QUAL O SEU CHAMADO?

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

· Confissão de Guanabara

· 10 março 1557 – grupo de Hugenotes de 14 pessoas / 2 pastores

· 1558 – retornam para a França – por causa de dificuldades na embarcação, 5 ficaram;

· Jean du Bordel; Matthieu VerneVil; Pierre Bordon; André La Fon

· Objetivo era iniciar uma comunidade protestante – DETALHES: quem veio foram profissionais

o Pierre Bordon – torneiro

o André La Fon – alfaiate

· O QUE MOTIVA HOMENS COMO ESSE A SE EMPENHAREM NUM NOVO MUNDO FOI O SEU CHAMADO!

ELUCIDAÇÃO

· Cap. 15 – combatendo os fariseus e escribas diante da postura de Jesus em estar com pecadores;

· TRÊS PARÁBOLAS – UM MESMO ENSINO:

o Ovelha perdida

o Dracma perdida

o Filho pródigo

· Cap. 16 – Jesus não está mais se direcionando para os fariseus; como o próprio texto inicia, ele fala aos discípulos

· Essa parábola não acompanha a mesma estrutura de ensino que as três anteriores

· PARÁBOLAS

o Revelam a verdade;

o Envolvem em mistério

o Não são um instrumento esclarecedor

o Funcionam como um ilustração do ensino de Jesus

· Na nossa passagem, ela será de estrutura para respondermos a questão:

QUAL O SEU CHAMADO?

V1

· Semelhança com os filho pródigo:

o Filho desperdiçou os bens do seu pai

o Administrador desperdiçou os bens do seu chefe

· O homem rico dessa parábola provavelmente era o proprietário de uma fazenda.

· Ele tinha um administrador para cuidar de seus negócios. Os devedores provavelmente eram arrendatários. Pagavam seu arrendamento dando ao proprietário uma quantidade fixa da produção anual. Devemos presumir que o homem rico ou proprietário era uma pessoa íntegra.

· De alguma forma, o chefe soube que seu administrador estava administrando de forma inadequada – estava desperdiçando os bens do chefe

V2

· O que o chefe faz é pedir uma auditoria. "Eu quero ver o livro-caixa; você não é mais meu administrador.

· Antes de liberar o administrador, ele quer saber exatamente sobre o balanço da empresa.

V3

· O administrador percebe que está em apuros!

· Diz para si – reflete sobre sua vida

· "disse para si mesmo:" O que devo fazer agora? Quem poderá me salvar?

· Percebe que será um desempregado

· O que ele conclui de si?

o Eu não sou forte o suficiente para cavar (idade avançada; problema de saúde; preguiçoso mesmo), e tenho vergonha de implorar;

· O que acontece a seguir mostra a extensão de sua desonestidade e falsidade.

V4-7

· Ele diz: 'Eu sei o que farei para que, quando eu perder meu emprego aqui, as pessoas me recebam em suas casas.'

· Evidentemente isso constituía uma trama para levar esses arrendatários a sentir-se pessoalmente endividados para com ele e para alcançar seu propósito de tal ponto de se sentirem constrangidos em ajudar o administrador no momento de dificuldade.

· E ele convocou cada um dos devedores de seu mestre, e disse ao primeiro: “Quanto você deve meu mestre? Oitocentos galões de azeite”, ele respondeu. O gerente lhe disse: "Aceite sua conta, sente-se rapidamente e ganhe quatrocentos." Então ele perguntou ao segundo: "E quanto você deve?" "Mil alqueires de trigo", ele respondeu. Ele lhe disse: "Pegue sua conta e faça oitocentos" (16: 4-7).

· Perceba a malandragem do administrador; ele diz: “quanto vc deve ao meu patrão?”

· Este administrador inescrupuloso muda as contas de todos aqueles que devem seu dinheiro mestre. Perceba que isso não é para beneficiar o patrão, mas para tornar o administrador agradável aos olhos dos devedores.

· Teriam os devedores compreendido que o administrador era desonesto e que lhes estava pedindo que cooperassem nessa transação comercial suspeita? Provavelmente, não.

· Provavelmente os devedores concluíram que a mudança na nota era legítima. Provavelmente pensaram que o administrador convencera o proprietário a fazer a redução das contas. A redução da conta - às vezes devido a condições desfavoráveis do clima que afetavam as colheitas - era algo comum.

V8-9

· QUAL O RESULTADO DE TUDO ISSO?

· O mestre elogiou o administrador desonesto porque ele agiu astutamente. Pois as pessoas deste mundo são mais astutas ao lidar com a sua própria espécie do que as pessoas da luz ”(16: 8).

· É preciso ressaltar que o senhor louvou o administrador (agora despedido), não por ser tão desonesto, mas por ser tão astuto, tão sagaz, tão esperto.

o Em outros termos, por preparar “seu ninho”, por preocupar-se em ver abastecidas suas necessidades materiais por um longo tempo no futuro, talvez pelo resto de sua vida.

· Por implicação, o próprio Jesus elogia o administrador injusto por sua ação, não que ele esteja colocando sua bênção sobre esse tipo de falsidade, mas reconhece que pelo menos esse homem tinha o bom senso de se preocupar com o seu futuro.

· Que mal há nisso? Naturalmente, nenhum.

· DIANTE DE UM ASSALTO – “QUE ASTÚCIA” – MAS ISSO NÃO É APROVAR O ASSALTO, NEM APOIAR TAL PRÁTICA.

· Jesus não está dizendo que devamos ter a mente mundana ou ser desonestos. Está afirmando o fato de que nas questões do mundo os ímpios, com frequência, demonstram mais sagacidade ou astúcia do que os filhos de Deus demonstram nos assuntos que afetam sua salvação eterna.

· A IDEIA É: “Tomara que todos os crentes sejam tão inteligentes nos assuntos espirituais como são esses ímpios em desenvolver seus negócios”.

· O ensino é que os seguidores de Jesus devem usar seu dinheiro (riquezas desse mundo ímpio) para seus propósitos espirituais tão sabiamente quanto os filhos deste mundo usam para seus alvos materiais.

· Devemos usar o dinheiro para propósitos como esmolas, ofertas e ajudar os necessitados; EM BENEFÍCIO DO REINO!

V10-11

· Embora essas palavras obviamente visassem os fariseus, também há uma aplicação mais ampla.

· O que Deus está procurando de seu povo não é sucesso, mas fidelidade.

· Ele não nos mede pelo nosso saldo bancário ou pelo grau de nossa autoridade. Talvez nossa tarefa pareça insignificante, mas Deus nos deu e quer ver que sejamos fieis nela, antes que ele nos promova em seu reino.

· Aquele que pode confiar nas pequenas coisas também pode confiar nas grandes coisas. Mas o inverso também é verdadeiro;

· Jesus disse: "Então, se você não tem sido confiável em lidar com riqueza mundana, quem vai confiar em você com as riquezas verdadeiras?" Se você é um mau administrador de coisas materiais, não espere que Deus confie em você com coisas espirituais. "E se você não tiver sido confiável com a propriedade de outra pessoa, quem lhe dará propriedade própria?" Se você não pode ser confiável com a propriedade de outra pessoa, não espere que Deus confie em você com grande propriedade.

V13

· Onde está o teu coração? O que você está servindo? É impossível para um escravo servir dois senhores, porque os desejos dos dois senhores não são sempre os mesmos.

· Se você vai ser um servo fiel a Cristo, ele deve ser o seu supremo Senhor. Você não pode tentar servi-lo e, ao mesmo tempo, tentar servir as forças deste mundo.

o Não tem como decidir ir para a direita e para a esquerda ao mesmo tempo.

· Portanto, o que aqui se enfatiza é que o que tanto gostamos de chamar nosso dinheiro, nossa casa, nossos bônus, nossas ações, nossos títulos bancários etc., não são realmente nossos. É um depósito confiado a nós (Por deus) para que o usemos de tal modo que Deus possa ficar satisfeito.

· Se pudermos fazer uma transposição direta:

o Dono da propriedade = Deus

o Administrador = nós

o O que estamos fazendo com aquilo que Deus confiou em nossas mãos?

CONCLUSÃO

Essa parábola serve para nos lembrar que todo ser humano é um mordomo nesta terra. Deus é dono do mundo. Ele nos possui e o que fazemos com nossas vidas, nosso dinheiro e a terra são questões de mordomia. Temos aqui uma indicação de desprazer divino quando os mordomos desperdiçam os bens em sua confiança.

· Nós somos mordomos da criação de Deus e o problema é quando achamos que algo é nosso, sem ser nosso.

· Enganosamente fazemos isso da seguinte maneira:

o As questões seculares da minha vida são conduzidas por mim;

o As questões sagradas da vida são conduzidas por Deus;

· Qual o erro disso: MENTALIDADE CATÓLICA – séc. 4º

· Lutero batalhou para quebrar esse pensamento:

o “Quando uma empregada cozinha e faz outros serviços em casa, porque está ali a ordem de Deus, mesmo tão pequeno trabalho, deve ser louvado como um serviço a Deus superando em muito a santidade e o ascetismo de todos os monges e freiras.”

· VC CONSEGUE ENCONTRAR EM SUA PROFISSÃO UM CHAMADO DE DEUS PARA QUE VC O GLORIFIQUE ALI?

· Puritano William Perkins: “todo homem deve ter um chamado particular e pessoal para ser um membro bom e benéfico de alguma sociedade ou corpo.”

· Perkins: Pessoas podem servir a Deus “em qualquer espécie de chamado, mesmo que seja o de varrer a casa ou guardar uma ovelha... Deus vê não o trabalho, mas o coração.”

· Para os Puritanos, toda a vida era de Deus;

· para nós, hoje, nem sempre é assim

· Infelizmente temos uma mentalidade como esse administrador infiel; queremos usar os bens de Deus para benefícios próprios!

· Calvino: “não há qualquer parte da nossa vida ou conduta, por insignificante que seja, que não devesse relacionar-se à glória de Deus”.

· QUEM VC ESTÁ GLORIFICANDO COM SUA VIDA; COM SUA PROFISSÃO:

o Pais; dinheiro (mamon); sociedade (status); as pessoas; parentes; DEUS?

· Richard Baxter: “a finalidade do trabalho é obedecer a Deus e fazer o bem aos outros... Escolha aquele emprego ou chamado no qual vc pode ser mais útil a Deus. Não escolha aquele no qual possa ser mais rico ou ilustre no mundo, mas aquele no qual possa fazer maior bem e manter-se longe de pecar.”

· Conforme nossa passagem instrui: o que Deus está procurando de seu povo não é sucesso, mas fidelidade.

· O quão fiel a Deus vc tem sido com aquilo que ele entregou em suas mãos?

O que ele te entregou: seus talentos; dons; capacidades; afinidades; gosto...

· Vc não foi chamado para se enriquecer; vc não foi chamado para ter status

Que a nossa vida, nosso trabalho, nossos sonhos sejam para glorificar a Deus e, diante de qualquer circunstâncias, tenhamos a coragem de Matthieu Vernevil, que fez a seguinte oração antes de morrer em Guanabara:

“Oh Deus eterno, visto que pela causa de teu filho Jesus Cristo hoje morremos, visto que pela defesa da tua santa Palavra e doutrina nos conduzem à morte; lembra-te dos teus servos e assiste-os, toma em tuas mãos esta causa, afim de que nem Satanás nem os poderes do mundo alcancem vitória sobre nós