a Transubstanciação: Questionou a doutrina central da missa católica, a transubstanciação (a crença de que o pão e o vinho se transformam literalmente no corpo e sangue de Cristo), defendendo uma visão mais simbólica.
Tradução da Bíblia: Seu trabalho mais significativo foi a organização e o impulso para a primeira tradução completa da Bíblia para o inglês (a Bíblia de Wycliffe), desafiando o monopólio do clero sobre as Escrituras em latim. Ele acreditava que a Bíblia deveria ser acessível a todos.
Os Lollardos: Formou um grupo de pregadores leigos (chamados "Lollardos" ou "pobres pregadores") que viajavam pela Inglaterra pregando em inglês e distribuindo trechos da Bíblia, semeando suas ideias entre o povo.
Legado: Embora não tenha sido martirizado em vida, suas obras foram condenadas como heréticas pelo Concílio de Constança em 1415. Em 1428, seus restos mortais foram exumados, queimados e as cinzas lançadas no rio Swift, em um ato de condenação póstuma. Suas ideias, no entanto, viajaram até a Boêmia.
Jan Hus (c. 1369–1415): O Discípulo e Mártir
Jan Hus (João Huss) foi um sacerdote, reitor da Universidade de Praga (na atual República Tcheca) e um reformador religioso que se tornou o principal herdeiro das ideias de Wycliffe.
Formação e Influência: Formado e posteriormente reitor da Universidade de Praga, Hus foi profundamente influenciado pelos escritos de Wycliffe, que circularam na Boêmia.
Pregador e Reformador Moral: Tornou-se pregador na Capela de Belém, em Praga, onde falava ao povo em tcheco (vernáculo), e não em latim. Sua principal ênfase era na reforma moral do clero, denunciando a vida luxuosa, a simonia (venda de cargos eclesiásticos) e a venda de indulgências.
Autoridade da Escritura: Como Wycliffe, defendia que a Bíblia era a autoridade final e não o Papa ou a Tradição, alinhando-se à doutrina da Sola Scriptura que viria com a Reforma.
Oposição ao Papado: Proclamou que a verdadeira cabeça da Igreja não era o Papa, mas sim Cristo.
Condenação e Morte: Convocado a comparecer perante o Concílio de Constança (1414-1418) sob a promessa de salvo-conduto (que foi quebrado), Hus recusou-se a retratar suas doutrinas. Foi condenado por heresia e queimado vivo na fogueira em 6 de julho de 1415.
Legado: Seu martírio inflamou o povo da Boêmia, dando origem à Revolução Hussita, um dos primeiros grandes movimentos protetores de reforma. A Igreja Hussita e os Irmãos Morávios são um legado direto de sua obra.
Girolamo Savonarola (1452–1498): O Profeta de Florença
Girolamo Savonarola foi um frade dominicano e pregador italiano que atuou em Florença durante o período do Renascimento, um contexto cultural e político diferente do de Wycliffe e Hus.
Pregador Profético: Sua pregação era intensa, de natureza apocalíptica e profética. Ele denunciava a corrupção na Igreja, alertando para a ira de Deus e a necessidade urgente de arrependimento, especialmente na dissoluta Florença.
Contra a Renascença: Savonarola era um crítico fervoroso da imoralidade e do paganismo que ele via na cultura Renascentista, incluindo a arte e a literatura.
Reforma Política e Moral em Florença: Após a queda da família Médici em 1494, ele se tornou o líder de Florença, implementando uma rigorosa "República de Cristo".
"Fogueiras das Vaidades": Sua reforma moral culminou nas famosas "Fogueiras das Vaidades", onde o povo era encorajado a queimar publicamente objetos de luxo, cosméticos, espelhos, livros e obras de arte que ele considerava pecaminosas. Artistas como Sandro Botticelli chegaram a participar.
Conflito com o Papa: Seu confronto mais notório foi com o Papa Alexandre VI (Bórgia), a quem ele denunciava como um homem depravado e indigno do cargo. O Papa tentou calá-lo com ofertas e ameaças, culminando na sua excomunhão.
Queda e Morte: Perdeu o apoio popular devido às suas medidas extremas e à pressão do Papa. Foi preso, torturado e, finalmente, enforcado e queimado na fogueira em 23 de maio de 1498, na Piazza della Signoria, em Florença, acusado de heresia e sedição.
Legado: Embora Savonarola se concentrasse mais na reforma moral e política e menos na doutrina teológica fundamental (como a justificação pela fé, que seria central para Lutero), sua corajosa resistência à corrupção papal e sua defesa da autoridade da Escritura o colocam firmemente como uma voz poderosa na pré-Reforma.
2. A REFORMA PROTESTANTE
2. A REFORMA PROTESTANTE
Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero publicou suas 95 teses, um evento que transformou para sempre a história da Igreja e do mundo.
Decadência da Igreja no Período Anterior:
A Igreja tentava arrecadar dinheiro para reformar ou construir a Basílica de São Pedro.
A Igreja já não era vista com bons olhos pela sociedade e no meio político.
Várias pessoas tentaram levantar-se para reformar a Igreja (como John Huss, que foi queimado, e Savonarola), mas a própria Igreja abafou suas tentativas.
A Reforma Protestante se tornou evidente ao discordar da Igreja Católica da época em dois pontos principais:
A Questão da Salvação: Como alguém pode ser salvo?
A Questão da Autoridade: Qual é a fonte de autoridade última para a Igreja?
Os reformadores tiraram o "trono" da razão e do Papa e colocaram as Escrituras.
Para eles, a Escritura é inerrante, não o Papa.
Martinho Lutero nasceu em 1483, na Alemanha, em uma família de camponeses.
Viveu períodos de depressão e profunda angústia, com muito medo da morte e do julgamento de Deus (medos típicos do homem medieval).
Sentia um profundo sentimento da sua própria pecaminosidade; nada que fizesse o tornava justo diante de Deus.
Para ele, Deus parecia um carrasco; chegou a dizer que odiava a Deus e não O amava. A frase "justiça de Deus" era pesada demais.
Aos 22 anos, em meio a uma tempestade com raios, sentiu medo de morrer e prometeu à Santa Ana que se tornaria monge se sobrevivesse.
Sobreviveu e, na sua preocupação de como agradar a Deus, decidiu se tornar monge, entrando para a rigorosa ordem agostiniana.
Martirizava-se e flagelava-se tentando expurgar os próprios pecados, por medo da ira de Deus.
A Conversão e a Iluminação (1515):
Foi dar aulas de teologia na Universidade de Wittenberg.
Por volta de 1515, ao ensinar sobre a Carta de Romanos, deparou-se com a frase: "o justo viverá pela fé" (Romanos 1:17).
Sua mente se transformou: percebeu que a justiça de Deus vinha através do sacrifício de Jesus Cristo na cruz e não através de suas próprias obras.
O encontro com o texto o libertou, tirando um peso gigantesco de seus ombros.
Ele declarou: "Senti que havia nascido de novo e que as portas do paraíso me haviam sido abertas. Todas as escrituras ganharam um novo sentido. A partir de então, a frase justiça de Deus não me encheu mais de ódio, mas se tornou indizivelmente doce em virtude de um grande amor."
Com a convicção de sua salvação, seus olhos se abriram para as coisas que estavam acontecendo na Igreja Católica.
Ficou indignado com o emissário papal João Tetzel, que estava vendendo indulgências (ofertas para compensar penitências).
Tetzel era escandaloso, dizendo: "Cada vez que uma moeda cai no cofre do altar, salta uma alma do purgatório."
31 de Outubro de 1517: Lutero publicou suas 95 Teses (um dos primeiros "virais").
Sua intenção era um debate sincero dentro da Igreja, um convite acadêmico, e as fixou na porta da igreja de Wittenberg (lugar comum para propostas de debate).
As Teses criticavam profundamente o papado e o sistema de cobrança de indulgências, afirmando que, se o Papa tinha poder para tirar almas do Purgatório, deveria fazê-lo gratuitamente, por amor.
O Papa promulgou uma bula, chamando Lutero de "javali selvagem" que tinha adentrado nos jardins da Igreja, e ordenou que ele se retratasse em 60 dias, mandando queimar sua literatura.
A Resposta de Lutero: Ao receber a bula, Lutero a queimou em praça pública, junto com os livros de direito canônico de Roma. O rompimento estava declarado.
O desejo de Lutero, porém, nunca foi romper, mas sim reformar a Igreja.
Lutero foi convocado para se retratar diante de todo o Império (o Império era o responsável por cumprir as ordens papais).
Ele não se retratou, dizendo: "Não posso e nem quero me retratar de coisa alguma, pois ir contra a consciência não é justo nem seguro. Deus me ajude. Amém."
“Nós lhes ordenamos firmemente que nunca mais ensinassem em nome desse homem”, disse ele. “E, mesmo assim, vocês encheram Jerusalém com esse seu ensino e querem nos responsabilizar pela morte dele!” Pedro e os apóstolos responderam: “Devemos obedecer a Deus antes de qualquer autoridade humana.
Com isso, afrontou o Império e correu risco de vida.
Frederico, o Sábio, sequestrou Lutero e o escondeu no Castelo de Wartburg para que não fosse morto (Lutero foi dado como morto).
Neste exílio, Lutero teve um dos períodos mais produtivos, começando a traduzir a Bíblia para o alemão.
Fatores que Favoreceram a Reforma
Invenção da Imprensa: Possibilitou a rápida publicação e distribuição dos textos.
Sistema Político: As relações do sistema político com o papado estavam enfraquecidas.
Opinião Pública: A Igreja não era bem vista aos olhos do povo.
As Consequências Imediatas
Os monges começaram a se casar.
Os cultos passaram a ser realizados em alemão (língua do povo).
A Bíblia foi traduzida para o alemão.
Um sistema de educação pública começou a ser instaurado.
Conflitos e Guerras: Revoltas e intrigas começaram.
Os protestantes da Alemanha ganharam o direito de seguir sua religião.
Úlrico Zuínglio na Suíça
Nasceu em 1484, na Suíça, contemporâneo de Lutero.
Estudou na Basileia e em Berna, com profundo conhecimento do grego. Tinha uma formação humanista (diferente da escolástica de Lutero).
Era padre, capelão, político (de Zurique) e teólogo.
O Movimento Reformador:
Começou a pregar contra a obtenção da salvação por meio de revoltas e cruzadas.
Ao se tornar pároco em Zurique, estudando a Bíblia, chegou a conclusões muito parecidas com as de Lutero.
Sua teologia era mais simples e intelectual que a de Lutero: se está na Bíblia, ok; se não está, não vamos adotar.
Diferente de Lutero (que buscava a salvação), Zuínglio era motivado a estudar a Bíblia através de métodos humanistas.
Conseguiu que Zurique expulsasse vendedores de indulgências.
O Rompimento: Chegou a fazer sua paróquia assar linguiça (churrasco de salsicha) no meio da Quaresma.
Reforma em Zurique:
Mudanças no culto e na hierarquia.
Zurique se tornou o primeiro Estado protestante que declarou oficialmente a religião protestante como a fé legítima e oficial.
Fortaleceu-se pregando contra a abstinência e o jejum.
Monges e freiras começaram a se casar.
Instituiu-se a educação pública e a ideia de sacerdócio universal.
Diferença com Lutero:
Lutero rejeitava as práticas que iam contra a Bíblia.
Zuínglio rejeitava todas as práticas que não estavam na Bíblia.
Radicalismo: Aboliu órgãos e músicas dos cultos, era contra imagens e desenhos, defendendo cultos em "caixas pintadas de branco".
Morte: Morreu em combate quando os católicos invadiram Zurique.
Acordo Final: Os conflitos culminaram em um acordo para que cada estado pudesse seguir sua própria religião com liberdade.
João Calvino na França
Nasceu na França em 1509.
Estudou em Paris, teve contato com o humanismo e com a teologia de Lutero.
Em um dado momento, rompeu com a Igreja, renunciou a benefícios eclesiásticos e se exilou em Basileia.
Características:
Era um jurista com pensamento sistemático, que organizou muito bem a teologia.
Foi o mais intelectual de todos, considerado a mente mais grandiosa desde Agostinho de Hipona.
Seu chamado era estudar e produzir conteúdo; não desejava ser líder do movimento reformador, mas ter um lugar tranquilo para estudar.
A Obra Fundamental:
Escreveu um resumo da fé cristã, as "Institutas da Religião Cristã" (publicada em 1536), que rapidamente viralizou.
As Institutas se tornaram a primeira teologia sistemática protestante (ou reformada), colocando no papel a doutrina básica protestante.
O Chamado em Genebra:
Decidiu ir para Estrasburgo, mas precisou passar por Genebra, onde a cidade estava em reforma, mas carecia de líderes.
Guilherme Farel insistiu para que Calvino ficasse, dizendo: "Deus amaldiçoe teu descanso e a tranquilidade que buscas para estudar se, diante de uma necessidade tão grande, te retiras e negas a prestar socorro e ajuda."
Calvino se sentiu impactado e ficou em Genebra, tornando-se um dos grandes reformadores da Suíça. Foi praticamente obrigado a assumir o pastoreio e se envolveu na política da cidade.
Lutero tinha o fogo e a paixão; Calvino pensou, sistematizou e organizou a fé.
O ponto de maior discordância era a Ceia do Senhor:
Lutero: Acontece a consubstanciação (Jesus está presente no ato da Ceia).
Calvino: A Ceia era meramente um ato simbólico em memória do sacrifício de Jesus.
Esta diferença levou Lutero e Zuínglio a não se cumprimentarem, pois a questão da Ceia era central.
Terminologia: Seguidores de Lutero (luteranos); seguidores de Calvino (calvinistas ou reformados).
Os Anabatistas
Surgiu um grupo que achava a teologia de Lutero e Zuínglio branda demais, não radical o suficiente.
Queriam voltar ao Novo Testamento e romper completamente com o estilo de vida do mundo.
Acreditavam que a fé devia ser uma decisão pessoal.
Rejeitavam o batismo de crianças e acreditavam que a Igreja deveria ser perseguida.
O Ato Fundador (21 de Janeiro de 1525):
Jorge Blaurock pediu para que seus irmãos o batizassem em uma das fontes de Zurique.
Passaram a ser chamados, com deboche, de anabatistas ("rebatizadores"), embora eles considerassem este o seu primeiro batismo verdadeiro.
Características:
Eram extremamente pacifistas (não pegavam em armas).
Devotos à oração, à pureza e ao serviço mútuo.
Eram igualitários (não devia haver diferença entre homem e mulher, ricos e pobres).
Acreditavam na separação total entre Igreja e Estado (diferente dos outros reformadores, que acreditavam na cooperação).
Por se rebatizarem (algo historicamente ligado a grupos heréticos), foram taxados como hereges por católicos e protestantes.
Foram decretados com pena de morte e perseguidos cruelmente (esquartejados, queimados).
Eram mortos afogados (ironicamente, o "terceiro batismo") com o aval de Zuínglio.
O número de anabatistas mortos foi maior do que todos os cristãos mortos nos três primeiros séculos de perseguição.
3. CONSEQUÊNCIAS DA REFORMA
3. CONSEQUÊNCIAS DA REFORMA
5 solas! os pilares da reforma
Sola Scriptura
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer perceber o que não está em ordem em nossa vida. Ela nos corrige quando erramos e nos ensina a fazer o que é certo. Deus a usa para preparar e capacitar seu povo para toda boa obra.
Sola fide
As boas-novas revelam como Deus nos declara justos diante dele, o que, do começo ao fim, é algo que se dá pela fé. Como dizem as Escrituras: “O justo viverá pela fé”.
Sola Gratia
Vocês são salvos pela graça, por meio da fé. Isso não vem de vocês; é uma dádiva de Deus. Não é uma recompensa pela prática de boas obras, para que ninguém venha a se orgulhar.
Solos Christos
Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém pode vir ao Pai senão por mim.
Soli Deo Glória
Pois todas as coisas vêm dele, existem por meio dele e são para ele. A ele seja toda a glória para sempre! Amém.
Estabelecimento Geográfico: A fé protestante se estabeleceu em países como Alemanha, Inglaterra, Escócia, Escandinávia e Holanda. O mapa do mundo se transformou.
A Reforma teve viés político, econômico e ideológico, mas nasceu como um movimento teológico.
Falhas dos Reformadores:
Lutero: Foi antissemita e seus escritos foram usados por Adolf Hitler (exemplo: escreveu contra os judeus).
Calvino: Consentiu com a pena de morte de uma pessoa em Genebra.
Zuínglio: Perseguiu e consentiu com o afogamento de anabatistas.
Lição: Os reformadores eram homens falhos usados por Deus; não se deve torná-los infalíveis (erro que eles mesmos apontaram na Igreja Católica com o Papa).
Outras Consequências:
Surgimento de novas igrejas (luterana, calvinista, anglicana). mas com as mesmas bases de fé
Diminuição do poder da Igreja sobre o Estado.
Bíblia traduzida para diversos idiomas.
Instituição da educação pública.
Surgimento de novos movimentos sociais.
As portas se abriram para o evangelho ser pregado em todo o mundo.
Conclusão:
Conclusão:
Hoje vamos celebrar um momento de comunhão com Deus e com nossos irmãos
Esse momento é uma dádiva de Deus para cada um de nós
Mas precisamos entender que a forma como cultuamos a Deus hoje! a forma como nos aproximamos dele
É um resultado direto da vida e da obra desses homens de Deus que arriscaram tudo por causa do evangelho
Que possamos celebrar essa Ceia mantendo isso em mente e louvando a Deus pela coragem desses homens
