Digna de ser chamada de mãe
I. Esta mãe foi a pessoa certa!
Note-se, antes de tudo, sua reverente atitude para com Jesus. Ela chama Jesus de “Senhor” (ver 7.21 e 8.2) e acrescenta “Filho de Davi”, honrando-o como sendo deveras o Messias prometido, como se tem demonstrado em conexão com 9.27, onde ocorre o mesmo título (ver também 21.9, 15,16; 22.41–45). Destaca-se o grande contraste entre a incredulidade dos judeus (ver o parágrafo precedente: 15.1–20) e a fé dessa mulher, gentia de nascença.
Em segundo lugar, considere sua agonia. Ela passa a gritar sem cessar, ou “cada vez mais”, como o tempo do verbo grego deixa implícito. A razão para seu desespero está no fato de que sua querida filhinha (cf. Mc 7.25) está possessa de demônio. Sobre possessão demoníaca, ver acima, Mt. 9.32. Além do mais, a aflição da menina é muito séria, muito grave.
II. Esta mãe não foi vencida pelo desânimo!
III. Esta mãe persistiu no caminho certo!
IV. Ela não desanimou pela aparente indiferença de Jesus
O termo para “cães” não é aquele usado em 7.6 (cf. Fp 3.2). Aqui não se trata dos cães grandes, selvagens e feios a perambular pelos lixos lançados nas ruas, e, sim, os cães mantidos nos lares como animais de estimação. Jesus já havia chamado a atenção da mulher para o fato de que ele não fora enviado aos de fora de Israel (v. 24). No mesmo sentido ele agora acrescenta que não seria justo dar as bênçãos de Israel – as bênçãos que pertencem “aos filhos” – aos que não fazem parte de Israel. Além do mais, cães, não importa o quanto sejam queridos pelos donos, não são filhos, e não têm qualquer direito de ser tratados como filhos.