CONSIDERANDO A CEIA

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Quando comemos o pão e bebemos o vinho no recesso da Ceia instituída por Jesus, somos seus hóspedes e estamos à sua mesa. É um ato de comunhão sem igual com o Redentor, um momento de comunhão uns com os outros.

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A IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA DA CEIA DO SENHOR E DE NOSSA PARTICIPAÇÃO NELA.

I Coríntios 11.23-34

INTRODUÇÃO

O tema do nosso Sermão hoje é: A IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA DA CEIA DO SENHOR E DE NOSSA PARTICIPAÇÃO NELA.
É preciso revelar maturidade quanto a esse item MUITO importante na agenda do cristão, ou para dizer de uma outra maneira, mais simples:
É preciso que saibamos NÃO APENAS no que consiste a Ceia do Senhor, mas também qual deve ser a nossa atitude com respeito a ela.
HÁ DUAS RAZÕES PELAS QUAIS, SEM PERCEBERMOS, ACABAMOS POR CELEBRAR A CEIA SEM A DEVIDA IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA QUE DEVEMOS TER SOBRE ESSE SACRAMENTO SOBRE ESSA ORDENANÇA.
1. A ROTINA, A REPETIÇÃO CONSTANTE.
A repetição de um evento, ainda que solene e formal, pode fazer com que esse evento se torne rotineiro e por causa disso perdemos de vista a importância e relevância dele. Pela repetição, a Ceia do Senhor pode vir a se tornar um evento mecânico e ritualista, apenas. Não podemos permitir que isso aconteça.
O segundo motivo pelo qual perdemos de vista a importância e relevância da Ceia do Senhor e de nossa participação nela é:
MUITO importante na agenda do cristianismo, ou para dizer de uma outra maneira, mais simples: É preciso que não só saibamos no que consiste a Ceia do Senhor, mas também qual deve ser a nossa atitude com respeito a ela.
2. O DESCONHECIMENTO SOBRE O QUE É A CEIA DO SENHOR.
Parece-me que era essa o problema que acontecia na Igreja de Corinto. Lá eles realizavam uma festa chamada Festa do Amor (Ágape) e naquela refeição eles Celebravam a Ceia do Senhor e o faziam sem se aperceber no que aquele gesto implicava, no que consistia a Ceia.
Por isso Paulo começa dizendo “porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei”, ou seja: Eu lhes o que é a Ceia do Senhor e a forma correta como vocês devem celebrá-la. Não é prudente e nem sábio Celebrar a Ceia de maneira incorreta.
MINHA TAREFA AO EXPOR ESSE TEMA HOJE
Minha tarefa, ao expor esse tema, meus queridos irmãos, é procurar fazer cada um de nós adquirir esse entendimento, de tal maneira que ao participarmos da Ceia do Senhor cada um de nós receba do nosso Senhor Jesus, aquele que nos convida a participarmos da sua mesa, as benção advindas dela.
Minha tarefa, ao expor esse tema, meus queridos irmãos, é procurar fazer cada um de nós adquirir esse entendimento, de tal maneira que ao participarmos da Ceia do Senhor cada um de nós receba do nosso hospedeiro, Jesus, aquele que nos convida a participarmos da sua mesa, as benção advindas dela.
Vamos nos concentrar no texto lido e partir dele, observar outros textos relacionados com o tema buscando esse conhecimento que nos faça participar da Ceia com responsabilidade.

EXPLICANDO O TEXTO

EXPLICANDO O TEXTO
DE QUEM PAULO RECEBEU AS INFORMAÇÕES SOBRE A CEIA?
Preliminarmente vemos que Paulo diz que o que ele ensinou a respeito da Ceia do Senhor, ao irmãos da Igreja de Corinto, ele aprendeu do Senhor Jesus.
Discute-se como, porventura teria ocorrido essa revelação:
1) Teria Paulo recebido essas informações diretamente de Jesus nos três anos que permaneceu nas regiões da Arábia depois de ter saído de Damasco, após o seu batismo por mãos de Ananias, ou;
2) Teria ele recebido essas informações de forma indireta nos quinze dias no quais esteve com Pedro em Jerusalém?
Não é tão relevante responder a essa questão. O que devemos ter em conta é que Paulo não inventou a Ceia e nem a maneira pela qual ela deveria ser Celebrada.
O que Paulo está dizendo com essas palavras enviadas em Carta aos Coríntios é que se eles estavam celebrando a Ceia do Senhor de forma indigna, a culpa não era dele, Paulo. Paulo os instruiu sobre a importância e relevância da Ceia e também de como participar dela e isso a partir da revelação que o Senhor Jesus havia dado a ele e os coríntios deviam estar atentos a isso.
QUANDO A CEIA FOI REALIZADA PELA PRIMEIRA VEZ?
Paulo também diz que a instituição da Ceia aconteceu na noite em que Jesus foi traído, ou seja, enquanto Jesus celebrava a Páscoa e em seguida a Ceia, a sua traição, aprisionamento, julgamento e morte estavam sendo urdidas por Judas e as autoridades religiosas de Jerusalém.
Esse é o pano de fundo quando a Ceia, o Sacramento da nova aliança foi instituída em substituição à Páscoa o Sacramento da Antiga Aliança.
OS RELATOS PARALELOS DA CEIA DO SENHOR
- - - I Cor. 11-23-34.
3) O relatos da Ceia nos evangelhos de Mateus e Marcos omitem a cláusula que diz: “façam isto em memória de mim”. Somente Lucas (22.19) e Paulo (I Cor. 11.24,25) enfatizam esse ponto. Devemos considerar, no entanto, que esse foi o entendimento da Igreja, mesmo antes de Paulo ter ido pregar o Evangelho em Corinto, já em Jerusalém a Ceia era celebrada e era um ato comum entre os crente e não como é hoje, ou seja, como no nosso caso, apenas no primeiro domingo de cada mês.
Não há contradições entre esses relatos. O que percebemos ao lê-los é que nos evangelhos de Mateus e Marcos há a omissão da cláusula que diz: “façam isto em memória de mim”. Somente Lucas (22.19) e Paulo (I Cor. 11.24,25) enfatizam esse ponto.
Devemos considerar, no entanto, que esse foi o entendimento da Igreja.
Mesmo antes de Paulo ter ido pregar o Evangelho em Corinto, já em Jerusalém a Ceia era celebrada e era um ato comum entre os crentes e não como é hoje, ou seja, como no nosso caso, apenas no primeiro domingo de cada mês.
Ao lermos o depoimento de Lucas a respeito da Igreja Primitiva de Jerusalém, em , temos a expressão “partiam o pão” com essa conotação de que eles repetiam aquele cerimonial instituído por Jesus. o versículo 46 diz que eles se reuniam diariamente.
Para compreendermos melhor esse ponto, é preciso que consideremos que há uma forte ligação da Páscoa com a Ceia que Jesus institui.

A ILAÇÃO ENTRE A PÁSCOA E A CEIA.

Assim como a Páscoa se tornou um marco na história da redenção de Israel no Antigo Testamento, (Israel é a Igreja do Antigo testamento) da mesma forma a Ceia é o marco da redenção de todos os eleitos (A igreja do Novo Testamento composta de Judeus e Gentios convertidos) do Senhor, aqueles pelos quais Cristo morreu derramando seu precioso sangue.
Na verdade a Ceia é uma atualização da Páscoa, ou seja, up grade teológico na história da redenção. Deus disse a Israel na primeira Páscoa: “Esse dia vos será por memorial e o celebrareis como solenidade ao Senhor: nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo”. ()
Então a Ceia do Senhor Jesus Cristo é um ato que deve ser celebrado como estatuto perpétuo, porque é exatamente quando celebramos a Ceia de Jesus que rememoramos o acontecimento extraordinário de sua morte e também expressamos a nossa esperança com respeito à volta.

OS ELEMENTOS DA CEIA

A Ceia de Jesus é celebrada com responsabilidade, no tempo presente, com os olhos cheios de gratidão pelo que foi feito no passado (Morte Vicária, Expiatória e Vitoriosa de Jesus) e com esperança pelo que haverá de ocorrer no futuro, na Consumação de todas as coisas, ou seja, na crença da volta de Jesus (até que Ele venha) assim como no AT aos Israelitas era necessário celebrar a Páscoa com a mesma solenidade, olhando com gratidão pelo que ocorreu no passado, no grande livramento da Escravidão do Egito e com esperança pela vinda daquele Profeta que seria maior que Moisés e que estava muito bem representado no Cordeiro Pascoal.

OS ELEMENTOS DA CEIA

Em todos os textos (Mateus, Marcos, Lucas e Corintios) os dois elementos da Ceia são o Pão e o Vinho.
Em todas essas passagens Jesus tomou o Pão e o Vinho, nessa sequência, agradeceu e os repartiu com seus discípulos.
Há algumas controvérsias sobre os elementos da Ceia - Pão & Vinho.
Nós temos a posição da Igreja Católica Romana, o entendimento Luterano e Calvinista sobre essas palavras de Jesus (“isto é o meu corpo, isto é o meu sangue”).
A expressão “isto é o meu corpo referindo-se ao pão e “este é o cálice da nova aliança no meu sangue”, referindo-se ao vinho APONTAM METAFÓRICA, SIMBÓLICA E ESPIRITUALMENTE PARA O CORPO E O SANGUE DE JESUS, RESPECTIVAMENTE.
Jesus não estava ensinando literalmente que aquele era o seu corpo e o seu sangue.

A POSIÇÃO DA ICAR.

A TRANSUBSTANCIAÇÃO
A Igreja Católica Romana defende a tese da Transubstanciação na qual os elementos da Ceia (Pão & Vinho) mesmo mantendo a forma original, na verdade, após a consagração desses elementos pelo sacerdote, as propriedades do pão e do vinho mudam, são transformadas, e os mesmos se tornam carne e sangue de Jesus.
Na Igreja Católica Romana apenas o pão é oferecidio a quem participa da Ceia. O vinho, apenas o Sacerdote toma.
A Igreja Católica Romana crê dessa forma porque interpreta o texto bíblico quanto Jesus diz, “isto é o meu corpo” e “este é o cálice da nova aliança no meu sangue” literalmente.
Em todos os relatos já citados (Evangelhos e I Coríntios) os discípulos comeram o Pão e beberam o Vinho. No entanto a Igreja Católica Romana só oferece o pão a quem participa da Ceia. O vinho, apenas o Sacerdote toma.
A ICAR interpreta literalmente a passagem de onde lemos:
“Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele.  Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá. Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente”.

A POSIÇÃO LUTERANA

A CONSUBSTANCIAÇÃO
Os Reformadores negaram a Transubstanciação por entende-la como um dogma da ICAR sem fundamentação e respaldo bíblico, mas Lutero defendeu a tese da Consubstanciação.
Lutero e a Igreja que recebe seu nome (Igreja Luterana) creem que no pão e no vinho já estão o corpo e sangue de Jesus. Para Lutero, o corpo de Cristo estava nos elementos e com os elementos, sem que o pão e o vinho se transformassem em carne e sangue. Assim, por propor que na ceia a substância dos elementos é recebida pelo crente junto com a substância do corpo físico do Senhor, a doutrina ensinada pelo reformador recebeu posteriormente o nome de consubstanciação.
Essa teoria de Lutero se baseava na Ubiquidade, ou seja, Onipresença de Cristo. Lutero ensinava, pois, que o corpo físico de Cristo tinha atributos divinos, podendo estar em vários lugares ao mesmo tempo e não somente sentado à direita do Pai nas alturas. Daí a possibilidade de estar junto aos elementos da ceia e servir de alimento para os cristãos.
Na verdade isso não era outra coisa a não ser a influência católica sobre o Reformador.

A POSIÇÃO CALVINISTA

A PRESENÇA ESPIRITUAL DE JESUS NA MESA DA COMUNHÃO
Os reformados de linha calvinista creem que Jesus está presenta Espiritualmente na Mesa da Comunhão e que quando um fiel come o Pão e bebe o Vinho, está comendo espiritualmente do corpo e bebendo espiritualmente do sangue de Jesus.
Jesus não estava ensinando literalmente que aquele era o seu corpo e o seu sangue. Como já dissemos Jesus aqui está falando metafórica e espiritualmente ao referir-se ao pão como sendo seu corpo e ao vinho como sendo seu sangue.
Os reformados de linha calvinista creem que ao fazerem isso, COM FÉ, os fiéis está tendo íntima e profunda comunhão com o Filho de Deus, com o Santo de Israel, com o Leão da Tribo de Judá, com o Reis dos Reis e Senhor dos Senhores.
Interessante é que a ICAR usa o texto literalmente, mas não cumpre literalmente o que diz o versículo 56 que instrui a administração do pão e do vinho. Nesse sentido, a Igreja Ortodoxa, a que se separou da Igreja Ocidental, ministra tanto o pão quanto o vinho.
Os reformados de linha calvinistas creem que ao fazerem isso, COM FÉ, os fiéis estão se alimentando espiritualmente através do corpo e do sangue de Jesus.

QUEM PODE PARTICIPAR DA CEIA DO SENHOR?

NOS EVANGELHOS APENAS OS DISCÍPULOS PARTICIPARAM DA CEIA.
Jesus comeu a Páscoa com seus discípulos (AQUELES QUE FAZIAM PARTE DE SEU CÍRCULO DE INTIMIDADE) e depois fez a tranposição desse Sacramento Vétero Testamentário para a Ceia.
Somente os discípulos de Jesus devem comer o pão e beber o vinho.
Assim como, somente os circuncidados podiam comer a Páscoa, da mesma forma, apenas os que já fizeram a sua Pública Profissão de Fé em Jesus como seu Salvador e Senhor, é que devem comer a Ceia.
Crianças não podem participar da Ceia do Senhor porque elas não tem condições de “discernir o corpo”. Uma criança que ainda não tem condições de fazer essa auto análise a respeito de seu posicionamento no corpo de Cristo, NÃO DEVE COMER O PÃO E NEM BEBER O VINHO DA CEIA DO SENHOR.
Tanto adultos quanto crianças que não têm condições de discernir em que consiste esse grande mistério que é a ceia do Senhor (QUE É COMPOSTA DO CORPO E DO SANGUE DE JESUS) e tomá-la sem esse discernimento irá redundar em condenação da parte de Deus.
O temor CORPO usado por Paulo no versículo 29, tem forte ligação com aquilo que ele diz no versículo 27 ao discorrer sobre comer e beber indignamente a Ceia.
Portanto, veja a importância de sabermos exatamente no que consiste a CEIA e como podemos participar dela.

APLICAÇÕES.

Lutero e a Igreja que recebe seu nome (Igreja Luterana) creem que no pão e no vinho já estão o corpo e sangue de Jesus. Para Lutero, o corpo de Cristo estava nos elementos e com os elementos, sem que o pão e o vinho se transformassem em carne e sangue. Assim, por propor que na ceia a substância dos elementos é recebida pelo crente junto com a substância do corpo físico do Senhor, a doutrina ensinada pelo reformador recebeu posteriormente o nome de consubstanciação.
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Essa teoria de Lutero se baseava na Ubiquidade, ou seja, Onipresença de Cristo. Lutero ensinava, pois, que o corpo físico de Cristo tinha atributos divinos, podendo estar em vários lugares ao mesmo tempo e não somente sentado à direita do Pai nas alturas. Daí a possibilidade de estar junto aos elementos da ceia e servir de alimento para os cristãos.
Na verdade isso não era outra coisa a não ser a influência católica sobre o Reformador.
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APLICAÇÕES.

DEVEMOS COMER E BEBER A CEIA COMO HÓSPEDES DO SENHOR.

Simon Kistmaker escreveu: “Os crentes precisam entender que quando eles comem o pão e bebem do copo do Senhor, eles são hóspedes à sua mesa”.
Veja a grande responsabilidade que há em participarmos da Ceia, da mesa do Senhor Jesus. Somente aqueles a quem Ele convida para seu círculo de profunda intimidade e comunhão devem participar da Ceia.
Somente aqueles a quem Ele convida para seu círculo de profunda intimidade e comunhão devem participar da Ceia.
Essa é a mesa do Senhor. Ele nos chama para a sua companhia, intimidade e comunhão.
João Calvino escreveu: “Nossas almas podem receber deste sacramento grande fruto de confiança e doçura, pois temos o testemunho de que Jesus Cristo, de tal maneira é incorporado a nós, e nós a Ele, que tudo quando é dele, podemos considerar nosso e tudo quando é nosso podemos dizer que é Dele”.

QUANDO PARTICIPAMOS DA CEIA EXPERIMENTAMOS AS TRÊS DIMENSÕES DA HISTÓRIA DA NOSSA REDENÇÃO.

GRATIDÃO POR NOSSA REDENÇÃO NO PASSADO
RESPONSABILIDADE EM NOSSO PRESENTE
ESPERANÇA NO DIA GLORIOSO DA VOLTA DE JESUS
A Ceia de Jesus deve celebrada com GRATIDÃO por aquilo que contemplamos ao olhar O PASSADO - Vivíamos no Egito e fomos libertados da escravidão do mundo do Diabo e da carne.
A Ceia deve ser celebrada com RESPONSABILIDADE no PRESENTE (devemos fazer um profundo exame (Anamnese) sobre nossa fé, sobra nossa piedade, sobre nossas esperanças, sobre nossos relacionamentos) cientes de que se comermos indignamente seremos réus do corpo e do sangue de Jesus. Paulo fala em TOMAR A CEIA INDIGNAMENTE.
A Ceia do Senhor deve ser celebrada com ESPERANÇA porque olha para o dia glorioso da volta do nosso redentor. Paulo diz: Celebrem essa benção da comunhão com Cristo que é a nossa Páscoa, até o dia glorioso que o teremos não apenas em Espírito conosco, mas na forma do Cristo Ressurreto.
Com a exceção de Josué e Calebe, os demais israelitas que celebraram a Páscoa no dia anterior a saída do Egito, morreram no deserto. No capítulo anterior a esse Paulo escreve:
“Pois eu não quero que desconheçam, irmãos, que todos os nossos pais estiveram sob a nuvem e todos passaram pelo mar;  e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar. E todos comeram a mesma comida espiritual, e todos beberam a mesma bebida espiritual. Porque eles bebiam da rocha espiritual que os seguia, e a rocha era Cristo. Contudo, Deus não se agradou da maioria deles, pois seus corpos foram espalhados pelo deserto. Ora, essas coisas tornaram-se exemplos para nós, para que não ansiássemos por coisas más como aquelas pessoas ansiavam.” (I Cor.10.1-6)
Pois eu não quero que desconheçam, irmãos, que todos os nossos pais estiveram sob a nuvem e todos passaram pelo mar; 2. e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar. 3. E todos comeram a mesma comida espiritual, 4. e todos beberam a mesma bebida espiritual. Porque eles bebiam da rocha espiritual que os seguia, e a rocha era Cristo. 5. Contudo, Deus não se agradou da maioria deles, pois seus corpos foram espalhados pelo deserto.
6. Ora, essas coisas tornaram-se exemplos para nós, para que não ansiássemos por coisas más como aquelas pessoas ansiavam
Muitos que foram sustentados no deserto após participarem da Páscoa nte, com os olhos cheios de gratidão pelo que foi feito no passado (Morte Vicária, Expiatória e Vitoriosa de Jesus) e com esperança pelo que haverá de ocorrer no futuro, na Consumação de todas as coisas, ou seja, na crença da volta de Jesus (até que Ele venha) assim como no AT aos Israelitas era necessário celebrar a Páscoa com a mesma solenidade, olhando com gratidão pelo que ocorreu no passado, no grande livramento da Escravidão do Egito e com esperança pela vinda daquele Profeta que seria maior que Moisés e que estava muito bem representado no Cordeiro Pascoal.

AO CELEBRARMOS A CEIA REFLETIMOS NOSSO AMOR A DEUS NO AMOR AOS NOSSOS IRMÃOS.

Kistemaker, S. (2014). 1 Coríntios. (H. H. G. Silva, Trad.) (2a edição, p. 395). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.

COMUNHÃO COM OS IRMÃOS E AMOR AO PRÓXIMO

Na Igreja de Corinto a Ceia era celebrada em meio à Festa do Amor.
Havia nessa festa uma quebra da unidade.
Nessa reunião uma refeição era servida a todos os participantes e dentro dessa refeição a Ceia era celebrada. Ocorre que aqueles que eram os primeiros a chegar comiam (e até se embriagavam) e não deixavam nada para seus irmãos que chegavam depois deles.
Isso causou uma certa quebra da harmonia e unidade.
Paulo os orienta dizendo que se quisessem comer e beber que o fizessem em suas casas porque o que mais importava naquele momento da comunhão era que TODOS COMECEM DO PÃO E BEBESSEM DO VINHO isonomicamente, igualitariamente.
FAZENDO ASSIM REFLETIMOS O AMOR QUE TEMOS A DEUS NO AMOR QUE DEMONSTRAMOS POR NOSSO IRMÃO.

A CEIA É UM MEIO DE GRAÇA QUE VISA NOSSO FORTALECIMENTO E AMADURECIMENTO CRISTÃOS.

Não tomamos a Ceia porque não pecamos, mas a tomamos para nutrição de nossa alma e assim, fortalecidos, evitar o pecado que tenazmente nos assedia.

A CEIA É UM TESTEMUNHO A RESPEITO DA MORTE DE JESUS. (Anunciais a sua morte até que ele venha).

Morte Vicário (Substitutiva)
Morte Expiatória (Para Pagara a Dívida do Pecado)
Morte Vitoriosa (Porque por ela os que creem têm à vida eterna - Na morte de Cristo, a nossa morte foi derrotada)

Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?

56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. 57 Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.

Finalizo minha considerações sobre A IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA DA CEIA DO SENHOR E NOSSA PARTICIPAÇÃO NELA com a notáveis palavras de Calvino:
“Cristo, aceitando nossa pobreza, nos tem transferido toda a sua riqueza; tomando sobre si nossa fraqueza, nos tem feito fortes com sua virtude e poder; recebendo em si mesmo nossa morte, nos tem dado a imortalidade; carregando o peso de todos os nossos pecados, sob os quais estávamos condenados, nos deu sua justiça para que nos apoiemos Nele; descendo á terra nos abriu o caminho para chegar ao céu; fazendo-se filho de homem, nos tem feito filhos de Deus”
Almeida Revista e Atualizada. (1993). (). Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil.
Almeida Revista e Atualizada. (1993). (). Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil.
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