Nossa Cura Se Chama Reconciliação.

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Jesus perdoa os pecados do paralítico e prova sua autoridade curando-o de sua doença.

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Nossa cura se chama reconciliação.

Tema: Jesus é o Filho de Deus, o Messias prometido, aquele que nos reconcilia com Deus.
Introdução: As Escrituras Sagradas nos afirmam categoricamente que Jesus Cristo é o eterno Filho de Deus. Essa afirmação nos leva diretamente a outra afirmação, Jesus Cristo é Deus. Nos evangelhos, em várias passagens essa filiação e divindade de Cristo nos são apresentadas. Em várias curas, sinais e maravilhas que Jesus realizava ficava evidente que ele era o Messias prometido. Alguém ainda poderia argumentar: - Será que podemos afirmar que Jesus é mesmo o filho de Deus somente pelos sinais que fazia? Bem, Jesus respondeu a essa pergunta. Na passagem que vamos analisar, Jesus perdoou os pecados de um homem, e isso incomodou os escribas e fariseus presentes, pois perdoar pecados é uma prerrogativa exclusivamente divina. Jesus prova sua divindade, e seu direito de perdoar pecados curando o paralítico. Vamos analisar o texto.
Contexto literário.
Marcos inicia seu evangelho afirmando que Jesus Cristo é o filho de Deus (1.1). Marcos segue narrando que João batista é a confirmação da profecia de ,( vale observar que no verso 2 a profecia faz referência a , somente o verso 3 se refere a ). O autor mostra João Batista testemunhando a divindade de Jesus, (1.7,8), após narrar o batismo de Jesus, o próprio Deus testemunha a divindade de Jesus (1.11). Marcos passa agora a narrar o ministério de Jesus na Galileia. Em Cafarnaum, ao realizar um exorcismo, os próprios demônios dão testemunho da divindade de Jesus (1.24), a após esse exorcismo todos ficam admirados com Jesus, e a sua fama se espalha pela região. (1.27,28). Ao entardecer uma multidão vai até Jesus e ele realiza muitos exorcismos e curas (1.32-34). Marcos relata que Jesus se levanta de madrugada e vai pra um lugar afastado pra orar, logo Simão e outros encontram Jesus, e dizem a ele que uma multidão o aguarda, Jesus deixa claro que precisa ir a outras aldeias, pois, sua missão é pregar (1.35-38). Jesus vai por toda a Galileia pregando nas sinagogas, e cura um leproso. Após curar o leproso, a fama de Jesus cresce ainda mais a ponto de ele não poder entrar publicamente em alguma cidade.
O capítulo 2 marca o início de uma série de oposições a Jesus por parte dos escribas e fariseus.
DEPOIS – A partir do cap 2 Marcos passa a relatar diversas ocasiões onde opositores vão se levantar contra o ministério de Jesus. Isso acontece no cap 2 com os Escribas que blasfemam após Jesus perdoar os pecados do paralítico. Eles se mostram hostis nos vs 15-17, quando Jesus come na casa de Levi, que era publicano, e muitos pecadores lá estavam. Eles se opõem a Jesus novamente a partir do verso 18 nas questões acerca do Jejum. Dos vs 23 a 28 os fariseus se opõem a Jesus pelo fato dos discípulos colherem espigas no sábado. No cap 3.1-6 há nova oposição contra Jesus pelo fato de curar o homem da mão ressequida, também no sábado. O ápice dessas oposições se dá no cap 3.6 onde junto com os herodianos, os fariseus conspiram para mata-lo (Jesus).
Contexto Histórico.
Marcos escreve para uma audiência romana, por isso ele faz questão de mostrar Jesus sempre em movimento, sempre em ação. O evangelho de Marcos é o evangelho da ação, ele faz conexões o tempo todo, o que cria esse ambiente dinâmico que é característica em seu evangelho. Ele usa muito temos como: “de novo”; “depois”; “então”; “e logo”; “e saindo”; “dias depois”; dentre outros.
Desenvolvimento.
O texto é divido em atos, iguais á uma apresentação de teatro.
Primeiro Ato: Jesus e a multidão são apresentados.
1. O ajuntamento da multidão – (1,2)
· Jesus volta a Cafarnaum e uma multidão vai até a casa onde ele estava.
· Não há espaço para mais ninguém se aproximar.
Segundo Ato: Junto com os quatro amigos, o paralítico é apresentado.
2. O paralítico é levado a Jesus – (3-5)
· Quatro homens levam um paralítico a Jesus.
· Por causa da multidão eles sobem para o telhado, e descem o paralítico no ponto onde Jesus estava. (v. 4)
· Jesus perdoa os pecados do homem. (v.5)
Terceiro Ato: Os escribas são apresentados e acusam (em pensamento) Jesus de blasfêmia.
3. Jesus é acusado de Blasfêmia – (vs.6-11)
· Em pensamentos, os escribas acusam Jesus de blasfêmia. (vs.6,7)
· Jesus conhecendo os pensamentos deles os questiona sobre o que seria mais fácil fazer/dizer.
· Com o propósito de mostrar que Ele tem poder de perdoar pecados, Jesus cura o paralítico. (vs.10,11).
Quarto Ato: O paralítico se levanta da cama, e as multidões admiradas glorificam a Deus.
4. A cura leva a multidão á glorificar a Deus (v.12)
· O homem curado se levanta diante de todos
· Todos admirados glorificam a Deus, e reconhecem “Jamais vimos coisa assim!”.
Conclusão.
Jesus é o Filho de Deus, o Messias prometido, aquele que perdoa nossos pecados e nos reconcilia com Deus.
Teologia.
Nos primeiros cinco séculos, os pais da igreja lutaram para entender quem é Jesus Cristo, como revelado nas Escrituras. Ele é Deus? Ele é humano de fato? Como Jesus pode ser tanto humano como divino? Como essas duas naturezas se relacionam na pessoa de Cristo? Em vários concílios ocorridos nesta época, a igreja chegou a conclusões que se tornaram padrão para a fé cristã.
Na história da igreja diversas heresias surgiram relacionadas a pessoa de Cristo. Poderíamos agrupar pelo menos duas heresias, dando ênfase em apenas uma:
Heresias que negam a humanidade de Cristo. O docetismo, (Jesus apenas “parecia” humano, mas de fato não tinha matéria pois a matéria é má). O apolinarianismo (Jesus não tinha uma alma humana, o Logos divino fazia a parte dessa alma humana na constituição de Jesus).E o eutiquianismo, (A natureza divina de Cristo absorveu a natureza humana, com isso Cristo teria apenas uma natureza após a união, a natureza divina revestida de carne humana).
Heresias que negam a divindade de Cristo. O ebionismo (Termo derivado do hebraico ebyôn, “pobre”, “necessitado”, miserável”, ensinava que Jesus era um profeta extraordinário que se identificava com os pobres, mas não era Deus, era filho natural de José e Maria). O adocionismo (Jesus era um homem comum, no entanto era tão submisso a Deus que o Pai o adotou como o seu Cristo). E o arianismo, (principal heresia dos primeiros séculos da Igreja. Ário ensinava que Cristo era apenas uma criatura, não o Deus eterno. A frase chave que resume a compreensão deles é a seguinte: “houve um tempo em que Cristo não era”). O resultado dos debates em torno desta doutrina foi a formulação de uma das mais importantes confissões de fé cristã, O Credo de Nicéia, elaborado no primeiro grande concílio da Igreja, realizado na cidade de Nicéia (atual Iznik, na Turquia), em maio de 325.
A formulação de Nicéia diz o seguinte a respeito da pessoa de Cristo:
Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis;
E em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado pelo Pai, unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não feito, de uma só substância com o Pai, pelo qual foram feitas todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu, se encarnou e se fez homem, e sofreu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, e novamente deve vir para julgar os vivos e os mortos.
E no Espírito Santo. E a quantos dizem: “Ele era quando não era”, e “Antes de nascer, Ele não era”, ou que “foi feito do não existente”, bem como a quantos alegam ser o Filho de Deus “de outra substância ou essência”, ou “feito”, ou “mutável”, ou “alterável” a todos estes a Igreja Católica e Apostólica anatematiza.
Após o concílio de Nicéia houve mais 3 concílios onde os assuntos principais giraram em torno da pessoa de Cristo.
Concílio de Constantinopla em 381. Dando ênfase na uni-substancialidade das pessoas do Pai, Filho e E.S. Provando assim que Cristo é Deus.
Concílio de Éfeso em 431. Enfatizando o conceito de Maria ser Teotokos, (Mãe de Deus).
Concílio de Calcedônia em 451. Dando ênfase na dupla natureza de Cristo, (humana e Divina). Neste concílio, que é considerado o mais importante em matéria de Cristologia, foi apresentado o conceito de duas naturezas: inconfundíveis, imutáveis, inseparáveis e indivisíveis.
Nota-se a importância que os teólogos deram pra essa questão da pessoa de Cristo na história.
Em períodos mais recentes a coisa não mudou, as confissões de fé das Igrejas Históricas e reformadas, dão um lugar de respeito a essa matéria. Vejamos:
Na Confissão de Fé Batista de 1689 reza o seguinte: “O Filho de Deus, segunda pessoa da Trindade santa - sendo o próprio Deus eterno, o resplendor da glória do Pai., da mesma essência e igual ao Pai -, Ele fez o mundo, sustém e governa todas as coisas que criou. Quando veio a plenitude a tempo, Ele tomou sobre si a natureza humana, com todas as suas propriedades essenciais e fraquezas comuns - porém, sem pecado. E foi concebido pelo Espírito Santo, no ventre da Virgem Maria (pois o Espírito Santo desceu sobre ela, e o poder do Altíssimo a envolveu). Foi nascido de mulher, da tribo de Judá, da descendência de Abraão e de Davi, segundo previam as Escrituras. Desse modo, duas naturezas completas, perfeitas e distintas foram inseparavelmente unidas, em uma única pessoa, sem conversão, composição ou confusão. E essa pessoa é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem; no entanto, um só Cristo, o único mediador entre Deus e os homens.”
A Confissão Belga afirma: “Cremos que Jesus, segundo sua natureza divina, é o único Filho de Deus, gerado desde a eternidade. Ele não foi feito nem criado, pois assim seria uma criatura; mas é de igual substância do Pai, coeterno, ‘o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser’ (), igual a ele em tudo. Ele é o Filho de Deus não somente desde que assumiu nossa natureza, mas desde a eternidade, como os seguintes testemunhos nos ensinam, ao serem comparados uns com os outros: Moisés diz que Deus criou o mundo, e o apóstolo João diz que todas as coisas foram feitas por intermédio do Verbo que ele chama de Deus. O apóstolo diz que Deus fez o universo por seu Filho e, também, que criou todas as coisas por meio de Jesus Cristo. Segue-se, necessariamente, que aquele que é chamado de Deus, o Verbo, o Filho e Jesus Cristo, já existia quando todas as coisas foram criadas por ele”.
A Confissão de Westminster diz o seguinte: “O Filho de Deus, a segunda pessoa da trindade, sendo verdadeiro e terno Deus, da mesma substância do Pai e igual a ele, quando chegou o cumprimento do tempo, tomou sobre si a natureza humana com todas as suas propriedades essenciais e enfermidades comuns, contudo sem pecado, sendo concebido pelo poder do Espírito Santo no ventre da virgem Maria e da substância dela. As duas naturezas, inteiras, perfeitas e distintas - a divindade e a humanidade - foram inseparavelmente unidas em uma só pessoa, sem conversão, composição ou confusão; essa pessoa é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, porém um só Cristo, o único Mediador entre Deus e o homem”. (,; ; ; ; ; ; ; ,,; ; ; ; ,; ).
Podemos concluir seguramente que Jesus é Deus, eterno, não criado, 100% Deus, por isso tem plena autoridade para perdoar pecados. Já possuía tal autoridade em seu ministério terreno, e possui também agora, ascendido aos céus, assentado a direita de Deus, de onde virá (em breve), julgar vivos e mortos.
Aplicações.
Podemos concluir seguramente que Jesus é Deus, eterno, não criado, 100% Deus, por isso tem plena autoridade para perdoar pecados. Já possuía tal autoridade em seu ministério terreno, e possui também agora, ascendido aos céus, assentado a direita de Deus, de onde virá (em breve), julgar vivos e mortos.
Devemos direcionar todos os nossos problemas para Cristo
Devemos direcionar todos os nossos problemas para Cristo
Cristo é quem soluciona nosso principal e enorme problema, a inimizade contra Deus.
Cristo é o Filho de Deus, portanto, ele é Deus, eterno, não criado, 100% Deus, por isso tem plena autoridade para perdoar pecados. Devemos nos admirar em seus grandiosos feitos e glorifica-lo. Já possuía tal autoridade em seu ministério terreno, e possui também agora, ascendido aos céus, assentado a direita de Deus, de onde virá (em breve), julgar vivos e mortos.
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