A Videira - Pr. Alejandro Ninahuaman - 11/06/2017

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EU SOU - A Videira IASD Barra - 11/06/2017 João 15:1-8 Videira, vite, vinha, vinhal, vinhedo ou parreira (do latim Vitis, L.) são denominações do gênero de plantas arbustivas da família das vitáceas, antigamente chamada Ampelidacee. A espécie mais conhecida do gênero é a Vitis vinifera L., responsável pela produção de vinho. A Vitis é uma trepadeira da família das vitáceas, com tronco retorcido, ramos flexíveis, folhas grandes e repartidas em cinco lóbulos pontiagudos, flores esverdeadas em ramos, e cujo fruto é a uva. Originária da Eurásia, a videira é cultivada em todas as regiões de clima temperado. A videira produz as uvas, fruto de cujo suco se produz o vinho. O cultivo da videira para a produção de vinho é uma das atividades mais antigas da civilização. Genesis 9:20 - Noé o primeiro lavrador citado por plantar uma vinha Números 13:23 - Quando o povo de Israel envia os 12 espias para trazer informações de Canaã, eles retornam carregando um grande cacho de uvas. A terra era muito fértil e capaz de produzir em grande quantidade. ISRAEL = VIDEIRA O Antigo Testamento chamava, simbolicamente, o povo de Israel de “videira”. De fato, a videira era um símbolo nacional. Sl 80:8-9 - Nos trouxeste do Egito como videira Is 5:1-2, 7 - Deus plantou um vinhedo, esperou colher uvas doces Jr 2:21 - Origem pura, se tornou videira silvestre e degenerada Ez 15:2-4 - Sua madeira não serve para nada! A nação de Israel era a “vide” plantada por Deus para a bênção das nações. Era a maneira pela qual Deus pretendia manifestar a sua glória e chamar de volta, em arrependimento, todas as pessoas de todas as nações, para um relacionamento vivo com ele. Gn 12:1-3 - O chamado para Abraão e sua descendência foi para serem uma bênção a todos os povos. Israel chegou a dar alguns frutos, mas não foram frutos duradouros, pois logo apareceram os maus frutos que surgiram por causa do descuido com a vida espiritual. Esses frutos podem ser comparados a um enxerto, uma mistura com frutos de outras qualidades e ao descuido com o terreno. As plantas daninhas, ou perigosas, não sendo retiradas, prejudicam o terreno e faz com que a videira produza um fruto amargo, um fruto de má qualidade. A semente plantada é de boa qualidade, é autêntica, mas o descuido, a mistura com outros alvos de adoração, estragou a qualidade do fruto da videira israelita. Diante do fracasso de Israel ser essa vide frutífera, benéfica para todos os povos, Jesus se apresentou, então, como sendo a videira verdadeira, em contraste com a videira brava, com Israel, a videira que produziu maus frutos. O que Jesus fez aqui foi uma virada no simbolismo sobre a vinha, das Escrituras. Ele agora é a videira verdadeira. O que a nação fracassou em ser, ele é. Jeremias 2.20– 37 enuncia tal advertência sobre julgar a videira nacional. Esse texto é muito semelhante em sentido a outro texto de “substituição”, com outra imagem que Jesus usa como uma metáfora desenvolvida de Ezequiel 34 e a imagem do pastor (Jo 10). Em ambos os casos, Jesus se torna o que a nação deveria ter sido (BOCK, 2006, p. 479) João 15:1-8 Estas palavras de Jesus foram proferidas no jardim do Getsêmani, logo após a ceia da páscoa. Ao abordarmos este texto sob a ótica dos relacionamentos frutíferos que o verdadeiro discípulo deve desenvolver, a metáfora que Jesus apresenta da videira e dos ramos nos mostra o relacionamento orgânico e de total dependência que os ramos devem ter com a própria videira. O desejo de Jesus para cada um de seus discípulos é que sejamos frutíferos em nosso relacionamento. Vamos analisar no trecho lido, algumas características desse relacionamento em que devemos ser frutíferos: 1. A primeira característica é nos relacionarmos sabendo o papel de cada um (v. 1–2). Quem são os personagens nesses dois versos? Jesus = Videira Verdadeira Deus = Agricultor Os cristãos só aparecem no verso 5, simbolizados pelos ramos. Deus, o agricultor, isto é, aquele que trabalha na lavoura, conforme Bruce (2006, p. 264), é aquele que cuida da sua videira com atenção amorosa. O desejo do agricultor é tornar essa videira o mais produtiva possível. Uma das responsabilidades, uma das atenções do agricultor ou do viticultor, é remover os ramos infrutíferos, tirando os galhos desnecessários; e, além dessa, outra tarefa importante é também podar os ramos que dão fruto para que possam frutificar e se desenvolver ainda mais. CORTA Diante dessas colocações, é possível entendermos que as “varas infrutíferas” são supostos “discípulos” que experimentam somente uma conexão externa e superficial com Jesus. Embora eles “creiam” e “sigam” Jesus, em algum sentido, sua ligação não se efetivou com uma união interna, espiritual pela fé pessoal e regeneração. A palavra NÃO - ou = a palavra de negação grega, que meramente constata um fato. - me = O termo de negação é o mais forte, no grego, é usado me, que demonstra uma vontade negadora. Por isso é possível traduzirmos a frase da seguinte maneira: “Todo ramo que, estando em mim, não está disposto a trazer fruto, ele o corta”. Embora possamos interpretar de diferentes maneiras esta frase, fica um princípio fundamental a ser aprendido por todos nós, conforme Barclay (1974, p. 195) salienta: a inutilidade convida ao desastre, e o ramo sem fruto se dirige para a destruição. Diante dessa verdade, é importante verificarmos como estamos nos relacionando com Cristo e que tipo de fruto temos produzido. PODA O ramo que dá fruto, Deus, o viticultor o limpa, o qualifica para que dê ainda mais fruto, pois o objetivo dessa poda é aumentar a frutificação. 2. A segunda característica é nos relacionarmos da maneira correta: permanecendo em Jesus (v. 3–4). O Agente purificador = a Palavra de Deus. Através das suas palavras ficamos limpos, ficamos produtivos, ficamos mais firmados nele mesmo, a videira verdadeira. Isso acontece através quando PERMANECEMOS nEle. permanecei em mim, e eu permanecerei em vós Somente através da permanência em Cristo podemos usufruir de todas as bênçãos do relacionamento com ele mesmo. como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim se queremos produzir fruto, se queremos ser cristãos frutíferos (conf. Cl 1.10), temos que nos relacionar íntima e permanentemente com Cristo. 3. A terceira característica é nos relacionarmos dependendo de Jesus, a videira verdadeira (v. 5–6). Nestes versos, Jesus reforça a sua figura central na metáfora. Ele é a videira. É a figura central, pois, sem a videira não haveria viticultor, e sem a videira não teríamos ramos. Assim, mais uma vez, fica clara a posição de primazia do Senhor Jesus: Este é a imagem do Deus invisível… Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste… Nele habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade… (Cl 1.15,17; 2.9). Sim! Esse é o papel de Jesus, o Deus encarnado que veio ao mundo! Jesus, a videira verdadeira, tem o lugar central, o lugar de destaque. WORD CLOUD O verbo permanecer, meno, em grego, só neste capítulo aparece doze vezes, demonstrando a sua importância e o seu significado fundamental. Através de cinco aspectos podemos perceber o significado de permanecer: 1. Significa uma conexão vital e mútua entre Cristo e o cristão; 2. Significa uma comunhão básica entre Cristo e o cristão, permanecendo um no outro; 3. Significa que a obediência aos mandamentos de Cristo é a prova da permanência do cristão; s 4. Significa, também, que o cristão necessita ser podado, disciplinado pelo viticultor para que produza mais abundantemente e melhor fruto; 5. Significa uma relação de dependência do cristão para com Cristo, porque sem ele nada podemos fazer. sem mim nada podeis fazer O termo grego em geral traduzido por ‘sem’ significa originalmente ‘separado de’ e deve ter esse sentido original e pleno. A vida e a ação de discípulos isolados e de igrejas inteiras obviamente parece ter mostrado que se pode fazer muitíssimas coisas e produzir resultados impressionantes mesmo sem essa ligação vital com Jesus. Mas, apesar disso, é nada, porque não é ‘fruto’ que glorifica o Pai. Não é ‘fruto’ que ‘permanece’ (v. 16) (BOOR, 2002, p. 103). No verso 6, temos a razão porque um ramo pode ser lançado fora, lançado no fogo para ser queimado. A razão é óbvia: o ramo será cortado porque não permaneceu ligado à videira. O fato de não permanecerem em Cristo é prova cabal de que nunca tiveram uma relação em que a seiva, o Espírito Santo, penetrou em suas vidas. 4. A quarta característica é nos relacionarmos de tal modo a sermos atendidos (v. 7–8). A primeira frase do verso 7 é um reforço da necessidade da permanência em Jesus. Mas aqui, Jesus acrescentou outro detalhe à ideia da permanência: no relacionamento com Jesus há necessidade de permanecermos nas suas palavras. Essa é outra maneira de se confirmar a necessidade de obedecer aos seus mandamentos, o novo mandamento do amor (conf. 13.34–35). Ainda no verso 7, encontramos uma consequência, um resultado do relacionamento de permanência em Jesus: … pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Sim! Esse é um resultado importantíssimo. Podemos pedir ao Pai, em nome de Jesus, e seremos atendidos. Se desejarmos ser atendidos, devemos pedir corretamente e isso só acontecerá se permanecermos nas palavras de Jesus. Essa é a condição. No verso 8, encontramos mais dois resultados, mais duas consequências desse relacionamento: Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto… Um dos resultados dessa relação de permanência em Cristo é a glória de Deus, é glorificar a Deus até em nossos pedidos … e assim vos tornareis meus discípulos. O outro resultado é a confirmação de que somos discípulos de Cristo, isto é, confirmação de que somos verdadeiros ramos, verdadeiros cristãos. Na verdade, de acordo com Carson (2007, p. 520), nós podemos parafrasear: “Dar fruto é para a glória de meu Pai, e assim vocês serão meus discípulos”, isto é, dar fruto está de tal forma relacionado com o genuíno discipulado, que um resultado se torna equivalente ao outro. Você tem certeza desse relacionamento com Jesus? Você tem convicção de que é um ramo verdadeiro? As suas orações têm sido respondidas? Permita a Deus te avaliar!
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