O QUE VOCÊ TEM NAS MÃOS?

Mordomia Cristã  •  Sermon  •  Submitted
0 ratings
· 50 views
Notes
Transcript
O QUE VOCÊ TEM NAS MÃOS?
Texto –
Serie – Mordomia cristã
Tema – Desenvolvimento dos Talentos
INTRODUÇÃO
Vivemos hoje na era dos espectadores. Os estádios e salas de espetáculos encontram-se superlotados. Neles a maioria simplesmente observa, de preferência nos primeiros lugares, o desempenho de uns poucos. Com a televisão, o fenômeno ganhou proporções epidêmicas. A era dos espectadores invadiu os lares. Várias horas por dia, milhões de pessoas, com os olhos vidrados, partilham de um estranho ritual: mudas, passivas, têm a mente anestesiada e emoções à mercê da tela.
Deploravelmente, sob tais influências, desenvolvemos um cristianismo de espectadores profissionais. Ficamos assentados nas igrejas como se estivéssemos apenas assistindo a outro espetáculo, realizado por uma minoria. Os espectadores do cristianismo se tornam frios, distantes, cínicos, estéreis e improdutivos. E, por uma psicologia perversa, julgam que dão sua “contribuição”, criticando ou fazendo sugestões de “cátedra” sem nunca entrar na arena, suar a camisa e manchar sua face com a poeira do combate.
Jesus a ninguém chamou para ocupar a posição de espectador. Diante da clareza do Novo Testamento quanto à responsabilidade cristã, omissão e inatividade missionária não são apenas aberta desobediência, mas grosseira rebelião.
II – A PARÁBOLAS
No Evangelho de , Jesus contou a parábola relacionada aos talentos, o cenário aqui é a volta de Jesus. O nosso Senhor indicando que o preparo para Seu retorno não significa espera passiva e improdutiva. Ao contrário, Ele deve ser aguardado em atividade responsável, em labuta, em harmonia com o que é esperado.
A parábola contada por Jesus tem como propósito nos advertir para a necessidade de preparo e vigilância. Jesus é o Senhor dos seus súditos, ele mostra dois tipos de crentes, que agem de maneira diferente com relação ao uso dos dons ou talentos que receberam.
Os dois primeiros servos, mesmo recebendo valores diferentes, trabalham e desenvolve aquilo que lhes foram confiados, eles recebem a mesma recompensa, uma bênção do seu Senhor e o direito de administrar coisas maiores, eles conquistaram isso por causa da fidelidade no uso das diferentes capacidades concedidas a cada um.
O terceiro servo é condenado por sua preguiça, pela indiferença com aquilo que recebeu, e pelo medo do seu senhor. Quando esse servo é apanhado sem desenvolver o talento que recebeu, a reação dele é impressionante. Defende a sua maneira de agir, acusando o seu senhor de ser duro e ávido por explorar o trabalho dos outros. E assim, de uma maneira agressiva, ele devolve para o seu senhor o que lhe foi confiado.
Mas este servo mau se esqueceu que devia ao senhor o seu melhor serviço. Ele deveria cumprir suas obrigações. Não desenvolvimento do talento recebido indica que ele foi desobediente e falho em cumprir as suas responsabilidades. O ato de ele ter recebido essa responsabilidade mostra que esse servo tinha capacidade para executar essa obrigação. As acusações que ele fez contra o seu senhor são desculpas esfarrapadas.
Essa parábola, portanto, nos faz refletir sobre a nossa própria conduta. Como você está usando o talento recebido de seu senhor? O que é colocado em contraste são as atitudes, não o número de talentos.
III – FAÇA A SUA PARTE
Essa mensagem está relacionada ao cumprimento da missão nos eventos finais. O contexto em que ela ocorre aponta para nossa esperança futura. Para reafirmar isso, Cristo usa a expressão “voltou o Senhor” (). Essa referência indireta a Seu retorno à Terra aponta para posturas distintas em relação à pregação do evangelho que se manifestarão na igreja próximo à volta de Jesus.
Jesus nos entregou o negócio da multiplicação de pessoas para Seu reino. É nosso dever participar dessa obra, e a omissão não é uma opção para os mordomos do Senhor. Para multiplicar a igreja, precisamos que o poder do Espírito Santo nos mantenha concentrados na missão, apaixonados por ela e comprometidos com a parte que nos cabe. Nosso chamado não é para manter, mas para multiplicar a igreja do Senhor.
Temos entre nós os que multiplicam e aqueles que apenas mantêm. Aqueles que representam o servo negligente não se envolvem, não vibram nem cumprem a missão. Há outros que tentam fazer isso, mas aplicam zelo equivocado. Em igrejas de gente assim, não ocorre multiplicação, mas divisão. A multiplicação é um processo simples. Cada um faz sua parte, e o resultado aparece.
IV – TODOS TÊM TALENTOS
Ninguém pode alegar que não recebeu talento nenhum. Todas as pessoas têm algo especial que pode ser usado por Deus para a pregação do evangelho, para a promoção da vida cristã ou divulgação das verdades que levam a salvação.
Ainda que muitos fiquem parados, isso não é por falta de talentos, ou dons, pois o Senhor a cada um concede livremente e de graça. Muitos acham que a não utilização dos talentos não lhes causará nenhum problema, mas isso é um grave erro, pois esses servos pensam que meramente se agarrando ao que lhe foram confiados e não houver nenhum desenvolvimento não terá nenhum castigo, porém isso é considerado não somente mediocridade, mas também infidelidade.
Deus chama a todos. Ele não tem preferência por idade, etnia ou condição social. Ele tem tarefas especiais que podem ser executadas por pessoas diferentes. Porém, em Sua obra, há lugar para crianças, jovens, adultos e idosos, cada um com suas características.
01 de agosto de 2019
Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o Senhor o livra no dia do mal. .
Este é o terceiro salmo que começa com a palavra “bem-aventurado”. Os outros são: o e o 32. Bem-aventurado quer dizer: “feliz”, “abençoado”. Quem não anela ser feliz?
Este salmo tem estreita conexão com o salmo anterior. Neste último, o salmista termina dizendo: “Eu sou pobre e necessitado.” . Depois, vem o verso de hoje: “Bem-aventurado o que acode ao necessitado.”
Evidentemente, Davi está falando dele como o necessitado. Mas Davi não era pobre em recursos materiais. Este salmo foi escrito durante a rebelião de Absalão, seu filho. Na época, o salmista já era o rei de Israel. Um rei nunca passa por necessidades materiais; portanto, a promessa de hoje não é simplesmente para quem dá uma esmola na rua, ou oferece um prato de comida ao faminto.
Pobreza é carência, falta. A pobreza começa quando as coisas acabam. Uma pessoa não é pobre só porque vive num barraco simples ou veste roupa remendada. Uma pessoa também é pobre quando as forças chegam ao fim, quando o cônjuge morre, o filho está na prisão, a alegria desaparece e a tempestade envolve a vida.
A promessa de Deus hoje é para todos aqueles que são capazes de enxergar um coração quebrantado, uma alma ferida, um ser fragilizado com fome de pão ou de consolo, e estão prontos a estender a mão ou oferecer uma palavra de conforto. A estes, diz: “O Senhor o livra no dia do mal.”
Observe bem a promessa. O Senhor não diz que o livrará do mal, mas “no dia do mal”.
Quando você pergunta por que sofre, se anda nos caminhos do Senhor e faz a Sua vontade, está cobrando de Deus uma promessa que Ele nunca fez.
“O dia do mal” sempre tocará a vida dos filhos de Deus na Terra. Mais cedo ou mais tarde, sempre teremos uma lágrima a derramar. Mas se você estendeu a mão para ajudar e confortar o pobre e o necessitado no “dia do mal” deles, com certeza Deus estenderá Sua mão para tirá-lo das dificuldades quando a provação chegar na sua vida.
Por isso, ao longo do dia, peça a Deus que abra seus olhos para ver um necessitado e acudi-lo, porque: “Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o Senhor o livra no dia do mal.”
[06:58, 2/8/2019] João Santana: Janelas para Vida
DECLARAÇÃO DE AMOR
02 de agosto de 2019
Por isso, saí ao teu encontro, a buscar-te, e te achei. .
Ao longo de quase quatro décadas, tenho viajado por muitos países e falado do amor de Jesus para multidões, em estádios, teatros, praças públicas e os mais diversos e estranhos tipos de auditório.
Em certa ocasião, falei na Praia de Camburi, na cidade de Vitória, Brasil. Milhares de pessoas sentadas em cadeiras de praia ou em pé ouviam as mensagens de esperança extraídas da Bíblia. Foi nessa ocasião que o Senhor alcançou Érico. Semidrogado, perambulava pela praia quando se deparou com a mensagem de Deus. Os hinos cantados enterneceram o seu coração e, na penumbra de sua mente embotada pelas drogas, brilhou a esperança de regeneração e liberdade.
Conheci Érico, anos depois. Seus olhos brilhavam de emoção quando me contou que naquela noite ele saíra de casa para ir ao encontro de amigos e de mais droga. No entanto, encontrou Jesus.
Embora muitos como Érico acham que um dia encontraram Jesus, a verdade é que foi Jesus quem nos achou, porque foi Ele quem nos buscou. Érico saiu naquela noite para buscar drogas. Mas não sabia que um dia Jesus saíra dos Céus para buscar Érico.
O ser humano, por natureza, só procura aquilo que o faz sofrer. Somos estranhamente incoerentes. A dor nos aterroriza e, no entanto, a procuramos. Queremos desesperadamente alcançar a felicidade; porém, fugimos dela seguindo os nossos próprios caminhos. Nada dá certo mas insistimos, até que um dia caímos exaustos, sem saber mais aonde ir nem o que fazer.
Outro dia, vi um garotinho de oito meses chupando limão. Chupava e depois fazia cara feia e chorava, mas continuava procurando o limão.
Se dependesse de nós, passaríamos a vida procurando o que nos destrói, perambulando nas sombras da noite pelas praias da vida sem horizontes. Se dependesse da busca louca do nosso coração, encontraríamos somente frustração e vazio, mas graças a Deus que um dia o Senhor Jesus Cristo deixou tudo e veio nos procurar.
O verso de hoje expressa a mais bela declaração de amor que o ser humano poderia ouvir. Leve esta declaração com você hoje: “Por isso, saí ao teu encontro, a buscar-te, e te achei.”
V – OS TALENTOS NÃO SÃO IGUAIS
Não podemos ser iguais no número de talentos. O Senhor nos concede oportunidades de serviço em concordância com nossa capacidade de fazer uso delas. Consequentemente, visto nem todos terem a mesma capacidade, por isso nem todos têm as mesmas ou número igual de oportunidades.
No dia do juízo não importará o número de oportunidades. A questão é apenas esta: “Temos sido fiéis no uso delas”? Ainda que não tenhamos os mesmos talentos ou quantidades iguais, podemos ser iguais na dedicação, fidelidade e fervor. Assim, a parábola serve de advertência e conforto: Deus não espera os mesmos resultados de todos, mas deseja o mesmo envolvimento e compromisso.
Notamos também nesta parábola que; Erro não é só cometer homicídio, adultério, latrocínio, etc. Mas é também deixar de se envolver na obra, deixar de trabalhar para a glória de Deus. Tudo deve ser feito visando ao dia do acerto de contas que virá. E neste dia não haverá justificativa que possa ser boa o suficiente para que o culpado seja absorvido.
CONCLUSÃO
Seria deplorável julgar que os pastores e oficiais da igreja são os únicos responsáveis pela missão cristã, enquanto os demais, cerca de 91%, permanecem como meros observadores.
Em um texto revelador, Ellen White afirma: “A obra de Deus na Terra nunca poderá ser terminada a não ser que os homens e as mulheres que constituem a igreja concorram ao trabalho e unam os seus esforços aos dos pastores e oficiais da igreja” (Obreiros Evangélicos, p. 351, 352).
Ela também diz: “Sobre […] a enfermeira-missionária, o médico cristão, o cristão individualmente, seja ele comerciante ou fazendeiro, profissional ou mecânico – sobre todos repousa a responsabilidade. É nossa obra revelar aos homens o evangelho de Sua salvação. Toda empresa em que nos empenhemos deve ser um meio para esse fim” (A Ciência do Bom Viver, p. 148).
APELO
Querido irmão e irmã, esse convite se estende a você. Não é suficiente ao seguidor de Jesus “se manter” e esperar até o fim. Ele precisa perceber aquilo que ele é: um simples servo que deve ao seu Senhor o seu melhor serviço. Que, em vez de enterrá-lo possamos desenvolvê-lo para: 1) glorificar a Deus; 2) edificar a comunidade de crente; e, 3) proclamar ao mundo a realidade do reino de Deus!
Hendriksen, W. comentário do livro de Mateus, tradução V. G. Martins, 2ed, Cambuci, São Paulo, SP, Editora Cultura Cristã, 2010, Vol. 2, p. 453.
Neves, I., e McGee, J. V. Comentário Bíblico de Mateus: Através da Bíblia. Organizador W. Freitas,2ed, São Paulo, SP, Rádio Trans Mundial, 2012, p. 207–208).
RODOR, Amim, Meditações Diárias – Encontros com Deus, Tatuí, SP, Casa Publicadora Brasileira, 2014.
Related Media
See more
Related Sermons
See more