DEUS DE PROMESSA
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DEUS DE PROMESSA
No texto anterior, o autor de Hebreus mostrou como andar fora dos caminhos de Deus é perigo para qualquer pessoa.
Mostrou como pessoas bem intencionaram, apesar de conviverem com os cristãos, cantarem e orarem juntos dos cristãos, muitas vezes não passam de pessoas simpáticas à fé, mas não necessariamente convertidas.
Vimos que a conversão está ligada a frutos que são produzidos nas vidas transformadas, vidas que são como terra que recebe a chuva e produz boas plantas e bons frutos. Uma vida abençoada é como uma terra abençoada.
Após falar dos perigos espirituais de se viver apenas de aparências, o autor fecha este capítulo falando de promessas que Deus tem para o seu povo.
Enquanto os que estão com seu povo mas não são do seu povo possuem apenas a certeza do inferno, os que são genuinamente seu povo recebem um promessa fantástica.
Quanto a vocês, meus amados, ainda que falemos desta maneira, estamos certos de que coisas melhores os esperam, coisas relacionadas com a salvação.
9 - as coisas que são melhores são todas as promessas relacionadas ao céu.
"Quanto a vocês" parece mostrar que o autor não tinha em mente seus leitores quando escreveu as palavras dos versos anteriores, quando falou daqueles que se parecem com os crentes, mas não são crentes.
Porque Deus não é injusto para se esquecer do trabalho que vocês fizeram e do amor que mostraram para com o seu nome, pois vocês serviram e ainda estão servindo aos santos.
Desejamos que cada um de vocês continue mostrando, até o fim, o mesmo empenho para a plena certeza da esperança,
10—11 - Deus estava atento às ações de cada um de seus filhos. Cada um dos leitores desta epístola original deveriam esperar receber do Senhor a recompensa por sua fidelidade e amor.
O trabalho deles era conhecido entre os demais cristãos. Mas, acima de tudo, era conhecido por Deus.
Ele não apenas trabalhavam, mas amavam o nome do Senhor. Amavam ser chamados de cristãos, amavam quando os de fora via neles características que haviam sido vistas em nosso Senhor Jesus Cristo.
No 11 o autor mostra seu desejo espiritual de que eles continuassem mostrando diligência até o fim.
para que não se tornem preguiçosos, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela paciência, herdam as promessas.
12 - O objetivo de permanecerem firmes: I. Para que não se tornassem indolentes, preguiçosos; II. Para que se tornassem imitadores de todos os seus antepassados que herdaram as promessas de Deus.
Aqui, o autor introduz o tema mais importante desta passagem. É disso que ele quer falar desde o verso 9 e falará até o verso 20.
Ele deseja mostrar como um Deus de promessas era a força motivadora que os sustentaria até o fim.
Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo,
dizendo: “Certamente eu o abençoarei e multiplicarei os seus descendentes.”
E assim, depois de esperar com paciência, Abraão obteve a promessa.
13—15 - Lembrança de quando, pela primeira vez, a promessa de Deus foi feita ao alguém da "nação dos hebreus". Para isso, o autor lembra de Abraão, o primeiro hebreu, o pai da nação escolhida, a nação Israelita.
A promessa de Deus a Abraão e que seus descendentes desfrutaram foi a de serem muito abençoados e multiplicarem.
Mas, o que implica "ser muito abençoado"? Isso significa somente ser alguém muito cheio de Deus, da Palavra de Deus e que ama estar em sua presença.
Ser muito abençoado envolve questões materiais também. Mas não se iludam, pois o fato de alguém possuir muito materialmente não significa que tal pessoa seja alguém abençoado por Deus. Lembrem-se sempre de que Deus pode transformar bênçãos em sofrimentos, e sofrimentos em bênçãos.
Abraão já era alguém próspero materialmente quando Deus o chamou para deixar tudo e seguir para onde o enviaria. Quando se converteu, Abraão já era rico. Porém, sua verdadeira prosperidade começou somente após ter deixado tudo para ir à terra que o Senhor o mostraria.
A maior bênção na vida de Abraão foi seu filho Isaque. Não tem dinheiro que substitua a vida de um filho.
Porque as pessoas juram pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, põe fim a toda discussão.
Por isso, Deus, quando quis mostrar com mais clareza aos herdeiros da promessa que o seu propósito era imutável, confirmou-o com um juramento.
Ele fez isso para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, nós, que já corremos para o refúgio, tenhamos forte alento, para tomar posse da esperança que nos foi proposta.
16—18 - "Herdeiros da promessa", essa é a expressão mais preciosa dessa porção.
A questão do juramento que é explicada nesta passagem diz respeito a uma prática daquele tempo, quando pessoas juravam com o fim de serem todas como verdadeiras diante de um tribunal. Obviamente, em nossos dias, não se aceita esse tipo de argumentação para que se obtenham credibilidade diante de um tribunal. Hoje, é necessário que se mostra provas a fim de que se venha a ser crido.
Outra expressão especial é a do verso 17, quando ele fala da "imutabilidade do seu propósito", ou, " que o seu propósito era imutável". Qual o principal propósito de Deus? Salvar pessoas. E isso é imutável. Nada nos tirará de suas mãos.
O verso 18 fala destas "coisas imutáveis".
Para que desfrutemos de todos os benefícios dessa promessa, ou seja, para que experimentemos com todo nosso ser o amor de Deus, seu cuidado, sua paz, e tudo o mais que Deus vem, é preciso que "corramos para o refúgio".
Correr para o refúgio é o que traz alento ao coração, diz o autor. Uma vez nos braços deste precioso refúgio, tomaríamos posse de uma esperança que em nenhum outro lugar podemos encontrar. Aleluia!
E o autor conclui:
Temos esta esperança por âncora da alma, segura e firme e que entra no santuário que fica atrás do véu,
onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.
19—20 - Quando encontramos esta esperança em Jesus, nosso refúgio, desfrutamos de todas as promessas de Deus relacionadas à salvação (paz, perdão, alívio, alegria, etc.).
E isso é maravilhoso! Temos um Deus de Promessas, um Deus que não mente, que não muda, e que prometeu dar a nós infinitamente mais do que pedimos ou pensamos ().
Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós,
a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!
E então, nossa alma antes vazia e sem esperança, agora se ancora a Jesus. Nosso Senhor Jesus Cristo se torna a força, a âncora segura na qual nosso coração encontra seu maior prazer. Nele, além de tudo que já foi dito, encontramos firmeza, segurança, e entramos além do véu, somos levados pelas mãos do próprio filho de Deus à presença do Seu Pai.
E tudo isso que Jesus dá a nós, ele promete dar pra sempre, justamente por ser da "Ordem de Melquisedeque". Como já expliquei anteriormente, isso significa que tudo relacionado a Jesus, suas bençãos, suas intercessões, absolutamente tudo relacionado a Jesus não muda. Ele será o mesmo sempre, como foi ontem, será hoje e não deixará de ser amanhã.
Por isso, é digno de todo louvor e toda adoração.
APLICAÇÕES
APLICAÇÕES
- Deus está atento a tudo que fazemos, a cada gesto de amor, a cada ato de serviço. Deus está atento a tudo que você faz em Sua obra;
- Deus honrará cada um de seus filhos por causa de seu amor e dedicação em Sua obra;
- A preguiça é pecado;
- O que Deus espera de nós é que imitemos aqueles que já herdaram a promessa e estão vivendo à nossa frente, tendo mais vida, mais alegria, mais paz, mais esperança, mais segurança, mais firmeza, mais fé, mais amor;
- Uma vez seguindo estes passos, podemos esperar a herança que nossos antepassados receberam (ainda em vida);
- Podemos esperar a bênção da presença de Deus;
- Podemos esperar a bênção da provisão e do sustento para o dia a dia;
- Devemos nos apegar com convicção às promessas de Deus, não duvidar de nenhuma delas, e louvar ao Senhor por termos nele um Refúgio seguro para todas as horas;
- Louvarmos a Ele por termos nEle nossa âncora, segura e firme, que nos leva para além do véu, onde encontramos a Deus.