Fé em meio as perseguições

Dt 12.23   •  Sermon  •  Submitted
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Primeiro porque Marcos é um texto que se preocupa com a temática do seguimento, da fé e do discipulado, temas que se enquadram muito bem num contexto de perseguição.

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INTRODUÇÃO

Jesus morreu por volta do ano 33 d.C. e o Evangelho de Marcos foi escrito pouco antes do ano 70 d.C. Neste período, as comunidades estavam espalhadas pela Palestina e pelo Império Romano. As perseguições romanas aos judeus já eram uma realidade desde 54 d.C., ano no qual Cláudio expulsou os judeus de Roma. As perseguições aos cristãos se tornaram constantes depois de 64 d.C., com o Incêndio de Roma, no governo de Nero (54-68 d.C.) e a oposição dos judeus na Palestina gerava um clima de insegurança e medo na população e dentro das comunidades cristãs. Muitos cristãos já haviam morrido, alguns negado a fé. Roma reprimia as revoltas judaicas com mão de ferro e, logo, a crescente oposição chegaria ao seu ápice. A catástrofe do ano 70 d.C. foi preparada durante um período de quase trinta e cinco anos de agitações na Palestina.
Jesus morreu por volta do ano 33 d.C. e o Evangelho de Marcos foi escrito pouco antes do ano 70 d.C. Neste período, as comunidades estavam espalhadas pela Palestina e pelo Império Romano. As perseguições romanas aos judeus já eram uma realidade desde 54 d.C., ano no qual Cláudio expulsou os judeus de Roma. As perseguições aos cristãos se tornaram constantes depois de 64 d.C., com o Incêndio de Roma, no governo de Nero (54-68 d.C.) e a oposição dos judeus na Palestina gerava um clima de insegurança e medo na população e dentro das comunidades cristãs. Muitos cristãos já haviam morrido, alguns negado a fé. Roma reprimia as revoltas judaicas com mão de ferro e, logo, a crescente oposição chegaria ao seu ápice. A catástrofe do ano 70 d.C. foi preparada durante um período de quase trinta e cinco anos de agitações na Palestina.
Marcos, Professor Antonio. Encontro com o Evangelho de Marcos: Teologia e história do primeiro Evangelho a partir do seu final original (Locais do Kindle 317-319). UNKNOWN. Edição do Kindle.
Marcos, Professor Antonio. Encontro com o Evangelho de Marcos: Teologia e história do primeiro Evangelho a partir do seu final original (Locais do Kindle 319-323). UNKNOWN. Edição do Kindle.

A FÉ NO MESSIANISMO DE JESUS

COMO MANTER A FÉ NO MESSIANISMO DE JESUS

Como poderia, o povo judeu manter a fé em um Messias que foi pendurado em um madeiro. Pois, na época de Jesus todo homem pendura em um madeiro era maldito de Deus, como está escrito na Escritura Sagrada.
Deuteronômio 21.23 RAStr
o seu cadáver não permanecerá no madeiro durante a noite, mas, certamente, o enterrarás no mesmo dia; porquanto o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus; assim, não contaminarás a terra que o Senhor, teu Deus, te dá em herança.
dt 21:
Como o povo poderia ter fé em um Messias que não queria reinar sobre seu povo. As Escrituras Sagradas apresentam algumas vezes que o povo quiz fazer Jesus rei, mais Ele sempre se retirava.
João 1.49 RAStr
Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!
jo 1.
João 6.15 RAStr
Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte.
João 12.13 RAStr
tomou ramos de palmeiras e saiu ao seu encontro, clamando: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e que é Rei de Israel!
jo 4.
João 6.15 RAStr
Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte.
jo
Toda á euforia do povo judeu para fazer Jesus rei, sobre o povo de Israel, não motivava Jesus á tais pensamentos.

QUATRO MOVIMENTOS RELIGIOSOS NOS TEMPO DE JESUS

Na época de Jesus existia quatro movimentos religiosos, os quais aguardavam o aparecimentos do Messias em sua perspectiva religiosa.
1. O farisaísmo do primeiro século parecia procurar reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como abluções cerimoniais, jejuns, orações e esmolas. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva, sustentavam a teocracia e a causa do seu país e, tinham grande influência entre o povo.
2. O termo “saduceu” vêm também do hebraico “tsaduquim”, “justos”. Na política, eles eram considerados realistas, e a idéia de uma dominação mundial do mundo judaico, atribuível aos delírios apocalípticos tão comuns na literatura da época, parecia utopista para eles. Eles eram uma minoria muito pequena, mas muito influente nos dias de Cristo.
3. Os essênios eram considerados o povo escatológico de Deus, acreditando que sua realização da lei traria a intervenção divina sob a forma de uma guerra que acabaria com todos os governos da Terra; portanto, para a admissão na seita foi necessário um noviciado de dois ou três anos, a renúncia à propriedade privada e, em muitos casos, ao casamento.
Flavius Josefo, The Wars of the Jews, ed. Alfonso Ropero Berzosa, História da coleção (Barcelona, Espanha: Editorial CLIE, 2013), 14.
4. Os Zelotes eram uma seita de judeus, que se originou com Judas o Gaulonite (). Eles recusaram-se a prestar homenagem aos romanos, alegando que isso era uma violação do princípio de que Deus era o único rei de Israel. Eles se rebelaram contra os romanos, mas logo foram espalhados e se tornaram a banda sem lei de meros bandidos. Eles foram depois chamados de Sicarii, de seu uso da sica, ou seja, a adaga romana.
M. G. Easton, Easton's Bible Dictionary (Nova Iorque: Harper & Brothers, 1893).
Flavius Josefo, The Wars of the Jews, ed. Alfonso Ropero Berzosa, História da coleção (Barcelona, Espanha: Editorial CLIE, 2013), 14.
Marcos, Professor Antonio. Encontro com o Evangelho de Marcos: Teologia e história do primeiro Evangelho a partir do seu final original (Locais do Kindle 941-942). UNKNOWN. Edição do Kindle.
Marcos, Professor Antonio. Encontro com o Evangelho de Marcos: Teologia e história do primeiro Evangelho a partir do seu final original (Locais do Kindle 940-941). UNKNOWN. Edição do Kindle.
Estes quatro movimentos religiosos na época de Cristo, esperavam um Messias que se em identificava em suas crenças fundamentais. Em um Messias que Libertaria a nação de Israel do jugo Romano e faria Israel uma nação superior as demais nações.

Marcos, Professor Antonio. Encontro com o Evangelho de Marcos: Teologia e história do primeiro Evangelho a partir do seu final original (Locais do Kindle 317-319). UNKNOWN. Edição do Kindle.
Marcos, Professor Antonio. Encontro com o Evangelho de Marcos: Teologia e história do primeiro Evangelho a partir do seu final original (Locais do Kindle 319-323). UNKNOWN. Edição do Kindle.

O MESSIAS COMO A SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS

Para quase todos os judeus o messias traria uma mudança radical na história, um tempo de paz e bonança, de independência para Israel. Além do mais, o Antigo Testamento ensinava que um condenado à morte num madeiro devia ser considerado “maldito de Deus” (,). Como um maldito de Deus poderia ser o messias? Onde estaria a era messiânica prometida? Como encontrar sentido em meio aos tormentos e sofrimentos deste tempo?
A maior parte dos apóstolos e dos primeiros discípulos de Jesus já havia morrido. Uma nova geração de líderes estava assumindo as comunidades. Este processo causava tensões e insegurança. Poderíamos até dizer uma “grande crise” que pode ser resumida na antiga e ainda nova pergunta: “como ser discípulo de Jesus em tempos tão difíceis?”.
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Uma grande parte da população judaica tinha uma concepção contraria sobre a vinda do Messias, predito nas Escrituras. Na visão religiosa de muitos judeus, o Messias deveria vir como um rei que livraria Israel da opressão romana, já que, o mesmo procederia da linhagem real de Davi.
Marcos, Professor Antonio. Encontro com o Evangelho de Marcos: Teologia e história do primeiro Evangelho a partir do seu final original (Locais do Kindle 418-421). UNKNOWN. Edição do Kindle.
Exemplos:
jo 41
João 1.40–41 RAStr
Era André, o irmão de Simão Pedro, um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus.Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo),
João 1.41 RAStr
Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo),
jo
João 4.25 RAStr
Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas.
jo4.
2Samuel 7.16–17 RAStr
Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre.Segundo todas estas palavras e conforme toda esta visão, assim falou Natã a Davi.
2sm 7.
Isaías 11.1 RAStr
Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo.
isa
Isaías 9.7 RAStr
para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.
Marcos 15.32 RAStr
desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos. Também os que com ele foram crucificados o insultavam.
mc 15.
O Messias esperado pela nação judaica estava muito distante do Messias apresentado nas Escrituras .
Os evangelhos de Lucas e Mateus contam que Jesus nasceu em Belém, na província romana da Judeia de uma mãe ainda virgem. No relato do Evangelho de Lucas, José e Maria viajaram de Nazaré para Belém para comparecer a um censo e Jesus nasceu durante a viagem numa simples manjedoura.

O MESSIAS NÃO ESPERADO PELA NAÇÃO JUDAICA

O messianismo de Jesus não é o messianismo glorioso e nacionalista esperado pelos judeus, muito menos se identificou com o messianismo que pretendia ser uma solução imediatista das necessidades das multidões. O seu messianismo exigia renúncia e não se opunha aos violentos com a mesma violência. O messianismo de Jesus se direcionou para cruz, sinal de sofrimento e humilhação. Um destino que não poderia ser concebido como a do messias aguardado pelo judaísmo, como meio de se encontrar um tempo de libertação, resgate da identidade nacional e da salvação da dominação estrangeira.
O messianismo de Jesus não é o messianismo glorioso e nacionalista esperado pelos judeus, muito menos se identificou com o messianismo que pretendia ser uma solução imediatista das necessidades das multidões. O seu messianismo exigia renúncia e não se opunha aos violentos com a mesma violência. O messianismo de Jesus se direcionou para cruz, sinal de sofrimento e humilhação. Um destino que não poderia ser concebido como a do messias aguardado pelo judaísmo, como meio de se encontrar um tempo de libertação, resgate da identidade nacional e da salvação da dominação estrangeira.
Exemplos:
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Mateus 16.21 RAStr
Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia.
1Pedro 2.23–24 RAStr
pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente,carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.
2Pedro 1.1 RAStr
Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo,
Marcos, Professor Antonio. Encontro com o Evangelho de Marcos: Teologia e história do primeiro Evangelho a partir do seu final original (Locais do Kindle 702-705). UNKNOWN. Edição do Kindle.
mt
Marcos 15.32 RAStr
desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos. Também os que com ele foram crucificados o insultavam.
1pe 2.23-24
2pedro2.23-24
Ao seguir a lógica que todo homem pendurado no madeiro e maldito de Deus, como explicar que o Messias prometido deveria ser pendurado em um madeiro.

O REINO MESSIANICO DE JESUS

Em algumas ocasiões Jesus afirmou que seu reino não estava neste mundo, mas, em um outro mundo por vir. Na perspectiva de Jesus o seu messianismo não estava detido a libertação da nação judaica do opressão romana ou de alguma outra nação, mas, o seu messianismo esta centrado na libertação de seus pecados e os pecados de todo o mundo.
exemplos :
João 18.36 RAStr
Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
Mateus 1.21 RAStr
Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.
mt 1
Lucas 1.77 RAStr
para dar ao seu povo conhecimento da salvação, no redimi-lo dos seus pecados,
O messianismo de Jesus estava centrado em liberta Israel de seus pecados e, de redimidos para o novo reino Messiânico.

FÉ NO MESSIANISMO QUE NÃO SE ESPERA

Logo ao ver um judeu pendurado em um madeiro um centurião romano, tira fé de algo que não se esperava, sobre o condenado judeu pendurado em um madeiro, e diz :
Marcos 15.39 RAStr
O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.
Marcos 15.39 RAStr
O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.
Marcos 15.39 RAStr
O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.
O segundo elemento é expresso pelo centurião romano () que na narrativa encontra-se em frente ao crucificado. Quando percebe a sua morte, ele exclama uma profissão de fé que nem os que foram curados por Jesus ou seus discípulos conseguiram afirmar: “verdadeiramente este homem é filho de Deus!”[ lv]. Essa profissão provavelmente aparece em Marcos como uma espécie de ironia para sua comunidade: como seria possível proclamar tal fala diante de um homem humilhado e maltratado, condenado da mesma forma que os piores malfeitores? É, neste intrigante paradoxo, diante da cruz de Jesus, que o centurião romano proclama explicitamente o que era escondido no ministério público de Jesus. Existe um mistério na cruz que não é fácil enxergar e colocar na vida e, mesmo não sendo de fácil compreensão, está diante dos nossos olhos como uma verdade escondida. Uma vitória silenciosa e estranha; escondida numa cruz de um messias “filho do homem”.
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O segundo elemento é expresso pelo centurião romano () que na narrativa encontra-se em frente ao crucificado. Quando percebe a sua morte, ele exclama uma profissão de fé que nem os que foram curados por Jesus ou seus discípulos conseguiram afirmar: “verdadeiramente este homem é filho de Deus!”[ lv]. Essa profissão provavelmente aparece em Marcos como uma espécie de ironia para sua comunidade: como seria possível proclamar tal fala diante de um homem humilhado e maltratado, condenado da mesma forma que os piores malfeitores? É, neste intrigante paradoxo, diante da cruz de Jesus, que o centurião romano proclama explicitamente o que era escondido no ministério público de Jesus. Existe um mistério na cruz que não é fácil enxergar e colocar na vida e, mesmo não sendo de fácil compreensão, está diante dos nossos olhos como uma verdade escondida. Uma vitória silenciosa e estranha; escondida numa cruz de um messias “filho do homem”.
Marcos, Professor Antonio. Encontro com o Evangelho de Marcos: Teologia e história do primeiro Evangelho a partir do seu final original (Locais do Kindle 1070-1075). UNKNOWN. Edição do Kindle.
Marcos, Professor Antonio. Encontro com o Evangelho de Marcos: Teologia e história do primeiro Evangelho a partir do seu final original (Locais do Kindle 1067-1070). UNKNOWN. Edição do Kindle.

ILUSTRAÇÃO

Auschwitz é uma rede de campos de concentração localizados no sul da Polônia operados pelo Terceiro Reich nas áreas polonesas anexadas pela Alemanha Nazista, maior símbolo do Holocausto perpetrado pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. A partir de 1940, o governo de Adolf Hitler construiu vários campos de concentração e um campo de extermínio nesta área. A razão direta para sua construção foi o fato de que as prisões em massa de judeus, especialmente poloneses, por toda a Europa que ia sendo conquistada pelas tropas nazistas, excediam em grande número a capacidade das prisões convencionais até então existentes.Ele foi o maior dos campos de concentração nazistas, consistindo de Auschwitz.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
Em meios as perseguições podemos ter fé e acreditar nas promessas de Deus, pois aquele que prometeu não falhara em cumprir as suas promessas. As promessas de Deus feita aos perseguido é a vida eterna em seu reino que em breve será visto pelo seu povo que o aguarda .
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