A Rocha da Ofença / Para que não os escandalizemos
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9 . A ROCHA DA OFENSA
9 . A ROCHA DA OFENSA
Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado. Para vós outros portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos ().
Jesus e as ofensas
Jesus e as ofensas
"Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim" (, )
“Serpentes, raças de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?"()
Virou a mesa dos mercadores do templo e os expulsou (Jo 2:13-22). Disse ao homem que queria enterrar seu pai antes segui-lo: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu, tu, vai e prega o reino de Deus" (Lc 9:59, 60).
Jesus ofendeu os fariseus
Jesus ofendeu os fariseus
Então, aproximando-se dele os discípulos, disseram: Sabes que os fariseus, ouvindo a tua palavra, se escandalizaram? ()
Analise a resposta: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada. Deixai- os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar o rego, cairão ambos no barranco (, ).
Jesus não era controlado pelas pessoas. Ele falava a verdade, mesmo que isso significasse um confronto e uma grande ofensa.
9 . A ROCHA DA OFENSA
9 . A ROCHA DA OFENSA
Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado. Para vós outros portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos ().
Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado.
Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular
e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos.
Hoje o significado da palavra acreditar perdeu a força. Para muitos ela se tornou um mero reconhecimento de um certo fato. Para outros, não tem nada a ver com obediência. Mas, no texto acima, as palavras acreditar e desobediente são apresentadas como opostas.
A Bíblia nos exorta "que todo o que nele (Jesus Cristo) crê não perecerá, mas terá a vida eterna" (Jo 3:16). Como resultado da forma como vimos a palavra acreditar, muitos acham que basta acreditar que Jesus existiu e morreu no Calvário que estão acertados com Deus. Se esse fosse o único requisito, os demônios também estariam acertados com Deus. A Bíblia diz também: "Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem" (Tg 2:19).
A palavra acreditar possui mais significado na Bíblia do que só reconhecer a existência ou simplesmente consentir mentalmente um fato. Se formos fiéis ao contexto do versículo acima, podemos dizer que o elemento principal de acreditar é a obediência. Poderemos lê-lo desta maneira: "Para vós outros, que obedecem, é a preciosidade; mas, para os desobedientes, a pedra que os construtores rejeitaram, esta veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa".
Não é difícil obedecer quando conhecemos o caráter e amamos aquele a quem nos submetemos. O amor é a base do nosso relacionamento com o Senhor - não o amor de princípios ou ensinamentos, mas o amor pela Pessoa de Jesus Cristo. Se este amor não estiver bem firmado, seremos suscetíveis aos tropeços e às ofensas.
Os israelitas, a quem o Senhor chamou de construtores, rejeitaram a pedra principal: Jesus. Eles amavam seus ensinamentos do Antigo Testamento. Estavam satisfeitos com suas interpretações porque podiam usá-las para seu próprio benefício e para controlar os outros. Jesus desafiou o legalismo que lhes era tão precioso. Jesus argumentou com eles: "Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim" (Jo 5:39). Não eram capazes de compreender que Deus, desde o princípio, desejou filhos e filhas com quem pudesse ter um relacionamento. Eles queriam governar e reinar. A lei falou mais alto do que o relacionamento. Rejeitaram o que foi dado livremente. Talvez preferissem ter conquistado. Dessa forma, a dádiva de Deus, Jesus Cristo, a esperança de vida e salvação eles, tornou-se "pedra de tropeço e rocha de ofensa".
Simeão profetizou quando tomou o bebê Jesus em seus braços no templo: "Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel" (Lucas 2.34). Note a ruína e o levantamento. Aquele que foi dado para trazer paz ao mundo acabou a trazendo a espada da divisão àqueles a quem foi enviado () e vida para os vitimados pelos construtores (os ministros daquela época).
Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.
Jesus e as ofensas
Jesus e as ofensas
Na escola dominical, Jesus é geralmente apresentado como o pastor carregando a ovelha perdida em seus ombros de volta ao aprisco. Ou talvez abraçado com as crianças dizendo: "Eu amo vocês". Verdadeiro, mas não a imagem completa.
Este mesmo Jesus atacou os fariseus por causa de sua justiça própria: “Serpentes, raças de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?"() Virou a mesa dos mercadores do templo e os expulsou (Jo 2:13-22). Disse ao homem que queria enterrar seu pai antes segui-lo: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu, tu, vai e prega o reino de Deus" (Lc 9:59, 60). A lista não termina por aqui também.
Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?
Uma análise mais detalhada do ministério de Jesus revela um Homem que ofendeu muitos durante seu ministério. Vejamos alguns exemplos.
Jesus ofendeu os fariseus
Jesus ofendeu os fariseus
Em várias ocasiões Jesus confrontou e ofendeu esses líderes. Porque foram ofendidos, eles o mandaram para a cruz. Eles o odiavam. Mas Jesus os amava o suficiente para falar a verdade: "Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim" (-). Essa afirmação os ofendeu. Note o que os discípulos de Jesus lhe perguntaram imediatamente após a afirmação:
Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo:
Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.
Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo:
Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.
Então, aproximando-se dele os discípulos, disseram: Sabes que os fariseus, ouvindo a tua palavra, se escandalizaram? ()
Então, aproximando-se dele os discípulos, disseram: Sabes que os fariseus, ouvindo a tua palavra, se escandalizaram?
Analise a resposta: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada. Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar o rego, cairão ambos no barranco (, ).
Ele, porém, respondeu: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada.
Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco.
Jesus mostrou que as ofensas iam, na realidade, eliminar aqueles que não são realmente plantados por seu Pai. Algumas pessoas podem fazer parte de uma igreja ou ministério e não serem enviadas por Deus ou não serem de Deus. A ofensa que vem quando a verdade é pregada, revela seus reais motivos e causam a eliminação deles.
Quando visito outras igrejas, testemunho muitos casos de pastores que sofrem com a perda de pessoas que foram embora, tanto funcionários como membros. Na maior parte dos casos, as pessoas ficaram chateadas por causa da verdade que foi pregada e que confrontaram com o estilo de vida delas. Então, tornam-se críticos de todos os aspectos da igreja e vão embora.
Para que os pastores agradem a todos, têm de comprometer a verdade. Eu lhes digo: se pregamos a verdade, ofenderemos as pessoas e elas irão embora. Não lamente pelas que foram, mas continue alimentar as que Deus enviou.
Alguns líderes evitam o confronto, por medo de perder as pessoas. Alguns são especialmente hesitantes porque aqueles a quem precisam confrontar dão grandes ofertas ou são de grande influência na igreja ou comunidade. Outros temem magoar os sentimentos de alguém que os acompanha há muito tempo. Como resultado disso, o pastor perde a autoridade dada por Deus para proteger e alimentar o rebanho confiado a ele.
Quando iniciei o pastorado, um homem sábio me alertou: "Agarre a sua autoridade, ou alguém vai tirá-la e usá-la contra você".
Samuel era um homem de Deus que não comprometia a verdade por ninguém, nem mesmo pelo rei. Quando Saul desobedeceu a Deus, o Senhor disse a Samuel para confrontá-lo. Assim ele fez. Infelizmente Saul não reagiu à palavra do Senhor com arrependimento genuíno. Estava mais preocupado com o que os outros iam achar dele. Quando Samuel ia saindo, se agarrou ao seu manto, rasgando uma beirada dele. Samuel acabou com ele com estas palavras: "O Senhor rasgou, hoje de ti o reino de Israel" ().
Então, Samuel lhe disse: O Senhor rasgou, hoje, de ti o reino de Israel e o deu ao teu próximo, que é melhor do que tu.
Não era isso que Samuel queria para Saul. Ele se entristeceu por Saul. Havia ungido Saul como rei. Treinou-o para governar e presidiu sua coroação. Era amigo pessoal dele. Mas ouça como Deus reagiu à tristeza de Samuel: "Até quando terás pena de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite e vem; enviar-te-ei” (1ª Sm 16:1 - Grifo acrescido).
Deus estava dizendo que, para Samuel continuar a andar na unção, teria de perceber que o amor e julgamento de Deus eram perfeitos. Se Samuel voltasse a Saul após Deus tê-lo rejeitado, não teria mais azeite. Se continuasse de luto, não iria a lugar algum.
Os pastores que têm pena e choram a saída de algumas pessoas da igreja ou se recusam a confrontar os membros porque são seus amigos acabam ficando sem azeite em sua vida. Alguns ministérios perecem, enquanto outros simplesmente fingem estar vivos. Sem saber, optam pelo relacionamento com os homens, em detrimento do relacionamento com Deus.
A Bíblia não registra que Jesus reagiu aos homens que o abandonaram. Seu maior prazer era fazer a vontade do seu Pai. Fazendo isso, beneficiaria um número maior de pessoas.
Nunca me esquecerei de quando estava pregando em uma denominação cheia do Espírito. Estávamos juntos havia quase um ano. O primeiro domingo pela manhã preguei uma mensagem bastante simples de arrependimento e volta ao primeiro amor. Senti uma certa oposição, mas sabia que era a mensagem que deveria pregar.
Após o culto, o pastor me disse: "Deus me revelou o que você pregou esta manhã, mas acho que meu rebanho não estava pronto para isso". Minha esposa sentiu que o Espírito Santo a incomodava a perguntar: "Quem é o pastor da igreja: você ou Jesus?"
O pastor abaixou a cabeça: "O Senhor me disse exatamente isso um mês atrás. Ele me falou que sabia o que essas pessoas podiam agüentar”. Ele nos falou que, pelo menos um terço de sua igreja era composta de pessoas da "velha guarda", que não queriam mudanças na ordem do culto, música ou pregação. Nós o encorajamos a ser forte e a obedecer ao Senhor.
Pregamos mais quatro vezes naquela igreja; cada uma era mais difícil que a outra. Quando fomos embora da cidade, sentia como se tivesse um saco de areia no estômago. Não conseguia compreender. Sentia-me cada vez mais pesado e desconfortável. Geralmente, quando saio de uma igreja a alegria toma conta do meu coração. Não sabia o que estava errado.
Quando, finalmente, fiquei a sós com o Senhor, perguntei-lhe “Pai, o que fiz de errado? Por que tenho este fardo pesado no meu espírito? Será que usurpei a autoridade do pastor?" Ele simplesmente me disse: "Sacudi o pó dos vossos pés" (Veja Lc 9:5).
Fiquei chocado ao ouvi-lo dizer isso. Continuei orando e questionando, e ouvi as mesmas palavras: "Sacode o pó de vossos pés."
Finalmente, obedeci. Quando minhas mãos acabaram de limpar a sola do segundo sapato, o peso saiu e a alegria entrou no meu coração. Disse maravilhado: "Senhor, eles não me atacaram ou nem chutaram fora da cidade. Por quê?"
Ele me mostrou que a liderança e muitas pessoas haviam rejeitado sua Palavra.
"Dê-lhes mais tempo", pedi.
"Se desse mais cinqüenta anos, eles não mudariam. Já estão decididos em seu coração."
Eu sabia que o líder resolveu optar por manter a paz, comprometendo a obediência a Deus. Ele tinha a forma e não a substância. Em outras palavras: ele tinha a aparência de estar cheio do espírito e, mesmo assim, faltava -lhe poder ou presença de Deus. Mais tarde ouvi que ele havia pedido demissão do cargo de pastor e que a igreja se diluiu.
Jesus não era controlado pelas pessoas. Ele falava a verdade, mesmo que isso significasse um confronto e uma grande ofensa. Se queremos a aprovação dos homens, a unção de Deus não nos pode encher. Devemos ter o propósito em nosso coração de falar a Palavra de Deus e desempenhar sua vontade, até mesmo correndo o risco de ofender os outros.
JESUS OFENDEU AS PESSOAS DE SUA TERRA
JESUS OFENDEU AS PESSOAS DE SUA TERRA
Jesus foi a sua terra para ministrar. Mas não foi capaz de levar a libertação e cura que havia trazido a muitos outros. Veja o que aconteceu:
“E diziam: Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto? E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa” () .
Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto? E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa.
Será que você consegue ouvir os homens e as mulheres de Nazaré dizendo: "Quem Ele pensa que é nos ensinando com autoridade? Sabemos quem Ele é. Ele cresceu aqui. Nós somos mais importantes aqui. Ele é apenas o filho de um carpinteiro. Não teve nenhum treinamento formal".
Mais uma vez, Jesus não comprometeu a verdade para evitar que eles se ofendessem. O povo da cidade ficou com tanta raiva que tentou matá-lo empurrando-o até um barranco (Lc 4:28-30). Mesmo quando sua vida estava em perigo, continuou a falar a verdade. Como precisamos de mais homens e mulheres como Ele atualmente!
JESUS OFENDEU SEUS PRÓPRIOS FAMILIARES
JESUS OFENDEU SEUS PRÓPRIOS FAMILIARES
Até mesmo os de sua própria casa foram ofendidos por Jesus. Não gostavam nada da pressão que estava sobre eles por causa das coisas que Jesus fazia. Era difícil para eles acreditar que Ele estava se comportando dessa forma. Veja:
E, quando os parentes de Jesus ouviram isto, saíram para o prender, porque diziam: Está fora de si. [...] Nisto, chegaram sua mãe seus irmãos e, tendo ficado do lado de fora, mandaram chamá- lo. Muita gente estava assentada ao redor dele e lhe disseram: Olha, tua mãe, teus irmãos e irmãs estão lá fora à tua procura. Então, ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, correndo com o olhar pelos que estavam assentados ao redor, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Portanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã (Mc 3:21; 31-35).
Sua própria família achava que Ele estava fora de si. Note que a Bíblia diz que a família de Jesus saiu para prendê-lo. Marcos identifica esses parentes como a própria mãe de Jesus e seus irmãos, que tarde o encontraram pregando na casa de alguém. Até mesmo o Evangelho de João diz: "Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele" (Jo 7:5) Muitos não percebem que Jesus foi rejeitado por aqueles que eram íntimos. Mas não buscava a aceitação de sua família. Não deixaria se controlar pelo desejo deles. Cumpriria o plano de seu Pai, sem se importar se aprovariam ou não.
7:5) Muitos não percebem que Jesus foi rejeitado por aqueles que eram íntimos. Mas não buscava a aceitação de sua família. Não deixaria se controlar pelo desejo deles. Cumpriria o plano de seu Pai, sem se importar se aprovariam ou não.
Vi muitas pessoas, principalmente casais, que não seguem a Jesus por medo de ofender seus parceiros ou familiares. Como resultado, desistem ou nunca alcançam o completo potencial de seu chamado.
Quando nasci de novo, todos os meus familiares eram católicos e não se alegraram com a minha nova fé. Minha mãe, principalmente ficou muito chateada com minha decisão de largar a igreja onde ela me havia criado. Certamente, há muitos católicos preciosos que amam a Deus, mas eu sabia que Deus estava me chamando.
Um outro golpe aconteceu quando tomei a decisão de seguir ministério. Tinha acabado de me formar em Engenharia Mecânica na Universidade Purdue, e meus pais tinham grandes sonhos para mim. Conhecia o desejo do Senhor para minha vida e sabia que ofenderia aqueles que me eram mais íntimos. Passei anos difíceis por causa disso. Houve muito mal-entendido. Mas decidi que não importava o quanto estavam chateados: eu seguiria Jesus.
No início, tentava atropelá-los com o Evangelho. Eu lhes disse que não podiam ser salvos só porque freqüentavam a missa. Não me estavam agüentando mais. Eu não fui sábio. Então, Deus me instruiu a levar uma vida cristã digna e deixá-los ver minhas boas obras. Mesmo assim, não fui comprometido para agradar-lhes.
Hoje, meus pais me apóiam, e meu avô, que mais lutou contra mim, se converteu nos seus gloriosos oitenta e nove anos, dois dias antes de sua morte.
A mãe e os irmãos de Jesus talvez tenham achado que Ele estava fora de si. Mas, por causa da sua obediência ao Pai, todos foram salvos no dia de Pentecostes. Tiago, meio irmão de Jesus, tornou-se um dos apóstolos líderes da igreja em Jerusalém.
Se comprometemos o que Deus nos ordena para agradar aos nossos familiares, perdemos o azeite de nossa vida e os impedimos de serem libertos.
JESUS OFENDEU OS PRÓPRIOS COMPANHEIROS DE TRABALHO
JESUS OFENDEU OS PRÓPRIOS COMPANHEIROS DE TRABALHO
No capítulo anterior, discutimos em detalhes o ponto de vista dos discípulos quando Jesus os ofendeu. Vamos fazer uma breve revisão e através da perspectiva de Jesus.
Muitos dos seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? Mas Jesus, sabendo por si mesmo que eles murmuravam a respeito de suas palavras, interpelou-os: Isto vos escandaliza?[...] À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele. (Jo 6:60, 61, 66).
As coisas já estavam difíceis. Os líderes religiosos tramavam sua morte. Sua própria terra o rejeitou. Sua família achava que Ele estava fora de si. Seus próprios companheiros saíram ofendidos. Mesmo assim, Jesus não foi conivente. Apenas lhes disse que, se quisessem, poderiam ir a embora.
A única coisa que importava para Jesus era seguir o plano do Pai. Se tivesse sido totalmente abandonado naquele dia, ainda assim, não teria mudado seu coração. Estava determinado a obedecer ao seu Pai.
JESUS OFENDEU ALGUNS DE SEUS AMIGOS MAIS CHEGADOS
JESUS OFENDEU ALGUNS DE SEUS AMIGOS MAIS CHEGADOS
Estava enfermo Lázaro, de Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta. Esta Maria, cujo irmão Lázaro estava enfermo, era a mesma que ungiu com bálsamo o Senhor e lhe enxugou os pés com os seus cabelos. Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas. (Jo 11:1-3).
Jesus amava Marta, Maria e Lázaro. Eram bem chegados, Jesus passava muito tempo com eles. Note sua resposta quando chega a notícia que Lázaro estava muito doente:
Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava (Jo 11:6).
Jesus sabia, através de revelação, que a doença de Lázaro o levaria à morte. Era uma situação crítica. Mas continuou onde estava por dois dias. Quando, finalmente, chegou a Betânia, Lázaro já estava morto.
Marta e Maria lhe disseram: "Se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão" (Jo 11:21, 32). Em outras palavras, "Por que não veio imediatamente? Você poderia tê-lo salvado!"
Muito provavelmente, ambas ficaram um pouco ofendidas, enviaram um mensageiro até Jesus, mas Ele se demorou por mais dois dias. Jesus não reagiu como esperavam. Não largou tudo; em vez disso, seguiu a direção do Espírito Santo. Assim era melhor para todos. Naquele momento, porém, parecia que Jesus estava apático, como se não se importasse.
Muito freqüentemente, os ministros são controlados pelas pessoas. Acham que devem fazer tudo o que lhes pedem.
Um membro do conselho de uma igreja cheia do Espírito que havia perdido seu pastor me disse: "Queremos um pastor que preencha nossas necessidades, um que venha a minha casa às oito horas da manhã para tomar café".
Eu pensei: "Você encontrará um homem social que poderá controlar, mas não um controlado pelo Espírito". Fiquei sabendo, depois, que essa igreja já havia tido quatro pastores num período de um ano meio.
Quando era pastor de jovens, um rapaz veio até mim, quando tinha seis meses de ministério. Ele me perguntou: "Você será meu companheiro? Meu pastor de jovens anterior era meu companheiro".
O pastor de jovens anterior a mim era uma pessoa muito sociável com eles. Tinham várias atividades diferentes. Eu sabia o que ele estava pedindo. Era basicamente o que os membros do conselho queriam de seu pastor.
Citei Mateus 10:41 para ele, onde Jesus disse: "Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo, receberá o galardão de justo" (Mt 10:41).
— Você tem vários companheiros, não tem? — eu lhe perguntei.
— Sim — ele respondeu.
— Mas você só tem um pastor de jovens, correto?
— Sim.
— Você quer um galardão de pastor ou de companheiro? Porque a forma como você me receber determinará o que você receberá de Deus.
Ele compreendeu meu argumento: "Eu quero o galardão de pastor".
Muitos pastores temem que se não preencherem as expectativas dos outros ferirão os sentimentos e perderão o apoio. Estão presos pelo medo de ofender as pessoas. São controlados por seu próprio povo, não por Deus. Como resultado, muito pouco dos valores eternos é alcançado nas suas igrejas ou congregações.
JESUS OFENDEU JOÃO BATISTA
JESUS OFENDEU JOÃO BATISTA
Até mesmo João Batista teve que lidar com a tentação de se sentir ofendido por Jesus.
Todas estas coisas foram referidas a João pelos seus discípulos. E João, chamando dois deles, enviou-os ao Senhor para perguntar: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? (Lc 7:18-20)
Espere um instante. Por que João pergunta a Jesus se Ele era o Messias? João foi o que preparou seu caminho: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (Jo 1:29) Foi ele quem disse: “Esse é o que batiza com o Espírito Santo" (1:33). E também: "Convém que ele cresça e que eu diminua" (3:30). João era o único que sabia naquela época, quem era Jesus (ainda não havia sido revelado a Simão Pedro).
Por que está perguntando: "É Jesus o Messias, ou havemos de esperar outro?"
Coloque-se no lugar dele. Você era o homem-chave no que estava fazendo. Ministrou para multidões. Tinha o ministério mais falado da nação. Negou sua própria vida. Nem mesmo se casou para maximizar o potencial completo de seu chamado. Você morou no deserto, comeu gafanhotos e mel, e também jejuou bastante. Lutou contra fariseus e foi acusado de estar endemoninhado. Sua vida toda foi para preparar o caminho do Messias. Agora, você está na prisão. Já ficou encarcerado por várias vezes. Poucos o visitam porque a atenção está voltada para Jesus de Nazaré. Até mesmo seus próprios discípulos se juntaram àquele Homem. Poucos lhe servem agora. Quando vêm visitá -lo, trazem histórias de como esse Homem e seus discípulos vivem uma vida muito diferente da sua. Comem e bebem com coletores de impostos e pecadores. Desobedecem ao Sabbath e não jejuam.
Você se pergunta: "Eu vi o Espírito descer como uma pomba sobre Ele, mas este é o comportamento de um Messias?"
A tentação de se sentir ofendido cresce à medida que você fica mais tempo na prisão. "Esse homem, por quem passei a vida preparando o caminho, nem se dignou a me visitar na prisão! Como pode uma coisa dessa? Se Ele é o Messias, por que não me tira da prisão? Não fiz nada de errado."
Então, você envia dois de seus fiéis discípulos para questionar Jesus: "Tu és aquele que estava para vir, ou havemos de esperar outro?”
Vejamos a resposta de Jesus a João:
Naquela mesma hora, curou Jesus muitos de moléstias, e de flagelos, e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos. Então, Jesus respondeu: Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anunciasse - lhes o evangelho. E bem -aventurado é aquele que não achar em mim tropeço (Lc 7:21-23).
A resposta de Jesus era profética. Ele cita Isaías, um livro conhecido por João. As passagens de Isaías 29:18, 35:4-6 e 61:1 se aplicam a tudo o que os discípulos de João tinham observado enquanto esperavam para questionar Jesus. Eles eram testemunhas dele como Messias. Mas ele não termina por aqui. Acrescenta: "E bem- aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço".
Estava dizendo: "João, eu sei que você não compreende tudo o que está acontecendo com você e com muitos de meus métodos, mas não se sinta ofendido por mim porque não faço o que você espera". Ele clamava que João não julgasse com seu próprio entendimento sobre os métodos de Deus usados no passado e sua própria vida e ministério. João não tinha a imagem completa ou o plano de Deus, assim como nós não conhecemos a sua imagem completa hoje. Jesus o estava encorajando dizendo: "Você fez o que lhe foi ordenado. Seu galardão será grande. Não se ofenda por minha causa!"
Ofensa sem desculpa
Ofensa sem desculpa
Mesmo quando somos treinados nos métodos de Deus, como João o foi, ainda temos a possibilidade de nos sentirmos ofendidos por Jesus. Se verdadeiramente o amamos e cremos nele lutaremos para ficar livres da ofensa, percebendo que seus caminhos são superiores aos nossos.
Da mesma forma, se vamos obedecer ao Espírito Santo, algumas pessoas ficarão ofendidas conosco. Jesus disse em João 3:8: "O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai, assim é todo o que é nascido do Espírito".
Alguns não entendem quando somos movidos pelo Espírito. Não permita que essa resposta negativa o impeça de fazer o que sabe no seu coração que é verdadeiro. Não estanque o fluir do Espírito por causa de desejos dos homens. Pedro resume muito bem:
Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado, para que, no tempo que vos resta na carne não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus (-).
Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado,
para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus.
Quando vivemos para a vontade de Deus, não correspondemos aos desejos dos homens. Como resultado, sofreremos na carne. Jesus sofreu sua maior oposição dos líderes religiosos. Os religiosos crêem que Deus opera apenas de acordo com seus parâmetros. Acreditam que são os únicos que estão "ligados" a Deus. Se o Mestre ofendeu os religiosos conforme era guiado pelo Espírito há dois mil anos, aqueles que o seguem obviamente os ofenderão.
A perseguição do apóstolo Paulo é um bom exemplo. Algumas pessoas da Galácia erroneamente ouviram que Paulo havia comprometido o Evangelho da cruz por se aproximar de líderes religiosos que disseram que a circuncisão era necessária para a salvação. Mas Paulo colocou-os em seu devido lugar.
"Olhem para mim", ele disse. "Estou sendo perseguido de todos os lados pelos líderes religiosos. Será que fariam isso se eu estivesse pregando a circuncisão? O fato de a cruz ser o único meio de salvação ofende as pessoas, mas é verdade, e não adianta que não prego coisa!" (Veja Gl 5:11)
Se alguém desafia a verdade do Evangelho, é hora de sermos ofensivos sem pedir desculpas. Devemos determinar em nosso coração que iremos obedecer ao Espírito de Deus sem nos importarmos com o preço. Dessa forma, não teremos de fazer uma opção sob pressão, porque já teremos escolhido.
Jesus ofendeu alguns por obedecer ao seu Pai, mas nunca causou uma ofensa a fim de defender seus próprios direitos.
10. PARA QUE NÃO OS ESCANDALIZEMOS
10. PARA QUE NÃO OS ESCANDALIZEMOS
Não julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão ().
Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão.
Acabamos de ver como Jesus ofendeu muitos durante suas viagens e ministração. Parece que em quase todos os lugares onde foi as pessoas se sentiram ofendidas. Neste capítulo, desejo analisar o lado irreverente disso.
Jesus e seus discípulos tinham acabado de retornar de Cafarnaum. Haviam completado um circuito ministerial e voltaram para um curto e necessário descanso. Se havia algum lugar que pudesse ser considerado a base para seu ministério, Cafarnaum era esse lugar. Enquanto estava lá, Simão Pedro foi abordado pelos oficiais responsáveis por coletar as taxas do templo: "Não paga o vosso Mestre as duas dracmas?" ()
Tendo eles chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam o imposto das duas dracmas e perguntaram: Não paga o vosso Mestre as duas dracmas?
Pedro respondeu que sim e voltou a conversar com Jesus. Jesus se antecipou à pergunta do coletor de impostos e perguntou a Simão Pedro: “'Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou tributos: dos seus filhos ou dos estranhos?' Respondendo Pedro: 'Dos estranhos', Jesus lhe disse: `Logo, estão isentos os filhos`” ()
Jesus argumenta com Pedro que "os filhos estão isentos". Eles não são responsáveis pelas taxas. Aproveitam os benefícios delas, mas vivem no palácio, que é sustentado pelas taxas. Os filhos comem à mesa do rei e vestem roupas reais, tudo mantido pelas taxas. Eles estão isentos e são sustentados.
Esse oficial recebeu a taxa do templo. Mas quem era o rei ou o dono do templo? Em honra de quem ele foi construído? A resposta: Deus, o Pai. Pedro havia acabado de receber a revelação de Deus , que Jesus era "o Cristo, o Filho do Deus vivo".
Baseando -se nisso, Pedro perguntou: "Se sou filho daquele a quem pertence o templo, então não estou isento de pagar a taxa?" Certamente ele seria isento. Seria totalmente justificado em não pagar a taxa. Mesmo assim, Jesus responde a Simão Pedro:
Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo -lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mini ti. ( - Destaque acrescido).
Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti.
Ele acabara de provar sua liberdade. Mas, para não escandalizar, Ele disse a Simão Pedro: "Vamos pagar-lhe!" Era outra confirmação da sua liberdade quando instruiu a Pedro que fosse pescar e pegasse o primeiro peixe; em sua boca acharia uma moeda. Deus, o Pai, até mesmo providenciara o dinheiro da taxa.
Jesus é Senhor da Terra. Ele é o Filho de Deus. A Terra e o que nela há foram criados por Ele e estão sujeitos a Ele. Assim, sabia que o dinheiro estaria na boca do peixe. Não teria de trabalhar por aquele dinheiro porque era o Filho. E mesmo assim, decidiu pagar para não escandalizar.
Este é o mesmo Jesus que vimos no capítulo anterior escandalizando as pessoas sem pedir desculpas? Ele provou que estava isento da taxa do templo, mas disse: "Para que não os escandalizemos, vá e pague!” Parece haver alguma inconsistência. Será? Nossa resposta encontra -se no próximo versículo: Naquela hora, aproximaram- se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus ().
Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.
A expressão-chave aqui é "quem se humilhar”. Logo a seguir, Jesus desenvolve essa afirmação dizendo:
Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva... tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos ().
Que afirmação! Ele não veio para ser servido, mas para servir. Ele era o Filho; era livre; não devia nada a ninguém; não estava sujeito a nenhum outro homem. Mesmo assim decidiu usar sua liberdade para servir.
Liberado para servir
Liberado para servir
Somos exortados no Novo Testamento de que, como filhos, devemos imitar nosso irmão, ter as mesmas atitudes que vemos em Jesus.
Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor (Gl 5:13).
Uma outra palavra para liberdade é privilégio. Não devemos usar nossa liberdade ou privilégio como filhos do Deus vivo para nossos próprios interesses. A liberdade é usada para servir aos outros. Há liberdade em servir e cativeiro na escravidão. O escravo é aquele que precisa servir, mas o servo é aquele que vive para servir. Vejamos algumas diferenças entre a atitude do servo e do escravo:
- o escravo precisa - O servo tem oportunidade.
- o escravo faz o mínimo requerido - O servo alcança o potencial máximo.
- o escravo anda uma milha - O servo anda uma milha extra.
- o escravo se sente roubado - O servo dá.
- o escravo é cativo - O servo é livre.
- o escravo luta por seus direitos - O servo abre mão dos seu direitos.
Já vi muitos crentes servirem com uma atitude de ressentimento. Dão com amargura e reclamam quando pagam os impostos. Eles ainda vivem como escravos de uma lei da qual foram libertos. Permanecem escravos em seu próprio coração.
O mais alarmante é que esta lei é feita a partir do Novo Testamento. Eles não possuem o"espírito" dos mandamentos que Jesus deu. Não perceberam que foram liberados para servir. Dessa forma, continuam a lutar por seus próprios interesses, e não pelos interesses dos outros.
Paulo nos dá um exemplo vívido de confronto com essa atitude nas cartas aos Romanos e Coríntios. A liberdade para esses crentes foi desafiada pela comida. Paulo começa exortando-os: "Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes" (, ).
Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões.
Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes;
Jesus esclareceu que o que corrompe não é o que entra pela boca, mas o que sai da boca. Quando Ele faz essa afirmação, todos os alimentos se tornam limpos para os crentes (, ).
Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.
Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.
Paulo diz que havia alguns crentes que eram fracos na fé e ainda não comiam carne com medo de estarem comendo alimentos sacrificados aos ídolos. Embora Jesus tivesse abordado o assunto, essas pessoas não comiam carne com a consciência limpa.
No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus [... 1 todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele. Entretanto, não há esse conhecimento em todos; porque alguns, por efeito da familiaridade até agora com o ídolo, ainda comem dessas coisas como a ele sacrificadas; e a consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar- se (, , ).
Naquelas igrejas os crentes mais fortes na fé estavam comendo carne de origem questionável diante dos crentes mais fracos. Isso estava causando um problema, muito embora Jesus houvesse purificado aquele alimento.
Os mais fracos não podiam abalar a imagem da carne no altar de um ídolo. Os crentes mais fortes sabiam que um ídolo não era nada, e não tinham problema de consciência quando comiam.
Mas parecia que eles estavam mais preocupados em exercer seus direitos como crentes neotestamentários do que com o escândalo que poderiam causar aos seus irmãos. Sem perceber, colocaram uma pedra de tropeço no caminho dos irmãos mais fracos. Essa atitude não está presente no coração do servo. Veja como Paulo se dirige a eles:
Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão [...] Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (, ).
Ele estava dizendo: "Vamos nos lembrar do que o reino realmente é formado: justiça, paz e alegria no Espírito Santo". Todos esses benefícios estavam causando tristeza no novo crente. Os crentes mais fortes não estavam usando sua liberdade para servir, mas como plataforma para os seus "direitos". Tinham conhecimento da liberdade que o Novo Testamento lhes dava. Mas o conhecimento sem amor destrói.
Eles não tinham o coração de Jesus nesse assunto. Jesus provou seus direitos relativos às taxas do templo a Pedro e ao restante dos discípulos para exemplificar a importância de se abrir mão da vida para servir. Ele nunca quis que a liberdade fosse uma licença para requerer nossos direitos e fazer com que o outro seja escandalizado e tropece.
Paulo deu esse alerta àqueles que tinham conhecimento de direitos em Cristo sem ter seu coração para servir.
E assim, por causa do teu saber, perece o irmão fraco, pelo Cristo morreu. E deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando -lhes a consciência fraca, é contra Cristo que pecais (1ªCo 8:11,12).
Podemos usar nossa liberdade para pecar. Como? Ferindo os fracos de consciência, fazendo com que os pequeninos de Cristo se escandalizem e tropecem.
Renunciando aos nossos direitos
Renunciando aos nossos direitos
Após Jesus ter estabelecido sua liberdade em relação à taxa templo, foi cuidadoso em cobrar dos seus discípulos a importância humildade.
Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundo do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem escândalo! Portanto, se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança- o fora de ti; melhor é entrares na vida manco aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado fogo eterno. Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca -o lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos te olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo. Vede não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face meu Pai celeste ().
Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar.
Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!
Portanto, se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.
Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo.
Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face de meu Pai celeste.
Este capítulo inteiro de Mateus é sobre ofensas, escândalos. Jesus está claramente falando para nos livrarmos de qualquer causa de pecado, mesmo que seja um dos privilégios do Novo Testamento. Se alguma coisa faz seu irmão mais fraco pecar, corte-a pela raiz.
Você deve estar se perguntando por que Jesus ofendeu tantos, conforme vimos no capítulo anterior deste livro. A resposta é simples: Jesus ofendeu algumas pessoas como resultado da obediência ao Pai e no servir aos outros. Suas ofensas não vieram da imposição de seus direitos.
Os fariseus ficaram escandalizados quando Ele curou no sábado. Seus discípulos ficaram escandalizados com a verdade que seu Pai lhe mandou pregar. Maria e Marta ficaram ofendidas quando Ele se demorou para ir até onde Lázaro estava. Mas você não verá Jesus ofendendo e escandalizando outros quando o serviam.
Paulo, em sua carta aos Coríntios, deu este alerta: "Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos” ().
Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos.
Nossa liberdade nos foi concedida para que servíssemos e renunciássemos a nossa vida. Fomos chamados para construir, e não para destruir. Nem a liberdade nos foi dada para que colhêssemos para nós mesmos. Temos agido desse modo, por isso muitos se escandalizam com nosso estilo de vida cristã.
Novamente, ouça o alerta que nos é dado em 1 Coríntios 8:9: “Vede, porém, que vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos".
Eis um exemplo de como tenho visto esse mandamento ser quebrado. Na minha segunda viagem à Indonésia, pude levar Lisa e meus filhos, acompanhados de uma babá. Chegamos em Denpasar, Báli, uma ilha turística.
Um membro do conselho da igreja que estávamos visitando era dono de um hotel modesto, numa parte muito barulhenta da cidade. Havíamos viajado uma grande distância e ainda não tínhamos conseguido dormir. Estávamos exaustos. Naquela noite, fomos acordados por barulhos muito altos e cães latindo. Só passamos uma noite naquele hotel e não conseguimos dormir.
No dia seguinte, seguimos para Java e trabalhamos nas duas semanas seguintes, numa rotina estafante. Tivemos só um dia livre naquelas duas semanas e aproveitamos para viajar. Num período vinte e quatro horas, pregávamos cinco vezes numa igreja de trinta mil membros.
Ao final da viagem, teríamos de voltar por Báli. O pastor nos informou que ficaríamos no mesmo hotel do membro do conselho. Não estávamos muito animados em ficar naquelas mesmas condições novamente, após duas semanas sem parar.
No café da manhã do dia em que partiríamos, uma querida senhora nos ofereceu para pagar nossa estada num luxuoso hotel em Bali. Fiquei muito animado, porque poderíamos descansar e ficar num lindo lugar.
Quando saímos do restaurante para arrumar as malas, Lisa me disse que não se sentiu bem em aceitar a oferta daquela senhora. intérprete e eu discutimos o assunto e chegamos à conclusão de que não havia problema em aceitar. Novamente, no avião de Java a Báli, ela disse que não achava que estávamos fazendo a coisa certa.
Fui tolo em não ouvi-la. Disse-lhe que não haveria custo para igreja e que tudo ficaria bem. Quando chegamos a Báli, ela implorou mais uma vez e eu a ignorei. Quando encontramos o pastor, eu lhe disse que não precisaríamos ficar no hotel do membro do conselho por causa da oferta de uma senhora. Ele pareceu incomodado com o que eu disse, então lhe perguntei o que estava errado.
Felizmente, ele foi sincero para comigo e disse: "John, isso ofenderá o senhor e sua família. Eles já reservaram o quarto para vocês e o hotel está lotado".
Eu, aparentemente, havia ofendido o pastor porque não gostei do que havia arrumado para nós. Finalmente, eu lhe disse que ficaríamos no hotel do senhor e não aceitaríamos a oferta da senhora.
O Senhor teve de lidar com minha atitude. Sabia que o pastor estava magoado. Percebi que exigir meus direitos havia ofendido o irmão e que isso era pecado. Eu lhe perdi perdão. Ele me perdoou. Espero não ter de aprender essa
lição outra vez.
O teste que edifica
O teste que edifica
O apóstolo Paulo, na carta aos Romanos, resumiu o coração de Deus sobre isso:
Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros ().
Este deve ser nosso alvo: não fazer com que o outro tropece por causa de nossa liberdade. O que fazemos pode até ser permissível segundo a Bíblia. Mas devemos perguntar-nos: isso edifica os outros ou a mim?
Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam. Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem [...] Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus, assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos ().
Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.
Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem.
Comei de tudo o que se vende no mercado, sem nada perguntardes por motivo de consciência;
porque do Senhor é a terra e a sua plenitude.
Se algum dentre os incrédulos vos convidar, e quiserdes ir, comei de tudo o que for posto diante de vós, sem nada perguntardes por motivo de consciência.
Porém, se alguém vos disser: Isto é coisa sacrificada a ídolo, não comais, por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência;
consciência, digo, não a tua propriamente, mas a do outro. Pois por que há de ser julgada a minha liberdade pela consciência alheia?
Se eu participo com ações de graças, por que hei de ser vituperado por causa daquilo por que dou graças?
Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.
Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus,
assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos.
Quero encorajar você a deixar o Espírito Santo filtrar sua vida por meio desta passagem. Deixe que Ele mostre seus motivos escondidos que buscam o seu próprio interesse e não o de outros. Não importa qual área na vida você vai seguir; aceite o seu desafio de viver como um servo de todos.
Use sua liberdade em Cristo para libertar os outros, não para reivindicar seus direitos. Esta era uma das diretrizes do ministério de Paulo, que escreveu: "Não dando vós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado".