Os Equívocos do Avarento

Sermon  •  Submitted
0 ratings
· 22 views

Os equívicos do homem avarento

Notes
Transcript

Os Equívocos do Avarento

INTRODUÇÃO
Ilustração
Há algum tempo temos acompanhado nos noticiários a chamado “operação lava jato”. Grande parte dos nossos representantes políticos estão se corrompendo em favor de propinas de milhões de reais que tem engordado suas contas bancárias de forma escancarada. Falta dinheiro para educação, saúde, segurança, mas não falta para o bolso dos políticos corruptos. Tal atitude tem prejudicado drasticamente o Brasil, pois o nosso país se encontra numa crise econômica muito séria. Veja o resultado das atitudes de pessoas egoístas e avarentas que estão no atual poder político.
Contexto Histórico
No verso 6 deste capítulo (12), Jesus havia enfatizado aos discípulos e muitas pessoas que estavam ouvindo a loucura da preocupação (avareza). Ele disse: “Não se vendem cinco pardais por dois centavos? Todavia nenhum deles é esquecido aos olhos de Deus … Não se preocupem; vocês são mais valiosos do que qualquer número de pardais”.
Em vista de tais palavras de ânimo, poderíamos pensar que a reação de cada um seria: “Quão ricos somos nós!”
No entanto, parece que as palavras de Jesus não deixaram impressão alguma em um de seus ouvintes.
Alguém disse: “Quando há uma herança, 99 por cento das pessoas se convertem em lobos”.
Olha o que diz o verso 13: “Alguém da multidão lhe disse: Mestre, diz a meu irmão que reparta comigo a herança.
A pessoa que fez esse pedido podia pensar em uma só coisa: a herança! Ela estava convencida de que estava sendo defraudada. Por certo que as normas sobre a divisão de uma herança podiam ser encontradas em ; e também e capítulo 36. Mas é possível que neste caso não se estivesse fazendo justiça. Pelo menos era assim que via o que trouxe a queixa. Seria ele, porventura, o mais novo dos irmãos, e estaria seu irmão se negando totalmente de repartir com ele a herança?
Por que, porém, pediu ele a Jesus que interferisse nesse pleito? A razão poderia ter sido que ele considerasse este Mestre como um rabino, e, sabendo que os rabinos às vezes solucionavam questões dessa natureza, lhe pediu que levasse esse assunto a uma conclusão que lhe favorecesse, em sua qualidade de irmão mais jovem.
14. Jesus lhe respondeu: Homem, quem me designou juiz ou árbitro em sua causa?
Jesus se recusa definitivamente atender ao pedido, isso provavelmente por duas razões: primeiro, ele não queria passar por alto as autoridades que tinham o dever de ocupar-se de tais assuntos; e segundo, ele mesmo fora designado para ocupar-se de uma tarefa muito mais importante e sublime, a saber, buscar e salvar o perdido (19.10).
O Mestre sabia muito bem que a preocupação com assuntos estritamente profanos do peticionário tinha suas raízes na cobiça. Por isso, ele agora faz uma advertência dirigida não só a esse homem, mas a toda a multidão:
15. E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.
A palavra grega que é traduzida por cobiça é muito descritiva. Literalmente, significa: A sede de ter mais, de ter sempre mais e mais e ainda mais.
Segundo Wiliam Hendriksen, é como se um homem que tem sede tomasse um copo de água salgada para saciá-la, uma vez que tem à disposição unicamente essa água. Isso faz com que ele tenha ainda mais sede. De modo que continua tomando mais e mais até que sua sede o mata.
PROPOSIÇÃO
Percebemos no texto lido que Jesus combate claramente a avareza. Neste sentido, tratarei com vocês sobre o seguinte tema: Os equívocos do homem avarento.
O primeiro equívoco:
1 – O AVARENTO NÃO PERCEBE A SUA TRANSITORIEDADE (V.20)
· O homem é frágil e limitado
No verso 20, percebemos claramente que este homem não percebe, o quanto ele é frágil e limitado. Naquele mesmo dia ele poderia morrer, é justamente por isso que ele é chamado de louco. Uma pessoa sem senso, sem razão. Nos diz: “o ser humano é como um sopro; a sua vida é como a sombra que passa”.
Esse homem é chamado de louco justamente porque pensava que não precisava de Deus e que tinha o controle da sua vida e do seu destino. Que tamanha loucura. Quem sabe quando a sua vida vai terminar? Quando vai morrer e como vai morrer? quem pode acrescentar um côvado sequer à sua vida? Apenas Deus. Não temos como escapar, a vida do ser humano pertence a Deus e as coisas terrenas são passageiras. Esse homem estava preocupado unicamente com as coisas terrenas. Em 1 diz: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
João é claro em dizer que o mundo passa juntamente com a sua concupiscência.
O primeiro equívoco do homem avarento é que ele não percebe a sua transitoriedade.
Veremos um segundo equívoco do homem avarento:
2 – NÃO LEVA EM CONTA AS NECESSIDADES DOS OUTROS (V. 18-19)
· Usos dos pronomes meu, minha
Esse homem falava (dialogava) consigo mesmo e neste diálogo o que ele mais usa são pronomes pessoais possessivos. No original grego, as palavras eu, meu e minha ocorrem num total de 12 vezes nesse parágrafo. Há oito eu e quatro meu e/ou minha. Esse homem poderia levar em conta a necessidade das outras pessoas que eram carentes de alimentos, pois ele não precisava de tudo aquilo, pois ele já era rico, os seus celeiros ficariam cheios, ou seja, teria suprimento para muitos dias e ele ainda teria o privilégio de abençoar os pobres, no entanto ele não nutria alegria de dar generosamente. Só conseguia pensar em derrubar os velhos celeiros ou depósitos a fim de construir outros maiores nos quais pudesse armazenar seu grão apenas para si etc.
Celeiro era um depósito usado para armazenar cereais em grão. Palheiros, torres e outras instalações para armazenagem eram comuns na antiguidade. Certamente os celeiros deste homem estando cheios já eram suficientes para o seu suprimento durante muito tempo. Mas o seu egoísmo e avareza o leva a derrubá-los e construir outros maiores significando abundância por muitos anos, talvez nunca mais ele precisaria trabalhar.
Existem muitas pessoas assim nos dias de hoje. Avarentas, egoístas e que não nutre nenhum desejo em ajudar aos necessitados.
Ilustração
Conta uma história que havia dois mendigos que cresceram juntos e eram amigos inseparáveis. Desde criança nunca se separaram e agora, idosos, viviam correndo o mundo. Certo dia, passaram perto de uma ponte e viram uma corrente se desenterrando bem no barranco do rio e, como os mendigos vivem fuçando aqui e ali, eles acabaram desenterrando a corrente e puxaram-na com força.
Na ponta da corrente, de dentro do rio, apareceu um baú enorme, contendo um tesouro muito grande. Depois de muito festejar, eles combinaram que iriam repartir o tesouro meio a meio.
Quando ambos foram carregar as suas partes, não aguentaram, pois há muito dias não se alimentavam e estavam fracos. O que parecia mais esperto dos dois teve uma ideia:
- Ora, amigo! Nós agora somos imensamente ricos. Pegue um pouco de ouro, vá até a cidade e compre comida para nós. Eu ficarei cuidando de nosso tesouro.
O outro não achou má ideia, porém, ao sair, teve um pressentimento: - E se ele fugir com o tesouro? Não, ele não vai fazer isso… somos amigos há muitos anos!
Foi-se para a cidade e à tardinha voltou trazendo uma refeição forte e gostosa para o amigo. Viu o tesouro, mas não enxergou o amigo. Onde estaria? Depois de chamá-lo pelo nome várias vezes, ele apareceu traiçoeiramente com um punhal, que cravou bem sobre o coração do amigo.
Seus olhos brilharam.
- Agora o tesouro é só meu. Se antes eu podia comprar dezenas de casa com a metade, agora posso comprar uma cidade inteira com tudo.
Toda aquela maquinação contra o amigo, causara-lhe mais fome ainda. Apanhou a comida que o amigo trouxera e comeu à vontade. Descansou um pouco, apanhou o baú com o tesouro e foi-se. De repente, sentiu-se mal. A sua visão escureceu-se e ele tombou morto, espalhando aquele tesouro no terreno arenoso.
Conclusão da história: o amigo havia tido a mesma ideia que ele, de ficar com todo o tesouro, por isso colocara veneno na comida.
O homem avarento não leva em conta as necessidades os outros, pensa apenas em si próprio, é egoísta.
Veremos o terceiro equívoco do homem avarento:
3 – O avarento não reconhece que depende de Deus (v,18)
· Ele pensa que tudo é dele e pode fazer o que bem entender.
Diante de uma colheita farta e abençoada o que é que ele faz? ele resolve derrubar os seus celeiros e construir outros maiores para armazenar tudo para ele. Ele não dá graças a Deus pela benção da produção, ele pensa que tudo é mérito dele. que grande equívoco.
É importante observar que o termo “pedirá a tua alma” no original significa pedir de volta/cobrar uma dívida. Nada do que esse homem possuí é dele, tudo é de Deus, mas o que chama atenção é que esse pedir de volta não se refere aos bens materiais mais a alma, “esta noite pedirão a tua alma” ou seja, a sua “própria” vida na verdade pertence a Deus.
Vida aqui diz respeito ao curso de existência de um indivíduo.
Ilustração
Percebemos o quanto uma pessoa é valorizada baseado naquilo que possui. Hoje as pessoas de boa aquisição financeira são bajuladas e tratadas de forma diferente das demais.
Certa vez presenciai em uma loja de confecções um mendigo que passou um bom tempo procurado uma roupa para comprar, mas ninguém o atendeu. Eu e minha esposa fomos bem atendidos, no entanto aquele homem apenas por não estar bem vestido foi ignorado.
Em nosso país o tratamento para com as pessoas na grande maioria das vezes se dá por meio do que possui. Isso é um grande equívoco, pois “A vida de um homem não consiste na abundancia do que possui”. Independente da sua condição financeira, você depende exclusivamente de Deus. é ele quem fornece o ar que respiramos, a comida comemos, a roupa que vestimos e tudo mais.
Nos versos 4 e 5 do capítulo que lemos (12), Jesus fala aos seus discípulos e aos ouvintes inclusive esse homem que pediu para Jesus julgar a sua causa a quem eles deveriam temer. Jesus diz: “Não temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer. Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei”.
O poder do julgamento está em Deus. Só ele pode salvar a alma do homem como punir pelo pecado.
Ilustração
Recentemente um forte irrigante da cidade de João Dourado-Ba, homem muito rico, que havia largado a sua esposa para viver uma vida promíscua com outras mulheres, conta bancária farta, morreu eletrocutado na sua própria propriedade quando pisou em um fio descascado.
Obviamente esse homem não sabia que iria morrer naquele dia e tão novo. Certamente ele tinha muitos planos para realizar e muitas coisas para comprar com o seu dinheiro. No entanto ele se esqueceu ou não reconheceu que dependia de Deus, que Deus é o dono da vida e que o seu destino pertence a Deus.
CONCLUSÃO
Jesus disse no verso 21 que assim é aquele que ajunta tesouros para si e não é rico para com Deus. A riqueza terrena não tem nenhum valor diante de Deus. a riqueza terrena é passageira.
Ainda na mesma ideia, nos versículos 33 e 34, Jesus diz: “Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói.
Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.
APLICAÇÕES PRÁTICAS:
Diante do que vimos proponho 3 aplicações práticas para as nossas vidas
1- Invés de você acumular riquezas aqui na terra, acumule tesouros no céu. A vida neste mundo é rápida, passa como um sopro. Jesus te garante vida eterna, nos céus.
2- Nunca deixe ajudar os mais necessitados quando eles precisarem de você. Jesus disse que se deixarmos de ajudar os que precisam deixamos de ajudar a Ele.
3- Nunca se esqueça de que você depende de Deus. A sua vida pertence a ele. Os seus bens são dele. Neste sentido agradeça a Ele por tudo que ele tem te dado.
Related Media
See more
Related Sermons
See more