Perdão e Cura
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Transcript
Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.
suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.
O texto bíblico nos revela aqui as vias, as direções do perdão.
E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.
Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade,
Elas devem acontecer de um para com o outro assim como Cristo nos perdoou.
Então as direções do perdão é de Deus para o homem, e do homem para o próximo.
Bom que fique bem claro que não existe perdão do homem para Deus e do homem para si mesmo.
Não há base bíblica para a humanista e tão difundida declaração “você tem que perdoar si mesmo” e muito menos “você precisa perdoar a Deus”.
A base bíblica é você deve perdoar a quem lhe ofendeu, e a razão é simples, é porque nós também éramos devedores e fomos perdoados.
“...perdoando-vos uns aos outros; assim como Cristo perdoou...”
Vejamos uma parábola contada por Jesus:
Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.
Perdoar é liberar o outro, é deixar o outro ir.
Não perdoar é amargar dentro de si um veneno extremamente nocivo.
Quem não perdoa faz mais mal a si mesmo que ao outro.
Quando não perdoamos somos afetados emocionalmente pela presença de desejos impuros e/ou sentimentos ruins.
Os pensamentos ficam presos e escravizados ao ato empreendido pelo ofensor ou pelo recorrente pensamento no ofensor.
Quando não perdoamos somos afetados fisicamente, há estudos que correlacionam a falta de perdão a doenças.
E quando não perdoamos somos afetados espiritualmente, pois escolhemos romper nossa comunhão com Deus às custas de não perdoar o outro.
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.
Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores. Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu, pois, não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei.
Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo.
bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus; bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
M 5.1-8
Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade. Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo.
Perdoar tem a ver com ser discípulo de Jesus. Ser discípulo de Jesus é participar de sua vida e certo modo tomar parte também na morte. Ele morreu para pagar nossa dívida, para nos perdoar.
Então, disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me;
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E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.
Lc 9.23
E já o dia começava a declinar; então, chegando-se a ele os doze, disseram-lhe: Despede a multidão, para que, indo aos campos e aldeias ao redor, se agasalhem e achem o que comer, porque aqui estamos em lugar deserto.
E quem não toma a sua cruz e não segue após mim não é digno de mim.
Toma a cruz cada dia é está pronto para todo dia morrer. Crucificar nosso eu, nossa razão, para perdoar o próximo.
Perdoar não é fácil, perdoar é difícil, mas é o melhor que temos a fazer.
Perdoar não é fácil, mas muito mais complicado é não perdoar.
Quando não perdoamos estamos desesperados para viver, para ter a razão, para exigir a justiça, e não nos damos conta que vamos morrendo.
Quando perdoamos morremos para viver novamente.
É muito simples perceber o valor do perdão de modo prático em nossa vida. Olhe para trás e lembre de duas situações, uma na qual você perdoou e outra não qual você reteve o perdão. Lembre a sensação dos dois momentos em termos emocionais e espirituais.