A Rejeição de Israel à Justiça de Deus

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A maneira reprovável de Israel buscar justiça por meio de obras da Lei, e não pela fé, acarretou o seu profetizado tropeço no requisito da fé voltada para o Messias, que era o alvo final da Lei (9:30–10:4).

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A Rejeição de Israel à Justiça de Deus

Rm 9.
Romanos 9.30–10.4 RAStr
Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justificação, vieram a alcançá-la, todavia, a que decorre da fé;e Israel, que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei.Por quê? Porque não decorreu da fé, e sim como que das obras. Tropeçaram na pedra de tropeço,como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido. Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos.Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento.Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.
Depois de falar sobre a soberania de Deus e como a rejeição de Israel não era incompatível com a fidelidade de Deus, Paulo passa a mostrar como o seu povo eleito, o povo de Israel falhou em obter justiça diante de Deus.
Vemos perfeitamente no nosso texto que:

A maneira reprovável de Israel buscar justiça por meio de obras da Lei, e não pela fé, acarretou o seu profetizado tropeço no requisito da fé voltada para o Messias, que era o alvo final da Lei (9:30–10:4).

Paulo começa o parágrafo fazendo uma pergunta: Que diremos então?
Sua resposta é simples e direta: "Os gentios, que não buscavam a justiça, a obtiveram, uma justiça que vem da fé; mas Israel, que buscava uma lei que trouxesse justiça, não a alcançou" (,) NVI
Ele explica o motivo porque Israel não alcançou a justiça que tanto buscava:
"Porque não a buscava pela fé, mas como se fosse por obras" (NVI) . Não decorreu da fé, e sim como que das obras. Tropeçaram na pedra de tropeço!
Seu tropeço, diz Paulo, já fora profetizado! mostra isso:

Ele vos será santuário; mas será pedra de tropeço e rocha de ofensa às duas casas de Israel, laço e armadilha aos moradores de Jerusalém.

A resposta foi apresentada de uma forma que acentuou a anomalia; o resultado foi tão diverso da maneira de Deus lidar com os respectivos povos no passado quanto jamais poderíamos esperar. Esse estranho resultado é que os gentios, apesar de não buscarem a justiça, obtiveram-na, e que os judeus, apesar de perseguirem a justiça, não a obtiveram.

A Respeito da Rejeição de Israel, Paulo deixa claro que:
Israel foi rejeitado por buscar a Justiça por meio da Lei ()
Ele estabelece um contraste entre os gentios e os judeus:
Os gentios
Não buscavam a justiça
Os gentios que viviam longe de Deus, ignorantes as coisas de Deus, sua lei, seu povo, suas alianças etc. Viviam vidas moralmente reprováveis (; e cf. ; ; )
Alcançaram a justiça pela fé
Os gentios quando ouviram o evangelho, pela graça de Deus, obtiveram a justiça. mostra que os gentios também foram escolhidos por Deus para demonstrar a Sua misericórdia, tornando-se assim, vasos de misericórdia. A justiça deles se deu pela fé em Cristo e não era baseada em sua própria bondade. Foi uma justiça adquirida pelo sangue redentor de Cristo.
Os judeus
Buscavam a justiça pela lei
Israel sempre buscou a lei de justiça, de forma zelosa tentou alcança-la. Seu desejo era ser aprovado diante de Deus pelo cumprimento da Lei. Talvez tivesse a pressuposição de que, quanto mais tentassem, mais seriam capazes de, algum dia, cumprir a lei de Deus toda, de sorte que seriam capazes de gritar: Sucesso! Conseguimos!
Não atingiram essa lei
Nada de errado ao judeu procurar cumprir a lei, afinal, eles estavam sujeitos a ela. O problema era tentar alcançar uma justiça por meio da obediência à lei, uma vez que ninguém jamais foi justificado diante de Deus pelo cumprimento da lei, até mesmo porque a lei estava enferma pela carne e ninguém nunca foi capaz de cumprir toda a lei.
Romanos 4. Conclusão (9.30–33)

A lei, com sua inflexível exigência de amor e obediência perfeitos, tinha a função de conduzir cada israelita para Deus com uma oração fervorosa: “Oh, Deus! Sê propício a mim, pecador”. Em vez disso, Israel concluiu que os homens seriam capazes, por seu próprio poder e com base em seus próprios recursos, de cumprir as exigências da lei.

Resultado: por mais que Israel buscasse, nunca conseguiu. A lei permanecia sempre quilômetros à frente dele. Ela não podia ser alcançada.288

"O pensamento coloca em foco o tema da carta, tanto nos capítulos anteriores como, novamente, no capítulo 10, ou seja, que os gentios não buscavam a justiça da justificação. O fato não é que eles estavam destituídos de todo o interesse moral (cf. ), e sim que a justificação e a justiça que a garante não eram o alvo deles. Por outro lado, Israel, a quem haviam sido proporcionados os oráculos de Deus, buscava essa justiça. Não devemos abrandar esta declaração. Sendo possuidores de revelação especial, condensada na aliança abraâmica, a questão da justiça diante de Deus, para a justificação, era o ponto central dos interesses judaicos; isto ocupava posição central na religião deles. Esse contraste destaca a tragédia do resultado. Os gentios obtiveram essa justiça, mas Israel fracassou em alcançá-la". Murray, J. (2016). Romanos: Comentário Bíblico. (T. J. Santos Filho, Org., J. Bentes, Trad.) (2a Edição, p. 453). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
o pensamento coloca em foco o tema da carta, tanto nos capítulos anteriores como, novamente, no capítulo 10, ou seja, que os gentios não buscavam a justiça da justificação. O fato não é que eles estavam destituídos de todo o interesse moral (cf. ), e sim que a justificação e a justiça que a garante não eram o alvo deles. Por outro lado, Israel, a quem haviam sido proporcionados os oráculos de Deus, buscava essa justiça. Não devemos abrandar esta declaração. Sendo possuidores de revelação especial, condensada na aliança abraâmica, a questão da justiça diante de Deus, para a justificação, era o ponto central dos interesses judaicos; isto ocupava posição central na religião deles. Esse contraste destaca a tragédia do resultado. Os gentios obtiveram essa justiça, mas Israel fracassou em alcançá-la.
Murray, J. (2016). Romanos: Comentário Bíblico. (T. J. Santos Filho, Org., J. Bentes, Trad.) (2a Edição, p. 453). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
Murray, J. (2016). Romanos: Comentário Bíblico. (T. J. Santos Filho, Org., J. Bentes, Trad.) (2a Edição, p. 453). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
Israel rejeitou a Justiça por negligenciar da fé no Messias ()
A rejeição derivou da incredulidade ()
Eles tropeçaram em não colocar a fé em Jesus Cristo como o meio estabelecido por Deus para a justificação ( ; ; ; ). Fracassam em reconhecer Cristo como seu Salvador. Naturalmente, enquanto Israel confiasse em obras [humanas], não poderia abraçar Cristo. Tinha de ser um ou outro. Não havia como ser ambos. "O apóstolo não hesitou em aplicar a Cristo certas passagens que dizem respeito ao Senhor dos Exércitos. Visto que tais passagens são aplicadas a Cristo (cf. também ; ; ; ; Pe 2.6–8), a fé mencionada nos versículos 30 e 32 é a fé especificada no versículo 33 como o crer em Cristo." Murray, J. (2016). Romanos: Comentário Bíblico. (T. J. Santos Filho, Org., J. Bentes, Trad.) (2a Edição, p. 455). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
A rejeição fora profetizada (; cf. )
Essa rejeição era necessária dentro do plano pré-estabelecido por Deus, mas isso não torna Israel indesculpável (; )
Tropeçaram na pedra de Tropeço. Paulo combina com .
Romanos 4. Conclusão (9.30–33)

Fracassam em reconhecer Cristo como seu Salvador. Naturalmente, enquanto Israel confiasse em obras [humanas], não poderia abraçar Cristo. Tinha de ser um ou outro. Não havia como ser ambos.

Para os judeus, Cristo era uma pedra de tropeço (1Co 1.23). Por certo, também para muitos gentios ele era uma loucura. Mas, de um modo geral, os judeus eram muito mais inflexíveis em sua convicção de que haviam encontrado a solução para o problema de atingir o status da justiça aos olhos de Deus. E seu fracasso em humildemente correr para Cristo e o abraçar pela fé provava seu desastre, implicava sua ruína.

Paulo combina a essência de ambas as passagens em sua citação. Muito embora em seja o Senhor dos Exércitos quem é descrito como sendo uma pedra de tropeço, o apóstolo não hesita em aplicar esta passagem a Jesus. Cf. ; ; ; ; . Solução: Cristo é Deus! Hendriksen, W. (2011). Romanos. (C. A. B. Marra, Org., V. G. Martins, Trad.) (2a edição, p. 423). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
Fracassam em reconhecer Cristo como seu Salvador. Naturalmente, enquanto Israel confiasse em obras [humanas], não poderia abraçar Cristo. Tinha de ser um ou outro. Não havia como ser ambos.
Fracassam em reconhecer Cristo como seu Salvador. Naturalmente, enquanto Israel confiasse em obras [humanas], não poderia abraçar Cristo. Tinha de ser um ou outro. Não havia como ser ambos.
Hendriksen, W. (2011). Romanos. (C. A. B. Marra, Org., V. G. Martins, Trad.) (2a edição, p. 423). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
Hendriksen, W. (2011). Romanos. (C. A. B. Marra, Org., V. G. Martins, Trad.) (2a edição, p. 423). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
Para os judeus, Cristo era uma pedra de tropeço (). Por certo, também para muitos gentios ele era uma loucura. Mas, de um modo geral, os judeus eram muito mais inflexíveis em sua convicção de que haviam encontrado a solução para o problema de atingir o status da justiça aos olhos de Deus. E seu fracasso em humildemente correr para Cristo e o abraçar pela fé provava seu desastre, implicava sua ruína. Hendriksen, W. (2011). Romanos. (C. A. B. Marra, Org., V. G. Martins, Trad.) (2a edição, p. 422). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
O apóstolo não hesitou em aplicar a Cristo certas passagens que dizem respeito ao Senhor dos Exércitos. Visto que tais passagens são aplicadas a Cristo (cf. também ; ; ; ; Pe 2.6–8), a fé mencionada nos versículos 30 e 32 é a fé especificada no versículo 33 como o crer em Cristo.
Para os judeus, Cristo era uma pedra de tropeço (). Por certo, também para muitos gentios ele era uma loucura. Mas, de um modo geral, os judeus eram muito mais inflexíveis em sua convicção de que haviam encontrado a solução para o problema de atingir o status da justiça aos olhos de Deus. E seu fracasso em humildemente correr para Cristo e o abraçar pela fé provava seu desastre, implicava sua ruína.
Para os judeus, Cristo era uma pedra de tropeço (). Por certo, também para muitos gentios ele era uma loucura. Mas, de um modo geral, os judeus eram muito mais inflexíveis em sua convicção de que haviam encontrado a solução para o problema de atingir o status da justiça aos olhos de Deus. E seu fracasso em humildemente correr para Cristo e o abraçar pela fé provava seu desastre, implicava sua ruína.
Murray, J. (2016). Romanos: Comentário Bíblico. (T. J. Santos Filho, Org., J. Bentes, Trad.) (2a Edição, p. 455). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
Para os judeus, Cristo era uma pedra de tropeço (). Por certo, também para muitos gentios ele era uma loucura. Mas, de um modo geral, os judeus eram muito mais inflexíveis em sua convicção de que haviam encontrado a solução para o problema de atingir o status da justiça aos olhos de Deus. E seu fracasso em humildemente correr para Cristo e o abraçar pela fé provava seu desastre, implicava sua ruína. Hendriksen, W. (2011). Romanos. (C. A. B. Marra, Org., V. G. Martins, Trad.) (2a edição, p. 422). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
Se a figura do participar de uma corrida está presente nos versículos 30 e 31, continuando no versículo 32, então, o quadro representa o tropeçar na barreira e o deixar de receber o prêmio. Murray, J. (2016). Romanos: Comentário Bíblico. (T. J. Santos Filho, Org., J. Bentes, Trad.) (2a Edição, p. 454). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
Hendriksen, W. (2011). Romanos. (C. A. B. Marra, Org., V. G. Martins, Trad.) (2a edição, p. 422). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
Hendriksen, W. (2011). Romanos. (C. A. B. Marra, Org., V. G. Martins, Trad.) (2a edição, p. 422). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
Se a figura do participar de uma corrida está presente nos versículos 30 e 31, continuando no versículo 32, então, o quadro representa o tropeçar na barreira e o deixar de receber o prêmio.
Hendriksen, W. (2011). Romanos. (C. A. B. Marra, Org., V. G. Martins, Trad.) (2a edição, p. 422). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
Murray, J. (2016). Romanos: Comentário Bíblico. (T. J. Santos Filho, Org., J. Bentes, Trad.) (2a Edição, p. 454). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
Israel rejeitou a justiça de Deus por não compreendê-la e querer estabelecer a sua própria ()
A rejeição de Israel deve nos levar a oração em favor deles ()
Paulo amava os judeus
Paulo orava pelos judeus
Orava em favor deles
Orava para que fossem salvos
Violamos a ordem do pensamento humano e traspassamos as fronteiras entre as prerrogativas divinas e as dos homens, quando a verdade do soberano conselho de Deus constrange-nos ao desespero ou ao abandono da preocupação pelos eternos interesses dos homens. Murray, J. (2016). Romanos: Comentário Bíblico. (T. J. Santos Filho, Org., J. Bentes, Trad.) (2a Edição, p. 459). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
Murray, J. (2016). Romanos: Comentário Bíblico. (T. J. Santos Filho, Org., J. Bentes, Trad.) (2a Edição, p. 459). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
Paulo testemunhava em favor dos judeus - o seu zelo.
O “zelo por Deus” ressalta a tragédia do fracasso de Israel em atingir a lei da justiça. E o pecado de ignorância é acentuado quando, por não conhecer, perdemos de vista a provisão central da graça divina. Isso contraria profundamente a noção popular de que a ignorância é uma desculpa e de que boas intenções constituem a norma de aprovação.4 4 “Longe de nós aqueles equívocos vazios acerca das boas intenções. Se buscamos a Deus de coração, sigamos por aquele caminho através do qual gozamos de acesso a ele. É melhor, conforme disse Agostinho, manquejar pelo caminho certo do que correr com todas as forças para fora do caminho” (Calvino, op. cit., ad 10.2).
O “zelo por Deus” ressalta a tragédia do fracasso de Israel em atingir a lei da justiça. E o pecado de ignorância é acentuado quando, por não conhecer, perdemos de vista a provisão central da graça divina. Isso contraria profundamente a noção popular de que a ignorância é uma desculpa e de que boas intenções constituem a norma de aprovação.4
4 “Longe de nós aqueles equívocos vazios acerca das boas intenções. Se buscamos a Deus de coração, sigamos por aquele caminho através do qual gozamos de acesso a ele. É melhor, conforme disse Agostinho, manquejar pelo caminho certo do que correr com todas as forças para fora do caminho” (Calvino, op. cit., ad 10.2).
Murray, J. (2016). Romanos: Comentário Bíblico. (T. J. Santos Filho, Org., J. Bentes, Trad.) (2a Edição, p. 460). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
A rejeição de Israel se deu por ignorância e presunção ()
Desconheciam a justiça de Deus - pela fé no Messias
Estabeleceram a sua própria justiça - não se sujeitando a de Deus
Porque o fim da lei é Cristo, para a justiça de todo aquele que crê. Cristo é tanto a finalidade da lei quanto o próprio fim dela para aqueles que estão nEle. (Ver ; ,; ; ; )
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