Quando a fé é provada?

Exposição de Hebreus   •  Sermon  •  Submitted
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A fidelidade e obediencia de Jesus são superiores as de Moisés e dos Israelitas e devemos imita-las

Notes
Transcript

Introdução:

A FIDELIDADE VENCE, A FIDELIDADE GUIA AO CÉU!

Entre os grandes desta Terra, os regentes, heróis, sábios, artistas e
grandes comerciantes dos tempos passados, muitos como Davi, tiveram
um começo pobre e difícil. Porém, a sua piedade e diligência, sua
fidelidade e perseverança, e antes de tudo, a sua fé, e as suas constantes
orações, os guiavam a um bom e ou a um glorioso fim.
O tão conhecido almirante holandês Ruyter era na sua mocidade,
primeiro, aprendiz de cordoeiro, depois marinheiro, e mais tarde
caixeiro. A sua fidelidade e diligência, porém, o recomendava tão bem,
que o seu chefe lhe confiou uma carregamento de finos tecidos, para ele
levar para Marrocos. Ali reinava naquele tempo um príncipe intratável.
Este príncipe, acompanhado pelos cortesãos, visitou a feira certa
manhã e viu os finos tecidos de Ruyter. Observou uma das mais finas
peças e indagou o preço. Ruyter, bom comerciante cristão, não exigiu
mais do que valia; disse o preço que patrão ordenara. O príncipe lhe
ofereceu somente a metade.
– Não sou judeu, disse Ruyter, eu não costumo traficar. O preço que
pedi tenho de receber, porque não é minha propriedade, sou apenas um
empregado.
O príncipe não esperava tal resposta, e disse muito indignado:
– Cão de cristão, você não sabe que a sua vida está nas minhas
mãos?
– Bem sei eu, Sr. príncipe, – respondeu Ruyter – mas também sei
que não pedi muito, e que é meu dever cuidar do que pertence ao meu
patrão sem pensar em mim. Não lhe posso lhe dar a peça por menos.
Posso dá-la de presente do que baixar o preço. Faça o que quiser, mas
saiba também que um dia terá de prestar contas de tudo a Deus.
Todos os comerciantes, que ouviram isto, espantaram-se. O
príncipe, encarou o jovem com olhar irado, e todos julgavam que ele
daria a ordem:
"Decapitem-no!" Não foi desta vez; o príncipe se conteve e somente
o ameaçou, dizendo: – Se você não tiver mudado de opinião até amanhã,
pode fazer o seu testamento.
O orgulhoso príncipe voltou as costas, deixou Ruyter e continuou a
olhar as mercadorias de outros comerciantes.
Ruyter muito tranqüilamente pôs a referida peça de lado, serviu
fielmente os outros clientes. Depois de algumas horas, quando a feira
não era mais tão freqüentada, os outros comerciantes instaram com o
jovem destemido e disseram:
– Dá o tecido de presente ou pelo preço oferecido! Se ele o
decapitar então toda a mercadoria estará perdida e o navio também.
Tendo o príncipe iniciado, então todos nós cristãos estaremos perdidos.
Após refletir calmamente, Ruyter com voz firme, replicou:
– Não temam nada! Estou na mão de Deus. Tenho que ser fiel no
pouco como no muito. Meu patrão não perderá nenhum centavo por
minha culpa. Não me desviarei do meu dever.
Ruyter pensava: "Prefiro morrer como servo fiel, a ceder às
exigências injustas do príncipe. E Tu, ó amado Senhor do Céu, estás no
leme, e sem Tua vontade não podem torcer a ponta de um só cabelo.
Pessoas fiéis sempre tiveram a proteção dos Teus santos anjos!"
Na manhã seguinte estava Ruyter outra vez muito animado na sua
tenda à espera dos clientes. Veio então o príncipe com passos orgulhosos
e atrás dos cortesãos o algoz com o hábito vermelho e uma espada
comprida na cintura. O príncipe parou diante da tenda de Ruyter, olhou-o
com olhos penetrantes, e disse:
– Cão de cristão, você já mudou de idéia agora?
Ruyter respondeu decididamente e sem medo:
– Sim, refleti muito; mas não posso dar a peça por menos do que
disse ontem. Se o senhor quiser tirar-me a vida, faça isso. Prefiro morrer
como servo fiel com a consciência limpa, a ceder a sua exigência.
Todos os circunstantes retiveram o fôlego; pois o homem de
vermelho com a longa espada, sorria como o demônio quando via uma
alma no caminho da morte!
Porém, o semblante do orgulhoso e violento príncipe era outro.
Amigavelmente olhou a Ruyter, e disse:
– Verdadeiramente você é uma pessoa fiel. Um servo mais fiel do
que você eu nunca achei. Oxalá que eu tivesse um assim na minha corte!
Depois, dirigindo-se aos cortesãos que o cercavam, disse:
– Tomem a este cristão por exemplo.
A Ruyter, porém, disse:
– Cristão, dá-me a sua mão! Você será o meu amigo, a quem eu
tanto amo como estimo.
Em seguida tomou uma bolsa com ouro e a atirou sobre a mesa,
com as seguintes palavras:
– Contém justamente o que você pediu. E deste seu tecido mandarei
fazer um hábito de honra, que porei nos dias especiais do ano, em
lembrança da sua fidelidade.
Que posso acrescentar a este verdadeiro acontecimento? O seguinte:
– Sejam fiéis! Sejam fiéis no mínimo, sejam fiéis em todos os
lugares, em todas as coisas, porque o Senhor recompensará a fidelidade!
A fidelidade vence, a fidelidade guia ao Céu!

Elucidação

Neste capitulo o escritor aos hebreus constrasta a fidelidade e obediência de Cristo como arquiteto e construtor da casa de Deus com fidelidade e obediência de Moisés como servo na casa de Deus, como também a fidelidade e obediência dos israelitas no Antigo Testamento como povo de Deus, e chega a conclusão que devemos seguir o exemplo de Cristo que foi fiel em todo tempo.
Qual é a grande mensagem deste capitulo para nós?
Jesus é um exemplo melhor do que Moisés e Israel.

A fidelidade e obediência de Jesus são superiores as de Moisés e dos Israelitas e devemos imita-las

I - Cristo é superior a Moisés não apenas por sua posição, mas, por sua fidelidade.

3.1,2 — Participantes é a mesma palavra grega traduzida por companheiros em Hebreus 1.9. A vocação celestial desses companheiros é a de herdar a salvação (Hb 1.14) e a glória futura em Cristo (Hb 2.10). O autor de Hebreus convida os cristãos judeus a considerar a fidelidade de Jesus Cristo. Apóstolo significa aquele que é enviado. Essa é a única passagem no Novo Testamento que designa Jesus como o Apóstolo. O título indica que Jesus foi enviado por Deus para revelar o Pai (Jo 4.34; 6.38; 7.28,29; 8.16).
A frase em toda a sua casa é retirada de Números 12.7, onde casa se refere à Casa de Deus, ao tabernáculo, centro da adoração israelita. Moisés havia obedecido fielmente às instruções de Deus em relação ao tabernáculo. Da mesma forma, Jesus obedeceu em tudo à missão que o Pai lhe dera. Como resultado de Sua obediência, Deus pôde estabelecer Sua nova casa, a igreja.
3.3 ,4 — Mas o que edificou todas as coisas é Deus. O autor iguala Jesus a Deus. Deste modo, Ele, certamente, é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés (Hb 1.2,8,10). Conclui-se que o concerto estabelecido mediante a morte de Jesus é mais glorioso do que o estabelecido no monte Sinai.
3.5 — O autor de Hebreus continua a comparação entre Moisés e Jesus. Enquanto Moisés foi fiel como servo, a fidelidade de Cristo foi maior porque exercida pelo Filho. Coisas que se haviam de anunciar indica que o trabalho de Moisés apontava para Cristo (Hb 9.10; 10.1-3). Os preceitos da Lei de Moisés chamam a atenção tanto para o pecado humano quanto para a necessidade de um sacrifício perfeito, a fim de reconciliar o povo com o seu santo Criador.
3.6 — Como Filho sobre a Sua própria casa. O Filho se assentará no trono no Reino vindouro (Hb 1.8). No momento, reina sobre a Igreja. Reinará sobre toda a criação quando Seus oponentes forem completamente derrotados. Sua habitação consiste em todos os que nele creem. Conservarmos firme a confiança [...] até ao fim. Aqueles que perseverarem até o fim, colocando sua esperança firmemente no Filho, viverão com Ele na eternidade.

II - A fidelidade não pode ser circunstancial, mas sim proposital.

Hb 3.7-11 O autor de Hebreus cita Salmo 9.7–11 para alertar os cristãos judeus de não endurecerem o coração para com Deus e a salvação que Ele oferece. A geração de Moisés se recusou a crer que Deus supriria suas necessidades no deserto (Ex 17.1-7), e os leitores desta carta estariam igualmente em perigo não crendo na salvação oferecida por Deus mediante Seu Filho. Para que permanecessem firmes até ao final (v. 6), não poderiam endurecer o coração para com Deus (v. 8,13,15). Pelo contrário, teriam de renovar sua fé na Palavra de Deus (v. 12,19), depositá-la em Cristo e obedecer a Ele (v. 18).
Repouso é um conceito fundamental em Hebreus. No Antigo Testamento, a conquista da Terra Prometida e o fim das lutas na terra eram vistos como uma forma de repouso (Dt 3.20; 12.9; 25.19; Js 11.23; 21.44; 22.4; 23.10. No Novo Testamento, significa o lar eterno do cristão e a alegria que há de experimentar na presença de Jesus (Hb 4.1).
3.12 — O autor fala claramente a legítimos cristãos. Dirige-se a eles como irmãos (gr. adelphoi; compare com irmãos santos no versículo 1), que é o tratamento padrão em todo o livro. Não existe a menor sugestão, em parte alguma da epístola, de que se tratasse apenas de cristãos nominais, e não genuínos, como tem sido por vezes suposto. Um coração mau e infiel. Refere-se a um sério problema espiritual. Um coração descrente é mau porque a incredulidade é má.
Apartar (gr. aphistemi). Esta palavra dá a ideia de manter-se à distância do Deus vivo. Os incrédulos, aqueles que se recusam a ouvir e são indiferentes a Deus, sofrem com isso sérios prejuízos. Aqui se trata, naturalmente, da descrição de uma recaída do cristianismo para o judaísmo. Jesus é Deus. Afastar-se dele é afastar-se do Deus vivo, o que certamente contraria o conservar-se firme no versículo 6.
3.13, 14 — Exortarmo-nos uns aos outros para permanecermos na fé é importante. Os cristãos devem permanecer firmes na fé até o fim de sua vida para que sejam participantes de Cristo (v. 15-19). Participantes é a mesma palavra traduzida por companheiros em Hebreus 1.9. Os fiéis serão participantes com Cristo do Seu Reino futuro (Ap 2.26,27).

III - A incredulidade é um ultraje a obediência esperado pelos servos de Deus.

3.15-19 — O autor de Hebreus fala da incredulidade dos israelitas como sendo pecado (v. 17) e desobediência (v. 18). Muitos israelitas não entraram no repouso de Deus, a Terra Prometida (v. 11), porque não creram nas promessas de Deus para eles (Nm 1.1-34). Deixaram de possuir a herança reservada para eles porque não creram em Deus (Dt 12.9; Js 13.7).
Cristãos a quem esta carta foi endereçada estavam provavelmente em perigo de seguir os passos dos israelitas. Estavam tentados certamente a duvidar das palavras de Jesus. Ao apresentar questões retóricas nestes versículos, o autor da carta os encoraja a depositar firmemente toda a sua fé em Cristo (Hb 10.26; 12.1,2).

Conclusão:

Hebreus Sumário do Capítulo 3

No capítulo 3, ele compara Jesus a Moisés. Os judeus reverenciavam Moisés por causa de seu íntimo relacionamento com Deus. A carreira de Moisés foi caracterizada pela fidelidade – ninguém discute esse fato. No entanto, com a ilustração apropriada ilustração de servo (Moisés na casa de Deus) e Filho (Jesus sobre a casa de Deus), o escritor de Hebreus demonstra claramente a superioridade de Jesus.

O Salmo 95.7–10 é uma citação única, cheia de informações desanimadoras sobre a rebelião e a apostasia de Israel no deserto. O autor de Hebreus adverte seus leitores para não caírem na armadilha da incredulidade, que conduz ao distanciamento do Deus vivo. O escritor enfatiza a responsabilidade corporativa da comunidade cristã, ao advertir o crente individual para não se desviar de Deus, mas continuar a ser forte na fé. O autor aplica as palavras do Salmo 95.7–10 diretamente a seus ouvintes; para ele, a mensagem é uma questão de vida eterna ou de morte eterna. Em um sentido, Hebreus 3.12 pode ser chamado de um dos centros nervosos da epístola.

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