Cosmovisão Cristã

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O que é uma cosmovisão?

O nosso termo cosmovisão deriva diretamente do alemão “weltanschauung”, palavra que significa literalmente um modo de observar o mundo.
O pastor e professor Franklin Ferreira, em sua teologia sistemática define o termo cosmovisão da seguinte forma: “A cosmovisão é um modo de ver o mundo! É a interpretação que fazemos da realidade derradeira. É o sistema de pressupostos que usamos para organizar e interpretar nossa experiência da vida. É literalmente nossa visão do cosmos.” (Franklin Ferreira e Alan Myatt, Teologia Sistemática, Editora Vida Nova, pg 5).
James W. Sire define como: “Uma cosmovisão é um compromisso, uma orientação fundamental do coração, que pode ser expresso em uma história ou em um conjunto de pressuposições (hipóteses que podem ser verdadeiras, parcialmente verdadeiras ou inteiramente falsas) que sustentamos (Consciente ou inconscientemente, consistente ou inconsistentemente) sobre a constituição básica da realidade, e que fornece o fundamento no qual vivemos, nos movemos e existimos. ( James W. Sire, Dando Nome ao Elefante: cosmovisão como um conceito. Monergismo. Pg 179)
Já Gary Crampton e Richard E. Bacon, em seu livro, Em direção a Uma Cosmovisão Cristã, definem da seguinte forma: “Uma cosmovisão é uma série de crenças, um sistema de pensamentos, sobre as questões mais importantes da vida. A cosmovisão de uma pessoa é sua filosofia.”
Dadas estas definições podemos concluir que: uma cosmovisão é a forma como levamos a vida, como encaramos e respondemos aos diversos questionamentos que surgem em nosso quotidiano. Sejam questões políticas, religiosas, vida social, familiar, trabalho, etc..
Partindo de tais definições podemos propor alguns argumentos:
Cosmovisão é um compromisso do coração.
Cosmovisão não é uma teoria científica, não se trata de mera construção intelectual, mas de compromisso do coração. O compromisso do coração não requer apenas a devoção da mente, mas também a devoção das paixões. Quando se questionam as bases da cosmovisão de uma pessoa, na verdade o que se está questionando não são meras teorias ou ideias, mas a referência última que, por um lado, domina o coração da pessoa e, por outro, serve-lhe de base para construir o mundo em que vive. Como diz Sire, “cosmovisões são universos dentro dos quais as pessoas vivem”. Se a referência última cai, o que cai não é uma teoria ou uma ideia, mas sim, o mundo em que uma pessoa vive.
Cosmovisão é um compromisso do coração que pode ser expresso por uma história ou um conjunto de pressuposições.
Uma cosmovisão sempre responde a perguntas básicas: (1) O que sou? (2) Onde estou? (3) O que está errado? (4) Qual é a solução? A resposta que uma cosmovisão dá a essas quatro perguntas pode ser expressa em uma história ou em um conjunto de pressuposições.
Pelo menos duas coisas precisam ficar claras a esse respeito. Em primeiro lugar, a cosmovisão não é uma história ou um conjunto de pressuposições. Como já foi dito, cosmovisão é um compromisso do coração. Todavia, esse compromisso pode ser expresso ou por uma história ou por um conjunto de pressuposições. Sire diz:
“Ao refletir sobre de onde eu e toda raça humana viemos ou para onde minha vida ou a humanidade é conduzida, minha cosmovisão está sendo expressa como uma história. O naturalismo expressa sua cosmovisão em uma história-mestre ao contar, a partir da noção de Big Bang, a história da evolução do cosmo; da vida na terra e do seu eventual desaparecimento à medida que o universo envelhece. O cristianismo, com sua noção de criação, queda, redenção e glorificação, também se expressa por uma história-mestre. Vemos nossas vidas e a vida de outros como minúsculos capítulos de uma história-mestre.”
Em segundo lugar, o compromisso do coração não se limita a padrões lógicos de consistência e a padrões noéticos de consciência. Ou seja, uma cosmovisão não tem que ser necessariamente consistente do ponto de vista lógico nem perceptível do ponto de vista da consciência. O que isso significa? Por um lado, que as cosmovisões apresentam uma história ou um conjunto de suposições que não precisam ser totalmente verdadeiros. Há cosmovisões que podem ser parcialmente verdadeiras. Por isso, algumas suposições da cosmovisão cristã podem ser também encontradas em outras cosmovisões. Não é porque a sua cosmovisão é verdadeira que tudo o que as outras cosmovisões dizem é falso.
As cosmovisões são como as lentes de um par de óculos. Não vemos as lentes, mas, sim, as coisas através das lentes. Algumas pessoas são mais conscientes dessas lentes do que outras; contudo, independentemente disso, o fato é que não existem pessoas sem essas lentes, ou seja, todas as pessoas enxergam o mundo a partir de cosmovisões. Agora, se elas estão conscientes ou não dessas lentes, isso é outra coisa.
Cosmovisão é um compromisso do coração com uma “estrutura de plausibilidade”
É preciso esclarecer que a discussão sobre cosmovisão não se reduz a uma questão de estruturas de plausibilidade. Como já foi dito, cosmovisão é um compromisso do coração. Isso significa que, antes de ser uma questão que trata da plausibilidade do mundo, a cosmovisão é uma questão que envolve o “centro da vida interior de uma pessoa”; portanto, envolve nossos sentimentos, nosso entendimento e nossa vontade.
Não apenas isso, o coração é o centro que decide o que é mais importante na vida. Essa decisão existencial torna “a coisa mais importante da vida” a referência pela qual o homem delibera sobre as demais coisas. Todavia, este compromisso do coração é responsável por delimitar a plausibilidade do mundo.
Em sua obra Rumor de anjos, Berger afirma que um dos pressupostos fundamentais da sociologia do conhecimento é que a “plausibilidade” das ideias que as pessoas realmente acham dignas de fé depende do suporte social que essas ideias recebem. Isso significa que as estruturas de plausibilidade não são formas de ver construídas por um mero indivíduo. Ou seja, a dinâmica dessas estruturas é uma dinâmica social. Elas nunca pertencem a apenas um indivíduo; sempre são compartilhadas, sempre são comunitárias. Isso levanta a questão a respeito do conflito das cosmovisões.
Um indivíduo pode ter sua própria cosmovisão?
Uma cosmovisão não existe de forma individual, ou seja, uma cosmovisão é uma dinâmica social. Ela nunca pertence a apenas um indivíduo; sempre é compartilhada, é comunitária.
Uma cosmovisão parte de pressupostos, parte de axiomas principais que são o ponto de partida para tudo que vem depois. Esses pressupostos são proposições básicas, tomadas como a verdade, sem prova anterior, que formam a base para determinar todas as demais proposições que fazem parte da interpretação de mundo daquela determinada cosmovisão. Os pressupostos são aquelas “verdades” consideradas tão óbvias, que ninguém ousa duvidar delas.
Quais tipos de cosmovisões existem?
Existem dois tipos de cosmovisões, cosmovisões majoritárias, e cosmovisões minoritárias. Óbvio que as majoritárias exercem domínio sobre as minoritárias e o que legitima tal domínio quase sempre é a ocupação de três esferas importantes de uma comunidade. São elas a esfera jurídica, a esfera educacional e a esfera midiática. Ou seja, se uma cosmovisão domina as instituições jurídicas, as instituições educacionais e as instituições midiáticas, ela facilmente se torna a cosmovisão majoritária.
É importante ressaltar que isso não tem absolutamente qualquer relação com a quantidade de pessoas que defendem a cosmovisão majoritária. A cosmovisão majoritária nem sempre representa a maioria. Por exemplo, é possível que a maioria dos brasileiros não tenha uma cosmovisão secularista, mas se as instituições brasileiras responsáveis pelas leis, pela educação e pela mídia forem ocupadas por pessoas que defendem uma cosmovisão secularista, ainda que não sejam a maioria da população, são elas que ditarão as normas do debate, a agenda das discussões, as questões sociais mais relevantes e assim por diante.
O conflito entre cosmovisões é, na verdade, uma batalha pela mente das pessoas.

O que é uma Cosmovisão Cristã?

Uma cosmovisão cristã é uma cosmovisão que tem a Bíblia como axioma. Ou seja, a Bíblia é o pressuposto básico, tomado como verdade, sem prova anterior, que forma a base para determinar todas as demais proposições que fazem parte da interpretação de mundo da cosmovisão cristã.
A Bíblia é a lente pela qual o cristão enxerga o mundo a sua volta.
É por meio da Bíblia que o cristão responde aos diversos questionamentos existentes em seu quotidiano.
Criacionismo x evolucionismo; Aborto; eutanásia; política, um cristão pode ser de esquerda?; homossexualidade; feminismo, questões ligadas a segurança pública tais como, pena de morte, redução, ou não da maioridade penal, porte de armas, etc.; divórcio; sexo antes do casamento; vida profissional.
A maneira que você responde a esses questionamentos determina sua verdadeira cosmovisão.
Por isso o texto de é tão crucial neste ponto.
“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”
Qual Cosmovisão dominante em nosso país?
Como já foi dito anteriormente, o que determina uma cosmovisão majoritária é o domínio de três esferas importantes de uma comunidade. Jurídica, educacional e midiática.
O que domina essas esferas no Brasil?
Nosso poder jurídico apóia a impunidade e o esmigalhamento dos valores cristãos tradicionais.
Nossos representantes de direitos humanos agem totalmente em favor do erro.
A esfera educacional em nosso país está inundada da ideologia marxista, gayzista, empoderamento feminista, dentre outros. Tudo isto concorrendo para o esfacelamento de valores tradicionais, cristãos, ortodoxos, etc.
A mídia podre de nosso país está totalmente enxertada de mentira, engano, e, distribui todo o conjunto do que falei até agora: impunidade; marxismo, empoderamento feminista; homossexualismo; aborto; etc.
Este é o mundo que seus alunos vivem.
Estes são os desafios que seus alunos enfrentam todos os dias, no trabalho, faculdade, na rua onde moram, em casa, e por incrível que pareça, nas igrejas.
Por falta de um real conhecimento bíblico, nossas igrejas estão repletas de membros, líderes, pastores, que defendem tudo aquilo que a palavra de Deus é contra. Tais pessoas absorveram uma cosmovisão pagã, e estão disseminando isso para nossos irmãos, nossos filhos, e infelizmente, algumas igrejas já não são mais um lugar seguro para se frequentar.
Por falta de conhecimento bíblico muitas pessoas veem a igreja como uma oportunidade de crescer (financeiramente) na vida.
Igrejas tem sido transformadas em centros empresariais.
O evangelho por si só já não é tido como suficiente, com isso as pessoas inventam, criam, incrementam.
Seu filho vai participar de um evento de crianças na igreja e volta com trejeitos afeminados, volta achando que o Lula é um herói nacional.
Tudo fruto da cosmovisão dominante em nosso país e que, infelizmente, os crentes tem adotado.
Como o professor de EBD deve se portar frente a essas coisas?
O bom professor de EBD não é aquele que domina todas as técnicas de coaching, o bom professor de EBD não é aquele que é um excelente empreendedor, o bom professor de EBD não é aquele que entende tudo sobre comportamento humano e coisas afins. O mestre, de acordo com a Escritura Sagrada, é aquele que maneja bem a Palavra de Deus, é aquele que conhece as Escrituras, é aquele que conhece as doutrinas básicas do cristianismo ortodoxo e com isso, sabe ensinar a vontade de Deus, seja pra crianças, jovens e adultos.
Óbvio que não estou pregando um anti-intelectualismo retrógrado, ou uma visão dicotômica de mundo, tudo é de Deus, a medicina, a advocacia, a física, a pedagogia, a ciência, a filosofia, a enfermagem, a computação, a administração de empresas. Nada disso pertence ao mundo ou ao diabo. Toda forma de conhecimento vem de Deus. Como diz a Escritura:
“toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.” ()
E como diz a famosa frase do célebre Abraham Kuyper:
Não há um único centímetro quadrado, em todos os domínios de nossa existência, sobre os quais Cristo, que é soberano sobre tudo, não clame: “É meu!“.”
A questão que estrou trazendo é a necessidade de se conhecer a Escritura acima de qualquer outra coisa, a necessidade de ter um olhar teo-referente para a vida.

Como me adequar à uma cosmovisão cristã?

Conversão. O primeiro ponto é a real conversão, um professor de EBD precisa ser alguém realmente crente.
Conhecer a Escritura Sagrada. Um professor precisa conhecer a bíblia. Nada de basear aulas somente em sermões no YouTube. O professor precisa ter um real contato diário com a Palavra de Deus. Precisa manejar bem a Palavra da Verdade. Precisa estar sempre pronto a responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós.
Conhecer os credos ortodoxos do cristianismo histórico.
Conhecer a teologia bíblia e sistemática.
Por essas e outras que um professor de EBD não pode ser neófito, tem que ter uma boa caminhada cristã. Tem que ter um amadurecimento intelectual, social e espiritual. Deve ser alguém compromissado.
Vamos orar!
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