SINAIS DO VERDADEIRO ARREPENDIMENTO
Jonas • Sermon • Submitted
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Transcript
Os ninivitas creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até o menor. Chegou esta notícia ao rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou de si as vestes reais, cobriu-se de pano de saco e assentou-se sobre cinza. E fez-se proclamar e divulgar em Nínive: Por mandado do rei e seus grandes, nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa alguma, nem os levem ao pasto, nem bebam água; mas sejam cobertos de pano de saco, tanto os homens como os animais, e clamarão fortemente a Deus; e se converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos. Quem sabe se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos?
Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez.
Jn
Introdução
· O que é um crente? Alguém que crê em alguma coisa; mas como evidenciar o que realmente se crê?
o Nossas ações são baseadas naquilo que cremos: a lei da gravidade, beber leite com manga, comer gordura
o Assim sendo, se realmente cremos em Jesus, isto deveria ter algum efeito prático. A fé leva a uma nova vida, transformada pelo poder de Deus.
· A grande evidência de que cremos na mensagem do Evangelho é a consciência de quem Deus é, de quem nós somos, de nossa situação diante dele e de como ele a transforma por sua graça.
Explicação
· O que temos nesta passagem?
o Um profeta relutante, vingativo, de coração duro, com uma mensagem sem graça
o Uma cidade corrompida pelo pecado
o Um Deus de um amor persistente, que produz algo inesperado: um reavivamento começa na cidade
§ J. Vernon McGee diz que o que aconteceu em Nínive faz o dia de Pentecostes parecer pequeno
§ O que aconteceu em Nínive pode acontecer nas nossas vidas, nas nossas famílias, em nossos bairros, no Chora Menino, em São Paulo e no nosso país
· Não existe reavivamento sem arrependimento, sem mudança – nem individualmente, nem como igreja, nem como nação
Tema: Sinais do verdadeiro arrependimento
Tema: Sinais do verdadeiro arrependimento
1. Nasce da fé (v. 5)
1. Nasce da fé (v. 5)
· Os ninivitas creram...
· Não existe arrependimento sem a confiança da fé na Palavra de Deus e no que ela afirma acerca do nosso relacionamento com Deus. E o que ela afirma? – Escada
· Falamos do poder da Palavra na semana passada – o seu poder de produzir a fé salvadora; e a fé é salvadora porque nos leva a uma nova vida por meio do arrependimento. É pelo ouvir a Palavra que somos feitos justos – definitiva e progressivamente ().
Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça.
· – Devemos ter um coração grato por crermos, mas isto leva a uma consequência prática. Você já ouviu, viu e entendeu? Qual o próximo passo?
Ele lhes respondeu: A vós outros vos é dado conhecer o mistério do reino de Deus; mas, aos de fora, tudo se ensina por meio de parábolas, para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam; para que não venham a converter-se, e haja perdão para eles.
· Se você afirma crer em Cristo, mas sua vida permanece a mesma, sem qualquer mudança, há um sério problema com a sua definição de fé.
· O verdadeiro arrependimento nos leva ao reconhecimento de quem somos.
2. Leva à humilhação (v. 6)
2. Leva à humilhação (v. 6)
· As atitudes do rei de Nínive são reveladoras do seu verdadeiro arrependimento. Ao ouvir a mensagem de Jonas ele:
o Desce do trono – ele reconhece que é um homem pequeno, tão pequeno quanto qualquer dos demais
§ O verdadeiro arrependimento depende de uma disposição de coração que nos faz reconhecer a todos como iguais () e que só há um verdadeiro Rei, o Senhor.
pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,
o Tira seu manto real e se veste em pano de saco (explicar) – ele reconhece a indignidade que o pecado traz sobre si
§ O verdadeiro arrependimento implica numa renúncia ao orgulho. Ele nos faz compreender que somos indignos da bondade de Deus, merecedores de sua ira e das consequências que o pecado causa ( - pedir para abrir). Não há beleza ou virtude em nós que possa agradar a Deus
como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos. Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.
o Sentou-se em cinzas (explicar) – ele compreendeu que era desprezível pelo seu pecado aos olhos de Deus
§ Deus é justo e não pode tolerar o pecado diante de si. Assim, todo aquele que comete pecado é odioso aos seus olhos. O verdadeiro arrependimento é a compreensão de nosso estado de miséria diante de Deus
· As atitudes do rei demonstram uma disposição sincera em humilhar-se diante do Senhor. Não existe arrependimento verdadeiro sem quebrantamento de coração.
· (abrir) – É esta a atitude que a ação do Espírito de Deus, ao nos dar verdadeiro arrependimento, desperta em nós
Antes, ele dá maior graça; pelo que diz:
Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.
· São ações práticas de vida, como os versos 7 e 8 mostram. O verdadeiro arrependimento é provado por ações práticas.
3. Gera prática de vida (v. 7-8)
3. Gera prática de vida (v. 7-8)
· A fé e a disposição que esta produziu no coração do rei e do povo produziram ações práticas: eles jejuaram, vestiram-se de panos de saco e se dispuseram a deixar os seus maus caminhos.
· Alguns pontos a serem esclarecidos:
o Os animais participam do jejum e do vestir-se de panos de saco – a criação sofre com o pecado, mesmo sendo inocente dele (). Uma forma de demonstrar o arrependimento nacional completo.
Por isso, a terra está de luto, e todo o que mora nela desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar perecem.
o Eu e você cremos num estado laico, na separação entre igreja e Estado. O Estado não tem direito e nem possibilidade de determinar o coração de seu povo; contudo, um governante piedoso pode e deve chamar seu povo ao arrependimento e à fé
· Dito isto, precisamos compreender que o arrependimento se prova por meio de práticas transformadas
· Os atos em si de jejuar e colocar-se em pano de saco dizem muito pouco – risco da hipocrisia (). O que importa a Deus é o desejo sincero por santidade que se transforma em ação.
Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?
o Como eu provo que creio que meu corpo é templo do Espírito? Cuidando dele
o Como eu provo que creio na Igreja como Corpo de Cristo? Amando e cuidando de meus irmãos
o Como eu provo que creio em Jesus como Senhor? Obedecendo seus mandamentos
· ILU: Zaqueu, o carcereiro de Filipos
· Se você crê, pratique. Se não pratica é porque não creu ainda.
· Porém, meu último ponto visa esclarecer algo importante. Nós podemos ter escolhas individuais baseadas no arrependimento, mas arrepender-se não vem de nós. Ninguém pode se arrepender se Deus, pelo Espírito, não o conduzir a isto. Arrepender-se é, portanto, um dom da graça de Deus.
4. É obra da graça de Deus (v. 9-10)
4. É obra da graça de Deus (v. 9-10)
· ‘Quem sabe...’ – o rei não condiciona o perdão de Deus à nova atitude do povo
o Ele reconhece que Deus é soberano para agir como bem quiser
o Ele sabe que o salário do pecado é a morte
o Ele, entretanto, tem uma ponta de esperança, ainda que Jonas tenha fechado as portas a qualquer expectativa
· Isto para mostrar que o arrependimento é fruto da graça de Deus
o Que determina tanto os fins quantos os meios – Deus não é filho do homem para que se arrependa (), mas é soberano para determinar tanto os fins (a salvação) quanto os meios (o arrependimento). 4.2 aponta para isto – Jonas já desconfiava que Deus tinha um plano ao anunciar a destruição da cidade.
Deus não é homem, para que minta;
nem filho de homem, para que se arrependa.
Porventura, tendo ele prometido, não o fará?
Ou, tendo falado, não o cumprirá?
o Que é persistentemente compassivo – o termo “arrependeu-se” pode muito bem ser traduzido por “teve compaixão”.
§ Que melhor imagem da compaixão de Deus pelo filho arrependido que a do filho pródigo ()?
Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
· Que Deus maravilhoso é este que servimos, que nos dá o arrependimento, que recebe a seus inimigos como filhos e que ainda nos abençoa quando voltamos a ele!
Conclusão
O verdadeiro arrependimento somente é possível quando olhamos para Cristo:
· Ao olharmos com fé para ele, percebemos a gravidade do nosso pecado e a grandeza do amor e compaixão de Deus
· Ao lembrarmos de seu sacrifício, nos enchemos de espanto e adoração, por saber que ele levou sobre si o que eu e você merecíamos, o peso da ira de Deus contra o pecado.
· Ao compreendermos o que foi feito por nós, respondermos em gratidão com frutos de uma vida transformada, sabendo que não somos salvos por obras, mas para elas.
· Ao entendermos que ele nos deu do seu Espírito, sermos também gratos e humildes, pois nada do que temos (nem mesmo o arrependimento) nasce de nós, mas vem dele.
Aplicação
Como respondemos, então, conhecendo os sinais de um verdadeiro arrependimento?
· Devemos dar ouvidos à Palavra de Deus no que ela nos alerta sobre o juízo, que cada vez está mais próximo. É preciso sempre estarmos prontos a prestar contas de nossos atos a Deus ().
Portanto, assim te farei, ó Israel! E, porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus.
· Não há qualquer possibilidade de entrarmos em um relacionamento de amizade com Deus a menos que adotemos a postura humilde em reconhecermos tanto nossos erros quanto a nossa natureza pecaminosa incondicionalmente. É preciso descer do trono.
· É preciso ter cuidado com a hipocrisia de um arrependimento de fachada, que não se prova por meio de obras, ainda que estas não sejam capazes de nos salvar.
· Como igreja, devemos assumir o compromisso de anunciar a necessidade de arrependimento (ainda que isto seja desafiador em uma cidade como a nossa) e a compaixão de Deus em receber os que se humilham diante dele.
Que o Deus de toda compaixão nos anime a um compromisso de fidelidade cada vez maior com ele.