Jesus maior

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Jesus é maior que josué

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hb 4 1-17

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INTRODUÇÃO

Nesta lição veremos Jesus sendo apresentado pelo escritor aos Hebreus como superior a Josué um dos grandes personagens do Antigo Testamento; notaremos também paralelismos que há entre Josué e Jesus nas Escrituras; destacaremos mais uma vez a verdade de que o Senhor Jesus é superior; bem como pontuaremos que Cristo conduz o homem ao repouso pleno; e por fim, a condição exigida por Deus para entrar nesse descanso.

I -  QUEM FOI JOSUÉ

Seu nome completo“Jehoshua” (Nm 16.16) significa: “Jeová é salvação” (WYCLIFFE, 2012, p. 1095). Popularmente chamado de Josué (Ne 8.17), mas seu nome original era Oseias (Nm 13.8). Josué era filho de Num, que era filho de Elisama, príncipe da tribo de Efraim (Êx 33.11; Nm 1.10).

1.1 Líder militar.  Como tinha mais de 40 anos de idade quando deixou o Egito, parecia bem qualificado a assumir o comando das forças israelitas que lutaram contra os amalequitas em Refidim (Êx 17.8-13). Moisés ordenou que Josué saísse à peleja contra os amalequitas; e ele selecionou o exército, batalhou e venceu o inimigo. Como também foi um dos escolhidos para espiar a terra de Canaã (Nm 13.1-16).

1.2 Sucessor de Moisés. Josué foi comissionado para ocupar a liderança depois do falecimento de Moisés escolhido por Deus (Nm 27.15-23; Js 1.1-9). Muitas das atividades que Josué desempenhou podem ser vistas como  imagens num espelho das ações anteriores do grande legislador, Moisés.

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1.3 Representante dos israelitas. Como representante do povo diante de Deus, somente Josué recebeu as instruções finais para a organização do povo (Js 1.1-9); para a travessia do rio Jordão (Js 3.7,8; 4.1-24); para a conquista de Jericó (Js 6.2-5); para a identificação do pecado de Acã (Js 7.10-15); para a conquista de Ai (Js 8.1,2,18); para a distribuição da terra (Js 13.1-7); e para a designação das cidades de refúgio (Js 20.1-6).

1.4 Um homem íntegro. Josué destacou-se na história de Israel, não apenas como um líder e substituto de Moisés, mas também, como um homem de muitas qualidades espirituais e de caráter íntegro: (a) um homem de fé e de coragem. Josué foi um dos doze espias enviados para conhecer a terra de Canaã (Nm 13.16), dos tais, somente Josué e Calebe animaram o povo e disseram que a terra era boa e possível de ser conquistada (Nm 14.6-9); (b) um servo obediente. A palavra servo significa: “aquele que está sujeito a um Senhor”, “submisso”. Estas qualificações podem ser vistas em Josué, pois ele foi um servo fiel e obediente (Êx 17.9,10; 24.13; Js 1.1). Durante toda a sua vida ele foi fiel a Deus e também a Moisés, a perseverança é um dos aspectos mais notórios do caráter de Josué. No fim de sua vida, vendo a tendência do povo para a idolatria, reuniu as tribos em Siquém para dar-lhes esta grande advertência, avisando-os do perigo de servir a outros deuses, ele porém, estava decidido em servir ao Senhor com sua família (Js 24.15).

II – PARALELISMOS ENTRE JOSUÉ E JESUS

Apesar de não haverem profecias messiânicas em seu livro, Josué é claramente uma figura de Cristo. Vejamos algumas semelhanças:

2.1 Em relação ao seu nome. Josué tem a mesma forma grega do nome de Jesus “Iesous” (At 7.45; Hb 4.8), sendo assim, Josué é o equivalente veterotestamentário de Jesus. Conforme observado na semelhança entre seus nomes, cujos significados apontam para a “salvação de seu povo” (Mt 1.21; Lc 1.31), Josué portanto, é considerado uma figura de Cristo no Antigo Testamento.

2.2 Em relação a sua missão. A tarefa de Josué consistia em liderar Israel na conquista da terra de Canaã, por essa razão torna-se uma figura de Cristo, também como nosso comandante conquistador rumo a pátria celestial (Fp 3.20; Hb 11.14,16). Josué foi um agente tanto da graça no caso de Raabe (cf. Js 2.8-21; 6.22-25), quanto da condenação na guerra contra as nações ímpias na Terra Prometida, assim como Jesus é tanto o Salvador quanto o Juiz de todos os homens (Jo 3.15,16; At 17.30,31). A triunfante obra de levar seu povo a possuir a terra, Josué prenuncia aquele que levaria muitos filhos à glória (Hb 2.10; 2 Co 2.14; Rm 8.37). A terra prometida e sua conquista pelo povo de Deus, tipifica a herança espiritual dos crentes e sua salvação em Cristo. Assim como foi a conquista de Canaã, tomar posse da salvação e da vida eterna envolve a guerra e vitórias espirituais (Ef 6.10-20). Josué sucede Moisés e alcança a vitória que Moisés não alcançou, Cristo sucede a Lei mosaica e alcança a vitória não alcançada pela Lei (Jo 1.17; Rm 8.2-4; Gl 3.23-25; Hb 7.18,19).

2.3 Em relação a sua capacitação. Para a realização de sua missão ordenada por Deus, Josué necessitava de uma capacitação especial (Nm 27.18,20,23); semelhantemente Jesus para dar início ao seu ministério, se fazia necessário uma capacitação por meio da ação do Espírito Santo, como afirma o apóstolo Pedro: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At 10.38; ver Lc 3.22; 4.1, 14,17-22).

III – A SUPERIORIDADE DE JESUS EM RELAÇÃO A JOSUÉ

Embora haja um paralelismo entre Josué e Jesus, o escritor aos Hebreus destaca que também existe ao mesmo tempo um contraste entre eles; isso recai no fato de que Josué não obteve para seu povo o descanso verdadeiro, não lhes deu de fato o repouso pleno (Hb 4.8). Notemos então a superioridade de Jesus destacada por algumas verdades nessa passagem:

3.1 Uma promessa superior. A palavra promessa é usada por cinquenta e três vezes no NT. Na epístola aos Hebreus aparece por quatorze vezes, mais do que em qualquer outro livro neotestamentário (Hb 4.1; 6.12,15,17; 7.6; 8.6; 9.15; 10.36; 11.9, 13,17,33,39) (CHAMPLIN, 2010, p. 514). O escritor motiva a seus leitores a permanecerem em obediência a Cristo, lembrando que a promessa do repouso em favor de seu povo permanece firme: “Temamos, portanto, que sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado” (Hb 4.1 - ARA). A promessa não mudou pela falta de fé de alguns, antes ela continua de pé; o perigo está em que a percamos e não consigamos alcançá-la por desobediência. Portanto, a advertência recai no fato de que há promessas de Deus que são condicionais (Hb 4.2).O livro de Josué mostra as grandes conquistas efetuadas por ele, mas destaca que “ainda muitíssima terra ficou para possuir” (Js 13.1). Josué, sem dúvida, proveu uma forma de “descanso” físico, político e social, mas o verdadeiro descanso era uma promessa para o povo da nova aliança (GONÇALVES, 2017, p. 51).

3.2 Um repouso superior. Muito embora Josué tenha conduzido os israelitas a conquistar a terra de Canaã, levando a nação ao repouso depois de 40 anos peregrinando no deserto, Josué deu aos israelitas descanso (Js 22.4), como cumprimento de uma promessa (Dt 31.7); mas este repouso político, civil e material em Canaã não é o descanso pleno, como afirma o escritor aos Hebreus: “Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia. Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hb 4.8,9). O argumento exposto na carta é que, se Josué tivesse proporcionado ao povo o definitivo descanso que Deus tinha em mente, Davi não teria feito alusão a outro repouso de natureza superior (Sl 95.7-11). Por essa razão ao tornarem ao judaísmo, os cristãos judeus estavam trocando o espiritual e eterno, pelo físico e transitório. Em Cristo o homem recebe o repouso completo no aspecto presente (Rm 5.1,2; 8.1); e sobretudo no futuro onde a salvação terá seu aspecto final, a glorificação. Ele declarava a todas as pessoas: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei […] e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mt 11.28,29; ver Is 53.5; Ap 6.9-11; 7.17; 14.13; 21.4).

3.3 Uma exortação superior. É importante lembrar que há um propósito exortativo na argumentação usada pelo escritor. Segundo Wiersbe (2006, p. 1317): na primeira exortação (Hb 2.1-4), o autor ressaltou o perigo de se desviar da Palavra por negligência. Nesta exortação (Hb 3 e 4), ele explica o perigo de duvidar da Palavra por causa da dureza do coração. Ao abandonar o caminho que conduz à salvação, não atentando para a promessa de um dia entrar no repouso eterno (Hb 4.1), o cristão incorre precisamente no mesmo exemplo de desobediência tanto em sua conduta como em seu destino, da nação de Israel, em sua caminhada pelo deserto. A advertência do escritor sagrado, aqui, é quanto à desobediência da geração do deserto, por este motivo ele exorta: “Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência” (Hb 4.11) (SILVA, 2013, p. 74 – acréscimo nosso).

3.4 Uma mensagem superior. Diante do exemplo histórico citado como exortação pelo escritor, ele incentiva aos destinatários da carta, agirem: (a) com temor (Hb 4.1); (b) com fé (Hb 4.2); e, (c) com dedicação (Hb 4.11). Deus exige de nós, ainda hoje, uma firme decisão que deve ser conservada até o fim. O perigo da apostasia é real, no entanto, com vistas ao que é mais excelente, devemos permanecer em obediência a Deus sabendo que ele é fiel (Hb 10.23); e que temos uma responsabilidade diante o projeto de Deus para nós, onde não se deve reagir com negligência (Hb 6.11).

CONCLUSÃO

Diante das dificuldades que como crentes enfrentamos nesta vida, por meio de Cristo Jesus aquele que é superior, temos uma promessa de desfrutarmos de um repouso em nossa jornada cristã e sobretudo, entrarmos no descanso eterno, prometido aos que o servem em obediência até o fim.

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INTRODUÇÃO

Nesta lição veremos Jesus sendo apresentado pelo escritor aos Hebreus como superior a Josué um dos grandes personagens do Antigo Testamento; notaremos também paralelismos que há entre Josué e Jesus nas Escrituras; destacaremos mais uma vez a verdade de que o Senhor Jesus é superior; bem como pontuaremos que Cristo conduz o homem ao repouso pleno; e por fim, a condição exigida por Deus para entrar nesse descanso.

I -  QUEM FOI JOSUÉ

Seu nome completo“Jehoshua” (Nm 16.16) significa: “Jeová é salvação” (WYCLIFFE, 2012, p. 1095). Popularmente chamado de Josué (Ne 8.17), mas seu nome original era Oseias (Nm 13.8). Josué era filho de Num, que era filho de Elisama, príncipe da tribo de Efraim (Êx 33.11; Nm 1.10).

1.1 Líder militar.  Como tinha mais de 40 anos de idade quando deixou o Egito, parecia bem qualificado a assumir o comando das forças israelitas que lutaram contra os amalequitas em Refidim (Êx 17.8-13). Moisés ordenou que Josué saísse à peleja contra os amalequitas; e ele selecionou o exército, batalhou e venceu o inimigo. Como também foi um dos escolhidos para espiar a terra de Canaã (Nm 13.1-16).

1.2 Sucessor de Moisés. Josué foi comissionado para ocupar a liderança depois do falecimento de Moisés escolhido por Deus (Nm 27.15-23; Js 1.1-9). Muitas das atividades que Josué desempenhou podem ser vistas como  imagens num espelho das ações anteriores do grande legislador, Moisés.

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