Crescendo em Santidade
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· 233 viewsFomos separados por Deus para uma vida de santidade.
Notes
Transcript
1 Saudação
1 Saudação
Meus irmãos e minhas irmãs, bom dia. Eu agradeço o convite para dar essa aula e eu fico muito feliz de poder estudar a Bíblia com os irmãos. Alguns de vocês já foram meus professores na Escola Dominical, outros já me orientaram na minha época de UCP e UPA... E hoje, eu quem tenho essa responsabilidade de ser o mensageiro de Deus para vocês. Isso é motivo de grande alegria para mim!
2 Introdução
2 Introdução
Bom, mas antes de nós começarmos a estudar a lição, deixem-me perguntar para vocês algumas coisas. Com essas perguntas, eu quero ver se todos nós estamos falando a “mesma língua” ou se estamos confusos, como na Torre de Babel.
Todos vocês já devem ter ouvido alguém falar “você sabe como é, eu não sou santo!”. Talvez, até você mesmo já tenha falado isso! Aí vai minha pergunta, ou melhor, as minhas perguntas:
O que a pessoa que diz esse tipo de frase pensa que “santo” significa?
E para você, o que significa ser santo?
Será que essas definições de santidade estão de acordo com o conceito bíblico de santidade?
Meus irmãos, muitas vezes, nós alegamos não sermos santos para poder dar uma desculpa por nossas falhas e pecados. Mas a Bíblia nos ensina que: porque nós somos santos, nós somos capazes de abandonar as nossas falhas e pecados e de praticar a justiça e a piedade. O apóstolo Paulo afirma o seguinte, após citar uma lista terrível de pecados, pecados estes, que impedem alguém de ir para o céu:
Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.
É por isso, que em outro trecho, Paulo pode nos ordenar:
Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, [...] Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe [...] Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, [...] Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. , , e 31–32
Paulo não confia nas nossas próprias forças para deixarmos de praticar o mal e começarmos a praticar o bem. Ele confia no Deus que nos lavou, nos santificou e nos justificou no nome do Senhor Jesus Cristo e no seu Espírito Santo.
É nesse sentido que nosso Deus nos convida: Sede santos, porque eu sou santo! ( citando ) E esse é o tema da nossa aula de hoje: crescendo em santidade. Nessa aula, nós vamos estudar o que significa ser santo e como nós crescemos em santidade na nossa vida aqui na terra. Para quem pensava que não é santo, já fica a dica: você é santo sim! E para quem usava a desculpa de não ser santo para continuar com alguns pecados e manias, fica o desafio: o Deus santo te santificou, portanto seja santo!
3 Apresentando a Lição
3 Apresentando a Lição
Meus irmãos, essas lições que nós estamos estudando são baseadas no livro Religião Vida Mansa, do nosso irmão James Packer. Nesse livro, o dr. Packer destaca que a religião vida mansa não dá a devida importância ao tema “santificação”.
Mas o que o autor quer dizer com religião vida mansa? O autor define a religião vida mansa como a religião daquelas pessoas que não querem agradar a Deus, mas se agradar. É uma religião que não procura reconciliar o pecador perdido com o Deus santo, mas sim satisfazer os seus seguidores. É a religião da era do consumismo, da terapia e da autoajuda.
E não é de se surpreender, que na religião vida mansa a santificação tenha sido deixada de lado. Numa era de autoajuda, de terapia e mensagens positivas, ninguém quer ouvir falar sobre pecado e a necessidade de se livrar dele. Ninguém quer ser desafiado a praticar o bem se isso custar “tomar a sua cruz e imitar o Salvador.”
“Muito pensam que o compromisso com santidade é algo fora da realidade, fora da mentalidade do terceiro milênio ou, ainda, um ranço do legalismo.” James Innell Packer
Mas, nessa lição, nós vamos aprender que a santidade ainda é a exigência de Deus para o seu povo em todas as eras!
Eu vou seguir o roteiro da nossa lição e vou tentar apresentar todos os pontos que o autor separou no texto. Mas eu vou tentar trazer um entendimento um pouco mais profundo de como a nossa santidade deve se firmar na graça de Deus e na vida e obra do nosso Senhor Jesus.
4 Oração
4 Oração
Vamos começar com uma oração? Incline a sua cabeça e ore comigo:
Pai, nessa manhã maravilhosa, nós nos reunimos em seu nome para estudar da sua Santa Palavra. Nós te louvamos porque o Senhor despertou em nós o interesse e a disposição para chegarmos aqui.
E agora, nós te suplicamos que o Senhor ilumine as nossas mentes e abra os nossos corações para que possamos entender a sua mensagem e vermos quão grande é a riqueza da sua graça para conosco.
Que o teu Santo Espírito nos ensine que a santificação é a única resposta adequada que nós podemos oferecer por tão grande amor que o Senhor nos concedeu, ao dar o seu Filho Amado para morrer em nosso lugar naquela cruz maldita.
Perdoe os nossos pecados, aumente a nossa fé e nos capacite a sermos cada vez mais parecidos com o nosso Senhor Jesus. É nome dele que nós oramos e suplicamos ao Senhor, amém!
5 O Que É Santificação
5 O Que É Santificação
Meus irmãos, o primeiro ponto da lição pergunta “o que é santificação?” e nós, como bons presbiterianos, respondemos usando os padrões de Westminster! A pergunta 75 do Catecismo Maior de Westminster é justamente essa:
CMW 75. Que é santificação?
R.: Santificação é a obra da graça de Deus, pela qual os que Deus escolheu, antes da fundação do mundo, para serem santos, são nesta vida, pela poderosa operação do seu Espírito, aplicando a morte e a ressurreição de Cristo, renovados no homem interior, segundo a imagem de Deus, tendo os germes do arrependimento que conduz à vida e de todas as outras graças salvadoras implantadas em seus corações, e tendo essas graças de tal forma excitadas, aumentadas e fortalecidas, que eles morrem, cada vez mais para o pecado e ressuscitam para novidade de vida.
A resposta é grande, pode nos assustar, mas se nós olharmos com calma e atenção, nós vamos entender que nossos irmãos de Westminster estão dizendo a mesma coisa que nosso irmão James Packer.
Tanto o Catecismo quanto o dr. Packer separam a santificação em dois aspectos: um realizado no passado e um que continua no presente e no futuro; um em que Deus sozinho é o seu autor e outro, no qual nós temos uma participação.
Santificação traz a ideia de ser separado para Deus. E, no primeiro aspecto, Deus nos separou para si no passado, antes de nós nascermos, antes mesmo do mundo ser criado. Como disse o apóstolo Paulo:
[Deus] nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; ()
E Deus não nos escolheu porque nós éramos bonzinhos ou melhores que os nossos vizinhos ateus, ele nos escolheu segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça. ().
O outro aspecto é o mais negligenciado. O Catecismo Maior, depois de dizer que Deus nos separou antes da fundação do mundo, nos diz que Deus nos capacitou para sermos novas criaturas. Ele nos capacitou para sermos a cada dia mais parecidos com seu Filho, cada dia mais parecidos com a sua imagem. E, por consequência, nós nos tornamos cada vez menos parecidos com os homens sem Deus, cada vez menos parecidos com os ímpios.
Esse segundo aspecto é um processo contínuo, que começa quando Deus nos converte por meio do seu Espírito Santo. E continua dia após dia, enquanto nós vivermos aqui nessa terra e só será completo no último dia, quando vermos nosso Senhor Jesus face a face:
E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. ()
Então, resumindo, somos santos porque Deus nos separou para sermos seu povo. E nós estamos num processo de santificação, que consiste em abandonar as más obras (ou obras da carne) e praticar as boas obras (fruto do Espírito). Mas será que isso é mesmo importante? Será que nós temos capacidade para isso? Como saber o que é obra da carne e o que é fruto do Espírito?
Vamos tentar responder todas essas perguntas nos pontos dois, três e quatro da nossa lição.
6 Chamados à Santidade
6 Chamados à Santidade
Começando com a pergunta sobre a necessidade da santidade: será que isso ainda é importante? Será que é realmente necessário se santificar? Para avaliarmos se Deus considera a santificação importante, vamos olhar rapidamente para dois textos, um no Antigo e um no Novo Testamento.
Deus nos convida a sermos santos, e o convite se baseia em nada mais, nada menos que a santidade do próprio Deus:
Eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo. ()
Será que a santidade de Deus é algo pequeno? Bom, a visão que Isaías tem de Deus assentado no seu trono é atemorizadora! E por que Isaías teme?
No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! ().
Isaías teme porque ele é um pecador e porque ele está na presença de um Deus é que Santo, Santo, Santo! E nós devemos reagir da mesma maneira! Diante da santidade de Deus, devemos reagir como Isaías, com arrependimento e esforço para nos tornarmos santos. O Deus santo nos ordena: sejam santos, porque eu sou santo!
Passando para o Novo Testamento, nós vamos analisar um texto que também tem um aspecto muito interessante. Pense comigo por um segundo: o que você diria aos seus amados? O que você diria para sua esposa, seus filhos e seus netos, se você soubesse que aquelas seriam as suas últimas palavras?
Cada um de vocês pode pensar em alguma coisa, mas tenho certeza que vocês pensaram em coisas importantes. Com o nosso Senhor Jesus não seria diferente... Nas suas últimas palavras antes de morrer, Jesus diz coisas importantíssimas. Mas ele não disse diretamente aos seus discípulos amados. Ele disse ao Pai Celeste, em oração. Uma oração de interseção pelos seus discípulos. Não só pelos doze, mas por todos nós que somos chamados de cristãos:
[Pai,] Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. ()
[Pai,] Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. ()
Nas palavras finais do nosso Senhor Jesus, ele suplica pela nossa santificação: Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. E ele enfatiza que ele se santificou por nós: a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. Se nós nos perguntarmos “será que Jesus considerava a santidade algo importante?”. É só nos lembrarmos que suas palavras finais foram uma oração em prol da nossa santidade e da nossa unidade.
Vale notar que Jesus se santificar não tem o mesmo sentido que nós nos santificarmos, o nosso Salvador já era perfeito e não precisava de mortificação de pecados e vivificação do espírito. Ele se santificou no sentido de que se separou para fazer a obra de Deus, obra essa que incluía viver vida perfeita em nosso lugar e morrer em nosso lugar. Por isso ele diz que se santifica em nosso favor.
Para concluir a resposta da nossa pergunta: Será que é realmente necessário se santificar? Nós respondemos: o Deus santo deseja que nós sejamos santos, foi para isso que ele nos separou! Jesus Cristo quer que nós sejamos santos, foi por nós que ele se santificou! E Deus nos ordena:
Sede santos, porque eu sou santo. ()
7 Fundamentos da Santificação
7 Fundamentos da Santificação
Quando olhamos para a santidade de Deus e para os nossos pecados, podemos nos perguntar: Será que nós temos capacidade para isso? Será que é possível nos santificarmos?
Bom, se nós quisermos nos santificar por conta própria, confiando na força do nosso próprio braço, a resposta é não! Nenhum homem é capaz de abandonar os seus pecados por conta própria e ninguém ama, por natureza, a lei de Deus! A Bíblia nos diz que nós éramos, por natureza, filhos da ira e escravos do pecado.
Dependendo do quanto nós já caminhamos, ou não, em nosso processo de santificação, talvez nós nos identifiquemos mais com as obras da carne do que com o fruto do Espírito. Ao ler o , eu sempre me pergunto se eu me pareço mais com o justo ou com o ímpio que Deus descreve ali. Vejamos a descrição que o apóstolo Paulo faz em :
Ora, as obras da carne são conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, brigas, ciúmes, iras, egoísmo, dissenções, partidarismo, invejas, embriaguez, orgias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. ()
Graças a Deus, alguns irmãos já estão tão apegados ao nosso Senhor e Salvador Jesus, que, a cada dia, eles praticam menos os itens da primeira lista e, cada dia mais, eles praticam os itens da segunda lista! Mas, pode ser que alguns de nós ainda olhe para essa lista e entre em desespero.
Pode ser que uma autoanálise feita com bastante sinceridade nos leve a pensar que fazemos parte do primeiro grupo e não do segundo! E o desespero é grande, porque o Deus santo também é um juiz justo! E Paulo afirmou claramente: quem pratica essas coisas não herdará o reino dos céus!
Como pode, um ser tão cheio de falhas, como eu e como vocês, sermos aceitos por um Deus tão santo? Todo homem, desde que Adão pecou, deseja as obras da carne e não o fruto do Espírito. Então, como os homens podem se acertar diante de Deus?
Meus irmãos, a boa notícia que nós proclamamos, a boa nova da qual nós somos porta-vozes é essa: houve um homem que foi perfeito, praticou o fruto do Espírito e nunca praticou uma obra da carne! A sua comida era fazer a vontade do Pai Celeste (). Esse homem se ofereceu como oferta para a nossa salvação! Esse homem viveu vida perfeita em nosso lugar e padeceu pelos nossos pecados em nosso lugar.
Ele se santificou para que, pelo seu sangue derramado, nós fôssemos santificados. Jesus tem o poder de nos lavar e nos regenerar. Seu Espírito Santo, habitando em nós, nos habilita para essa tarefa. Olhem as palavras do apóstolo Paulo:
Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. ()
Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. ()
Devemos enfatizar o último verso: Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus!
Nós éramos assim, éramos aqueles que não herdariam o reino de Deus. Por nossos méritos jamais herdaríamos alguma coisa além da ira do Deus Justo! Mas nós fomos justificados e unidos a Cristo! É por causa dessa união que Deus nos aceita como justos! É a partir de nossa união com Cristo, que Deus coloca em nós um novo coração e o Espírito Santo passa a habitar dentro de nós.
É assim que respondemos à pergunta: Será que nós temos capacidade para nos santificar? Sim, nós temos! Porque nós estamos unidos a Cristo pela fé! Nós temos, não porque somos fortes, mas porque nas nossas fraquezas o Espírito de Deus que habita em nós nos auxilia!
Que coisa maravilhosa é a doutrina da nossa união com Cristo! A expressão “em Cristo” aparece 89 vezes nos escritos do apóstolo Paulo. Na maioria dessas vezes, ele se refere à nossa união com Cristo:
Somos batizados “em Cristo” ();
Nos tornamos mortos para o pecado e vivos para Deus “em Cristo” ();
Nada vai nos separar do amor de Deus que está “em Cristo” ()
E com a santificação não poderia ser diferente: somos santificados “em Cristo Jesus”, é assim que Paulo descreve os coríntios ().
Meus irmãos, isso não significa que a partir do momento em que acreditamos em Cristo as nossas tentações desaparecerão e muito menos que não precisaremos nos esforçar para abandonar o pecado e praticar a justiça. Mas, uma coisa é certa! Em Cristo podemos vencer as tentações! Em Cristo, unidos a Ele, nós somos santificados. Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. ().
8 As Escrituras e a Santificação
8 As Escrituras e a Santificação
Por fim, chegamos a nossa última pergunta: O que deve nos guiar nessa nossa caminhada da santificação? Como saber o que é obra da carne e o que é fruto do Espírito? E, por mais que certa resposta tenha sido dada há milênios atrás, o salmista continua com a resposta certa e atual:
Lâmpada para os meus pés é a tua palavra
e, luz para os meus caminhos. ()
No ponto quatro da nossa lição, o autor nos chama atenção para o que Jesus diz:
Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. ()
A nossa santificação é baseada na verdade revelada de Deus, ou seja, na sua Palavra. A Bíblia é o nosso guia para nos explicar o que significa ser santo, ela é o nosso guia moral sobre o que é certo ou errado. É a Bíblia que nos ensina o que agrada a Deus e o que desagrada o nosso Senhor.
É na Bíblia que temos revelados os dez mandamentos, é na Bíblia que Deus separa as obras da carne do fruto do Espírito! É através da Bíblia que ouvirmos da boca do Senhor Jesus os seus maiores mandamentos:
O principal [mandamento] é:
O principal [mandamento] é:
Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!
Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.
O segundo [mandamento] é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Não há outro mandamento maior do que estes. ()
É por isso que devemos dar a maior importância a Palavra de Deus, é por isso que devemos lê-la e estuda-la todos os dias. É por isso que devemos prestar a maior atenção quando um pregador fiel se levanta para proclamar todo o conselho de Deus. João Calvino escreveu:
“Deus escolheu ungir de tal maneira os lábios dos pregadores fieis, que quando estes falam, a voz de Cristo ainda ressoa na Igreja!”
Que maravilha saber que o Deus vivo fala até hoje conosco! E ele fala por meio da sua Palavra! Essa palavra que nos ensina o padrão de santidade. Santidade essa que é uma exigência para ver a Deus:
Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor ()
Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor ()
É por isso que Paulo escreve que:
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. ().
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. ().
É por meio da Palavra que vem nossa fé, pois a fé vem pelo ouvir a Palavra de Cristo! () É por meio da Palavra que somos santificados: Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. () É por meio da Palavra que nos enchemos do Espírito (, cf. ).
9 A Santificação dos Salvos
9 A Santificação dos Salvos
Meus irmãos, o último ponto da nossa revista aponta para o fato de que a santificação é uma das evidências da salvação. Paulo, escrevendo aos Tessalonicenses disse o seguinte:
Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, [...] reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição, [...] pois eles mesmos [...] proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura. (, , )
Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, [...] reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição, [...] pois eles mesmos [...] proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura. (, , )
Um dos sinais que Paulo apontou como sendo um sinal da conversão é a santificação, a novidade de vida: o ato de abandonar o velho homem (deixar os ídolos) e se vestir do novo homem (servir ao Deus vivo).
No capítulo sobre A Certeza da Salvação, a Confissão de Fé de Westminster afirma o seguinte:
“[...] os que verdadeiramente creem no Senhor Jesus e o amam com sinceridade, procurando andar diante dele em toda a boa consciência, podem nesta vida certificar-se de se acharem em estado de graça, e podem regozijar-se na esperança da glória de Deus, esperança que jamais os envergonhará.” CFW XVIII.I
Assim, os teólogos de Westminster consideravam que as bênçãos que acompanham a santificação são: a certeza do amor de Deus, a paz de consciência, o gozo no Espírito Santo, o aumento de graça, e perseverança nela até ao fim. (BCW 36)
Quem aqui não gosta de estar seguro? Um dos meios de nos assegurarmos da nossa salvação é estarmos crescendo em santidade, a cada dia mais unidos a Cristo e cada vez mais parecidos com ele.
10 Conclusão
10 Conclusão
Para concluir, meus irmãos, eu gostaria de enfatizar que:
Embora a religião vida mansa não dê muita atenção para a doutrina da santificação; nós, os cristãos, devemos ter consciência de que a santidade é parte fundamental da vida do crente. Sem ela, não veremos o Senhor!
Sabemos que só somos santos, porque o Senhor, nosso Deus, nos separou para ele antes da fundação do mundo!
Mas aprendemos hoje que devemos nos santificar a cada dia, no sentido de abandonarmos práticas pecaminosas e praticarmos a piedade e a justiça.
Jesus orou: [Pai] Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. E Deus nos ordena: sede santos, porque eu sou Santo.
Aprendemos que não somos capazes de nos santificar por nossos próprios esforços, mas que pela maravilhosa união que desfrutamos com Cristo e pelo Espírito Santo que habita em nós, nós nos tornamos capazes de sermos imitadores de Deus!
11 Aplicação
11 Aplicação
Eu gostaria de propor uma aplicação prática: que cada um de nós, a partir de hoje, nos esforcemos ao máximo para viver como novas criaturas! Vou dar três passos:
Leia até 5.2;
Reconheça onde você tem falhado e suplique em oração por isso;
E, por fim, se esforce dia a dia para melhorar nesses aspectos.
Faça isso não para se orgulhar, não para se sentir melhor que outros irmãos. Mas faça para glória de Deus! Faça para se tornar cada dia mais parecido com o seu Salvador! Faça para ser sal da terra e luz do mundo!
Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. ()
Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. ()
Que Deus nos abençoe nessa tarefa! Que a nossa união com Cristo seja a nossa motivação! Que o Espírito Santo, que habita dentro de cada um de nós, nos capacite. Amém!