Dentro Ou Fora, Onde Você Quer Estar?

Não  •  Sermon  •  Submitted
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Introdução

Já perceberam como nos alegramos por motivos errados e às vezes nos entristecemos por motivos que nos deveriam fazer felizes? Quantos vezes alguém diz “não fica assim não”, olha para a vida de “fulano de tal” está bem pior que a sua. Deveríamos nos entristecer com a vida do “fulano de tal”, mas estranhamente nos alegramos porque a vida dele está pior que a nossa. Por outro lado, quando alguém testemunha uma bênção que recebeu do Senhor, do tipo “fui promovido no emprego” ou “comprei um carro”, ficamos, às vezes, infelizes porque as bênçãos não foram para nós.
Esses sentimentos são antigos. No capítulo 15 do evangelho de Lucas podemos perceber isso quando publicanos e pecadores chegavam-se a Jesus para o ouvir e os fariseus e escribas ficavam entristecidos com isso.
A partir de então, Jesus conta-lhes três parábolas que enfatizavam que Deus se alegra quando um filho se volta a Ele – A parábola da ovelha perdida. A parábola da moeda perdida e, por fim, a parábola do filho pródigo.
Nesta última parábola … (contar a parábola até o versículo 19).
Ler .
Aqui, podemos ver o quanto Deus se alegra quando um filho se volta a Ele, e meu propósito é que vocês percebam como esta alegria é manifesta pelo Pai ao ver seu filho de volta. Mas, como Deus expressa essa alegria?
Veremos, então, 4 CARACTERÍSTICAS da alegria de Deus quando um filho se volta a Ele. A primeira característica é que ela é...

I. Uma Alegria Vista na Compaixão

A) Exposição
“20E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão...”
“Viu-o seu pai”
I. “Viu-o seu pai”
O texto declara o grande amor do pai pelo filho pródigo. Ele o procurava o tempo todo.
a) O texto declara o grande amor do pai pelo filho pródigo. Ele o procurava o tempo todo.
“Moveu-se de íntima compaixão”
II. “Moveu-se de íntima compaixão”
O termo grego que foi traduzido para “moveu-se”, indica uma reviravolta no estômago. É como se seu estômago tivesse revirado dentro dele. Ele condoeu-se por dentro pela situação em que se encontrava o filho.
a) O termo grego que foi traduzido para “moveu-se”, indica uma reviravolta no estômago. É como se seu estômago tivesse revirado dentro dele. Ele condoeu-se por dentro pela situação em que se encontrava o filho.
Isto posto, pode-se perceber como Deus se alegra quando um filho seu se volta a Ele. Isto é visto na sua profunda compaixão pelo pródigo.
2. Isto posto, pode-se perceber como Deus se alegra quando um filho seu se volta a Ele. Isto é visto na sua profunda compaixão pelo pródigo.
B) Contextualização
1. Todos conhecemos alguém que esteve unido conosco a igreja, mas que, por algum motivo, desviou-se, desonrando o pai com a sua atitude (v. 12)
2. A exemplo do filho pródigo eles trocaram sua herança por qualquer migalha oferecida pelo mundo (v.12).
3. Viver no mundo, a princípio pode parecer uma boa coisa, mas tem suas consequências:
I. Nos torna pobre (v.14)
II. Nos humilha (v.15)
III. Nos faz viver em miséria (v.16) e,
IV. Nos torna desamparados (v.17)
4. É possível que aquele que um dia pediu a sua herança e foi embora esteja sem graça de reconciliar. Talvez já tenha até “caído em si” (v. 17), e reconheça a sua miséria, no entanto, falta-lhe verdadeiro arrependimento. Está cheio de remorso, mas este é diferente daquele. Senão vejamos:
I. O remorso te distancia do pai
a) Judas confessou que tinha errado, devolveu o dinheiro ganho e suicidou. ().
II. O arrependimento te leva de volta para o pai
a) Davi se arrependeu, e disse: “Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo” ()
C) Aplicação
1. Se você desonrou o pai desprezando a sua presença e vive uma vida amarga, a qual nenhuma parábola, por mais impressionante que seja, saberá transmitir todo o sofrimento que sente, saiba, pela experiência do pródigo o que é preciso fazer para resolver este problema:
I. Tome um propósito (v.18)
II. Tome um rumo (v.18), e
III. Confesse, hoje mesmo, o seu pecado (v.18,19)
2. Tome uma atitude hoje, levante-se, volte para o pai. Ele o procura diligentemente. Saiba que ele, ao te ver, condoe-se por ti, ele se revira por dentro. O pai te ama de uma maneira indescritível!
3. Deus se alegra quando um filho seu se volta a Ele. Essa alegria se mostra primeiramente na compaixão. A segunda característica da alegria de Deus é que ela é…

II. Uma Alegria Que Supera a Humilhação

A) Exposição
1. “e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou” (v.20)
I. “e, correndo...”
a) Adultos honrosos naquela cultura não corria, isto era para crianças. Mas, quando o pai avistou seu filho, nada mais importava. Ele se expõe à humilhação de correr para encontrar o seu filho amado.
b) Por que o pai resolveu correr em direção ao filho?
1. Talvez para protegê-lo dos seus acusadores.
II. “lançando-se-lhe ao pescoço, e o beijou”
a) Depois de correr até o filho, o pai toma duas atitudes:
1. Abraça-o fortemente
2. Beija-o repetidamente
I. O tempo verbal indica isso.
2. Fica claro, diante do exposto, que Deus, em Cristo, não se importa mais com o seu status que com o seu filho. Ele se alegra quando um filho seu se volta a Ele. Cristo dispõe-se a correr em direção a um pecador que, verdadeiramente, arrepende-se de seu pecado.
B) Contextualização
1. Como é comum alguém ter medo de se expor, se tornar ridículo, se humilhar. Isso se torna um empecilho na medida em que essa vaidade toma conta do coração.
2. Humilhação não é retornar à casa do pai. Humilhação é desejar comer as lavagens que o mundo oferece.
3. A atitude do pródigo exigia coragem. Retornar para o pai exige a coragem de enfrentar todos que possam querer apontar o dedo e mostrar os seus pecados, no entanto, é bom saber que o pai ao correr, ao abraçar, e ao beijá-lo estará protegendo-o de todo tipo de acusação.
4. Jesus, a exemplo do pai, não fez caso da humilhação de “deixar o esplendor da sua glória”. Sendo Deus, viver em forma humana. Pagar um preço que não era seu ().
C) Aplicação
1. Volte para Cristo hoje. Ele está à sua procura e quando o ver voltando, correrá ao seu encontro.
2. Não tenha medo dos seus acusadores. Cristo te abraça e te beija. Ele te protege de todas as acusações.
3. Todo aquele que não está com o pai não é melhor que o pródigo. A vida dele é a sua vida. A situação dele é a sua situação. Você precisa se arrepender de seus pecados.
Vimos até aqui que Deus se alegra quando um filho seu se volta a Ele. A primeira característica dessa alegria é expressa em sua compaixão. A segunda característica dessa alegria é expressa na humilhação. E a terceira característica dessa alegria é ela é...

III. Uma Alegria Que Causa a Restauração

A) Exposição
1. “E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés” (v.21-22).
I. “Pequei contra o céu e perante ti” (v.21)
a) Pecar é transgredir uma lei divina ().
b) Pecar contra o céu equivale a dizer “pequei contra Deus”. Às vezes, os judeus diziam “céu” como referência a Deus ().
c) Quando o filho disse: “Pai, pequei contra o céu e perante ti”, ele estava declarando que havia pecado contra Deus e contra o pai. Ele havia transgredido tanto a lei divina ao pedir a herança antecipada ao pai, quanto havia desonrado ao pai com essa atitude e desobedecido à sua vontade, que é claramente, que ele não tivesse saído de casa.
2. “Não sou digno…”
I. O filho, quando estava na casa do pai, achava-se digno, merecedor da sua herança, mas agora, arrependido, ele enxerga a sua miséria e seu imérito.
3. “…de ser chamado teu filho” (v.21)
I. Na cultura judaica daquela época, a atitude desonrosa do filho, ao pedir a herança com o pai ainda vivo, exigiria que o pai deserdasse o filho. Segundo John Macarthur era possível até mesmo organizar um funeral para aquele filho.
II. Naturalmente o filho pensava que estava morto para o pai. Não morto literalmente, mas ele seria para o pai uma pessoa qualquer, jamais um filho!
4. “Mas o pai disse aos seus servos”
I. Veja quanto amor do pai pelo filho. O filho pediria ao pai para ser tratado como dos seus trabalhadores (v.19)
a) A palavra grega para “trabalhadores” significa “diarista”. Um diarista era alguém que trabalhava, normalmente, por um denário por dia.
b) Esta posição era abaixo de um escravo. Escravos poderiam assumir importantes posições, como, por exemplo, José, Eliézer, Ziba. Os diaristas eram os mais pobres entre o povo.
5. “Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés” (v.22)
I. O pai não queria mais um empregado, ele não aceitaria, nada menos, que um “filho”. Para restaurar o jovem ele o dá três objetos:
a) A melhor roupa
1. O pai disse “a melhor roupa” não, simplesmente, “a roupa”. A melhor roupa da casa certamente era do pai. É o tipo de roupa que só se usa numa ocasião especial. Era como um smoking.
2. Colocar no filho a “melhor roupa” era um sinal de “posição”. Aquele jovem estava começando a ser reintegrado na família.
b) Anel na mão
1. É possível que o pai lhe houvesse dado um anel com a insígnia da família. Quando alguém escrevia uma carta, ela era selada. O selo era uma espécie de autenticação. Quando a carta chegava ao destinatário, ao ver o selo, tinha a certeza de quem a escreveu.
2. Ao dar um anel com a insígnia da família, o pai estava capacitando o jovem de autoridade. Era como se o pai dissesse “eu assino embaixo” ().
c) Sandálias nos pés
1. O filho está pronto a pedir que o pai o fizesse como um diarista, o pior dos empregados, entretanto, esta atitude do pai mostra como ele o recebeu.
2. Diaristas andavam descalços. Escravos andavam descalços. Mas, filhos andavam calçados ().
3. Sandálias representa a aceitação final daquele jovem como filho ().
6. Portanto, pode ser visto como Deus tem pressa em restaurar um filho que se foi. Deus se alegra quando um filho seu se volta a Ele.
B) Contextualização
1. É comum vermos adesivos em carros dizendo “Não sou dono do mundo, mas sou filho do dono”. Mas, será que todos esses que possuem estes adesivos são filhos de Deus mesmo?
2. O pródigo pediu a sua herança pensando ser o “filho do dono”.
3. Perante a Bíblia, nem todo aquele que é gerado é filho. Ela diz que todos aqueles que receberam a Jesus, foi-lhes dados “o poder de serem filhos de Deus” ().
4. Portanto, ser filho de Deus não é apenas ter sido gerado por ele. É preciso, à semelhança do pródigo, arrepender-se dos seus pecados e confessá-los.
C) Aplicação
1. Talvez você imagine que vindo à Igreja, se tornando um “amigo do evangelho”, ou mesmo tendo um cartão de membro já basta para estar perante o Pai. Saiba, entretanto, que ele não quer mais um amigo, ele não quer um simples membro denominacional, Ele quer um filho!
2. Não permita que nada te bloqueie para voltar-se para o Pai. Talvez você tenha medo, diante dos seus pecados, de que o pai não o aceite. Entretanto, o Pai quer hoje te restaurar a posição de filho.
I. Ele quer te vestir com suas “vestes reais”, dando-lhe, em Cristo, uma posição ().
II. Ele quer colocar em seu dedo um anel, dando-lhe autoridade.
III. Ele quer calçá-lo, pois homens livres não andam descalços.
3. Deus se alegra quando um filho seu se volta a Ele. Primeira característica: Compaixão. Segunda, humilhação. E, terceira, restauração. Mas, há ainda uma quarta característica, pois esta é…

IV. Uma Alegria Que Gera Comemoração

A) Exposição
1. “e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se” (v. 23-24)
I. “Trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos”
a) Toda família rica tinha um bezerro, o qual era alimentado e engordado para uma ocasião especial. Que ocasião era esta?
b) Duas são as possibilidades:
1. O casamento do irmão mais velho.
2. O pai estava engordando o bezerro enquanto esperava pelo retorno do pródigo.
c) Tudo estava pronto para a festa.
II. “porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado”
a) Por que fazer uma festa? Jesus nos fala de dois motivos:
1. Porque o filho estava “morto”, isto é, “socialmente morto”. Isto é passado. Mas, agora, ele foi reintegrado. Perante o pai, ele foi ressuscitado.
b) “Porque ele tinha-se perdido e foi achado”
1. Perceba que ele se perdeu por conta própria.
2. Porém, foi achado. Isto é, o pai o encontrou. Aqui pode ser visto algo que não estava tão claro na parábola, mas que faz parte dela: o pai estava, o tempo todo, procurando o seu filho.
III. “E começaram a alegrar-se”
a) A festa não era um tipo de honraria para o filho, mas para declarar a alegria do pai.
b) Com tamanho amor, misericórdia e demonstrando imensa graça ao perdoar e restaurar o filho perdido, o pai merecia uma festa que o honrasse.
2. Portanto, pode-se afirmar que o motivo para uma grande festa como aquela era o retorno do filho. Deus se alegra quando um filho seu se volta a Ele, e Ele expressa esta alegria em forma de comemoração.
B) Contextualização
1. O que em nossos dias pode ser considerado uma grande festa?
I. Natal, réveillon, o especial do Roberto Carlos, o Rock in Rio?
2. Todas essas são grandes festas terrenas, mas Deus também faz festa! Sabe quando?
I. Quando um filho se volta a Ele arrependido.
3. Pense: se estas festas que citamos são tão grandiosas, e muitas, por motivos banais, como não será muito maior uma festa feita por Deus quando a coroa da sua criação se volta para ele?
4. Esta festa, feita pelo pai, o glorifica, o enaltece, porque sua graça alcançou um pecador. Você quer ser o motivo desta festa?
C) Aplicação
1. Só uma coisa é preciso para que a festa aconteça. Arrependimento. Essa é a atitude que o Pai espera do seu filho.
2. O “bezerro cevado” já foi morto. A Bíblia diz que ele foi morto desde a fundação do mundo (). O Pai já providenciou tudo. A festa só espera pelo convidado.
3. Então, você quer dar motivo ao pai para uma grande festa? O convite hoje é feito a você. Arrependa-se e volte para o pai!

Conclusão

Não há com que se preocupar em voltar-se para o Pai, Ele se alegra quando isto acontece. Essa alegria se caracteriza em sua compaixão pelo estado do filho, em sua humilhação, em sua restauração e em sua comemoração.
Vale ressaltar que esta parábola não teve fim. O filho mais velho chega em casa, vê a festa, fica irritado com o pai em ter perdoado o irmão, mas Jesus não diz como esta estória terminou.
Creio que o objetivo de Jesus era enfatizar que o final desta história somos nós que fazemos. O filho ficou de fora da casa, e você quer entrar para a festa? Arrependa-se hoje!
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