Graça compartilhada
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· 35 viewsSomos filhos de um Deus de graça e devemos imitar nosso Pai em sua misericórdia e amor
Notes
Transcript
Introdução
Guilherme e Mayara: como aprendi a jamais negar uma carona - a história de Dona Annete Blake. Aprendi não só o que é graça na prática, mas a compartilhar a mesma graça.
Pense na necessidade que nosso mundo tem de atitudes assim. É disto que queremos tratar hoje, da graça compartilhada, que pode transformar o mundo, a partir da Igreja de Cristo.
Explicação
O sermão do monte: ensino ético aos discípulos de Cristo. Como alguém alcançado pela graça deve viver. Uma atitude humilde de amor a Deus e ao próximo. O grande mandamento expandido. Na seção (5.38-6.15), trato social baseado em uma nova ética, a ética do Reino.
Esta é uma ética extraordinária, como veremos que excede o senso comum, baseado em retribuição.
Ética comum: RETRIBUIÇÃO
Ética comum: RETRIBUIÇÃO
V. 43: mandamento de amar, claro no AT (). No grego: mais que ordem, condição característica do povo de Deus. Odiar: lugar nenhum. Inferência dos rabis e mestres da Lei. Barreiras de separação: publicanos e gentios.
“Não procurem vingança, nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas ame cada um o seu próximo como a si mesmo. Eu sou o Senhor.
V. 43: mandamento de amar, claro no AT (). No grego: mais que ordem, condição característica do povo de Deus. Odiar: lugar nenhum. Inferência dos rabis e mestres da Lei
Mandamento de amar, claro no AT (). No grego: mais que ordem, condição característica do povo de Deus. Odiar:
Nasce da noção de justiça. Justiça é
V. 46-47: ‘até os odiados por vocês, os mais desprezíveis aos seus olhos agem baseados em retribuição’. Até um pecador degenerado é capaz de amar: filhos, família. Até um excluído constrói relacionamentos com alguém que os aceite.
Algo inato. Senso moral do certo e errado.
Pagar o bem com o bem e o mal com o mal não tem nada de especial. Não há mérito digno de recompensa. É agir de acordo com o senso comum.
Você age assim:
Quando evita relacionamentos com pessoas difíceis
O que torna possível a vida em sociedade
A base de todos (ou quase) sistemas religiosos. Causa e efeito, carma.
Quando não busca restauração de relacionamentos pela iniciativa em perdoar
É parte da imagem de Deus em nós. Ele é justo.
Quando age favoravelmente apenas com alguém que mereça ou que possa retribuir. Ensinamos nossos filhos a agir assim.
Problema: baseados no senso de justiça, fundamos relacionamentos apenas em ideias de retribuição. Talião na prática. Decorrências:
Agir desta maneira, qualquer um age! Não é necessário ser cristão.
Intolerância consigo, autocrítica exagerada
: Cristo, entretanto, nos chama a exceder a justiça dos escribas e fariseus. Ir além do senso comum. Frase do Bonhoeffer:
Com o próximo: ciclo da não-graça. Conflitos e guerras sem fim, porque ninguém toma a iniciativa de parar e perdoar
Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus.
‘O essencialmente cristão consiste no extraordinário'.
E, nesta passagem, o extraordinário tem nome: é graça.
O relacionamento com Deus: frustração e culpa, medo, senso de inadequação.
Ética do Reino: GRAÇA
Ética do Reino: GRAÇA
Justiça e graça NÃO SÃO EXCLUDENTES
Justiça e graça NÃO SÃO EXCLUDENTES
Mas eu lhes digo: antíteses ao longo do capítulo. A visão extraordinária e revolucionária de Jesus. Nova ética baseada no amor, apesar de não ser algo absolutamente novo ().
“Se você encontrar perdido o boi ou o jumento que pertence ao seu inimigo, leve-o de volta a ele. Se você vir o jumento de alguém que o odeia caído sob o peso de sua carga, não o abandone, procure ajudá-lo.
Amor = agape. Decisão, não sentimento. Resolução de agir benignamente em favor do outro, mesmo que ele nos odeie (,). Veja, há recompensa - e grande - prometida ao que ama assim.
“Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam.
Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus.
“Se você encontrar perdido o boi ou o jumento que pertence ao seu inimigo, leve-o de volta a ele. Se você vir o jumento de alguém que o odeia caído sob o peso de sua carga, não o abandone, procure ajudá-lo.
A maior expressão deste amor: a oração. Estevão, exemplo (). Crisóstomo. Faz florescer o amor, impossível oração sincera sem amor genuíno. Graça que transforma nosso coração endurecido na comunhão com o Deus gracioso.
Então caiu de joelhos e bradou: “Senhor, não os consideres culpados deste pecado”. E, tendo dito isso, adormeceu.
A oração pelo que nos odeia é o ápice do autocontrole.
A mesma atitude de Jesus (). É o distintivo do cristão. Epístola de Diogneto, uma exortação a um pagão desejoso de conhecer melhor o cristianismo. Um mandamento, refletido na Didaquê, o ensino dos apóstolos. Feliz o homem que renuncia aos seus inimigos, por meio do amor!
Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. Então eles dividiram as roupas dele, tirando sortes.
‘A carne odeia e combate a alma, embora não tenha recebido nenhuma ofensa dela, porque esta a impede de gozar dos prazeres; embora não tenha recebido injustiça dos cristãos, o mundo os odeia, porque estes se opõem aos prazeres. A alma ama a carne e os membros que a odeiam; também os cristãos amam aqueles que os odeiam’
'Quanto a você, ame aqueles que o odeiam e assim você não terá nenhum inimigo.'
Agir com graça é:
Agir com graça é:
Aprender a perdoar 70X7 num só dia, se necessário
Ser incansável em fazer o bem, não importando a quem (). O próximo é sempre aquele em necessidade, seja ele quem for - parábola do bom samaritano.
Se o seu inimigo tiver fome,
dê-lhe de comer; se tiver sede,
dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele,
e o Senhor recompensará você.
Se o seu inimigo tiver fome,
dê-lhe de comer; se tiver sede,
dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele,
e o Senhor recompensará você.
Buscar proximidade com aquele que o nosso primeiro impulso despreza.
Jesus realmente espera dos seus algo extraordinário. Por isso, nos dá um modelo perfeito: o próprio Deus.
O modelo perfeito: O CARÁTER DE DEUS
O modelo perfeito: O CARÁTER DE DEUS
Por que sermos graciosos? Porque o Pai o é. Filhos naturalmente parecem-se com seus pais.
Como é o Pai? Misericordioso, sem fazer distinção (v. 45b). Seu sol/faz cair a cuva: iniciativa graciosa. Decisão de ser bom até com aquele que o odeia. Graça comum: bondade de Deus revelada até ao que se destina à perdição. O rebelde, porém, é ingrato e não reconhece. Por isso necessária a graça especial: - amor revelado aos eleitos para a salvação. O Espírito, que nos abre os olhos para vermos em Jesus a suprema dádiva da graça. Prova do amor incansável e incondicional de Deus pelo perdido.
Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.
Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.
Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.
Cristão: deve ser perfeitamente misericordioso, como o Pai é (). Algo obviamente impossível nesta vida, mas um alvo a ser perseguido pelo cristão. Principalmente, porque conhecemos o que é misericórdia. A graça recebida deve ser graça compartilhada.
Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso.
Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso.
Conclusão
Poder reconciliador da graça. Renunciar à ética meramente retributiva, chave para o fim de todo conflito imaginável. Não renúncia à justiça, não complacência com o erro, mas retribuição pautada pelo amor. Na cruz, o maior exemplo: ira de Deus em ação, mas ao mesmo tempo seu amor gracioso. Este mesmo Jesus, diz Stott, nos convoca a renunciar a qualquer restrição ao amor.
Por meio da graça compartilhada: famílias reunidas. Fim da violência, da guerra, da opressão. Uma só Igreja de Cristo, reunida em torno e em prol do Evangelho.
Por isso, a Igreja - espelho da misericórdia do Pai - deve ser a pioneira no partilhar da graça
Aplicações
Começando das portas para dentro: paciência com os menos maduros. Tolerância no não essencial. Benignidade com o difícil. Movimento em direção ao que nos odeia.
Pense no poder de uma igreja assim: diálogo com ateus, feministas, movimentos LGBT, na certeza de que ninguém está distante demais da graça de Deus. Poder de atratividade de uma comunidade caracterizada pelo amor, quando tanto ódio e intolerância estão à volta.
Como a Igreja pode revelar ao mundo o poder curativo do perdão e da gentileza.
Por isso, precisamos aprender a construir relacionamentos baseados na graça. Mas precisamos lembrar que o Sermão do Monte, mais que nos revelar como viver, nos revela como NÃO CONSEGUIMOS viver, nossa fraqueza e debilidade em cumprir o grande mandamento do Senhor. Por isso, oremos a ele para que ele nos ensine pelo seu Espírito, a fim de que possamos imitá-lo em seu graça e amor.