COMO NOSSAS ADVERSIDADES PODEM CONTRIBUIR PARA A GLÓRIA DE DEUS
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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Você conhece o hino de número 398 do Cantor Cristão? Não? O título dele é “Sou Feliz”. Você deve estar pensando que o autor deste hino o escrevera num momento de grande felicidade. Talvez passe pela sua mente quanta bonança ele vivia. Vou lhe contar essa história...
Horatio Spafford e Anna Spafford era um casal evangélico, da igreja presbiteriana. Eles moravam em Chicago, EUA. Horatio era um sucedido advogado, além de um fervoroso professor de Escola Dominical.
Em 1870, aconteceu a primeira tragédia na vida do casal Spafford. O único filho do casal morreu de uma grande febre. Eles não perderam a sua fé. Eles não abandonaram o seu Deus por isso.
Em 1871, eles tiveram outra perda. Um grande incêndio ocorreu na cidade de Chicago e eles perderam tudo. Contudo, movidos pelo amor cristão, ajudaram os desabrigados se reerguerem, e juntamente com eles, se reergueram também. Esta era uma família batalhadora.
O tempo se passou e eles tiveram mais 4 filhas. Agora, a família estava grande! Este seria um momento perfeito para escrever o hino “Sou feliz”, não era? Pois é, mas ele ainda não o escreve.
Em 1873 Anna Spafford fica doente e um médico lhe recomenda “novos ares”. Eles precisariam se mudar para a Europa. Juntaram então suas economias e compraram os bilhetes para viajarem. De última hora, porém, alguma coisa aconteceu e Horatio não pôde ir na viagem. Anna e suas 4 filhas ingressaram no navio, e, assim que pudesse, Horatio ia encontra-las na Europa.
Mas... Algo deu errado. De noite, enquanto todos dormiam aquele navio se chocou com outro. Foi um corre-corre só. A senhora Spafford reuniu suas pequeninas e fizeram uma oração ao Senhor, pedindo-lhe que as salvassem, entretanto, que acima de tudo, fosse feita a sua vontade.
O navio afundou, as 4 filhas do casal Spafford morreram, porém Anna foi salva. Chegando em terra firme, no país de Gales, Anna enviou um telegrama para Horatio, dizendo “salva, porém só”. Imediatamente Horatio deixou tudo o que estava fazendo e foi encontrar-se com sua esposa.
Em alto mar, O Espírito Santo consolou Horatio, e o mesmo indo até a cabine do navio escreveu a canção “it is well with my soul”, a canção 398 do cantor cristão sob o título de “Sou feliz”.
Eis um trecho do hino de Horatio:
Se paz a mais doce me deres gozar
Se dor a mais forte sofrer
Oh, seja o que for, Tu me fazer saber
Que feliz com Jesus sempre sou
Por mais dolorosa que tenha sido a experiência de Horatio e Anna, ninguém pode negar como essa adversidade serviu e tem servido para a glória de Deus. Milhares, senão milhões de pessoas têm sido acalentadas, até hoje, em meio à sua dor e sofrimento por esta bela canção.
Diante do texto lido, podemos também perceber isto: que nossas adversidades podem contribuir para a glória de Deus. Paulo estava preso em Roma, mas ele passa a relatar aos filipenses que o seu sofrimento tem contribuído de alguma forma para o crescimento do evangelho.
Meu propósito hoje é que vocês percebam que o nosso sofrimento, que a nossa dor, também pode contribuir para a glória de Deus. Por isso, quero mostrar-lhes, pelo texto, 3 MANEIRAS de como nossa adversidade pode contribuir para a glória de Deus. A primeira MANEIRA é no...
I. CRESCIMENTO DO EVANGELHO (V. 13)
I. CRESCIMENTO DO EVANGELHO (V. 13)
Fazendo-o manifesto aos de dentro e aos de fora
Exposição
“as minhas prisões em Cristo foram manifestas”. Isto significa que o motivo de sua prisão se tornou clara. Ele não estava preso por um crime, mas por sua confissão religiosa.
Isto provavelmente fez com que ele ganhasse a simpatia dos guardas e do povo que o visitava.
a. Isto, provavelmente, fez com que ele ganhasse a simpatia dos guardas e do povo que o visitava.
“por toda a guarda pretoriana”. É provável que Paulo estivesse preso em Roma, em uma casa que ele mesmo alugara. Mesmo assim, ele tinha de ficar acorrentado a soldados que se revezavam em turnos. No entanto, ele prega a palavra para eles.
1. por toda a guarda pretoriana”. É provável que Paulo estivesse preso em Roma em uma casa que ele mesmo alugara. Mesmo assim, ele tinha de ficar acorrentado a soldados que se revezavam em turnos. No entanto, ele prega a palavra para eles.
a. Vale ressaltar o que ele diz a Timóteo sobre ele estar preso “... mas a palavra de Deus não está presa” (2 Tm 2.9).
2. “por todos os demais lugares”. A tradução atualizada traduz melhor aqui. Ela diz “todos os demais” (ARA), isto é, todos quantos visitavam Paulo recebiam uma porção da palavra de Deus
Vale ressaltar o que ele diz a Timóteo sobre ele estar preso “… mas a palavra não está presa” ()
“por todos os demais lugares”. A versão atualizada traduz melhor aqui. Ela diz todos os demais (RA), isto é, todos quanto visitavam Paulo recebiam uma porção da Palavra de Deus.
Ilustração
1. É possível que alguns dos irmãos tenham passado por alguma dificuldade que tornou propicio pregar o evangelho para os que estão próximos de você, seus parentes, por exemplo. Os soldados estavam próximos, amarrados a Paulo. Semelhantemente, quando enfrentamos alguma adversidade nossos parentes nos visitam, se amarram a nós. Essa é uma ótima oportunidade para anunciar o evangelho. Eles irão se perguntar: o que ele tem que consegue falar de Cristo mesmo em meio ao sofrimento? Ou, como ele pode estar feliz em meio a essa dor?
2. Mas não é somente aos nossos parentes que podemos pregar o evangelho. Todos quanto visitavam Paulo ouviam o evangelho. Nas adversidades, muitas pessoas, além dos nossos parentes, também nos visitam. Esta também é uma excelente oportunidade para anunciar a Cristo.
3. A exemplo de Paulo que disse a Timóteo que ele estava preso, mas que a Palavra de Deus estava solta, passamos por adversidades que nos prendem. Muitos ficam acamados. Apesar de estarmos limitados, a Palavra de Deus não. Podemos aproveitar esse momento para falar de Jesus para alguém no WhatsApp, facebook, e-mail, SMS, ou qualquer outra ferramenta. Use a criatividade e não permita que a Palavra de Deus fique presa contigo.
Aplicação
1. Aproveite a oportunidade que a sua adversidade está te dando para amplificar o evangelho. Glorifique a Deus em tudo. Lembre-se das palavras de Paulo “quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus” ().
Portanto, não se ocupe com lamentações sem sentido. Já vimos que a nossa adversidade pode glorificar a Deus através do crescimento do evangelho. Todavia, segundo Paulo, ainda existem duas maneiras de como nossas adversidades podem glorificar a Deus. A segunda maneira é...
II. MOTIVANDO OS IRMÃOS (V. 14)
II. MOTIVANDO OS IRMÃOS (V. 14)
a. Tornando-os ousados, confiantes e destemidos
i. Exposição
1. “e muitos dos irmãos no Senhor tomando ânimo com as minhas prisões”
a. A NVI traduz como “motivados no Senhor”. De fato, o Senhor é o motivador dos irmãos. Entretanto, os irmãos estavam motivados no Senhor pelo exemplo de Paulo.
2. “ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor”
a. A motivação teve como reflexo a ousadia. Os irmãos ousavam falar a palavra mais confiadamente e sem temor, isto literalmente significa que eles estavam mais corajosos e destemidos, mesmo correndo o risco de serem presos como Paulo.
estavam mais corajosos e destemidos, mesmo correndo o risco de serem presos como Paulo.
ii. Ilustração
1. Motivação significa ter um motivo para agir. O motivo para um empregado ir ao trabalho é que ele precisa de dinheiro para sobreviver. O motivo de alguém ficar horas na beira do rio pescando é encontrar o maior peixe possível, para depois poder contar para os amigos o quanto ele é bom nisso. Todas as pessoas, de alguma forma, precisam de um motivo para agir.
2. Certa vez, num culto de quinta-feira, a irmã Terezinha contou o seu testemunho. Contou aquilo que ela estava passando. De fato, em seu testemunho, ela não deu aos outros falsas esperanças. Ela foi sincera. Contudo, ela não agiu sem fé, ela simplesmente foi racional. Todavia, o que me chamou a atenção foi que, ao falar das suas adversidades, ela demonstrou contentamento no Senhor. Só Deus sabe o quanto aquele testemunho me animou, me motivou a seguir em frente, a não desistir de servir a Cristo.
3. O testemunho de Paulo motivou aos irmãos naquela localidade. Será que o nosso testemunho tem motivado ou desmotivado alguém?
iii. Aplicação
1. Dê motivos para os seus irmãos pregarem a Cristo. Obreiros, a Igreja está te olhando. Adultos, os jovens estão te olhando. Jovens, os adolescentes estão te olhando. Irmãs, as moças mais novas se espelham em vocês. Igreja, o mundo te observa. Portanto, motive-os para a glória de Deus.
Diante disto, pudemos perceber como as nossa adversidades podem motivar os nossos irmãos. As nossas adversidades podem contribuir para a glória de Deus. Vimos que ela pode contribuir para o crescimento do evangelho. Vimos agora que ela pode contribuir motivando os nossos irmãos. A terceira MANEIRA de como as nossas adversidades podem contribuir para a glória de Deus é...
III. ALTERANDO SITUAÇÕES CONTROVERSAS (V. 15-18)
III. ALTERANDO SITUAÇÕES CONTROVERSAS (V. 15-18)
a. Mostrando que o mais importante não é adversidade e sim a glória de Deus.
i. Exposição
1. “Alguns pregam a Cristo por inveja e porfia”.
a. Antes de Paulo chegar a Roma, já havia outros pregadores, que certamente, alcançaram a preeminência. Evidentemente que com a chegada de Paulo a Roma eles perderam espaço.
b. A atitude desses eram pregar por motivos errados. Pregavam por inveja da fama de Paulo e por porfia, isto é, rivalidade, querendo atrair a atenção para si.
c. A palavra “porfia”, no grego “eritheia” significa trabalhar por pagamento. Com o passar do tempo, o termo veio a descrever pessoas de ambições profissionais, alguém que se exalta ou se promove.
d. Portanto, pregar a Cristo por inveja e porfia é pregá-lo por rivalidade e se auto promovendo.
2. “Mas outros de boa mente”.
a. Paulo passa a comparar os que pregavam por motivos incorretos com aqueles que anunciavam a Cristo movidos pelos melhores motivos.
b. “boa mente” significa “boa vontade”. É pregar a Cristo por benevolência e sem interesse próprio.
3. “Uns por amor, sabendo que fui posto por defesa do evangelho”.
a. “fui posto” significa, segundo Strong, “fui colocado pela vontade divina”. Ao saber disto, os irmãos em Roma moveram-se motivados pelo amor que sentiam de Paulo.
b. Paulo foi posto ali por Deus para defender o evangelho. Ele não estava ali para Deus defende-lo.
c. “Defesa” traduz-se de “apologian”, isto é, um discurso verbal.
d. Portanto, Paulo foi, por Deus, colocado em prisão para anunciar o evangelho da salvação.
4. “Outros anunciam a Cristo por contenção”.
a. Em contraste com os verdadeiros irmãos, Paulo diz que havia quem pregasse a Cristo por contenção, isto é, com ambição egoísta.
5. “Não puramente”.
a. Isto é, com insinceridade. Ou seja, por motivos errados.
6. “Julgando acrescentar aflição às minhas prisões”.
a. O resultado, para esses falsos pregadores, era que pensavam aumentar a dor de Paulo.
7. “Mas que importa?”
a. Isto é, que diferença isto faz?
8. “Contanto que Cristo seja anunciado, de toda a maneira”.
a. O importante é que Cristo seja pregado.
b. De toda a maneira não significa que não devemos nos importar se alguém está ensinando heresia. Veja que Paulo não menciona isto.
c. Caso estes pregadores estivessem ensinando as práticas da lei, Paulo os combateria assim como fez em outras ocasiões.
9. “Nisto me regozijo e me regozijarei”.
a. Em nossos dias, o texto poderia ser parafraseado assim “o tiro saiu pela culatra”. Paulo estava feliz porque a causa pela qual ele estava preso era maior que suas adversidades.
ii. Ilustração
1. Caso Paulo vivesse em nossos dias, o tema da sua mensagem dos versículos 15 ao 18 seria “O feitiço virou contra o feiticeiro”. De fato, os falsos pregadores pensavam causar dor a Paulo, mas o intuito dele era maior. Isto estava contribuindo para a causa de Cristo.
2. Conta-se uma estória que uma senhora muito pobre ligou numa rádio evangélica pedindo ajuda. Um bruxo que ouvia o programa resolveu pregar-lhe uma peça. Conseguiu seu endereço e chamando os seus secretários, ordenou-lhes que fizessem uma grande compra e a entregassem no endereço daquela senhora. Disse ele “Quando ela perguntar quem mandou, respondam que foi o diabo”. Ao chegarem na casa da mulher, esta, com muita alegria, começou a guardar a compra. Vendo que a mulher não perguntara nada, os secretários do bruxo exclamaram: “a senhora não vai perguntar quem mandou entregar?”. A mulher com simplicidade respondeu: “Quando Deus manda, até o diabo obedece”.
3. Muitas vezes, alguém querendo o seu mal, podem contar para os outros sobre a sua desgraça. Porém, quando Deus agir em seu favor, na verdade, mais pessoas verão o quanto Deus é bom e fiel para com os seus filhos.
iii. Aplicação
1. Não se preocupem com o mal que estão tentando lhe causar. Deus age em seu favor! Com o passar do tempo todos verão o que Deus pode fazer e como Ele pode alterar essa situação para que o Seu nome possa ser glorificado.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Diante dos fatos não há argumentos. Nossas adversidades podem contribuir para a glória de Deus. Lembrem-se que a sua adversidade pode contribuir para a glória de Deus: [1] No crescimento do evangelho; [2] motivando os irmãos; e [3] alterando situações controvérsias.