Jesus e a Santificação diária
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Transcript
Texto: Jo 13.4-11
Exórdio
O lava pés
A origem da prática pode estar nos costumes referentes à hospitalidade das civilizações antigas, especialmente naquelas onde a sandália (um calçado aberto) era o principal tipo de calçado. O anfitrião, ao receber um hóspede, providencia uma vasilha com água e um servo para lavar-lhe os pés. Este costume aparece em diversos pontos do Antigo Testamento (veja, por exemplo, Gênesis 18:4, Gênesis 19:2, Gênesis 24:32, Gênesis 43:24 e I Samuel 25:41, entre outros), e também em outros documentos históricos e religiosos. Um típico anfitrião da região geralmente se curvava, beijava o hóspede e então oferecia a água e o servo para a lavagem dos pés. O costume também valia quando o hóspede usava sapatos como uma forma de cortesia. No trecho em I Samuel aparece pela primeira vez o ato de alguém realizar a lavagem como prova de humildade. Em João 12, Maria de Betânia ungiu Jesus, presumivelmente para agradecer-lhe por ressuscitar seu irmão Lázaro dos mortos.
A Bíblia relata a lavagem dos pés de santos sendo praticada pela igreja antiga em I Timóteo 5:10, provavelmente como sinal de piedade, submissão ou humildade.
INTRODUÇÃO
Estamos diante de um escrito do apóstolo João, não há uma data precisa destes escritos mas sabemos que fora dentro do primeiro século. Um Evangelho disposto em defender a divindade e a humanidade de Jesus em meio de muitos conflitos de ideias, temos um evangelho bem apologético.
Segundo BOOR, WERNER, no Comentário Esperança do Evangelho de João, p 190:
O cap. 13 do evangelho começa uma seção completamente nova e essencial, que vai até o final do cap. 17. A luta de Jesus por Israel está terminada, e, apesar do entusiasmo do povo por ocasião da entrada de Jesus em Jerusalém, mostrou-se como em vão. Agora Jesus se volta integralmente a seus discípulos, mais especificamente ao círculo mais íntimo dos apóstolos, o fundamento da nova igreja.
Temos também LOPES, HERNANDES DIAS, em seu Comentário do Evangelho de João, p342:
A partir de agora, Jesus não se dirige mais ao povo, às multidões, ao mundo como um todo, mas apenas aos seus discípulos. A porta da oportunidade para o povo estava fechada. O ministério público de Jesus havia chegado ao fim. João 13 a 17 é a mensagem de despedida de Jesus para seus discípulos amados, culminando com sua oração intercessora por eles e por nós.
Estamos diante de um momento da história de Cristo apresentada por João onde Jesus horas antes de ser traído, de ser levado a cruz participa de uma refeição com os seus discípulos e como de costume ele os ensina. Do versículo 1 a 3 ele vem falando do amor dele pelos seus; como também diz que a sua hora, a hora de sua entrega a morte, onde ele faz o paralelo do deixar este mundo para ir ter com o Pai.
Temos João apresentando uma partícula interessante sobre Judas Iscariote, o filho de Simão, LOPES, HERNANDES DIAS, em seu Comentário do Evangelho de João, p345 diz:
Jesus sabia que seria traído por Judas Iscariotes (13.2). Jesus nunca esteve enganado acerca de Judas Iscariotes. Desde o início, sabia que Judas Iscariotes haveria de traí-lo. O discípulo traidor é mencionado oito vezes no evangelho de João. Satanás havia entrado em Judas (Lc 22.3) e lhe dera a inspiração necessária para iniciar o processo que terminaria com a prisão e a crucificação de Cristo. Warren Wiersbe diz que o verbo “pôr”, em João 13.2: Enquanto jantavam, o diabo já havia posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, que traísse Jesus, significa, literalmente, “lançar” e traz à memória os dardos inflamados do maligno (Ef 6.16).
Logo no versículo 3 completa o que ele diz no versículo 1 sobre o ir até o Pai. Confirma sobre os seus com a frase que o Pai tudo confiara em suas mãos e que ele viera do Pai e para o Pai voltaria. Assim ele se levanta após essa declaração, tira a vestimenta (sua capa), toma uma toalha cinge-se com ela, coloca água em uma bacia e começa a lavar os pés dos discípulo. Ele começa a fazer o serviço de um escravo, de alguém deveria ter feito logo na chegada à casa.
Ato de humildade e que traz uma lição maravilhosa para as nossa vidas em relação ao serviço e a santificação. A postura do Servo, Jesus como Servo, em sua humilhação, como devemos nos portar como servo e também em relação a nossa vida cotidiana, sendo santificada dia após dia pela palavra.
TEMA:
Em Jesus aprendemos a eficácia da salvação (servir) e a santificação diária
DESENVOLVIMENTO
Jesus nos traz um grande ensino neste momento em João 13.4-13, onde realiza com os seus discípulos. Além de mostrar humildade ele fala sobre purificação, sobre estar limpo por completo, a santificação diária.
Por ainda habitar em um corpo corruptivel temos a facilidade em pecar. Somos pecadores redimidos em Cristo, lavados no seu sangue que fora derramado na cruz, porém, com a possivilidade de voltar a pecar como uma falta e se assim fizermos temos um advogado junto ao pai, assim como o apóstolo continua a nos ensinar em sua Epístola. Sabedores disso devemos nos envolver com a santificação, a busca em estar limpos dia após dia.
No desenvolvimento da vida cristã a eficácia da salvação e a santificação diária nos apresenta lições. Três lições que Jesus nos ensinas na Eficácia sa Salvação e Santificação diária são:
I Lição: Jesus vem até nós para limpar-nos – v.v. 4,5
II Lição: Está relacionada a nossa postura diante da ação de Jesus – v.v. 6,7,8
III Lição: A santificação diária necessita ser aprendida e aplicada – v.v. 9,10,11
I Lição: Jesus vem até nós para limpar-nos – v.v. 4,5
4 “levantou-se da ceia, tirou a vestimenta e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. 5 Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.” João 13.4,5
a) Observar - Levantou-se, Tomando, Deitou, Passou – Palavras que mostram a ação de Jesus em nosso favor. Não somos nós que vamos até ele, e nem mesmo temos a predisposição a realizar o lavar dos pés. Cada versículo mostra o que Jesus faz em relação a nós. Se prontifica, esse verbo tomar é na questão de se preparar para assim com a bacia colocar a água e depois realizar, a atividade de limpeza.
b) Ilustrar – Quando Jesus chama os seus discípulos, Pedro, André, Tiago e João. Ele vai até a praia, caminha por ela, faz o convite, vai até aqueles a quem assim escolhera para a salvação e também para o servir, para a caminhada com ele. Vemos isso em Mateus e Marcos mostra como algo simples, mas o relato de Lucas a esse movimento de Jesus em direção aos discípulo tem o pano de fundo uma pesca maravilhosa.
c) Aplicar – Como temos nos portado diante da disposição de Cristo para conosco?
Sabedores de que é Ele quem vem até nós, que fora ele por meio do seu Santo Espírito que nos convense do pecado, da justiça e do juízo, qual tem sido a nossa reação diante do convencimento do Espírito de Deus?
II Lição: Está relacionada a nossa postura diante da ação de Jesus – v.v. 6,7,8
6 “Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e este lhe disse: Senhor tu me lavas os pés a mim? 7 Respondeu-lhe Jesus: O que faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois. 8 Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo.” João 13.6-8
a) Observar – “tu me lavas os pés a mim?” – Vemos Pedro inconformado com a ação de Jesus. Somos dependentes de Jesus para a nossa limpeza, não há o que fazer.
“Não o sabes agora; compreenderá depois” – Necessário foi Jesus trazer uma palavra de revelação ao coração de Pedro. Uma palavra que logo seria explicada, haveria uma compreensão da parte de todos.
“Nunca me lavarás” – Mas ainda ele reluta, ainda deixa a sua sinergia, a sua independência falar mais alto.
“Se eu não te lavar, não tens partes comigo” – Aqui já vemos Jesus apelando para o que mais nos faz pensar, não ter parte com Cristo. Jesus dá um choque em Pedro, um presta atenção, eu sei o que estou fazendo.
b) Ilustrar – Somos assim duros como Pedro. Nós queremos muitas vezes resolver com a nossa própria inteligência, com as nossas próprias forças. Aqui vemos como o coração do homem é duro. Parece algo contemporâneo na questão em não querer que Deus faça algo por nós e sim que façamos algo para que merecemos a ação de Cristo ao nosso favor. Até que a palavra venha nos confrontrar com esse posicionamento.
c) Aplicar – Eu e você temos essa dificuldade do relacionamento ou compreensão e aceitação. Muitas vezes Deus nos dá choque, Deus nos advertem com veemência para que ele continue a sua obra em nossas vidas. Não digo que podemos impedir Deus em realizar o seu querer em nossas vidas, mas por ser um pai bondoso e deseja que em nossa livre agencia e voltemos para sua vontade, ele por meio do seu Santo Espírito nos admoesta a ver e a ir de encontro a ele.
Temos nos atentado para essa atitude? Como temos nos portando diante da ação de Deus ao nosso favor? Como é a nossa postura no momento e tempo que Deus é quem faz em nossas vidas o seus querer?
III Lição: A santificação diária necessita ser aprendida e aplicada – v.v. 9,10,11
9 “Então, Pedro lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. 10 Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos. 11 Pois ele sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: Nem todos estais limpos.” João 13.9-11
a) Observar – “não somente os pés, mas mãos e cabeça” – Depois de termos sido orientados não queremos apenas o necessário, desejamos que sejamos limpos por completo. Ainda pensando que estamos sujos. Pois logo Pedro constrangido diz que seja não somente os pés, mas as mãos e cabeça, ainda não compreendendo o que Deus queria transmitir pelos ensinos de Jesus.
“Quem já se banhou apenas os pés necessitam” – Assim Jesus agora começa trazer mais luz ao seu ensinamento. Mesmo que eles ainda estavam na esfera do seu corpo terrestre, não da sua vida espiritual. Mas quem já banhou, quem já está limpo necessita apenas tirar, purificar aquilo que fora sujado, aquilo que se tornou impuro.
“Nem todos estais limpos” – Mas vemos que Jesus diz que nem todos os seus estavam limpos. Que havia entre eles alguém que estava sujo e por inteiro. No versículo 11 João traz a luz no que ele quis dizer com essa fala.
b) Ilustrar – Podemos ver uma perspectiva que o WEIRSBE, WARREN em seu Comentário do Novo Testamento, vol. 1, p445, ele diz assim:
Quando um pecador crê no Salvador, é "banhado por inteiro", e seus pecados são lavados, removidos e esquecidos (ver 1 Co 6:9-11; Tt 3:3-7 e Ap 1:5). "Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre" (Hb 10:1 7). Todavia, à medida que o cristão caminha neste mundo, é fácil contaminar- se. Quando isso acontece, não precisa banhar-se por inteiro novamente, mas apenas lavar aquela impureza. Deus prometeu que, quando confessássemos nossos pecados, ele nos purificaria (1 Jo 1:9).
Essa á a realidade que podemos ver o que acontece com Pedro e que passamos e o que Jesus gostaria de ensinar.
c) Aplicar – O que eu e você temos feito, queremos ser lavados por interio ainda, sem o desenvolvimento da nossa maturidade Cristã?
Como tem sido o nosso entendimento do ação de Cristo na cruz e do nosso desenvolvimento da eficácia da salvação?
Qual tem sido a nossa postura dianta da nossa santificação diária?
CONCLUSÃO
Eu e você fomos levados ao momento impar da história de Jesus em que ele como servo, cuida dos seus, limpa-os e por meio deste lavar os pés traz um ensinamento maravilhoso que o do perdão
Somos pecadores, um dia o Senhor Jesus já nos purificou, nos limpou por inteiro, ficamos constrangidos com essa amor eterno e grandioso e talvez criamos interrogações em nossas vidas em relação ao pecado que nos assedia dia a dia. Hoje podemos aprender que podemos manter a nossa vida limpa, que o poder renovador do perdão de Deus é diário, que não devemos estar presos ao pecado que nos assedia e muito menos naquele em que cometemos. Se sujamos os nossos pés, Cristo está com a toalha cingida, com água na bacia pronto para limpar, lavar os seus pés.
Hoje o Senhor Deus nos convida a um relacionamento de limpeza, de clareza, de purificação dia a dia.